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-Eficácia das normas constitucionais: se a norma está na constituição, deve ser aplicada!
Segundo o professor José Afonso da silva, as normas constitucionais dividem-se em: de
eficácia plena, contida ou limitada.
- Normas constitucionais de eficácia plena: tem aplicabilidade direta, imediata e integral. São
aquelas normas que no momento que entra em vigor, estão aptas a produzir efeitos, assim
independe de norma infraconstitucional integrativa.
Ex.: Art. 82 CF/88; “O mandato do Presidente da República é de 4 anos e terá início em
primeiro de janeiro do ano seguinte da sua eleição”.
- Normas Constitucionais de Eficácia Contida: tem aplicabilidade direta, imediata e não
integral. Sofre alguma restrição, necessita de lei infraconstitucional que a faça aplicável.
Ex.: Art. 5º CF/88, inciso XIII; “É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. No caso do advogado existe o
estatuto da OAB.
- Normas Constitucionais de Eficácia Limitada: tem aplicabilidade indireta, mediata e
reduzida. São aquelas que não tem capacidade de produzir todos os seus efeitos, precisando
de lei integrativa infraconstitucional ou até mesmo de Emenda Constitucional. Segundo José
Afonso da Silva podem ser: normas de princípio institutivo ou organizativo (ex.: art. 90, §2º;
“A lei regulará a organização e o funcionamento da Conselho da República”) e normas de
princípio programático que são aquelas que não dependem só de lei, mas de ações do
governo (ex.: art. 196; “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”).
-Maria Helena Diniz acrescentou as “normas supereficazes ou com eficácia absoluta”: são as
que não podem ser alteradas por emenda constitucional.
Ex.: Cláusulas Pétreas.
-quanto a origem:
- outorgada: são as constituições impostas unilateralmente ao povo por uma pessoa ou
um grupo que exerce o poder.
- promulgada: são as constituições com a efetiva participação do povo, elege
Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade da elaboração.
- cesaristas: a participação popular não é democrática, pois visa somente ratificar a
vontade do detentor do poder – o povo aprova sobre pressão.
- pactuada: surge a partir de negociação entre duas forças rivais.
- quanto a estabilidade/alterabilidade/mutabilidade/consistência:
- rígida: aquela Constituição que poderá ser alterada por meio de processo legislativo
mais árduo e dificultativo do que o processo de alteração de normas infraconstitucionais.
- flexível: o modo de alteração da Constituição é igual o de uma norma
infraconstitucional.
- semirrígida ou semi-flexivel: é aquela que mescla dispositivos de alteração da rígida e
flexível.
- quanto a extensão:
- sintética: aquela Constituição que trata apenas dos princípios fundamentais (ex.:
Constituição dos EUA).
- analítica: as que abordam todos os assuntos que os representantes do povo
entenderem por fundamentais (ex.: Constituição Brasileira).
- quanto a efetividade:
- normativa: as que efetivamente dirigem, limitam e disciplinam as relações políticas,
estão plenamente adaptadas a realidade social e em consonância com o processo político.
Constituição que existe, é respeitada e usada.
- nominal: feita para limitar o poder estatal e assegurar direitos fundamentais, mas não
é respeitada.
- semântica: é o reflexo da realidade política, servindo como instrumento dos
detentores do poder e das elites políticas sem limitação do seu conteúdo.
- quanto a dogmática:
- ortodoxa: aquela que segue uma única linha de pensamento político filosófico.
- eclética: aquela que agrega diversas ideologias políticas e filosóficas no seu texto.
- quanto a finalidade:
- garantia: aquela que tem por fim de garantir a liberdade, limitando o poder do
Estado.
- balanço: aquela que reflete um degrau na evolução socialista. A constituição avalia os
estágios de evolução da sociedade e o insere no texto.
- programática: delimita e programa o poder do Estado e prevê planos de metas e
programas a serem atingidos pelo Estado.
ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
A nossa Constituição é dividida em três partes, o preambulo, o corpo da Constituição e os
Atos das Disposições Constitucionais Transitórias.
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL – 2º BIMESTRE
CONSTITUIÇÃO
- TITULO I: Dos princípios fundamentais, Art. 1º á 4º
- Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
- Define os três poderes independentes e harmônicos.
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL – 2º BIMESTRE
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
- Trata dos objetivos fundamentais do Brasil, uma vez estruturadas na Constituição, ela terá
metas a serem atingidas, orientadoras das políticas governamentais.
* Encontra-se na página 1400.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
- Este artigo dispõe que a R.F.B. é regida nas suas relações internacionais pelos princípios
listados.
* Encontra-se nas páginas 1400 a 1404.
- Direitos humanos: inerente a todos os povos em todos os tempos, não está ligado a
nenhuma lei, são próprios da condição humana.
PRINCIPIO DA LEGALIDADE:
- é a base do constitucionalismo e do estado democrático de direito.
- só pela lei podemos criar direitos e obrigações.
- Legalidade ampla: particular - pode fazer tudo que a lei não proíbe.
- Legalidade estrita: é sobre o poder público, só permite fazer o que a lei permite.
*Encontra-se nas páginas 1078 e seguintes.
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL – 2º BIMESTRE