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Cinética química é o ramo da química que estuda a rapidez das reações químicas, bem como
os fatores que a influenciam.
Uma forma de estudar a velocidade das reações pode ser por análises gráficas. Basicamente, o
gráfico cinético de uma reação apresenta no eixo x o termo caminho da reação e, no eixo y, o
termo energia, como o modelo a seguir:
Nos gráficos, os reagentes (R) e os produtos (P) são representados em pequenas linhas
horizontais. Os reagentes estão sempre posicionados próximos ao eixo y e os produtos, mais
distantes do eixo y. Observe o modelo:
No estudo gráfico da velocidade das reações, os reagentes partem do eixo y e os produtos estão mais afastados desse eixo
Ligando as linhas horizontais de reagentes e produtos, temos uma curva, que inicia nos
reagentes, sobe e desce até os produtos. O ponto máximo dessa curva indica a energia do
complexo ativado, e o trajeto dos reagentes até o complexo ativado indica a energia
necessária para a formação desse complexo, que é chamada de energia de ativação (Eat.). No
gráfico a seguir, temos uma seta azul que indica a energia de ativação da reação, bem como a
indicação do complexo ativado no ponto mais alto da curva.
Gráfico que apresenta a energia de ativação e o complexo ativado de uma reação química
Quando a energia de ativação em um gráfico é pequena, temos que o complexo ativado foi
formado mais rapidamente, o que indica que se trata de uma reação mais rápida. Já se a
energia de ativação é muito grande, a formação do complexo ativado é mais demorada, o que
indica que a reação é mais lenta. Comparando os dois gráficos a seguir, podemos visualizar que
o gráfico A tem maior energia de ativação que o gráfico B; logo, A representa uma reação mais
lenta.
O gráfico A tem uma energia de ativação menor do que o gráfico B, logo indica uma reação mais lenta
Quando uma reação química processa-se com a utilização de um catalisador, podemos
representar graficamente esse detalhe. A leitura da presença de um catalisador se dá por uma
segunda curva abaixo da curva maior, indicando que a energia de ativação sofreu uma
diminuição (c) que atingiu a formação do complexo ativado mais rapidamente, o que tornou a
reação mais rápida.
A curva com a seta vermelha indica uma reação ocorrendo com maior velocidade por ter uma energia de ativação menor
graças à presença do catalisador
Essa condição é óbvia, pois mesmo que os reagentes tenham bastante afinidade um com o outro,
como acontece no caso dos ácidos e das bases, se eles estiverem separados, a reação não
ocorrerá. Eles precisam entrar em contato para que suas partículas possam colidir, rompendo as
ligações dos reagentes e formando as ligações dos produtos.
2.Afinidade química:
Como vimos, colocar os reagentes em contato é necessário, mas não é o suficiente. Por
exemplo, se colocarmos o sódio em contato com a água, ocorrerá uma reação extremamente
violenta, já se colocarmos o ouro, não veremos diferença nenhuma. Isso acontece porque
substâncias diferentes possuem diferentes afinidades químicas entre si, ou então, podem
também não possuir afinidade nenhuma. Quanto maior for a afinidade química, mais rápida será
a reação.
Nos exemplos citados, o sódio possui grande afinidade com a água, tanto que para não entrar
em contato com a umidade do ar, o sódio metálico é guardado em querosene. Já o ouro é inerte,
por isso que monumentos de ouro duram tanto tempo, como os sarcófagos do Egito.
Mesmo em compostos que possuem afinidade química, para que a reação se processe é
necessário que suas partículas, átomos ou moléculas, colidam de forma eficaz. Nem todas as
partículas que se chocam fazem isso de forma eficaz, mas os choques que resultam em quebra
das ligações dos reagentes e formação de novas ligações são aqueles que ocorrem na orientação
correta e com a energia suficiente.
4.Energia de ativação e complexo ativado:
Conforme dito no item anterior, a colisão eficaz, além da orientação favorável, precisa também
de energia suficiente. A quantidade mínima de energia necessária para que cada reação ocorra é
chamada de energia de ativação.
Se os reagentes tiverem uma energia igual ou superior à energia de ativação, durante o choque
bem orientado, se formará um complexo ativado inicialmente, que é uma estrutura intermediária
entre os reagentes e os produtos. No complexo ativado, existem as ligações dos reagentes
enfraquecidas e as novas ligações de produto se formando.
Assim, a energia de ativação funciona como uma espécie de barreira para que a reação ocorra,
pois quanto maior ela for, mais difícil será para a reação ocorrer. Em alguns casos, é preciso
fornecer energia para os reagentes. Por exemplo, o gás de cozinha tem afinidade para interagir
com o oxigênio do ar, mas precisamos fornecer energia quando aproximamos o palito de
fósforo, senão a reação não ocorre. Mas, depois de uma vez iniciada, a própria reação libera
energia suficiente para ativar as outras moléculas e manter a reação ocorrendo.
A energia de ativação é a quantidade mínima de energia necessária para que a colisão entre
as partículas dos reagentes, feita em uma orientação favorável, seja feita e resulte em reação.
As reações só ocorrem quando os reagentes possuem energia de ativação (ou energia mínima
necessária, que varia de reação para reação; tanto na quantidade como na forma) ou quando
ela é fornecida a eles.
Por exemplo, quando o sódio metálico entra em contato com a água, ele reage violentamente.
Isso significa que o conteúdo de energia desses reagentes já é suficiente para a reação ocorrer.
Já no caso de ligarmos um fogareiro, a reação de combustão só ocorrerá se colocarmos um
palito de fósforo aceso ou alguma outra fonte de fogo perto do gás que está sendo liberado
pelo fogareiro. Isso significa que, nesse caso, foi necessário fornecer energia ao sistema para
que ele atingisse a energia de ativação e a reação ocorresse.
No caso do próprio fósforo utilizado, para que ele entre em combustão, a energia de ativação
é fornecida pelo atrito. O mesmo ocorre com os isqueiros, que também precisam de uma
faísca que dê a energia de ativação necessária para a combustão do gás contido em seu
interior.
A energia de ativação pode também ser fornecida pela luz, como é o caso da decomposição da
água oxigenada. É por isso que ela é guardada em frascos escuros ou opacos.
Dessa forma, podemos concluir que a energia de ativação (Eat) é a diferença entre a energia
necessária para que a reação tenha início (E) e a energia própria contida nos reagentes (Epr):
A energia de ativação é um obstáculo para que a reação ocorra e ela é necessária para romper
as ligações dos reagentes. Com isso, a reação ocorre e novas ligações são feitas para a
formação dos produtos.
Quando a colisão entre as partículas dos reagentes com orientação favorável ocorre com
energia igual ou superior à energia de ativação, antes da formação dos produtos, forma-se um
estado intermediário e instável, denominado complexo ativado, em que as ligações dos
reagentes estão enfraquecidas e as ligações dos produtos estão sendo formadas. Assim, a
energia de ativação é a energia necessária para formar o complexo ativado.
GRAFICO DE ENERGIA DA ATIVAÇAO
Para que uma reação ocorra, é necessário que os reagentes recebam certa quantidade de
energia, que é denominada de energia de ativação.
Por exemplo, na atmosfera existem os gases oxigênio (O2) e nitrogênio (N2). Há um grande
número de choques entre suas moléculas, porém, a reação só ocorre quando recebe alguma
forma de energia externa, que, no caso, costuma ser fornecida pelas descargas elétricas dos
relâmpagos.
Assim, quanto maior a energia de ativação, mais difícil será para que a reação
ocorra e, consequentemente, ela se dará de forma mais lenta. O contrário também é
verdadeiro, reações com uma menor energia de ativação ocorrem com maior
velocidade. Isso significa que a energia de ativação é na verdade uma barreira
energética a ser ultrapassada para que ocorra a reação química.
Quando a energia de ativação é atingida, forma-se primeiro o complexo ativado, que
é uma estrutura intermediária e instável entre os reagentes e os
produtos.
Abaixo temos uma reação genérica que demonstra a formação do complexo ativado:
Observe abaixo como escrever os digramas tanto para reações endotérmicas como
exotérmicas:
Um exemplo que pode ser citado é a reação que ocorre entre o monóxido de carbono (CO) e o
dióxido de nitrogênio (NO2) para a formação do gás carbônico (dióxido de carbono - CO2) e o
óxido de nitrogênio (NO):
CO(g) + NO2(g) → CO2(g) + NO(g)
Com o estado intermediário (complexo ativado), temos:
CO+ NO2 → COONO → CO2 + NO
A representação gráfica dessa reação, com o seu complexo ativado e sua energia de ativação,
é descrita abaixo
Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química sem estar
sendo consumido por ela. O catalisador não tem efeito sobre o equilíbrio de uma reação, ele
pode acelerar ou retardar a velocidade na qual uma reação atinge o equilíbrio, mas ele não
afeta a composição no equilíbrio. Seu papel é oferecer uma rota mais rápida para o mesmo
destino. Representativamente, colocamos o catalisador em cima da seta que mostra a
conversão de reagentes em produtos.
Um exemplo bastante usual de reação catalisada é a decomposição da água oxigenada, que
sofre uma decomposição muito lenta em condições ambiente, formando gás oxigênio e água.
H2O2 → O2 + H2O
Ao colocarmos a água oxigenada em um machucado, pode-se observar a formação de bolhas
em grande quantidade. Essas bolhas são o gás oxigênio sendo formado rapidamente, ou seja,
essa reação foi acelerada ao colocar a água oxigenada em contato com o machucado.
Isso ocorre porque o sangue contém um catalisador biológico para essa reação, chamado de
catalase. A catalase é uma enzima presente não só no sangue, mas em diversos outros
materiais, como a batata por exemplo.
Em geral, o catalisador acelera a reação encontrando um caminho alternativo (um atalho), que
em química traduz-se como um mecanismo de reação diferente, entre reagentes e produtos.
Esse novo caminho tem uma energia de ativação menor que a do caminho original.
O catalisador é uma substância que afeta a reação já em pequenas quantidades, pois como
não é consumido, pode agir muitas e muitas vezes. Com relação ao equilíbrio, o catalisador é
capaz de aumentar a velocidade de uma reação em ambos os sentidos dela, na mesma
proporção, e por esta razão o equilíbrio não é afetado.
A catálise pode ser dividida em dois tipos:
Catálise Homogênea – quando o catalisador está na mesma fase que os reagentes, ou seja,
mesmo estado físico. Por exemplo, para reagentes gasosos, o catalisador também será um gás.
Catálise Heterogênea – quando o catalisador está em fase diferente dos reagentes. Os
catalisadores heterogêneos mais comuns são sólidos, como é o exemplo do catalisador dos
automóveis.
Em algumas situações, é comum usar catalisadores com o objetivo de diminuir a velocidade de
uma reação. Neste caso, chamamos o catalisador de veneno pois este irá retardar a velocidade
de um processo.