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FACULDADE BRASILEIRA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ANDRÉ AIMBERÊ MORAES E SILVA


FRANCISCO GAIZ PELEGRINO
MAURA KELEN MARIANI
TIAGO SOUZA LIMA

TRABALHO DE ESTRUTURAS METÁLICAS

VITÓRIA - ES
2018
ANDRÉ AIMBERÊ MORAES E SILVA
FRANCISCO GAIZ PELEGRINO
MAURA KELEN MARIANI
TIAGO SOUZA LIMA

TRABALHO DE ESTRUTURAS METÁLICAS

Trabalho apresentado à disciplina de


Estruturas Metálicas do curso de
graduação em Engenharia Civil da
Faculdade Brasileira – MULTIVIX
VITÓRIA, como requisito para
avaliação.

Orientador (a): Wagner Badke Ferreira

VITÓRIA – ES
2018
SUMÁRIO

1 RESUMO ............................................................................................................................................ 4
2 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
3 CARGAS ATUANTES NA ESTRUTURA ..................................................................................... 4
3.1. Ações que atuam na laje ......................................................................................................... 4
3.2. Combinações de ações: .......................................................................................................... 5
3.2.1. Laje ...................................................................................................................................... 5
3.2.2. Viga ...................................................................................................................................... 5
3.2.3. Pilar ...................................................................................................................................... 6
4 VIGA.................................................................................................................................................... 7
4.1 Pré dimensionamento do perfil I .............................................................................................. 7
4.2 Perfil adotado: Eletrosoldado VE 400 X 44 ........................................................................... 7
4.3 Cálculo do momento máximo atuante na estrutura (Msd) .................................................. 7
4.4 Verificação da esbeltez da alma (λr > λw) ............................................................................. 8
λw = 𝑏𝑡 = ℎ𝑡𝑤 = 3814,75 = 80,21................................................................................................ 8
4.5 Cálculo do momento fletor resistente ..................................................................................... 8
4.5.1 Momento fletor resistente para FLA .................................................................................... 8
4.5.2 Momento fletor resistente para FLM.................................................................................... 8
4.5.3 Momento fletor resistente para FLT .................................................................................... 9
4.6 Calculo da deformação ............................................................................................................. 9
5 PILAR ............................................................................................................................................... 10
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 12
1 RESUMO

2 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa determinar a ação de projeto que atuam nas lajes, vigas e
pilares da estrutura de uma edificação. Em seguida o dimensionamento para
atendimento ao ELU dos pilares e das vigas e o dimensionamento para o ELS para
as vigas. A presente edificação será utilizada como garagem para três veículos,
sendo executada com vigas metálicas e lajes em steel deck.

3 CARGAS ATUANTES NA ESTRUTURA

3.1. Ações que atuam na laje

AÇÕES PROVENIENTES F ɣg / ɣq Ψ0
Peso próprio da laje 2,50 KN/m² 1,40
Peso próprio da viga 0,24 KN/m 1,25
Peso próprio do Pilar 0,24 KN/m 1,25
Contrapiso/revestimento 2,00 KN/m² 1,50
Uso e ocupação 1,00 KN/m² 1,50 0,50
Vento em sobre pressão 1,80 KN/m² 1,40 0,60

OBS.:
 1,40: Peso próprio de elementos construtivos industrializados com adições.
 0,50: locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que
permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas
concentrações de pessoas.
3.2. Combinações de ações:

3.2.1. Laje

1º AVP: Uso e ocupação


𝒎 𝒏

𝑄𝑠𝑑 = ∑(𝜸𝒈𝒊 𝑭𝑮𝒊,𝒌 ) + 𝜸𝒒𝟏 𝑭𝑸𝒊,𝒌 + ∑(𝜸𝒒𝒋 𝝍𝟎𝒋,𝒆𝒇 𝑭𝑸𝒋,𝒌 )


𝒊=𝟏 𝒋=𝟐

𝑄𝑠𝑑1 = 1,4 ∙ 2,5 + 1,5 ∙ 2 + 𝟏, 𝟓 ∙ 𝟏 + 1,8 ∙ 1,4 ∙ 0,6 = 9,512 𝐾𝑁/𝑚²

2º AVP: Vento em sobre pressão


𝑄𝑠𝑑2 = 1,4 ∙ 2,5 + 1,5 ∙ 2 + 𝟏, 𝟖 ∙ 𝟏, 𝟒 + 1 ∙ 1,5 ∙ 0,5 = 9,77 𝐾𝑁/𝑚²

Portanto, a carga solicitante de cálculo será: 𝑸𝒔𝒅 = 𝟗, 𝟕𝟕𝑲𝑵/𝒎²

3.2.2. Viga

Área de influência:

V7 = V10 = 7,875m²

7,875 ∙ 9,77
𝑞7,10 = = 17,097𝐾𝑁/𝑚 + (0,24 ∙ 1,25) = 17,397 𝐾𝑁/𝑚
4,5

V8 = V9 = 15,75m²

15,75 ∙ 9,77
𝑞8,9 = = 34,195𝐾𝑁/𝑚 + (0,24 ∙ 1,25) = 34,495 𝐾𝑁/𝑚
4,5

Vigas que não recebem carregamento da laje: 𝑉1 , 𝑉2 , 𝑉3 , 𝑉4 , 𝑉5 , 𝑉6

𝑞1,2,3,4,5,6 = 0,24 ∙ 1,25 = 0,3 𝐾𝑁/𝑚


3.2.3. Pilar

Área de influência:

Ap1 = Ap4 = Ap5 = Ap8 = 3,937m²

𝑷𝒅 = 𝑨𝒑 ∙ 𝑸𝒔𝒅 + 𝑳 ∙ 𝑷𝑷𝒗𝒊𝒈𝒂 + 𝒉 ∙ 𝑷𝑷𝒑𝒊𝒍𝒂𝒓

𝑃𝑑1 = 3,937 ∙ 9,77 + 4 ∙ 0,24 ∙ 1,25 + 3 ∙ 0,24 ∙ 1,25 = 40,56 𝐾𝑁

Ap2 = Ap3 = Ap6 = Ap7 = 7,875m²

𝑃𝑑2 = 7,875 ∙ 9,77 + 5,75 ∙ 0,24 ∙ 1,25 + 3 ∙ 0,24 ∙ 1,25 = 79,56 𝐾𝑁

Para o dimensionamento dos perfis das vigas e pilares será utilizado a Série VE –
perfil eletro soldado e aço ASTM A 36.
4 VIGA

As vigas mais solicitadas foram V8 e V9 com carregamento de 𝑞𝑑 = 34,495 𝐾𝑁/𝑚,


cada.

4.1 Pré-dimensionamento do perfil “I”:


𝐿(𝑐𝑚) 450
ℎ= = = 30 𝑐𝑚
15 15

4.2 Perfil adotado:


O perfil adotado foi o eletrosoldado VE 350x35.

4.3 Cálculo do momento máximo atuante na estrutura (Msd):

𝑞𝑑 ∙ 𝐿² 34,495 ∙ 4,52
𝑀𝑠𝑑 = = = 87,32 𝐾𝑁 ∙ 𝑚
8 8
4.4 Verificação da esbeltez da alma (𝜆𝑟 > 𝜆𝑤 ):

𝑏 ℎ 334
𝜆𝑤 = = = = 70,31
𝑡 𝑡𝑤 4,75

Para perfil “I”, a esbeltez limite para seções semicompactas é dada por:

𝐸 200000
𝜆𝑟 = 5,70 √ = 5,70 √ = 161,22
𝑓𝑦 250

Como 𝜆𝑟 > 𝜆𝑤 , trata-se de viga de alma não esbelta.

4.5 Cálculo do momento fletor resistente

4.5.1 Momento fletor resistente (MRd) para FLA

𝐸 200000
λp = 3,76 √ = 3,76 √ = 106,35
𝑓𝑦 250

Como 𝜆𝑝 > 𝜆𝑤 , trata-se de alma compacta:


𝑍𝑥 ∙ 𝑓𝑦 611 ∙ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = 138,86 𝐾𝑁 ∙ 𝑚
1,10 1,1
𝑍𝑥 sendo o módulo de resistência plástico.

4.5.2 Momento fletor resistente (MRd) para FLM:

b 𝑏𝑓 175
λ𝑓 = = = = 10,93
t 2 ∙ 𝑡𝑓 2 ∙ 8

𝐸 200000
𝜆𝑝 = 0,38√ = 0,38 √ = 10,74
𝑓𝑦 250

Como 𝜆𝑝 > 𝜆𝑓 , trata-se de mesa compacta, dessa forma temos:


𝑍𝑥 ∙ 𝑓𝑦 478 ∙ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = 108,64 𝐾𝑁 ∙ 𝑚
1,10 1,1

4.5.3 Momento fletor resistente para FLT

 Com duas contenções:


𝐿𝑏 150
λ= = = 45,87
𝑟𝑦 3,27

𝐸 200000
λp = 1,76√ = 1,76 √ = 49,78
𝑓𝑦 250

Como 𝜆𝑝 > 𝜆𝑓 , trata-se de uma seção compacta, assim:


𝑍𝑥 ∙ 𝑓𝑦 478 ∙ 25
𝑀𝑅𝑑 = = = 108,64 𝐾𝑁 ∙ 𝑚
1,10 1,1

Como 𝑀𝑅𝑑 > 𝑀𝑆𝑑 = 87,32 𝐾𝑁 ∙ 𝑚, o perfil atende!


Considerando que a laje será em steel deck, as contenções laterais calculadas não
serão executadas com uso de chapas; as contenções serão executadas através da
ligação do concreto com os conectores de cisalhamento.

4.6 Cálculo da deformação.

4.6.1 Dimensionamento para atendimento ELS.

𝐿(𝑐𝑚) 450
𝛿𝑙𝑖𝑚 = = = 1,28𝑐𝑚
350 350
5 ∙ 𝑞𝑑 ∙ 𝐿4 5 ∙ 0,34495 ∙ 4504
𝛿𝑚𝑎𝑥 = = = 1,45𝑐𝑚
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 384 ∙ 20000 ∙ 6329

Como 𝛿𝑚𝑎𝑥 < 𝛿𝑙𝑖𝑚 , a estrutura atende ao ELS.


4.6.2 Elementos submetidos ao esforço cortante

𝑉𝑠𝑑 = 𝑃𝑑 ∙ 𝐿⁄2

𝑉𝑠𝑑 = 77,61 𝐾𝑁

𝑏 381
λ= = = 80,21
t 𝑤 4,75

𝐾𝑣 ∙ 𝐸 5 ∙ 200000
𝜆𝑝 = 1,10√ = 1,10 √ = 69,57
𝑓𝑦 250

𝐾𝑣 ∙ 𝐸 5 ∙ 200000
𝜆𝑟 = 1,37√ = 1,37 √ = 86,64
𝑓𝑦 250

Sendo 𝜆𝑝 < 𝜆 < 𝜆𝑟 temos:

𝑉𝑝𝑙 = 0,6 ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝐴𝑤 = 0,6 ∙ 25 ∙ (40 ∙ 0,475) = 285 𝐾𝑁


𝜆𝑝 69,57
𝑉𝑟𝑛 = ∙ 𝑉𝑝𝑙 = ∙ 285 = 247,19 𝐾𝑁
𝜆𝑤 80,21
𝑉𝑟𝑛 247,19
𝑉𝑅𝑑 = = = 224,72 𝐾𝑁
1,10 1,10

Como 𝑉𝑟𝑛 > 𝑉𝑠𝑑 = 77,61 𝐾𝑁 o perfil resiste ao esforço solicitante.

5 PILAR

Carga atuante no pilar mais solicitado 𝑃𝑑 = 79,56 𝐾𝑁.


Perfil adotado para o pilar: VE 150 X 13.

5.1 Flambagem local.

5.1.1 Elemento AL (mesa).


b 𝑏𝑓 100
λ= = = = 10,53
t 2 ∙ 𝑡𝑓 2 ∙ 4,75
𝐸 4 4
λp = 0,64 ; 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑘𝑐 = = = 0,7342
√𝑓 𝑦

𝑘𝑐 √ℎ⁄𝑡 √141⁄4,75
𝑤

200000
λ𝑝 = 0,64 √ = 15,51
250⁄
0,7342

Como 𝜆 < 𝜆𝑝 → Qs = 1

5.1.2 Elemento AA (alma).


𝑑 − 2𝑡𝑓 150 − 2 ∙ 4,75
λ= = = 29,58
𝑡𝑤 4,75

𝐸 200000
𝜆𝑝 = 1,49√ = 1,49 √ = 42,14
𝑓𝑦 250

Como 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 → Qa = 1

Portanto: Q = Qs ∙ Qa = 1∙1 = 1

5.2 Flambagem Global.

1 1
J= (2 ∙ 𝑏 ∙ 𝑡𝑓 3 + ℎ ∙ 𝑡𝑜3 ) = (2 ∙ 10 ∙ 0,4753 + 14,1 ∙ 0,4753 )
3 3
J = 1,218𝑐𝑚4 (𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜)
Adotar 𝐽 = 𝐼𝑇 = 1 (Tabela de Vigas VE)
𝑟𝑜2 = 6,152 + 2,212 = 42,71𝑐𝑚²
Considerando K=1:
𝐿𝑥 = 𝐾𝑆 ∙ 𝐿 = 1 ∙ 3 = 3𝑚
𝐿𝑥 300
𝜆𝑥 = = = 48,78
𝑟𝑥 6,15
𝐿𝑦 300
𝜆𝑦 = = = 135,75
𝑟𝑦 2,21

5.2.1 Tensões elásticas de flambagem


𝜋²E 𝜋 2 ∙ 20000
𝑓𝑒𝑥 = = = 82,96𝐾𝑁/𝑐𝑚²
𝜆𝑥 ² 48,78²
𝜋²E 𝜋 2 ∙ 20000
𝑓𝑒𝑦 = = = 10,71𝐾𝑁/𝑐𝑚²
𝜆𝑦 ² 135,75²

π2 ∙ E ∙ 𝐶𝑊 1 π2 ∙ 20000 ∙ 4176 20000 ∙ 1 1


𝑓𝑒𝑧 = [ + 𝐺𝐽] ∙ = [ + ] ∙
(𝑘𝑧 𝑙𝑧 )2 𝐴𝑔 ∙ 𝑟𝑜2 (1 ∙ 330)2 2,6 16,2 ∙ 42,71

𝑓𝑒𝑧 = 24,36 𝐾𝑁/𝑐𝑚²


Portanto 𝑓𝑒 = 𝑓𝑒𝑦 = 10,71𝐾𝑁/𝑐𝑚²

𝑄 ∙ 𝑓𝑦 1 ∙ 25
𝜆𝑜 = √ =√ = 1,53 > 1,5
𝑓𝑒 10,71

0,877 0,877
𝒳= = = 0,376
λ2 1,532
Logo:
𝒳 ∙ Q ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 0,376 ∙ 1 ∙ 16,2 ∙ 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = = 138,55 𝐾𝑁
1,1 1,1

𝑵𝒄,𝑹𝒅 = 𝟏𝟑𝟖, 𝟓𝟓 𝑲𝑵 > 𝑵𝒄,𝑺𝒅 = 𝟕𝟗, 𝟓𝟔 𝑲𝑵

6 REFERÊNCIAS

BADKE NETO, A. ; FERREIRA, Walnório Graça. Dimensionamento de elementos de perfis de aço


laminados e soldados: com exemplos numéricos. 3. ed. Vitória: GSS, 2016.

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