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INTRODUÇÃO AO
GEOPROCESSAMENTO
Caratinga
Novembro/2003
O Mapa das Trilhas do Grande Yü, descrito como
“o mais preciso trabalho cartográfico da sua
época, talhado na pedra por volta do ano 1100. A
linha de costa é firme e a precisão da rede
hidrográfica extraordinária. A escala da grade é de
100 li por divisão. O original, que agora está no
Museu Pei Lin em Xi’an, tem cerca de 1 metro
quadrado.” (Citado por Needham, “Science and
Civilization in China”). Reproduzido de ARONOFF
(1992).
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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1 – Definição de Geoprocessamento 4
4 - O Universo Conceitual 9
5 - O Geoprocessamento e os SIG´s 10
7 – SIG 11
Sensoriamento Remoto 19
8 - Estrutura de dados 21
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 25
GLOSSÁRIO......................................................................................................... 27
3
Introdução
1 – Definição de Geoprocessamento
4
conceitos de cada disciplina a algoritmos e estruturas de dados utilizados para armazenamento e
tratamento dos dados geográficos. Considere-se, a título de ilustração, alguns problemas típicos: Um
sociólogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenômeno da exclusão social numa
grande cidade brasileira. Um ecólogo usa o SIG com o objetivo de compreender os remanescentes
florestais da Mata Atlântica, através do conceito de fragmento típico de Ecologia da Paisagem. Um
geólogo pretende usar um SIG para determinar a distribuição de um mineral numa área de
prospecção, a partir de um conjunto de amostras de campo.
O que há de comum em todos os casos acima? Para começar, cada especialista lida com
conceitos de sua disciplina (exclusão social, fragmentos, distribuição mineral). Para utilizar um SIG,
é preciso que cada especialista transforme conceitos de sua disciplina em representações
computacionais. Após esta tradução, torna-se viável compartilhar os dados de estudo com outros
especialistas (eventualmente de disciplinas diferentes). Em outras palavras, quando falamos que o
espaço é uma linguagem comum no uso de SIG, estamos nos referindo ao espaço
computacionalmente representado e não aos conceitos abstratos de espaço geográfico.
Do ponto de vista da aplicação, utilizar um SIG implica em escolher as representações
computacionais mais adequadas para capturar a semântica de seu domínio de aplicação. Do ponto
de vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer o conjunto mais amplo possível de
estruturas de dados e algoritmos capazes de representar a grande diversidade de concepções do
espaço. Nesta perspectiva, esta apostila examina os problemas básicos de representação
computacional de dados geográficos (Figura 1).
No final desta apostila encontra-se um glossário com os principais termos utilizados na área
de geoprocessamento.
5
universo de representação, onde as diversas entidades formais são mapeadas para representações
geométricas e alfanuméricas no computador e, finalmente, o universo de implementação, onde as
estruturas de dados e algoritmos são escolhidos, baseados em considerações como desempenho,
capacidade do equipamento e tamanho da massa de dados. É neste nível que acontece a
codificação.
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3 - Tipos de dados em Geoprocessamento
3.1 – Dados Temáticos
Nos dados cadastrais, cada um de seus elementos é um objeto geográfico, que possui
atributos e pode estar associado a várias representações gráficas. Por exemplo, os lotes de uma
cidade são elementos do espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização, valor venal,
IPTU devido, etc.) e que podem ter representações gráficas diferentes em mapas de escalas
distintas. Os atributos estão armazenados num sistema gerenciador de banco de dados (Figura 3).
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Figura 3 – Exemplo de dado cadastral associado com feição geográfica.
3.3 - Redes
No caso de redes, cada objeto geográfico (e.g: cabo telefônico, transformador de rede
elétrica, cano de água) possui uma localização geográfica exata e está sempre associado a atributos
descritivos presentes no banco de dados e geralmente está na forma de linhas.
As informações gráficas de redes são armazenadas em coordenadas vetoriais, com topologia
arco-nó: os atributos de arcos incluem o sentido de fluxo e os atributos dos nós sua impedância
(custo de distâncias percorrida).
A topologia de redes armazena informações sobre recursos que fluem entre localizações
geográficas distintas.
3.4 - Imagens
Constituídas por imagens de satélites, fotografias aéreas ou qualquer imagem digitalizada por
meio de “scanners", as imagens representam formas de captura indireta de informação espacial.
Armazenadas como matrizes, cada elemento de imagem (denominado "pixel") tem um valor
proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida pela área da superfície terrestre
correspondente. A Figura 4 mostra uma composição colorida falsa cor das bandas 3 (associada à
cor Azul), 4 (Verde) e 5 (Vermelha) do satélite TM-Landsat, envolvendo parte do Parque Estadual do
Rio Doce (MG). Pela natureza do processo de aquisição de imagens, os objetos geográficos estão
contidos na imagem, sendo necessário recorrer a técnicas de fotointerpretação ou de classificação
para individualizá-los. Características importantes de imagens de satélite são: o número e a largura
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de bandas do espectro eletromagnético imageadas (resolução espectral), a menor área da superfície
terrestre observada instantaneamente por cada sensor (resolução espacial), o nível de quantização
registrado pelo sistema sensor (resolução radiométrica) e o intervalo entre duas passagens do
satélite pelo mesmo ponto (resolução temporal).
4 - O Universo Conceitual
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individual, com atributos que o distinguem dos demais. Igualmente, poder-se-ia pensar como geo-
objetos os rios de uma bacia hidrográfica ou os aeroportos de um estado.
Define-se uma região geográfica R como uma superfície qualquer pertencente ao espaço
geográfico, que pode ser representada num plano ou reticulado, dependente de uma projeção
cartográfica. A região geográfica serve de suporte geométrico para localização de entidades
geográficas, pois toda entidade geográfica será representada por um ponto ou um conjunto de
pontos em R. A definição de região geográfica proposta não restringe a escolha da representação
geométrica (matricial ou vetorial) associada aos objetos geográficos.
5 - O Geoprocessamento e os SIG´s
O geoprocessamento, na verdade, é uma das vertentes evolutivas do sensoriamento remoto,
que veio suprir, pode-se assim dizer, a carência de organização e sobreposição de dados referentes
a uma região especificamente estudada. Esta técnica é, hoje, de ampla utilização, pois permite
associar vários itens a uma mesma projeção, mostrando verdadeiras inter-relações entre atividades
de análise em um mesmo espaço físico (compreenda-se tal tipo de análise como vegetação,
ocupação humana, organização urbana, rural, hidrografia, etc.).
As imagens (informações) são obtidas pelo satélite e armazenadas em computadores, não
necessariamente mainfraimes (computadores de grande porte), com uma boa capacidade de
processamento, amplo espaço disponível em disco rígido, onde são guardadas as informações a
serem processadas ou mesmo já processadas, bons softwares (programas), como O SPRING, O
Arc VIEW e o Arc INFO. Estes, por sua vez, são os conhecidos SIG´s, os sistemas de informações
geográficas, que são softwares específicos que possibilitam uma "aplicação ou conjunto de
aplicações destinadas à criação e exibição de mapas. Em geral, os sistemas de informações
geográficas contêm um sistema de exibição (que, às vezes, permite aos usuários exibir mapas com
um navegador de Web), um ambiente para criação de mapas e um servidor (computador que
gerencia determinados conjuntos de tarefas processadas) destinado ao gerenciamento de mapas e
dados para exibição on-line em tempo real" (NADAL, 1999).
Há, ainda, a utilização do GPS, do inglês global positioning system, que possibilita a
demarcação de pontos pelo estabelecimento de coordenadas exatas do local, com precisão nunca
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antes obtida, através de uma rede de satélites orbitais. Os pontos coletados em campo são
transferidos para os SIG´s e processados da mesma forma que acima citamos.
Estas formas de estrada de dados em um SIG serão melhores discutidas mais
posteriormente.
7 – SIG
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banco de dados que serve de base à gestão espacial e conseqüentemente a soluções a problemas
de determinada área da superfície terrestre, ou ainda, como o ambiente que permite a integração e a
interação de dados referenciados espacialmente com vistas a produzir análises espaciais como
suporte à decisão técnica ou política.
Os sistemas de informação geográfica originaram-se basicamente para atender
planejadores, unindo técnicas de CAD (computer aided design) e banco de dados. Porém a partir do
final da década de 80 ampliaram-se os aplicativos com o aparecimento de softwares específicos
para as seguintes áreas:
• Meio Ambiente
• Segurança Publica
• Transportes
• Telecomunicações
• Agricultura
• Obras de Engenharia
• Turismo
• Serviços de Emergência
Para um melhor entendimento do sistema pode-se dividir o SIG nos seguintes elementos:
• Dados-Informação
• Hardware/Software
• Recursos Humanos
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• Procedimentos e Metodologia de Aplicativos
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Figura 5 – Elementos cartográficos
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7.1.2 – Aquisição dos Dados Geográficos
O dado georreferenciado é coletado de acordo com a necessidade do usuário, ou seja, da
característica do aplicativo. A base cartográfica para o SIG pode ser oriunda de diferentes fontes,
gerada com trabalho específico ou através da digitalização dados preexistentes (“escanear”).
As duas principais fontes de entradas de dados para SIG são o GPS (Global Position
System) e o sensoriamento remoto.
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Preocupados com o uso inadequado , os militares americanos implantaram duas opções de
precisão: para usuários autorizados (eles mesmos) e usuários não-autorizados (civis). Os receptores
GPS de uso militar têm precisão de 1 metro e os de uso civil, de 15 a 100 metros. Cada satélite
emite um sinal que contém: código de precisão (P); código geral (CA) e informação de status. Como
outros sistemas de rádio-navegação, todos os satélites enviam seus sinais de rádio exatamente ao
mesmo tempo, permitindo ao receptor avaliar o lapso entre emissão/recepção. A potência de
transmissão é de apenas 50 Watts. A hora-padrão GPS é passada para o receptor do usuário.
Receptores GPS em qualquer parte do mundo mostrarão a mesma hora, minuto, segundo,... até
mili-segundo. A hora-padrão é altamente precisa, porque cada satélite tem um relógio atômico, com
precisão de nano-segundo – mais preciso que a própria rotação da Terra. É a referência de tempo
mais estável e exata jamais desenvolvida. Chama-se atômico por usar as oscilações de um átomo
como "metrônomo".
O receptor tem que reconhecer as localizações dos satélites. Uma lista de posições,
conhecida como almanaque, é transmitida de cada satélite para os receptores. Controles em terra
rastreiam os satélites e mantém seus almanaques acurados. Cada satélite tem códigos P e CA
únicos, e o receptor pode distinguí-los. O código P é mais complexo que o CA, quase impossível de
ser alterado e somente militares têm acesso garantido a ele. Receptores civis medem os lapsos de
tempo entre a recepção dos sinais codificados em CA.
O controle de terra pode interferir, fazendo com que alguns satélites enviem seus sinais CA
ligeiramente antes ou depois dos outros. A interferência deliberada introduzida pelo Departamento
de Defesa dos EUA é a fonte da Disponibilidade Seletiva – Selective Availability (AS). Os receptores
de uso civil desconhecem o valor do erro, que é alterado aleatoriamente e estão entre 15 e 100
metros. Os receptores militares não são afetados.
Existe outra fonte de erro que afeta os receptores civis: a interferência ionosférica. Quando
um sinal de rádio percorre os elétrons livres na ionosfera, sofre um certo atraso. Sinais de
freqüências diferentes sofrem atrasos diferentes. Para detectar esse atraso, os satélites do sistema
enviam o código P em duas ondas de rádio de diferentes freqüências, chamadas L1 e L2.
Receptores caros rastreiam ambas as freqüências e medem a diferença entre a recepção dos sinais
L1 e L2, calculam o atraso devido aos elétrons livres e fazem correções para o efeito da ionosfera.
Receptores civis não podem corrigir a interferência ionosférica porque os códigos CA são gerados
apenas na freqüência L1 (l.575,42 MHz ). Existem receptores específicos, conhecidos como não-
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codificados, que são super acurados. Como desconhecem os valores do código P, obtém sua
precisão usando técnicas especiais de processamento. Eles recebem e processam o código P por
um número de dias e podem obter uma posição fixa com precisão de 10 mm. É ótimo para
levantamento topográfico.
Os dados efêmeros (de status) são constantemente transmitidos e contém informações de
status do satélite (operacional ou não), hora, dia, mês e ano. Os dados de almanaque dizem ao
receptor onde procurar cada satélite a qualquer momento do dia. Com um mínimo de três satélites, o
receptor pode determinar uma posição Lat/Long – que é chamada posição fixa 2D – bi-dimensional.
(Deve-se entrar com o valor aproximado da altitude para melhorar a precisão). Com a recepção de
quatro ou mais satélites, um receptor pode determinar uma posição 3D, isto é, Lat/Long/Altitude.Pelo
processamento contínuo de sua posição, um receptor pode também determinar velocidade e direção
do deslocamento.
Além da Disponibilidade Seletiva, outros fatores afetam a precisão do GPS, como a
‘Geometria dos Satélites’ - localização dos satélites em relação uns aos outros sob a perspectiva do
receptor GPS. Se um receptor GPS estiver localizado sob 4 satélites e todos estiverem na mesma
região do céu, sua geometria é pobre e seu sinal perde precisão. Outra fonte de erro é a
interferência resultante da reflexão do sinal em algum objeto. Como o sinal leva mais tempo para
alcançar o receptor, este 'entende’ que o satélite está mais longe que na realidade. Outras fontes de
erro: atraso na propagação dos sinais devido aos efeitos atmosféricos e alterações do relógio
interno. Em ambos os casos, o receptor GPS é projetado para compensar os efeitos.
Para conhecer melhor o sistema GPS, é necessário o conhecimento prévio de conceitos
básicos de sistemas de coordenadas (geográfica e UTM) e datum.
Sistemas de coordenadas
São padrões de quadrados e retângulos superpostos aos mapas que permitem identificação de todo
e qualquer ponto. O sistema mais usado que cobre o mundo todo é o LATITUDE/LONGITUDE. Usa-
se como referência a Linha do Equador – que divide a Terra em Hemisfério Norte (N) e Hemisfério
Sul (S) – e a linha que passa pelos pólos e pela cidade inglesa de Greenwich (Meridiano de
Greenwich) – que divide a Terra em Hemisfério Oeste (W, de West) e Hemisfério Leste (E, de East).
As linhas imaginárias paralelas à do Equador são chamadas de Paralelos de Latitude e suas
perpendiculares, de Meridianos de Longitude. Convencionou-se que a linha do Equador é a linha 0º
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de Latitude e o meridiano de Greenwich, a linha 0º de Longitude. O meridiano oposto, a 180º, é
chamado de "International Date Line" (Linha Internacional de Mudança de Data). O Pólo Norte está
na Latitude 90º Norte e o Sul, na 90º Sul. P último pedido de socorro do Titanic partiu das
coordenadas localizadas no paralelo de latitude 41º e 45’ acima do Equador (Hemisfério Norte) e no
meridiano de longitude a 050º e 14’ a oeste de Greenwich (Hemisfério Oeste). Assim, no sistema
LAT/LONG, suas coordenadas eram: N 41º 45’ W 050º14’.
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referência para o Hemisfério Sul. A coordenada vertical de uma localidade acima da Linha do
Equador é sua distância – em metros – ao Equador. A coordenada vertical 5.897.000 significa que o
ponto está a 5.897,0 m acima do Equador. Se o ponto estiver abaixo do Equador, a distância é
calculada subtraindo-se o valor da coordenada do valor de referência para o Hemisfério Sul
(10.000.000 – 5.897.000 = 4.103,0 m).
Como a mesma coordenada vertical pode ser associada a duas localidades distintas, uma
acima e outra abaixo do Equador, é necessário indicar em qual hemisfério se localiza para identificá-
-la.
Sensoriamento Remoto
O Sensoriamento Remoto pode ser definido, segundo BARRETT & CURTIS (1992), como a
ciência de observação à distância. Isto contrasta com o sensoriamento in situ, onde os objetos são
medidos e observados no local onde ocorrem. Em outras palavras, o sensoriamento remoto está
relacionado à ausência de contato físico entre o sensor (câmara fotográfica, satélite) e o alvo
(objeto). Desta forma, o Sensoriamento Remoto também pode incluir o estudo das técnicas de
aerofogrametria e fotointerpretação, uma vez que fotografias aéreas são remotamente captadas
(figura 7).
As imagens provenientes do sensoriamento remoto podem ser processadas digitalmente por
modernos softwares em potentes hardwares, a fim de se obter da imagem, o maior número de
informações possíveis. ARANOFF (1992) denomina processamento digital de imagens o conjunto de
procedimentos relativos à manipulação e análise de imagens por meio do computador. O tratamento
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digital de imagens difere muitas vezes dos procedimentos de restituição de fotografias aéreas afetas
ao campo aerofotogrametria.
Recentemente, o processamento digital de imagens de sensoriamento remoto está ligado ao
reconhecimento de feições e padrões registrados na imagem, através de programas
computacionais, geralmente baseados em análise estatística (ROBINSON, 1995). RODRIGUES &
QUINTANILHA (1991) e CAMARA (2001) salientam que as imagens de sensoriamento remoto
disponíveis atualmente são a forma rápida de se obter informações espaciais em formato digital
(fitas, compact disk, disquetes e rede-ftp). Isto permite que estas fontes sejam combinadas a outras
informações, de forma a constituir um banco de dados geográfico sobre o espaço em questão. O
processamento dessas informações, espacialmente referenciadas em meio digital é a base dos
sistemas de informação geográfica (BURROUGH, 1998; CAMARA, 1996).
As aplicações do Sensoriamento Remoto nas décadas de 70 e 80, estavam ligadas ao
mapeamento ambiental em escalas médias e pequenas (1:50.000 a 1.000.000). A partir de 1997
esta realidade começa a mudar, com entrada em órbita de novos satélites de maior resolução
ampliando assim os campos de aplicações. Pode-se, desta forma, obter mapas digitais em escalas
maiores (1:10.000 a 1:25.000) e realizar análises mais detalhadas, como por exemplo, com o satélite
IKONOS lançado em 1999.
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8 - Estrutura de dados
A estrutura dos dados corresponde à base cartográfica. Os dados gráficos podem ser
Vetorial ou Raster (Figura 8). São dados georreferenciados relacionados a cada posição geográfica,
nos quais identificamos a posição por meio de uma referência espacial relacionada a um sistema de
coordenadas.
8.1- Dados Vetoriais
Um mapa digital é constituído por representações gráficas: todas as feições são descritas
por pontos, linhas e polígonos, representados em um sistema de coordenadas. Os pontos são
definidos por uma única coordenada (ex: postes, poços). As linhas são constituídas por vários
pontos (vértices) que se interligam, constituindo vetores (ex: estrada, rio, curvas de nível). Polígonos
são áreas fechadas composta por varias linhas que começam e terminam num mesmo ponto ( ex:
lote, lago). Para que o SIG reconheça as feições representadas por pontos, linhas e polígonos, são
necessárias relações topológicas. Topologia é um procedimento matemático para definir relações
espaciais, tais como conectividade, adjacência e contigüidade. As vantagens das relações
topológicas são:
• armazenar dados vetoriais mais eficientemente;
• processar um maior número de dados;
• permitir a conexão de linhas em rede, combinar polígonos adjacentes e sobrepor feições
geográficas.
A topologia de dados digitais só é efetuada após a edição dos dados de um mapa. As
feições de um mapa deverão ser separadas em camadas de informação de tal forma que cada
camada contenha pontos, linhas ou polígonos. Por exemplo, um mapa de loteamento está numa
camada de informação ou "layer", que tem topologia de polígono; outra camada contendo ruas
possui topologia de linhas.
Graças à topologia o sistema reconhece nas feições, extensões, áreas, direção, vizinhança,
o que permite estabelecer relações entre as diferentes camadas de informação. A Figura 9 mostra
os diferentes níveis de informação do espaço geográfico subdividido em camadas de informação
ponto, linha, polígono.
21
Mundo Real
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A resolução do dado raster está associada ao tamanho da célula: quanto menor a célula
melhor a resolução ou qualidade da imagem. Um dado em forma raster pode ser convertido para um
dado vetorial (FRANCELINO, et al., 2003). Esta conversão raster/vetor depende da qualidade do
dado raster o do programa utilizado nesta transformação.
A maioria dos dados raster é composta por imagens de satélites ou fotografias digitalizadas.
Cada formato apresenta suas vantagens e desvantagens, que estão sumariadas na Tabela 1.
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(cartesianas) é usado para referenciar as feições. No entanto, existe a necessidade de uma
informação adicional sobre os mapas na relação espacial entre as feições que é a topologia. A
Topologia, como já citado, é um procedimento matemático para definir explicitamente as relações
espaciais entre elementos. Nos mapas digitais, por exemplo, a topologia, define conexões entre as
feições, identifica polígonos adjacentes e pode definir uma feição ou um conjunto de feições.
O banco de dados descritivos armazena os atributos das feições. Estes atributos podem ser
nominais (tipo de solo, floresta, etc.) ou escalares (altitudes, profundidades, índices, etc.). A Figura
10 mostra a relação entre dados espaciais e descritivos.
O projeto da base de dados geográficos de um SIG, passa, em geral, por três fases
principais:
• Identificação de feições geográficas e atributos;
• Organização das camadas (layers) de informação geográfica;
• Definição do armazenamento.
O banco de dados deve refletir os objetivos do usuário na utilização do sistema. É
importante dedicar algum tempo nas fases iniciais do projeto do banco de dados, antes de
automatizá-lo pois, desta forma, assegura-se a real necessidade de certa gama de dados para a
geração de análises espaciais compatíveis com o objetivo do sistema.
Um banco de dados bem projetado, proporcionará o contínuo reaproveitamento das
informações para outras análises que se fizerem necessárias. À medida que o volume e os tipos de
dados armazenados aumentam, é necessário utilizar softwares específicos para gerenciamento de
dados. Os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados, SGBDs, objetivam disponibilizar a
diferentes usuários acesso ao banco de dados além de manter a integridade dos mesmos.
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Figura 10 – Relação entre dados descritivos e espaciais.
Bibliografia
EASTMAN, R.; KYEM, P.A.K.; TOLEDANO, J.; JIN, W. Explorations in Geographic Information
Systems Technology. Gis and decision making. UNITAR, Worcester, M.A. 1993.
CÂMARA, G.; DAVIS.C.; MONTEIRO, A.M.; D'ALGE, J.C. Introdução à Ciência da Geoinformação.
São José dos Campos, INPE, 2001 (2a. edição, revista e ampliada).
CÂMARA, G.; MONTEIRO, A.M.; FUKS, S.; CAMARGO, E.; FELGUEIRAS, C. Análise Espacial de
Dados Geográficos. São José dos Campos, INPE, 2001 (2a. edição, revista e ampliada).
CÂMARA, G.; PAIVA, J.; CASANOVA, M. Bancos de Dados Geográficos. São José dos Campos,
INPE, 2001 (2a. edição, revista e ampliada).
25
DE SENSORIAMENTO REMOTO, 2003, Belo Horizonte, MG. Anais do XIV Simpósio Brasileiro
de Sensoriamento Remoto. 2003. p. 1803-1810.
MARBLE, D. Geographical information system: an overview. In: Pecora 9 Conference, Sioux Falls, S.
D. Proceedings... Sioux Falls, S. D. V.1, p. 18-24, 1984.
ROBINSON, Arthur. 1995. Elements of cartography. John Wiley & sons, Inc. New York.
RODRIGUES, M., QUINTANILHA, J. A. A seleção de software SIG para gestão urbana. In:
Congresso Brasileiro de Cartografia, 15, S. Paulo. Anais....S. Paulo; SBC, 1991, V.3, p. 513-9,
1991.
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GLOSSÁRIO
Afluente - Curso d’água, cujo volume ou descarga contribui para aumentar outro, no qual
desemboca.
Afundamento - Depressão produzida pela movimentação tectônica das camadas, que pode dar
origem a inclinais, grabens (fossas tectônicas) ou depressões de ângulo de falha, onde geralmente
se instala os cursos d’água.
Altitude - Distância vertical a partir de um datum, geralmente o nível médio do mar, até um ponto
ou objeto da superfície da Terra. Não confundir com altura, ou elevação, que se referem a pontos
ou objetos acima da superfície terrestre.
Altura ortométrica - Altitude ou altura preliminar à qual foi aplicada a correção ortométrica. Esta
correção visa não paralelismo existente entre diferenças de nível, tomadas em altitude ou alturas
diferentes.
Antena receptora - É o dispositivo que recebe sinais emitidos por satélites artificiais do sistema
GPS.
Aplicativo - Termo usado para um programa de computador (software), criado para atender as
necessidades específicas de um determinado usuário.
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Apoio básico - Implantação e medição em campo, de pontos de controle horizontais e verticais,
transportados da rede oficial. São marcos permanentes, necessários à determinação do apoio
suplementar.
Apoio planimétrico - Rede de pontos referida a um datum horizontal comum. Controla posições
de detalhes cartográficos num plano cartesiano (X,Y). Inclui pontos do apoio básico e do apoio
suplementar.
Arquivo ASCII - Arquivo cujas informações estão codificadas de acordo com a tabela ASCII.
Arquivo vetorial - Arquivo gráfico cujas informações estão armazenadas sob a forma vetorial, ou
seja, por coordenadas formando pontos, linhas e polígonos.
Arquivo vetorial escalado - Arquivo gráfico cujas informações tiveram suas dimensões alteradas
(ampliadas ou reduzidas) por um fator de escala.
ASCII - American Standart Code for Information Interchange. Tabela de códigos de oito bits
estabelecida pelo American National Standart Institute (ANSI), para todos os caracteres do teclado
do computador. Define um padrão para equipamentos de computação.
Atributo - Tipo de dado não gráfico que descreve as entidades representadas por elementos
gráficos. Termo usado para referenciar todos os tipos de dados não gráficos e, normalmente
alfanumérico, ligados a um mapa.
Azimute - Distância angular, medida sobre o horizonte, variando de 0º a 360º, a partir do norte por
leste (Azimute topográfico) ou a partir do sul por oeste (Azimute astronômico).
Banco de dados - Conjunto de dados organizados de maneira lógica, ou seja, numa seqüência
que permite acesso rápido e simples.
Banco de dados relacional - Série de arquivos ou tabelas que podem ser conectadas ou inter-
relacionadas através de um item ou informação comum a dois ou mais desses arquivos.
Banda - Um dos níveis de uma imagem multiespectral, representado por valores refletidos por
valores refletidos de luz ou calor de uma faixa específica do espectro eletromagnético.
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Bússola - Instrumento que contém agulha magnética, móvel em torno de um eixo que passa pelo
seu centro de gravidade, montada em caixa com limbo graduado e usado para orientação.
CAD - Desenho assistido ou auxiliado por computador. Abrange os programas com funções
capazes de criar e ou modificar desenhos vetoriais.
Cadastro - Inventário ou levantamento de todos os bens e posses de uma determinada área, com
município, Estado, País e destinado à determinação rigorosa do parcelamento da propriedade
territorial e do uso do solo. Pode também abranger informações socioeconômicas.
Câmara digital - Câmara destinada à produção de fotografias para fins cartográficas cujo registro
da imagem é efetuado de maneira binária em meio magnético, gerando imagens digitais (raster).
Carta classe A - Carta com Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) planimétrico igual a 0,5 mm na
escala da carta, sendo de 0,3 mm o erro padrão correspondente e PEC altimétrico igual à metade
da eqüidistância entre as curvas de nível sendo um terço desta eqüidistância o erro-padrão
correspondente.
Carta imagem - Carta ou mapa obtido através da correção geométrica de uma imagem de satélite.
Carta índice - Cartas esquemáticas que mostram limites e nomenclaturas de cartas elaboradas e
impressas por uma determinada instituição até certa data.
Cartografia - 1 - Ramo da ciência que trata da elaboração de mapas, proporciona subsídios para a
análise e interpretação de mapas, tabelas e outros recursos gráficos. 2 - Conjunto de operações
científicas, artísticas e técnicas produzidas a partir de resultados de observações diretas ou de
exposições de documentos.
Cartografia náutica - Elaboração e preparação de cartas que representam, entre outros aspectos,
profundidades e natureza da superfície marinha.
Chave de acesso - Campo usado para relacionar elementos da base de dados gráfica às
informações alfanuméricas contidas num banco de dados.
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Cobertura aerofotogramétrica - Conjunto de fotografias aéreas necessárias para a elaboração de
estudos ou mapeamento de determinada área.
Colimação - 1 - Observação de um ponto de mira por meio de instrumento próprio. Ajuste das
marcas de fé na câmara, a fim de ser definido o ponto principal. 2 - Ajuste das marcas de fé na
câmara, a fim de ser definido o ponto principal.
Conjunto de vetores - Conjunto de linhas cujos pontos definidores estão codificados e fazem
parte de um arquivo magnético.
Convenções cartográficas - Legenda. Parte de uma carta ou mapa que contém o significado de
todos os símbolos, cores e traços utilizados na representação do desenho cartográfico.
Conversão de dados - Parte de uma carta ou mapa que contém o significado de todos os
símbolos, cores e traços utilizados na representação do desenho cartográfico.
Coordenadas - Valores lineares e/ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto num
sistema de referência qualquer.
Copiões - Cópias preliminares de arquivos digitais, em papel sulfite, feitas através de plotter, para
conferir as informações trabalhadas.
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Cor - Impressão produzida no órgão visual humano pelos raios da luz decomposta, que contrapõe
o branco, que é a síntese de todas as cores, e o negro, que é a cor; matéria corante que se aplica
em tintas. O mesmo que pigmento.
Cor básica - A primeira cor impressa de um mapa policrômico, à qual se sucedem as demais
cores representadas.
Corda - Segmento de uma secante a uma curva, ou a uma superfície, compreendido entre dois
pontos de interseção.
Cor de impressão - Cor da tinta utilizada para transportar a imagem impressora para uma
superfície de impressão.
Cota - Número que exprime a altitude de um ponto em relação a uma superfície de nível de
referência.
Cota de curva - Valor numérico aposto numa curva de nível, a fim de indicar a sua altitude relativa
a um datum, geralmente o nível médio do mar.
Cursor - Símbolo que se movimenta na tela do computador através dos comandos de um teclado
ou de um mouse, de forma a indicar e selecionar comandos, opções, etc.
Curvas de nível - Linhas e curvas representadas numa carta ou mapa, que unem pontos de
mesma elevação e que se destinam a retratar a forma do relevo.
Dado - 1 - Qualquer grandeza numérica ou geométrica, ou conjunto de tais quantidades, que pode
servir como referência ou base para cálculo de outras grandezas. 2 - Representação de fatos,
conceitos e instruções apropriadas para o processamento por meios humanos ou automáticos.
Dados de camada - Dados com características similares contidos num mesmo plano ou nível
(rodovias, rios). Normalmente, as informações contidas numa camada de dados estão relacionadas
e são desenhadas para serem usadas com outras camadas.
Dados vetoriais - Conjunto de vetores que permitem formar pontos, linhas ou linhas fechadas
(poligonais).
Datum - Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de pontos.
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Digitalização - Processo de captura de informações através do uso de mesas digitalizadoras.
Drive ótico - Dispositivo de leitura e gravação de informações que opera por processos óticos
onde a gravação segue um padrão semelhante aos Compact Discs (CDs) musicais.
DTM - Digital Terrain Model. Modelo Digital do Terreno. Representação digital da superfície
terrestre, através de uma malha de elevação ou lista de coordenadas tridimensionais; Muito
freqüentemente usado como sinônimo de DEM (Digital Elevation Model).
Editoração eletrônica - Uso de microcomputadores para gerar textos e gráficos de alta qualidade
tipográfica.
Efeito doppler - Mudança aparente na freqüência da energia radiante quando a distância entre o
emissor e o receptor está sendo modificada.
EIA e RIMA - Siglas para designar Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio
Ambiente.
Elipsóide - 1 - Figura matemática muito próxima do geóide na forma e no tamanho, utilizada como
superfície terrestre de referência nos cálculos dos levantamentos geodésicos.
2 - Sólido geométrico obtido pela rotação de uma elipse sobre um de seus eixos. No caso
cartográfico, utiliza-se como geratriz o eixo de rotação terrestre.
EMFA - Estado Maior das Forças Armadas.Órgão federal com o poder de controlar, fiscalizar e
autorizar a execução de todo e qualquer serviço de aerolevantamento no Brasil.
Feições Artificiais - Características artificiais da superfície terrestre, ou seja, tudo aquilo que foi
criado e modificado pelo homem como estradas, cidades, barragens, edificações, áreas cultivadas,
etc.
Feições Naturais - São as características naturais da superfície terrestre como rios, lagos, morros,
montanhas, matas e florestas nativas.
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Formato padronizados - Dimensões padronizadas pela norma NBR 10068 (NB 1087) da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para folhas de papel:
A0 = 1188 x 840mm;
A1 = 840 x 594mm;
A2 = 594 x 420mm;
A3 = 420 x 297mm;
A4 = 297 X 210mm.
Formato de Arquivo - Forma como um arquivo se apresenta, ou seja, modo como as informações
gráficas e de textos são organizadas e armazenadas no disco.
Fotoíndice - Conjunto de fotografias aéreas, superpostas pelos detalhes que lhes são comuns,
reduzido fotograficamente. Permite visualizar o conjunto fotografado e identificar fotografias e
faixas de vôo pelos seus códigos.
Fotoplotter - Dispositivo plotador de gráficos, no caso imagens sobre papel sensível, ou filme.
Fuso UTM - Zona de projeção delimitada por dois meridianos cuja longitude difere de 6 graus e por
dois paralelos de latitude 80 graus, Norte e Sul.
Geodésia - 1 - Ciência que procura definir e situar as características naturais e físicas de grandes
porções da superfície terrestre. 2 - Ciência que busca a determinação da forma e das dimensões
da Terra.
Geografia - Ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na
superfície da Terra, as causas dessa distribuição e as relações locais de tais fenômenos.
Geóide - Superfície equipotencial do campo gravimétrico da Terra, coincidindo com o nível médio
inalterado do mar, e que se estende por todos os continentes, sem interrupção. A direção da força
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da aceleração da gravidade é perpendicular ao geóide é a sua superfície de referência para as
observações astronômicas e para o nivelamento geodésico.
Geomorfologia - Ciência que estuda as formas de relevo, tendo em vista a origem, da estrutura ,
natureza das rochas, o clima da região e as diferentes forças endógenas e exógenas que, de modo
geral, entram como fatores modificadores do relevo do relevo terrestre.
GPS - Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global. Sistema criado para
navegação, utilizando sinais emitidos por satélites artificiais. Suas aplicações incluem navegação e
posicionamento no mar, no ar e sobre a superfície terrestre.
Hidrografia - 1 - Ciência que se ocupa da medida e descrições das características físicas dos
oceanos, mares, lagos, e rios, bem como das suas áreas costeiras contíguas, com a finalidade em
geral, de navegação.
Hipertexto - Faz o acesso ao texto ou documento para que os leitores possam percorrer caminhos
associativos ao longo do documento, seguindo relações preferidas ou criadas por eles mesmos.
HPGL - Hewlett Packard Graphics Language - Linguagem idealizada pela Hewlett-Packard para o
armazenamento de imagens gráficas. Foi criada originalmente para ser usada com plotters.
Imagem de satélite - Imagem captada por um sensor a bordo de um satélite artificial, codificada e
transmitida para uma estação rastreadora na Terra (imagem raster).
Imagem multiespectral - Imagem de múltiplas bandas, isto é, obtida por vários sensores que
detectam a energia em bandas de diferentes comprimentos de onda.
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Informação - Conjunto de dados que possuem significado próprio.
Interface - NeoloSIGmo para interação ou ligação. Ex. interface cliente-fornecedor e interface com
programas e arquivos. Interface é, em informática, um circuito eletrônico que controla a interligação
entre dois dispositivos de hardware e os ajuda a trocar dados de maneira confiável.
Isolinha - 1 - Linhas ao longo das quais os valores são mantidos constantes. Ex.:
Isóbatas - curvas de mesma profundidade;
Isoipsas - curvas de mesma altitude;
Isotérma - curvas de mesma temperatura;
Isoieta - curvas de mesma precipitação pluvial.
2 - Linha que representa a interseção do plano de uma fotografia vertical com o plano de uma
fotografia oblíqua superposta. Se a fotografia vertical fosse livre de inclinação, a isolinha seria a
paralela isométrica da fotografia oblíqua.
Junção de elipsóide - Linha reforçada que, numa carta, separa duas ou mais quadrículas
principais, as quais são baseadas em elipsóides diferentes.
Köppen, classificação de - Tipo de classificação climática imaginada por Köppen, baseado nas
letras A, B, C, D, E, F, H, S, T, W e a, b, c, d, f, h, k, m, s, w.
Latitude - Ângulo entre o plano do horizonte e o eixo de rotação da Terra; isto é, de forma
simplificada, a distância em graus de um dado ponto da superfície terrestre à linha do Equador. A
latitude vai de 0º a 90º tanto para o Norte como para o Sul.
Legenda - Parte de um mapa, situada, geralmente, dentro da moldura, com todos os símbolos e
cores convencionais, e suas respectivas explicações.
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Levantamento gravimétrico - Determina valores da gravidade em uma série de pontos de uma
certa região.
LIS - Land Information System. Sistema baseado no mesmo princípio do SIG, diferindo deste pelo
fato do LIS abordar o mapeamento de fronteiras legais, propriedades, etc.
Mainframe - NeoloSIGmo utilizado para designar grandes computadores, grandes CPUs, com alta
velocidade de processamento e capacidade de armazenamento.
Mapa base - Dado mapeado que serve de base para o geoprocessamento. Em alguns casos essa
base raramente muda (ex. região censitária). Em outros casos a informação requer freqüentemente
manutenção (ex. cadastro de propriedades).
Mapa ou Carta - Representação gráfica analógica ou digital, geralmente em uma superfície plana
e em determinada escala, das características naturais e artificiais da superfície ou da sub-
superfície terrestre. Os acidentes são representados dentro da mais rigorosa localização possíveis,
relacionados em geral, há um sistema de referência coordenado.
Mapa temático - Mapa relacionado a um determinado tópico, tema ou assunto em estudo. Mapas
temáticos ou mapas-síntese enfatizam tópicos, tal como vegetação, geologia ou cadastro de
propriedade.
Memória RAM - Random Access Memory. Memória de acesso aleatório ou direto. Memória interna
do computador, onde são armazenados, temporariamente, programas de dados. O acesso é direto
porque independe da localização dos dados na memória. É medida em bytes.
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Menus - Listas horizontais ou verticais dos comandos ou opções de um programa de computador.
Mercator, Gerhard Kremer - Matemático e cartógrafo flamengo, autor da projeção que tem o seu
nome. É denominado o Pai da Cartografia Moderna.
Meridianos - Círculos máximos que cortam a Terra em duas partes idênticas, de pólo a pólo.
Todas as linhas de meridianos entrecruzam-se nos pólos. Convencionalmente, no Congresso
Internacional de Cartografia de Londres em 1985, resolveu-se adotar, como meridiano origem, o
que passa sobre o Observatório de Greenwich. Todos os meridianos possuem a mesma extensão -
40.036 km.
Mesa Digitalizadora - Mesa dotada de uma malha eletrônica e um cursor para entrada de
informações, que utiliza caracteres numéricos para representar dados contínuos.
Monitor - Dispositivo para saída (visualização) de informações, o mesmo que terminal de vídeo.
MS-DOS - Sistema operacional monousuário mais usado em micro, desenvolvido pela IBM e pela
Microsoft e adotado como padrão.
Nó de uma rede - Ponto de conexão em uma rede local de computadores, capaz de criar, receber
e repetir mensagens. Sinônimo de estação de trabalho.
Órbita terrestre - Trajetória descrita por um satélite artificial em seu movimento de translação em
torno da Terra.
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correspondentes do terreno. Uma prancheta está orientada quando as linhas relacionam as
posições da folha da prancheta são paralelas às linhas que correspondem aos objetos do terreno.
Um trânsito de topógrafo está orientado se o círculo horizontal indicar 0º no momento em que a
linha de colimão é paralela à direção que apresentava numa posição anterior (inicial) do
instrumento, ou uma linha-padrão de referência. Se a linha de referência for o meridiano, o círculo
irá apresentar azimutes referidos àquele meridiano. Uma fotografia está orientada quando
apresenta corretamente a visão perspectiva do terreno, ou quando as imagens da fotografia
aparecem na mesma direção do ponto de observação, como acontece com os símbolos
correspondentes do mapa. A orientação fotogramétrica é a repetição dos acidentes naturais do
terreno, numa escala em miniatura, pela projeção ótica das fotografias em superposição. O modelo
é formado quando todos os raios luminosos correspondentes dos dois projetores se cruzam no
espaço.
Ortofoto digital - Imagem fotográfica obtida através de processos computacionais a partir de uma
fotografia em perspectiva, na qual os deslocamentos de imagem devidos à inclinação e ao relevo
foram corrigidos matematicamente
Ortofotografia - Fotografia aérea cuja distorção devida a inclinação, curvatura e relevo é corrigida.
Fotografia resultante da transformação de sua original, que é uma perspectiva central (ver
definição) do terreno, numa projeção ortogonal sobre um plano (ver definição), complementada por
símbolos, linhas e quadrículas, com ou sem legenda, podendo conter informações planialtimétricas
ou somente planimétricas.
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Periféricos - Equipamentos ou componentes não integrantes do computador central (CPU),
controlados e conectados por cabos de comunicação. Ex. mesa digitalizadora, plotter e impressora
Pixels - Abreviatura de "picture elements", elementos formadores das estruturas raster, definidos
por linhas verticais e horizontais espaçadas regularmente.
Plotter eletrostático - Traçador de gráficos que opera pelos princípios básicos da eletricidade
estática, ou seja, o desenho fixa-se no papel aproveitando a propriedade de atração entre cargas
opostas do papel e da tinta.
Portabilidade - Facilidade de reprogramação de uma aplicação para que esta possa ser
executada em outro tipo de computador.
Precisão - Exatidão dos cálculos ou da gama de valores que expressam uma quantidade.
Primitivas gráficas - Elementos gráficos básicos, tais como linhas, círculos e arcos.
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Projeção cilíndrica - Projeção que se realiza mediante a projeção dos meridianos e paralelos
geográficos num cilindro tangente (ou secante) a uma esfera, e após o desenvolvimento deste
cilindro num plano.
Projeção conforme - Projeção em que a forma de qualquer área da superfície cartográfica não
sofre deformação, e em que todos os ângulos em torno de qualquer ponto são corretamente
representados.
Projeção cônica - Projeção resultante da projeção dos meridianos e paralelos geográficos num
cone tangente (ou secante)à superfície da esfera, que em decorrência, desenvolve o cone num
plano. As projeções cônicas podem ser incluídas no tipo cilíndrico, uma vez que o ápice do cone se
acha a uma distância infinita da esfera, e, ao projetar-se num plano tangente, quando esta
distância é zero. As projeções cônicas podem ser ilustradas mediante a representação de um cone
único, tangente à esfera, ou cortando-a ao longo de dois paralelos.
Projeção cônica conforme de Lambert - Projeção em que todos os meridianos geográficos são
representados por linhas retas que se encontram num ponto comum, fora dos limites do mapa, e
em que os paralelos geográficos são representados por uma série de arcos de círculos que têm
ponto comum como centro. Os meridianos e os paralelos se cruzam em ângulos retos, e os
ângulos na Terra são representados corretamente na projeção. Essa projeção pode ter um
paralelo-padrão ao longo do qual a escala permanece exata. Em qualquer ponto do mapa a escala
é a mesma em qualquer direção. Modifica-se, entretanto, ao longo dos meridianos, porém é
imutável ao longo dos paralelos. Quando houver dois paralelos-padrão, a escala entre eles é
pequena; acima deles é muito grande.
Projeção de Mercátor - Projeção conforme, do tipo cilíndrica. O equador é representado por uma
linha reta em escala verdadeira, e os meridianos geográficos são retas paralelas, perpendiculares
às linha representada pelo equador. Os paralelos geográficos são representados por um segundo
sistema de retas, perpendiculares às linhas que representam os meridianos, e, portanto, paralelas
ao equador. A conformidade é conseguida mediante análise matemática, aumentando-se cada vez
mais o espaçamento dos paralelos, a partir do equador, a fim de conformar a escala, que se
expande ao longo dos paralelos, resultando em meridianos formados por retas paralelas.
Projeção ortogonal - Processo de redução de uma figura espacial para o plano. Dá-se através da
projeção de cada ponto da figura (terreno) perpendicularmente a um plano de referência (planta).
Quarta - Cada uma das 32 divisões da rosa-dos-ventos que são obtidas com a subdivisão ao meio
das 16 meias-partidas. Como cada meia-partida vale 22° 30', cada quarta vale 11° 15'. Medida de
superfície equivalente a 37,1 ares; medida de capacidade equivalente a 90,7 I.
Raster, Imagem Raster - Imagem raster. Informações não simbolizadas por equações
matemáticas e sim por células ou pixels.
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Reambulação - Processo de verificação e identificação, em campo, de detalhes fotográficos que
não puderam ser interpretados na restituição (nomes de ruas e prédios públicos, detalhes
encobertos por sombras).
Rede homogênea (ponta a ponta) - Rede local não equipada com servidor de arquivos central, na
qual todos os computadores têm acesso aos arquivos públicos de todas as outras estações de
trabalho.
Rede remota - Rede de computadores que usa redes de comunicação de longa distância e alta
velocidade (geralmente satélites) para interligar computadores geograficamente separados.
Resolução de imagem - Tamanho mínimo de detalhe que pode ser detectado na imagem.
Resolução de tela ou resolução - Medida normalmente expressa em pontos por polegada (dpi -
dots per inch). Define a nitidez horizontal e vertical das imagens geradas por um dispositivo de
saída, com um monitor, um a impressora laser ou um plotter. Nos monitores, a resolução
corresponde ao número de pixels exibidos na tela.
Resolução do sistema de lentes (de câmara fotográfica) - Capacidade que esse sistema possui
de discriminar entre dois objetos bem definidos, ou seja, capacidade de mostrar detalhes, muito
próximos entre si.
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Restituidor semi-analítico - A sua finalidade é a mesma de um restituidor analítico. O aparelho
possui um jogo de réguas de precisão para transmitir coordenadas para o computador. As fases de
orientação são comandadas pelo operador de restituição.
RISC - Reduced instruction set computer. Processador que reduz a um mínimo o número de
instruções que ele pode executar, garantindo aumento significativo na velocidade de
processamento. O objetivo é priorizar as instruções usadas com mais freqüência e otimizá-las,
tornando-as tão rápidas quando possível. Indicado para executar aplicações gráficas e de
multimídia que envolvem grandes velocidades de processamento e agilidade ao cálculo de
operações com o ponto flutuante.
Roteamento - Sistema de rotas ou trajetos ideais entre pontos de uma carta. Ex.: os caminhos
seguidos pelos caminhões de coleta de lixo de uma cidade
Satélites artificiais - Dispositivos lançados no espaço que orbitam ao redor da Terra e transmitem
informações diversas (ambientais, meteorológicas, de posicionamento).
Scanner - Dispositivo ótico de varredura, que captura imagens e as transfere para um computador
no formato raster.
Semiologia gráfica - Estudo dos símbolos gráficos, suas propriedades e suas relações com os
elementos da informação que eles revelam.
Sensor - 1 - Recurso técnico destinado a aumentar os sentidos naturais do homem. Ex.: a bússola,
a lente, o termômetro, o auto-falante etc. 2 - Dispositivo ou aparelho sensorial que capta e
reSIGtra, sob a forma de imagem, a energia refletida ou emitida pela configuração do terreno,
objetos e acontecimentos, incluindo os acidentes artificiais e os fenômenos físicos, incluindo os
acidentes artificiais e os fenômenos físicos, bem como as atividades do homem. A energia pode
ser nuclear, eletromagnética (com inclusão das partes visíveis e invisíveis do espectro), químico,
biológica, térmica, mecânica, e, ainda, os ventos, os sonos e a vibração da terra.
Sensoriamento remoto - Detecção e/ou identificação de um objeto sem que se tenha um sensor
em contato direto com um objeto. Inclui análises por satélite e fotos aéreas. ReSIGtro da energia
refletida ou emitida por objetos ou elementos da superfície terrestre ou de outros astros, por
sensores localizados a grandes distâncias (geralmente no espaço).
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Série - Conjunto de folhas de um formato uniforme e na mesma escala com título e índice de
referência, cobrindo uma região, um estado, um país, um continente ou um globo terrestre. Em
geral usa-se abreviadamente, série.
Servidor - Computador de folhas de um formato uniforme e na mesma escala com título e índice
de referência, cobrindo uma região, um estado, um país um continente ou um globo terrestre. Em
geral usa-se abreviadamente, série.
Servidor de arquivos - Computador que disponibiliza área em disco para todos os computadores
conectados a uma rede local.
Sistema geodésico do mundo - Grupo lógico de parâmetros que descrevem o tamanho e a forma
da Terra, as posições de uma rede de pontos em relação ao centro de massa da Terra,
transformações dos principais datums geodésicos e o principal da Terra (em geral em termos de
coeficientes harmônicos).
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as estradas, as cidades, etc. O conjunto das características naturais e físicas da Terra. Um
acidente simples simples, como uma montanha ou um vale é denominado um acidente topográfico.
A topografia é subdivida em hipsografia (os aspectos do relevo), em hidrografia (a água e os
detalhes relativos à drenagem), em cultura (a obra do homem) e em vegetação. 3 - A ciência da
representação dos aspectos naturais e artificiais de um lugar ou de uma região, especialmente no
modo de apresentar as suas posições e altitudes. O termo inclui os campos científicos e técnicos
do levantamento, da geodésia, da geofísica, da geografia, das artes gráficas e das atividades afins,
até o ponto em que elas são essenciais à realização da cartografia topográficas.
Toponímia - 1 - Estudo da origem e significação dos nomes próprios de um lugar. 2 - Relação dos
nomes de lugar de um país, estado, região etc.
Triangulação - Método de levantamento em que as estações são pontos do terreno, os quais são
localizados nos vértices de uma cadeia ou rede de triângulos. Os ângulos são medidos por
instrumento, e os lados escolhidos, os quais se dominam bases, cujos compromimentos são
conseguidos por medição direta no terreno.
UTM - Universal Transverse Mercator. Sistema de coordenadas planas que circulam o globo
baseado em 60 zonas de tendência, no sentido norte-sul, cada uma com 16 graus de largura de
longitude.
Vetor - Segmento de linha reta, com o tamanho normalmente representado pelos pares de
coordenadas dos pontos extremos. Dados vetoriais referem-se a dados em forma tabular com uma
dimensão.
Vetorização - Processo de geração de arquivos gráficos com dados vetoriais, utilizando softwares
de CAD ou softwares de interpretação de imagens digitais em formato raster (vetorização
automática).
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Zona Fisiográfica - Uma das várias divisões de um País, região ou Estado e que guarda certos
caracteres próprios, distintos dos das demais.
Zoom Transfer Scope - Moderno instrumento da Bausch & Lomb para a transferência de
informações fotográficas para uma carta, cujas aplicações incluem o planejamento urbano, a
geologia, e a ecologia.
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