Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SPOLIDORO, R.; PAIXÃO CÔRTES, Z.; SOARES DE FARIA, R.; DEFILIPPI, G. Ambientes de inovação e empreendedorismo
no Agronegócio: o caso do Parque Tecnológico Uberaba. Anais do XX Seminário Nacional da ANPROTEC - Associação Nacional
de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas, Campo Grande, MS, 2010.
_____________________________________________________________________________________________________
Roberto M. SPOLIDORO
Zulema PAIXÃO CÔRTES
Reginério SOARES DE FARIA
Guilherme DEFILIPPI
Instituições:
Prefeitura Municipal de Uberaba
Av. Dom Luís Maria Santana, 141
CEP: 38061-080 – Uberaba, MG
Resumo
Os parques tecnológicos que têm o Agronegócio entre as suas prioridades representam pequena
parcela no universo desse tipo de habitat de inovação, embora tais parques sejam vetores relevantes
para agregar ciência, tecnologia e inovação a um setor essencial da economia nacional e mundial e
ampliar a sua produtividade e sustentabilidade. Para ampliar o conhecimento das razões que têm
provocado essa situação, os autores analisaram as origens, formato, resultados e perspectivas do
Parque Tecnológico Uberaba, um dos pioneiros no Brasil a concentrar-se no Agronegócio. O artigo
apresenta o resultado dessa análise.
Palavras-Chave
Habitats de Inovação, Parque Tecnológico, Uberaba, Agronegócio, Biotecnologia, Genética Animal,
Projeto Uberaba para o Futuro.
Abstract
The technology parks that have the Agribusiness among their priorities represent small portion in the
universe of this type of innovation habitats, although these parks are relevant vectors to aggregate
science, technology and innovation to increase the productivity and sustainability of a key sector of the
Brazilian and world economy. To broaden the understanding of the reasons leading to this situation, the
authors analyzed the origins, format, results, and perspectives of Uberaba Technology Park, one of the
pioneers in Brazil to focus in the Agribusiness. The paper presents the results of this analysis.
Keywords
Innovation habitats, Technology Park, Uberaba, Biotechnology, Animal Genetics, Uberaba Project for
the Future.
___________________________
Sobre os autores:
Roberto M. Spolidoro: Consultor da Prefeitura Municipal de Uberaba para o Parque Tecnológico Uberaba:
robertospolidoro@uol.com.br
Zulema Paixão Cortes: Diretora de Projetos, Prefeitura Municipal de Uberaba, e Gerente Executiva do Instituto Parque
Tecnológico Uberaba: instituto.parque@gmail.com; zulema.paixao@uberabadigital.com.br
Reginério Soares de Faria: Consultor Técnico, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG, do
Conselho Gestor do Parque Tecnológico de Uberaba: reginerio@epamig.br
Guilherme Defilippi: Assessor da Prefeitura Municipal de Uberaba e Gestor do Projeto Parque Tecnológico Uberaba:
guilherme.defilippi@uberabadigital.com.br
1
Ambientes de inovação e empreendedorismo no
Agronegócio: o caso do Parque Tecnológico Uberaba
I. Introdução
O Agronegócio – compreendido como o conjunto das atividades das cadeias produtivas que têm por
base a agricultura e a pecuária e as atividades necessárias para a produzir, processar, distribuir e
comercializar os bens e serviços correspondentes1 - é um dos setores essenciais para a sociedade e
um dos mais importantes segmentos econômicos em âmbito nacional e mundial.
No Brasil, em 2004, o Agronegócio empregava 37% da população, gerava um terço do PIB e 42% das
exportações em valor.2 Apesar desses atributos, é pequeno o percentual de parques tecnológicos em
operação que declaram ter o Agronegócio como foco principal ou entre as suas prioridades. Com efeito,
naquele ano, apenas 6% das incubadoras, no Brasil, dedicavam-se ao setor3 e, no momento, menos
de 4% dos parques tecnológicos em operação, no mundo, indicam o Agronegócio como setor prioritário
ou importante em suas estratégias, como relacionado na Tabela 1.4 e 5
Este artigo, mediante estudo do Parque Tecnológico Uberaba (Fig.1), um dos pioneiros no Brasil a
concentrar-se no Agronegócio, busca compreender as razões dessa limitação.
Tabela 1. Principais parques tecnológicos que têm o Agronegócio como foco principal ou incluído entre os setores prioritários.
País Parque Tecnológico País Parque Tecnológico
África do The Innovation Hub Estados Cornell’s Agriculture and Food Technology Park
Sul Unidos (Technology Farm)
Arábia Riyadh Techno Valley Finlândia Kuopio Innovation Ltd., Agropolis Science Park
Saudita
Argentina Parque Tecnológico Misiones França Nantes Atlantique Technopole; Agropolis
Montpellier; Laval Mayenne Technopole; Agroparc
Avignon; Technopôle Brest-Iroise
Austrália La Trobe Research & Development Park Índia Agri-science Park
Technology Park Western
Brasil Parque Tecnológico Uberaba; Parque Tecnológico de Iran Fars Science and Technology Park; Guilan
Viçosa; Parque Tecnológico de Lavras; Parque Science and Technology Park; University Tehran
Tecnológico Agroindustrial Oeste Paraná Science and Technology Park; Yazd Science and
Technology Park; Khorasan Science Tech Park
Colômbia Parque Tecnológico de la Umbría Itália CENTURIA RIT Romagna Innovazione Tecnologia
Parco Scienti. e Tecnol. della Sicilia; Servitec
Bergamo; Parco Tecnologico Padano
Canadá Innovation Place Research Park; Québec High Tech Park; Mongólia Shijir Science Park
Technopole Saint-Hyacinthe; Technopole Thetford
Cingapura Singapore Science Park Ltd. Suécia Medeon Science Park
Dinamarca Agro Business Park A/S Tailândia Thailand Science Park
Espanha Ciudad Politécnica Innovación; GEOLIT Parque Cient. y Turquia Antalya Technokent; Mersin Teknopark A.S.
Tecnol.; Parc Cient. i Tecnològic Universitat de Girona;
Parc Tecnològic Barcelona Nord; Parque Cient. y Tecnol.
Almería; Parque Cient. y Tecnol. Cantabria; Parque Cient.
Madrid; Parque Tecnol. Galicia; València Parc Tecnol.;
Parc Cient. Tecnol. Empres. Univ. Jaume I de Castellón
Fig. 1. O centro da cidade de Uberaba, visto desde o Parque Tecnológico. (Foto: Prefeitura de Uberaba, 2010)
1
CNPq: Coordenação Geral do Programa de Pesquisa em Agropecuária e Biotecnologia: www.cnpq.br, acesso em 15/5/2002.
2
www.agricultura.gov.br/portal/page?_pageid=33,968707&_dad=portal&_schema=PORTAL, acesso em 10/4/2010.
3
Panorama 2004 ANPROTEC: www.anprotec.org.br, acesso em 12/8/2007.
4
Portais analisados: IASP, ANPROTEC, UKSPA (Reino Unido), AURP (Estados Unidos, Canadá), APSTI (Itália), RETIS
(França), Rede Incubar (Brasil), WTA (World Technopolis Association).
5
[BATTELLE, AURP, 2007]
2
II. Tendências dos parques tecnológicos em âmbito mundial
II.1. Modelos
No país e no exterior, os parques tecnológicos apresentam-se sob grande diversidade de formatos.
Não há modelo único e cada parque constitui um caso per se, conforme ilustrado por recentes estudos
relevantes.6,7,8 Isso significa que cada parque tecnológico, desde que respeite a definição adotada pela
IASP para esse tipo de habitat de inovação,9 tem autonomia para definir o seu formato e as suas demais
características, bem como deve reinventar-se continuamente para vencer os crescentes desafios de
uma economia globalizada e fundamentada na educação, no conhecimento e na inovação.10
ENGARDIO,11 em artigos sobre parques tecnológicos na BusinessWeek em 2009, observou que, entre
os parques tecnológicos em implantação no mundo, parcela significativa encontra-se no tecido urbano
e inclui, em seu perímetro, áreas residenciais e atrações citadinas típicas. Os exemplos incluem o
22@Barcelona, Digital Media City (Seul), Porto Digital (Recife), e One North (Cingapura).12
O que ENGARDIO não observou, entretanto, é que os parques tecnológicos por ele analisados focam
setores econômicos cujas atividades podem (e, segundo o articulista, devem) ser realizadas no
ambiente urbano, tais como Tecnologia da Informação e Comunicação, Biomedicina e Design. O
articulista não analisou habitats de inovação dedicados ao Agronegócio.
A incipiência de estudos sobre os parques tecnológicos centrados no Agronegócio também é refletida
em recentes relatórios relevantes sobre parques tecnológicos.13,14 Essa situação decorre,
possivelmente, da baixa representatividade das iniciativas centradas no Agronegócio conjugada às
suas peculiaridades, quando comparadas àquelas que priorizam setores como Tecnologia da
Informação, tais como:
As atividades de pesquisa e desenvolvimento no Agronegócio podem demandar grandes
extensões de terra, afastadas do tecido urbano, e vários anos de labor arriscado em meio a
intempéries, legislações mutáveis, invasões e até furto ou vandalismo. É o caso, por exemplo,
de pesquisa, considerando as condições locais de clima e solo, para obter oleaginosas mais
adaptadas à alimentação humana.
Os projetos e as empresas no Agronegócio nem sempre apresentam o potencial para um
rápido crescimento, requisito frequente para admissão em incubadoras de empresas e parques
tecnológicos.
6
[WESSNER, C. W., 2009]
7
[FIATES, J. E. et al., 2009]
8
[BATTELLE, AURP, 2007]
9
International Association of Science Parks – IASP. Associações congêneres: por exemplo: ANPROTEC (Brasil), UKSPA, (Reino
Unido), AURP (Estados Unidos, Canadá), APSTI (Itália) e RETIS (França).
10
[KAO, J., 2007]
11
[ENGARDIO, P., 2009]
12
www.22barcelona.com/; http://english.metro.seoul.kr; www.portodigital.org.br; http://www.one-north.sg/index.aspx
13
[WESSNER, C.W., 2009]
14
[TOWNSEND, A. et al., 2009]
15
Vide, por exemplo: [TAPSCOTT, D.; WILLIAMS, A.D., 2006] e [MALONE, T. W. et al., 2010]
3
1º. Haverá uma evolução incremental dos modelos tradicionais de parque tecnológico, tendo
como pano de fundo um mundo de mudanças rápidas, embora estáveis e previsíveis.
2º. Haverá a emergência de revolucionárias nuvens de pesquisa e desenvolvimento com base
em inteligência coletiva e inovação aberta,15 que desafiarão os modelos tradicionais de parque
tecnológico a adaptar-se, às vezes drasticamente, a condições radicalmente novas.
3º. Os modelos tradicionais de parque tecnológico entrarão em rápido declínio devido à
conjugação de dois fatores:
a) As atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas com o apoio das nuvens de
inteligência coletiva e inovação aberta;
b) O legado dos parques atuais, com estruturas de alto custo e afastadas do tecido urbano,
tornarão essas iniciativas obsoletas para empresas jovens.”14
Os parques tecnológicos que têm o Agronegócio entre as suas prioridades são mais recentes e têm
características singulares em relação às iniciativas tradicionais analisadas por TOWNSEND. Assim, os
cenários previstos devem ser analisados com cautela pelos gestores de habitats de inovação centrados
no Agronegócio. Entretanto, as implicações estratégicas dos cenários propostos são de grande
significado e devem ser consideradas no planejamento de quaisquer tipos de parques,
independentemente do seu foco.
III.1 Histórico
A inspiração para a citada visão de futuro foi levada para Uberaba em 1993, pelo então Secretário
Municipal de Agricultura, após participar do 1º Colóquio Franco-Brasileiro de Tecnópoles, no qual
especialistas franceses e brasileiros discorreram sobre tecnópoles e parques tecnológicos.17 Na
sequência, os principais eventos no desenvolvimento do parque tecnológico foram:
16
[KAO, J., 2007]
17
O Triângulo, Uberlândia, 22/9/1992, p.1. e p.3.; Correio do Triângulo, 19/9/1992, p.5; e Correio do Triângulo, 23/9/1992, p.1.
18
Formado a partir de: (a) UNI – representando o conhecimento; (b) VERDE – representando a preservação ambiental; e (c)
CIDADE – representando a integração harmoniosa da Fazenda à urbe e à comunidade.
19
Workshop “Uberaba, a Agrotecnópolis Brasileira”, 18 e 19/11/1993, Documento Interno, Prefeitura Municipal de Uberaba.
20
[SPOLIDORO, R., 1994] e [FERREIRA, F.; PAIXÃO CÔRTES, Z., 1996].
4
1997: Implantação das duas primeiras empresas no parque tecnológico, a CEMIG e a CONSIST
Informática.
1998: Inauguração da Incubadora de Tecnologia e Negócios - UNITECNE, em prédio no parque
tecnológico, transferida posteriormente para o campus da Universidade de Uberaba.21
2002: Criação do PROPARQUE, pelo governo de Minas Gerais.22
2004: Termo de Compromisso para resgate e implantação do Parque Tecnológico, iniciativa da
Incubadora de Tecnologia UNITECNE da UNIUBE, que contou com o apoio da Secretaria de
Estado de Ciência e Tecnologia de MG, EMBRAPA e EPAMIG, durante o Encontro de
Incubadoras e Parques Tecnológico Mineiros, da Rede Mineira de Inovação.
2005: Retomada, pela Prefeitura de Uberaba, do Parque Tecnológico como uma das prioridades
para o desenvolvimento do município.
2007: Convênio entre a Prefeitura, EMBRAPA e EPAMIG para a criação formal do Parque
Tecnológico.
2008: Criação do Conselho Gestor do Parque Tecnológico, por lei municipal, 23 e de um fundo
para a sustentação do empreendimento; cessão, pela EMBRAPA e EPAMIG, de 50 hectares no
Parque Tecnológico para a Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM.24
2010: Criação do Instituto Parque, associação de direito privado e sem fins lucrativos, como
entidade gestora executiva do Parque Tecnológico.
O Instituto Parque foi constituído por dezesseis entidades, reunindo governo, academia, institutos de
pesquisa, empresas e associações empresariais. Como seu primeiro presidente, foi eleito o presidente
da ABCZ – Associação Brasileira de Criadores de Zebu, entidade de grande significado no
Agronegócio, com sede em Uberaba, que conta com mais de trinta mil associados, dispõe 40 hectares
no Parque Tecnológico e é coordenadora do Polo de Excelência Genética de Bovinocultura de Corte e
Bubalinocultura de Minas Gerais.25
Cenário mundial
Na economia globalizada dominada pela educação, criatividade, inovação e responsabilidade social
cresce a necessidade de que cada região no planeta, mesmo de modo independente do poder central,
tenha estratégias e capacidade de ação para desenvolver-se de modo competitivo e sustentável.27
21
www.uniube.br/institucional/unitecne/NossasEmpresas.htm, acesso em 12/7/2009.
22
Programa de Implantação e Consolidação de Parques e Polos Tecnológicos em Minas Gerais: Decreto nº 42.368, de 6/2/2002.
Diário do Executivo, 7/02/2002. p. 1, Belo Horizonte, MG.
23
Lei nº 10.372, Município de Uberaba, Porta-voz, 19/4/2008, página 27, ANO 13 Nº 706: www.portavozuberaba.com.br
24
www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/07/04/materia.2008-07-04.6932112858/view, acesso em 12/7/2009.
25
www.conselhos.mg.gov.br/uploads//20/rebovinocorte.pdf, acesso em 12/7/2009.
26
Comunicações pessoais a R. Spolidoro por Pierre LAFFITTE, fundador de Sophia Antipolis (Paris, 1994); Michel LACAVE, ex-
presidente da IASP (Bordeaux, 1994); e Jean Marie MARTIN, Presidente do Polo Científico de Grenoble (Porto Alegre, 1994).
27
[SPOLIDORO, R., 1997] e [OHMAE, K., 2005]
5
Políticas públicas
Entre as políticas públicas que mais diretamente afetam o Parque Tecnológico Uberaba, destacam-se
as de apoio à educação, ciência, tecnologia e inovação por parte do Governo Federal, do Governo de
Minas Gerais e do Município de Uberaba.28
Condições socioeconômicas
Uberaba possui condições que lhe permitem aspirar, mediante a conjugação da economia tradicional
com a economia do conhecimento, atingir um alto nível de desenvolvimento sustentado, tais como:29
290 mil habitantes, que desfrutam de alta qualidade de vida (IDH: 0,834);
Temperatura média de 23º (760 metros do nível do mar) e bom regime de chuvas;
PIB: R$ 5,3 bilhões e renda per capita: R$ 16,7 mil/ano.
Município com o 5º maior PIB Agropecuário do país.
Localização no centro de uma circunferência de 500 quilômetros de raio, na qual se encontra
mais de 70% do PIB brasileiro, e conexão a essa riqueza mediante privilegiada estrutura
logística, inclusive com Estação Aduaneira do Interior e aeroporto bem servido.
Agronegócio
Uberaba e a sua região constituem um dos mais importantes polos, em âmbito mundial, de pesquisa
científica, desenvolvimento tecnológico e produção de material genético e de espécimes de gado
zebu.29 As atividades nesse polo são complexas, como ilustrado na Fig. 2. Entre as suas características
relevantes, destacam-se:
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: Há importantes atividades de pesquisa científica e
desenvolvimento tecnológico realizadas pela EMBRAPA, EPAMIG, instituições de ensino
superior, empresas e projetos cooperativos congregando essas entidades.
ESPAÇOS FÍSICOS: As atividades demandam áreas significativas quando comparadas às de
setores como Tecnologia da Informação e Comunicação. Isso é ilustrado pelas dimensões
necessárias a uma central de genética, que efetua coleta de sêmen e de oócitos, fertilização in
vitro, análises e assistência à implantação de embriões (Fig. 7), em relação ao reduzido espaço
requerido por empresa de software com igual número de empregados.
COMERCIALIZAÇÃO: A comercialização dos produtos do polo demandou a organização de
importantes feiras internacionais, em Uberaba, que atraem milhares de participantes do Brasil
e do exterior, tais como a ExpoZebu30 (cujo prestígio é ilustrado por ser tradicionalmente aberta
pelo Presidente da República) e a ExpoGenética.31
EXPORTAÇÃO: O Programa Brazilian Cattle,32 da ABCZ33 em parceria com a APEX,34
promove e coordena a participação de empresários e criadores estrangeiros nas feiras em
Uberaba, visitas de negócios a empresas na região e participação brasileira em eventos no
exterior. O programa, associado ao Parque Tecnológico Uberaba e à Bio.Rota (descrita mais
adiante) divulga essas iniciativas em âmbito internacional.
FORNECEDORES: O polo conta com grande número de empresas produtoras de
equipamentos e insumos, bem como de comercialização de animais em âmbito nacional e
internacional e a prestação de sofisticados serviços técnicos.
BIOTECNOLOGIA: O polo conta com o Arranjo Produtivo Local (APL) de Biotecnologia do
Triângulo Mineiro e Vale do Paranaíba,35 formalizado em 2005, entre cujas integrantes há
empresas importantes de desenvolvimento e produção de sementes.
28
Ver: www.mct.gov.br; www.tecnologia.mg.gov.br; www.portavozuberaba.com.br
29
Uberaba em Dados, 2009: www.uberaba.mg.gov.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=126&Itemid=255
30
www.expozebu.com.br
31
http://www.abcz.org.br/expogenetica/2009
32
www.braziliancattle.com.br
33
ABCZ: Associação Brasileira dos Criadores de Zebu: www.abcz.org.br
34
APEX: Agência Brasileira de de Promoção de Exportação e Investimentos: www.apexbrasil.com.br
35
www.aplbiotm.com.br/br/index.php e www.uniube.br/noticias/noticia.php?codnoticia=332
6
POLO DE GENÉTICA: Em 2008, o Governo de Minas Gerais criou o Polo de Excelência
Genética de Bovinocultura de Corte e Bubalinocultura de Minas Gerais, inspirado nos Pôles de
Compétitivité da França.36 O Polo é Coordenado pela ABCZ.37,38
LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA: Uberaba está no meio de um eixo de 250 km, que liga
Uberlândia (MG) a Ribeirão Preto (SP), no qual se desenvolvem as atividades relacionadas à
pesquisa e produção de material genético e espécimes certificados de zebuínos.
AGROINFORMÁTICA: O registro genealógico dos animais zebuínos é realizado pela ABCZ
mediante suporte da Tecnologia da Informação e Comunicações - TIC, com equipes que
desenvolvem sistemas (Figura 3) e contam com diversos data centers. A atividade ilustra o
mercado existente e potencial da conjugação do Agronegócio com o setor da TIC.
Fig. 2. Representação esquemática das atividades de pesquisa e produção de material genético e espécimes certificados
de zebuínos.
Fazenda Central
Genética
Zebu Bezerro
Macho Coleta Sêmen 101 + 201
101 de Sêmen Zebu 101
Animal
Vaca Zebu Inseminação Artificial certificado
201
Gestação Vaca 201 Laboratório
Vaca Zebu Clonagem Laboratório
202 Coleta de Exames
Oócitos 101 + 202
Oócitos de DNA
Vaca 202
Vaca 202
FIV Embrião
Vaca Zebu
Barriga de aluguel Transplante 101 + 202
Embrião 101+202
Gestação Bezerro
101 + 202
Equipamentos
Insumos, Reagentes
Serviços
Registros na ABCZ
Informação ao MAPA
Comercialização
O Parque Tecnológico Uberaba emerge, assim, como uma das consequências da existência, em
Uberaba e região, de fatores como:
Cadeias Produtivas: Genética Zebuína e Sementes.
Recursos Humanos: Grande número e qualidade de instituições de ensino superior e técnico
no Agronegócio e setores subjacentes.
Identidade: Uberaba é reconhecida em âmbito nacional e internacional como a “Capital
Mundial do Zebu”. O gado zebuíno do município, mediante seleção por melhoramento genético,
já é superior ao da Índia, país de origem da raça.
Fazenda Experimental: A existência da Fazenda Experimental Getúlio Vargas, adjacente ao
centro da cidade, com áreas físicas disponíveis para a instalação de empresas e instituições
de ensino e pesquisa.
Essa conjugação de fatores motivou o Parque Tecnológico Uberaba a selecionar o Agronegócio como
uma das suas prioridades, o que lhe permite contemplar ampla gama de setores econômicos, uma vez
que o Agronegócio é um grande integrador de atividades, como ilustrado na Fig. 4.
Além disso, o Parque também contempla setores tradicionais de Uberaba - como a Saúde Humana e
o setor de Madeiras e Móveis - e setores portadores de futuro não incluídos nas categorias anteriores.
Esse perfil qualifica o Parque como um habitat de inovação multissetorial, com capacidade de promover
a criação, desenvolvimento e atração de empresas e instituições em amplo leque de especialidades e
setores.
36
Pôles de Compétitivité: www.competitivite.gouv.fr, acesso em 10/4/2010
37
www.conselhos.mg.gov.br/uploads//20/rebovinocorte.pdf, acesso em 12/7/2009.
38
www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Cidade&CODIGO=21912
7
Fig. 3. Desenvolvimento de sistemas de TIC, na sede da Fig. 4. Setores subjacentes ao Agronegócio
ABCZ, Uberaba. (Foto R. Spolidoro)
Exemplo de especialidades subjacentes ao Agronegócio
Tecnologia da Informação
Biotecnologia e Comunicação - TIC
Preservação e recuperação do
Genética Meio Ambiente
Bioinformática Comunicação
Social
Agronomia
Logística
Veterinária
Agronegócio Sensoriamento
remoto
Química
Automação e
Eletromecânica Robótica
Fig. 6. Visão parcial da base física atual do Parque Tecnológico Uberaba (Fonte: Prefeitura de Uberaba)
8
III.4. Objetivo do Parque Tecnológico Uberaba
O objetivo geral do Parque Tecnológico é promover o desenvolvimento empresarial, científico e
tecnológico de Uberaba e da região, favorecendo a criação, atração, instalação e desenvolvimento de
empresas intensivas em conhecimento, a cultura empreendedora, a inovação e a sinergia entre os
participantes do Parque e os demais atores da inovação, de modo a conferir competitividade, mercado
e reconhecimento internacional ao conjunto.
Entre os objetivos específicos do empreendimento destacam-se: (a) Ser um espaço para desenvolver
o conhecimento, a ciência e a tecnologia; (b) Ser um exemplo em práticas de respeito, preservação e
recuperação do meio ambiente; e (c) Permanecer aberto à cidade, possuindo espaços para a prática e
promoção da cidadania.
III.5. Governança
A governança é constituída por dois níveis de gestão:
Gestão Estratégica: É exercida por um Conselho Gestor, deliberativo, com representantes da
EMBRAPA, EPAMIG e Prefeitura de Uberaba. Define as diretrizes gerais, sendo assistido pelo
Comitê de Parceiros, com representantes de entidades relevantes para o Parque.
Gestão Executiva: É exercida pelo Instituto Parque, associação de direito privado sem fins
lucrativos, criado em 2010, com uma rede inicial de dezesseis entidades formada por
instituições de pesquisa, instituições de ensino superior, empresas e associações
empresariais.
39
Triangulo de Sabato: vide, por exemplo: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2008/ju419pdf/Pag02.pdf,
acesso em 30/8/2010, e Tríplice Hélice: The Triple Helix: www.thetriplehelix.org
40
Sophia Antipolis: www.sophia-antipolis.org e Labège Innopole: www.sicoval.fr
9
Fig. 7: Localização de empresas de biotecnologia (em particular de genética animal), fazendas de criação
de gado selecionado e espaços para comercialização de animais em Uberaba. (Fonte: ABCZ)
10
16 UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro: Campus com 500 mil m² no Parque 66,7
Tecnológico. O Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas opera em prédios em área de
22 mil m2, cedidos pela Prefeitura de Uberaba, e constrói complexo com 10,8 mil m².
Também está em implantação o Parque Olímpico da UFTM, com 14,5 mil m2 e ginásio de
esportes para 5 mil pessoas e alojamentos para atletas.
17 UNIUBE - Universidade de Uberaba – Hospital Veterinário - Moderno hospital veterinário 1
que atende animais de todos os portes, em especial bovinos, equinos e de estimação.
18 Sindicato Rural - Centro de Turismo Rural – Sede do Sindicato – Unidade de 3
representação da FAEMG - Profissionalização e promoção do turismo rural.
III.10. Viabilidade
Entre as condições para a viabilidade do Parque Tecnológico Uberaba, destacam-se:
Coerência com a Vocação Regional: O Parque Tecnológico é centrado no Agronegócio.
Políticas Públicas: O Parque Tecnológico está amparado por legislação adequada,41 que o blinda
contra eventuais antagonismos devido à alternância de mandatos.
Gestão executiva profissional: O Instituto Parque, associação de direito privado sem fins
lucrativos, reúne os atores da inovação em Uberaba e em âmbito regional, estadual e federal.
Redes de Parcerias: Inclui significativo apoio do setor empresarial ao Parque Tecnológico,
representado, por exemplo, pela FAEMG e FIEMG.42
41
Lei nº 10.372, Município de Uberaba, Porta-voz, 19/4/2008, página 27, ANO 13 Nº 706: www.portavozuberaba.com.br
42
FIEMG: Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais: www4.fiemg.com.br e FAEMG: Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Minas Gerais: www.faemg.org.br
11
Fundo de Ciência, Tecnologia e Inovação. Criado por Lei Municipal, disponibiliza recursos para
manutenção e investimentos do Parque Tecnológico. Além das contribuições da Prefeitura, prevê-
se que as empresas associadas ao Parque e à Bio.Rota também contribuam para o fundo.
Âncoras: Parceria com a EMBRAPA, EPAMIG, UFTM, IFTriângulo (Reitoria, Campus 1 e Campus
de Informática), FAZU, ABCZ e Projeto Validação de Tecnologias (ABCZ – Embrapa).
Áreas disponíveis: Há 55 hectares para instalação imediata de empresas e instituições de
pesquisa. Há disponibilidade de uso de parte dos demais 1.600 ha, propriedade de parceiros do
Parque Tecnológico, como ilustrado pela cessão de 50 ha para a UFTM pela Embrapa e Epamig.
Licenças Ambientais: Há licenciamento ambiental para as áreas empresariais.
Base de Usuários: As dimensões do Parque Tecnológico e da Bio.Rota permitem estimar uma
base considerável de usuários para os serviços de valor agregado oferecidos pelo Instituto Parque,
reduzindo os custos para cada demandante.
Infraestrutura: Está implantada, inclusive com fibra óptica, e é mantida pela Prefeitura. Novos
investimentos estão previstos no Plano de Infraestrutura do Parque, da Prefeitura.
Projetos Empresariais: Encontra-se em fase avançada de negociação a implantação de diversos
projetos empresariais no Parque Tecnológico, tais como:
Centro Empresarial TIC: Os cursos de Informática do IFTriângulo serão instalados em prédio
no Parque Tecnológico, adjacente ao campus da UFTM. Ao lado, prevê-se a construção do
Centro Empresarial TIC, com 10.000 m², destinado a empresas de Informática (Fig. 8).
Centro de Exposições e Eventos de Uberaba: Foi cedida área de 25.000 m² para a
construção desse centro, com concepção inovadora, contando com salão para quatro mil
pessoas, sob a responsabilidade da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberaba (Fig. 9).
Shopping Center e Hotel.
Projeto Uberaba para o Futuro: O Instituto Parque iniciou a elaboração das bases do Projeto
Uberaba para o Futuro e do Projeto Regional para o Futuro. Os conceitos associados a esse tipo
de projeto foram apresentados em diversos seminários da ANPROTEC e da IASP.43
Fig. 8. Centro Empresarial TIC. (Fonte: Prefeitura de Fig. 9. Centro de Exposições e Eventos de Uberaba, projeto
Uberaba) preliminar do conjunto. (Fonte: Prefeitura de Uberaba)
43
[SPOLIDORO, R. 1999, 2001, 2006], [MAZZAROLO, C. et al., 2003], [SPOLIDORO, R. et al., 2003, 2004, 2005, 2006, 2008,
2009, 2010], [GALIAN, C. et al., 2004], [ALVES FILHO, J. et al., 2004]; [CHIAPANI-SOUTO, M.; SPOLIDORO, R., 2008].
12
IV. Imagens do Parque Tecnológico Uberaba e da Bio.Rota
Sede do Instituto Parque. (Foto Instituto Empresa CONSIST Informática, no Visitas às atividades de P&D da
Parque) Parque Tecnológico. (Foto Instituto Parque) Geneal, na Bio.Rota. (Foto Geneal)
Um dos pavilhões de pesquisa da Hospital Veterinário, FAZU e UNIUBE. Campus da UFTM, no Parque
EPAMIG. (Foto Instituto Parque) (Foto FAZU) Tecnológico. (Imagem: UFTM)
IFTRIANGULO – campus 1, com Campus da FAZU. (Foto FAZU) Centro Olímpico (Foto Instituto Parque)
fazenda experimental. (Foto IFTriângulo)
V. Conclusões
No Brasil, em 2004, o Agronegócio empregava 37% da população e gerava um terço do PIB e 42% das
exportações em valor. Para firmar-se como uma respeitada plataforma mundial nesse setor, o país
precisa ampliar a sua capacidade de agregar conhecimento e inovação às cadeias de produção
correspondentes, assegurando alta produtividade e qualidade dos produtos.44,45
Apesar da contribuição que os parques tecnológicos que têm o Agronegócio como foco principal, ou
incluído entre suas prioridades, podem oferecer a essa conquista, é pequena a parcela dessas
iniciativas tanto no Brasil quanto, também, em âmbito mundial.
O Parque Tecnológico Uberaba é um dos poucos casos identificados, no Brasil, de parque tecnológico
em operação com esse perfil.
O estudo da trajetória desse parque tecnológico indica que ele vem encontrando sucesso. A análise
das razões para essa conquista permite identificar uma série de ações implementadas desde a
concepção da iniciativa, em 1993, destacando-se:
Reconhecer e valorizar a forte vocação de Uberaba e da região no Agronegócio, com as suas
diversas cadeiras produtivas, como um dos seus esteios econômicos, e considerar esse setor
como um grande integrador de atividades e especialidades;
Criar uma rede tecnopolitana46 de parcerias, transcendendo os limites da base física original
do Parque e criando condições para que diversas empresas de base tecnológica, instaladas
na Bio.Rota ou em outros locais próximos ao Parque Tecnológico, possam participar das
atividades no âmbito desse último;
44
Portal do Agronegócio, empresa vinculada à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do CENTEV/UFV, Viçosa, MG:
www.portaldoagronegocio.com.br, acesso em 2/6/2010
45
MAPA: www.agricultura.gov.br/portal/page?_pageid=33,968707&_dad=portal&_schema=PORTAL, atualização: 23/11/2004,
acesso em 10/4/2010.
46
Sobre programas tecnopolitanos vide, por exemplo: [SPOLIDORO, R.; AUDY, J. N., 2008]
13
Promover condições para a criação e desenvolvimento endógeno de empreendimentos
intensivos em conhecimento e inovadores sem, entretanto, descurar a atração de
empreendimentos que possam contribuir para o Parque Tecnológico, o município e região;
Promover a participação harmônica, na iniciativa, das forças da sociedade organizada;
Cultivar a visão de que o Parque Tecnológico deve ser um dos instrumentos da transformação
do município e do seu território numa região inovadora e competitiva no novo paradigma da
Sociedade do Conhecimento e da Responsabilidade Social, e motivar a formulação e
implementação do Projeto Uberaba para o Futuro;
Reconhecer que cada parque tecnológico, sendo único no seu contexto, deve criar as
características que o distinguem como um ente singular - respeitando a definição de parque
tecnológico da IASP, e que cada parque deve reinventar-se continuamente, de modo a
responder com eficácia aos desafios trazidos pela aceleração das mudanças em âmbito local,
nacional e mundial.
Essa estratégia tem permitido que o Parque Tecnológico Uberaba apresente resultados relevantes em
âmbito nacional e mundial, destacando-se:
Essa estratégia também se revela profícua para promover extenso trabalho em rede por empresas,
instituições de ensino e pesquisa, associações de classe e governo, em linha com a política nacional e
estadual de ciência, tecnologia e inovação, como ilustrado por recente Edital do Governo Federal sobre
Sustentabilidade Agropecuária.48 Mostra-se, também, coerente com a estratégia do Instituto Europeu
de Inovação e Tecnologia,49 que decidiu apoiar projetos de pesquisa e inovação em rede, com base
nas entidades existentes, em lugar de tentar replicar, na Europa, o Massachusetts Institute of
Technology.
47
Sobre parques tecnológicos disseminados na região: [SPOLIDORO, R. et al., 2008] e [SPOLIDORO, R.; AUDY, J. N., 2008].
48
Edital MCT/CNPq, MEC/CAPES, CT-AGRO, CT- HIDRO, FAPS e EMBRAPA N º 22/2010.
49
European Institute of Innovation and Technology: http://eit.europa.eu/
50
Por exemplo: [SPOLIDORO, R., 1997]; [ZOUAIN, D.; PLONSKI, A., 2002], [DINIZ, C. C., 2007] e [FIATES, J. E. et al., 2009]
51
Inspirado em Schumpeter [SCHUMPETER, J., 1961].
14
Notas e referências bibliográficas
ALVES FILHO, J.; DE FARO MELO, T.A.; BORGES FREIRE, A.C.; SPOLIDORO, R.; GUERRA, A.;
FISCHER, H.; FERREIRA DOS ANJOS, P.; LIMA, F. Promoting business and markets for
tenants: the case of SergipeTec. Proceedings XXI IASP World Conference. Bergamo, 2004.
BATTELLE, AURP, 2007: Characteristics and Trends in North American Research Parks: 21st Century
Directions, Battelle Memorial Institute, and AURP, Oct. 2007. Disponível em:
www.battelle.org/ASSETS/286E374D8FE447D59A5431489670332B/univresearch.pdf
CHIAPANI-SOUTO, M.; SPOLIDORO, R. Parque Tecnológico de Econegócios. Anais XVIII Seminário
Nacional, ANPROTEC. Aracaju, 2008.
DINIZ, C. C. A Busca de um Projeto de Nação: O Papel do Território e das Políticas Regional e Urbana.
Revista ANPEC, v. 7, p. 1-18, 2007.
ENGARDIO, P. Research Parks for the Knowledge Economy, BusinessWeek June 1, 2009:
www.businessweek.com/innovate/content/jun2009/id2009061_849934.htm
FERREIRA, F.; PAIXÃO CÔRTES, Z. The Science Park of Uberaba. Proceedings V IASP World
Conference. Rio de Janeiro, 1996.
FIATES, J.E.A. et al. Parques Tecnólogicos no Brasil: Estudo, Análise e Proposições, ABDI e
ANPROTEC, 2009. Disponível em www.anprotec.org.br
GALIAN, C.; JAUME, F.; SPOLIDORO, R.; JACOBO, L.A.; OLIVERI, N.J.; FISCHER, H.; RUBINSTEIN,
H.; MAZZAROLO, C.F. Attracting Knowledge-Based Companies: Lessons from Posadas
(Argentina) - Pato Branco (Brazil) Innovation Corridor. Proceedings XXI IASP World Conference.
Bergamo, 2004.
KAO, J. Innovation Nation, New York: Free Press, Simon & Schuster, 2007.
MAZZAROLO, C.; SPOLIDORO, R.; FISCHER, H. Pato Branco Technology Park and the transformation
of Pato Branco Region in a Technopolis. Proceedings XX IASP World Conference. Lisbon, 2003.
OHMAE, K. The Next Global Stage. New Jersey: Wharton Scholl Publishing, 2005
SCHUMPETER, J.A. The theory of economic development. New York: Oxford U. Press, 1961.
SPOLIDORO, R. A Sociedade do Conhecimento e seus impactos no meio urbano. In: PALADINO, G.;
MEDEIROS, L.A. (Org.). Parques Tecnológicos e Meio Urbano. Brasília: ANPROTEC, SEBRAE,
1997.
SPOLIDORO, R.; AUDY, J. Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul - TECNOPUC. Porto Alegre: Editora PUCRS, 2008.
SPOLIDORO, R. Diretrizes Estratégicas para o Parque Tecnológico do Vale do Sinos. Novo Hamburgo:
Editora FEEVALE, 2006.
SPOLIDORO, R. et al. New horizons for Science and Technology Parks: a Brazilian-Argentinean
perspective. Proceedings XXVII IASP World Conference, Daedeok, Korea, 2010.
SPOLIDORO, R.; FISCHER, H. Science Parks as key elements of innovative Regional Development
Process. Proceedings of the XIX IASP World Conference. Quebec, 2002.
SPOLIDORO, R.; FISCHER, H.; BARON, R.; Design and operation of Business Incubation Systems
within the Knowledge-based Society. Proceedings XXII IASP World Conference. Beijing, 2005.
SPOLIDORO, R.; FISCHER, H.; BARON, R. Science Parks designed as entities of the new paradigm:
the Knowledge-based Society. Proceedings XXIII IASP World Conference. Helsinki, 2006.
SPOLIDORO, R.; FISCHER, H.; PAIXÃO CÔRTES, Z. Desenvolvimento Regional Inovador e Habitats
de Inovação. Anais XII Seminário Nacional, ANPROTEC. São Paulo, 2002.
SPOLIDORO, R.; PRODANOV, C.; BARROSO, F. VALETEC Park (Brazil): An innovative STP
enhancing a traditional industrial cluster to leap forward the knowledge-based economy.
Proceedings XXV IASP World Conference. Johannesburg, 2008.
SPOLIDORO, R. Science Parks as gateways to technopoleis and innovative regional development
processes. Proceedings XVI IASP World Conference. Istanbul, 1999.
SPOLIDORO, R. Technopoleis and Innovative Urban Development in Brazil. Proceedings III IASP World
Conference. Bordeaux, 1994.
TAPSCOTT, D.; WILLIAMS, A.D. Wikinomics, New York: Portfolio, Penguin Group, 2006
TOWNSEND, A. et al. The Next Twenty Years of Technology-Led Economic Development, Institute for
the Future Report Number SR-12361, 2009: www.iftf.org/iasp
WESSNER, C.W., 2009: US National Research Council; Understanding Research, Science and
Technology Parks: Report of a Symposium: www.nap.edu/catalog/12546.html
ZOUAIN, D.M.; PLONSKI, G.A. Technology Park of Sao Paulo – building up a model to metropolitan
regions of São Paulo State. Proceedings 11th International Association of Management of
Technology Conference, Miami Beach, Florida: 2002.
15