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A Alemanha foi o país onde o romantismo floresceu mais vigorosamente, uma longa

florescente tradição lírica, contribuindo esta factor também para favorecer a experimentação.
O antecessor imediato da ópera romântica alemã foi o “Singspiel”, de que A flauta mágica de
Mozart representa o expoente máximo.

No início do século XIX o “singspiel”, foi acolhendo cada vez mais elementos românticos, ao
mesmo tempo que mantinha ou acentuava até as suas características especificamente
nacionais.

As grandes temáticas são: lendas populares, contos, Visões românticas da história; A natureza;
O sobrenatural; Redenção do homem.

Principais características musicais: Abertura (prelúdio), Diálogos falados, Cena e ária,


instrumentação colorida, motivos recorrentes, cenas concertantes, finais e coros.

A ópera romântica alemã difere profundamente da ópera francesa e italiana da mesma época,
no entanto, o estilo e a forma musical têm muitos pontos de contacto com a ópera de outros
países, contudo a utilização de melodias de cariz marcadamente alemão constituem um
elemento novo. O recurso à harmonia e à cor orquestral, para efeitos de expressão dramática
são também características típicas da ópera romântica alemã. Esta ênfase dada à textura, por
oposição à ênfase dada na ópera italiana à melodia, pode ser considerada como o equivalente
musical que o libreto alemão dá ao clima, ao cenário e ao significado oculto do drama.

C.M von weber (1786-1826) é o principal compositor de ópera alemã na primeira metade do
século XIX. Tem 8 óperas; mais uma inacabada. Abu Assan (1811); O Franco-Atirador (1821);
Eurayanthe (1823); Oberon (1826); Die Drei Pintos (Terminada por Mahler em 1888).

Weber, é considerado em certos aspectos, o fundador de um estilo musical nacional alemão


principalmente depois de ter escrito a ópera Der Freischütz, entrada em Berlim em 1821.

Em consonância com as tendências literárias contemporâneas, a história envolve criaturas e


acontecimentos sobrenaturais, de preferência num cenário natural, selvagem e misterioso,
mas inclui também cenas da vida humilde dos campos e das aldeias.

 Os incidentes sobrenaturais e o cenário natural não são tratados como factores


secundários, fantásticos ou decorativos, mas com a maior seriedade, como elementos
indissoluvelmente ligados ao destino dos protagonistas humanos.
 As personagens humanas são consideradas como meros indivíduos- são, em certo
sentido, agentes ou representantes das forças sobrenaturais, boas ou más, de forma
que a vitória final do herói simboliza o triunfo das potências angélicas sobre as
potências demoníacas.
 A vitória é, muitas vezes, interpretada em termos de salvação ou redenção- concepção
que talvez constitua um prolongamento de tema da libertação, que tanta importância
teve na ópera dos primeiros anos do século.
 Pelo lugar de destaque que dá ao pano de fundo natural e espiritual da ação, a ópera
alemã difere profundamente da ópera francesa e italiana da mesma época.
 O estilo e a forma musical têm, naturalmente, muitos pontos de contacto com a ópera
de outros países, mas a utilização de melodias simples, folclóricas, de cariz
marcadamente alemão, constitui um elemento novo. Mais importante ainda é o
recurso à harmonia e à cor orquestral para efeitos de expressão dramática. Esta ênfase
nas vozes internas da textura (por oposição à tónica italiana na melodia) pode ser
considerada como o equivalente musical da ênfase que o libreto alemão dá ao clima,
ao cenário e ao significado oculto do drama.
 Antecipa o leitmotiv wagneriano.

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