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e planos de carreira
Ebook do curso
Diretora:
Margaret Baroni
Coordenadora Geral:
Tarcilena Polisseni Cotta Nascimento
Coordenadoras de Curso:
Maria Fernanda Borges Ferreira da Silva
Gláucia Cristina Fullana
Conteudista:
Rosane Schikmann (Outubro/2005)
Designers Instrucionais:
Adelson França - Serpro
Patrícia Silvério – Serpro
Web Designers:
Willians Gimenes - Serpro
Diogo Droschi - Estagiário do Serpro
Realização:
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DO CURSO
Para cumprir esse objetivo, além de enfocar os aspectos mais relevantes sobre a
gestão de pessoas, são também definidos os conceitos envolvidos em cada um dos
assuntos tratados.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Conceituando Competências 14
2. Competências individuais 15
2.1. Componentes – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes 17
2.2. Desenvolvimento das diferentes competências 19
3. Competências organizacionais 20
3.1. Desdobramentos das competências 20
3.2. Competências na Administração Pública 21
3.3. Competências do RH na Administração Pública 22
1. Histórico 35
2. O atual sistema de carreiras 36
2.1. Comparação com o setor privado 36
2.2. Estrutura remuneratória 37
3. Diretrizes para um novo plano de carreira e remuneração 38
4. Considerações finais 41
Glossário 42
A identificação de uma organização se faz, não só por meio de sua estrutura e de sua
forma de funcionar, mas também pela apresentação de sua Missão, Visão e Valores.
Missão
É a razão de ser de uma organização. Serve de critério básico para orientar a tomada
de decisão, apoiar a escolha de estratégias e a definição de objetivos.
• Quem somos?
• Qual é a razão de existir da organização?
• O que garante a materialização de nossa razão de ser?
• O que nos diferencia das demais organizações?
• Como respondemos ao ambiente no qual estamos inseridos?
• Qual é nossa cultura?
Visão
Valores
• Ética
• Transparência
• Equidade
• Liberdade
• Solidariedade
• Democracia
• Qualidade de Vida
• Cidadania
• Generosidade
• Humanismo
Valores:
Visão: Ser reconhecido pela sociedade como uma instituição de excelência capaz de
gerir o patrimônio mineral de forma sustentável no interesse da nação.
Valores:
- Ética
- Continuidade administrativa
- Imparcialidade
- Criatividade
- Iniciativa
- Conhecimento como base para decisão
- Lealdade à função de estado que exerce
- Eficiência e eficácia
- Excelência naquilo que faz
- Transparência
- Responsabilidade social
Cada área da organização deverá basear-se neles para definir suas próprias
missões e visões que deverão, obrigatoriamente, estar vinculadas com aquelas da
organização, dentro dos valores enunciados e adotados por ela.
São elas as responsáveis pela implementação das políticas e diretrizes definidas pela
organização e pela execução das atividades que materializarão a missão e visão
dentro dos valores e padrões estabelecidos.
Cultura Organizacional
A análise ambiental:
Isto deve acontecer para acompanhar as mudanças, que vêm ocorrendo cada vez
mais velozes e imprevisíveis, nas mais diversas áreas de conhecimento e de atuação,
incluindo entre outras, as ciências, a tecnologia, a economia e a política.
• as políticas do governo
• o contexto global e local
• os tipos e volume das demandas
• o novo perfil do cliente-cidadão
Esta abordagem em relação aos recursos humanos faz parte de um processo ao qual
denominamos de Gestão Estratégica de Pessoas.
Essa aquisição pode se dar por meio da educação formal tradicional, pela
capacitação, pelo ensino a distância ou ainda pela troca de experiências e
conhecimentos entre os indivíduos que com isso potencializarão o conjunto de
competências do quadro de pessoal.
Motivação
Envolvimento Compromisso
Qualidade Educação
Fonte: Maurício, Eliana Moreira dos Santos. A gestão de pessoas em um ambiente de mudança organizacional e
competitividade. Revista de Administração, São Paulo v. 33, n.2, p. 90-94, abril/junho 1998.
Com isso a organização definirá e realizará as ações para preencher essas lacunas
conseguindo alcançar a situação ideal para o quadro de pessoal que seja compatível
com o cenário identificado para o futuro.
A relação dos órgãos com o Governo pode ser comparada com aquela das unidades
de uma empresa com sua alta gestão. Os níveis mais altos da direção são os
definidores das diretrizes fundamentais que deverão ser seguidas pelos demais níveis
organizacionais.
Visão - Ser reconhecida como um órgão que colabora de forma efetiva para a
eficiência e eficácia dos demais órgãos do Governo Federal num prazo de cinco anos.
• Ética
• Transparência
Essa situação imprime uma tensão antagônica que se reflete na forma de gerir os
recursos humanos. Por maior que seja o alinhamento do quadro de pessoal, a
mudança de governo pode provocar um desalinhamento difícil de eliminar.
Além disso, como os recursos financeiros nem sempre são suficientes para suprir os
investimentos na capacitação e treinamento, também é necessário definir formas
criativas e não convencionais de promover o desenvolvimento do quadro de pessoal.
Por essas razões a gestão de pessoas na administração pública deve ser a mais
estratégica das gestões estratégicas e deve estar focalizada nas competências dos
indivíduos, necessárias para uma determinada situação organizacional.
1. CONCEITUANDO COMPETÊNCIA
Competências da organização
Para que uma organização realize ações definidas em seu planejamento estratégico e
consiga alcançar os resultados previstos, ela e seus ocupantes precisam ter um
conjunto de competências que a instrumentalizem para isso.
Mais recentemente outros estudiosos, como Zarifian e Le Boterf, entenderam que não
bastava possuir qualificações e habilidades, mas que esses elementos devem
possibilitar o alcance dos resultados pretendidos, traduzidos em algo que seja
produzido e entregue.
Além disso, Zarifian (1994) afirma que as mutações no conteúdo do trabalho são um
dos fatores que participam na definição das competências que serão necessárias para
sua realização. Diz ainda que essas mutações podem ser condicionadas por
imprevistos, que ele denominou de Eventos, Comunicação e Serviço.
As dimensões da competência
2. COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS
Quando dizemos que “tal pessoa tem competência para realizar uma determinada
atividade ou tarefa”, na realidade queremos dizer que ela tem conhecimentos e
habilidades que possibilitam que ela a realize.
• saber agir
• saber mobilizar
Indivíduo • saber transferir Organização
• saber aprender
• saber engajar-se
• saber ter visão estratégica
• assumir responsabilidades
Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
social econômico
Agregar valor
Fonte: FLEURY, A., FLEURY, M.T. Estratégias empresariais e formação de competências. São Paulo: Atlas, 2000.
Competências Profissionais
Com base nesse elenco de saberes que concorrem para a formação de uma
competência e para efeito deste curso consideraremos a seguinte definição:
Dentro deste conceito, de uma forma mais pontual e delimitada, insere-se a definição
Mais do que isto, se o indivíduo for portador de uma competência que não servir para
a realização dos objetivos da organização, esta não a reconhecerá como algo valoroso
e não estará disposta a recompensá-lo pela competência.
“Uma pessoa se desenvolve quando amplia sua capacidade de entrega” (Dutra, 2001)
Também para efeito deste curso, de forma simplificada e prática, consideraremos que
as competências se compõem basicamente de: Conhecimentos, Habilidades e
Atitudes.
COMPETÊNCIAS
Conhecimentos Habilidades
Atitudes
Componente Significado
CONHECIMENTOS SABER
HABILIDADES SABER FAZER
ATITUDES SABER SER / AGIR
Habilidades
São as práticas a serem treinadas e adotadas pelo profissional para que ele possa
executar seu trabalho de forma eficiente.
Situa-se no âmbito operacional do desempenho do trabalho e se configura por
esquemas mentais, incluindo analogias, intuições, deduções e induções.
Exemplos:
Atitudes
São o modo como os valores, princípios e crenças são aplicados pelo profissional,
expressados sob a forma de condutas no ambiente do trabalho.
Posturas e comportamentos decorrentes de idéias, crenças e valores estabelecem os
usos e costumes em um determinado ambiente de trabalho e, conseqüentemente, as
formas de convivência profissional.
Exemplos:
3. COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS
• Competências Funcionais – são aquelas específicas para cada uma das áreas
vitais da organização, como por exemplo, a criação, a produção e o
planejamento. Elas são típicas de cada área e devem estar presentes dentro de
cada uma delas e nas pessoas que as compõem.
indivíduos
Nível dos
INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS
Conhecimentos
Além dos conhecimentos básicos sobre os temas que permeiam a gestão de pessoas,
os profissionais de recursos humanos da administração pública deverão ter
conhecimentos atualizados sobre: princípios e procedimentos de recrutamento,
seleção, desenvolvimento e treinamento de profissionais, sistemas de carreiras,
benefícios, remuneração, relações de trabalho, negociação e sistema de informação
de RH.
Habilidades
Atitudes
A lógica da Gestão por Competências tem como base a obtenção das competências
organizacionais, das áreas e das pessoas, necessárias para que a organização atinja
seus objetivos estratégicos.
Formulação Mapeamento de
da estratégia competências
organizacional
Acompanhamento Retribuição
Captação de competências
e avaliação
Definir missão,
visão de futuro e Selecionar Admitir,
Identificar as
objetivos competências alocar e Acompanhar e
estratégicos competências Mapear o gap externas integrar apurar os
necessárias de competências
resultados
e planejar a
alcançados
captação e/ou o
desenvolvimento Definir Disponibilizar e
Estabelecer Inventariar as
mecanismo de orientar o
indicadores de competências
desenvolvimento aproveitamento
desempenho e existentes
metas Reconhecer e
premiar o bom
desempenho
Comparar
Desenvolvimento de competências resultados
alcançados com
resultados Remunerar
esperados por
competências
Fonte: Brandão, Hugo. P., Bahry, Carla. P., Gestão por competências: métodos e técnicas para
mapeamento de competências. Revista do Serviço Público, Brasília, 56 (2): 179-194. Abr/Jun 2005
• Garantir que a avaliação seja comparativa entre os indivíduos e que ela seja
feita tanto pelos chefes, subordinados, bem como por seus pares.
• Realizar análises comparativas de resultados entre os membros de uma mesma
carreira ou cargos.
• Divulgar com a máxima transparência os critérios de avaliação.
• Informar os resultados da avaliação feita para cada indivíduo por seus chefes,
subordinados e pares, sem, entretanto, identificar os autores.
• Incluir no cômputo da avaliação individual o resultado da avaliação institucional.
• Utilizar os resultados das avaliações como insumo para a definição das
políticas e prioridades de capacitação.
Avaliação Institucional
Esta é a avaliação de cada uma das equipes que compõem a estrutura organizacional
da instituição, distribuídas por suas diversas áreas. Chamamos por equipe um grupo
de pessoas com uma chefia.
No início de cada ano, cada equipe estabelece as próprias metas a atingir neste
período, com base naquelas definidas pela organização como um todo. Cada equipe
indicará os recursos materiais e humanos necessários para o alcance dessas metas e
definirá também os indicadores que serão utilizados para medi-los.
Os critérios para a atribuição das notas serão estabelecidos em conjunto com todos
os envolvidos. Essas notas serão um dos componentes que participarão da fórmula
para cálculo do valor da avaliação de desempenho.
Avaliação Individual
A avaliação individual é composta por elementos cujas notas farão parte do cálculo
da Avaliação de Desempenho. São eles:
Os servidores atribuem notas para cada um dos seus colegas de equipe, para a chefia
e para seus subordinados. O resultado dessas avaliações será uma nota cujo valor
entrará na composição final da fórmula avaliação de desempenho.
Com base nas metas institucionais definidas para cada equipe, cada servidor define
suas próprias metas que devem ser as mais quantificáveis possíveis. Cada servidor
deve também, informar o que precisa para poder desempenhar as tarefas.
A chefia juntamente com cada servidor verifica, ao final do ano, se as metas foram
atingidas e em que grau. Com base nessa verificação é atribuída uma nota cujo valor
entrará na composição final da fórmula avaliação de desempenho.
Para que seja possível fazer este tipo de avaliação é necessário em primeiro lugar
definir, na descrição dos cargos, os requisitos mínimos exigidos relativos às
competências e ao seu grau de proficiência, ao grau de responsabilidade e às
atribuições.
Este é o ponto de partida para cada cargo e perfil profissional, com base no qual é
realizada a avaliação do crescimento e desenvolvimento profissional.
Para essa avaliação é necessário criar ferramentas que permitam objetivá-la, uma vez
que nem sempre os indicadores são altamente quantificáveis, como é o caso das
atitudes e de algumas habilidades que compõem as competências.
- do tema.
- do nível do pessoal a ser capacitado.
- da existência, dentro da Instituição, de pessoas habilitadas para
ministrar a capacitação.
- da capacidade de negociação para estabelecimento de parcerias com
outras instituições.
- da disponibilidade orçamentária, etc.
• Necessidades de capacitação.
• Definições sobre futuras mobilidades funcionais.
• Correção de desempenhos inadequados.
• Planejamento funcional e profissional dos servidores.
Perfil do pessoal:
⇒ Considerar que o perfil desejado das pessoas tem dois componentes básicos: o
específico, que confere as características técnicas das atividades a serem
desenvolvidas; o genérico que confere as características relativas às atividades
de gestão.
Contratos de trabalho:
Remuneração:
Saiba Mais:
Plano Plurianual – PPA
No link abaixo você terá acesso ao texto original, emendas e cronograma do PPA
2004-2007.
Além dessa iniciativa, várias outras têm sido tomadas em diversas organizações
públicas, na direção da gestão por competências.
*Brandão, Hugo. P., Bahry, Carla. P., Gestão por competências: métodos e técnicas para mapeamento de
competências. Revista do Serviço Público, Brasília, 56 (2): 179-194. Abr/Jun 2005
1. HISTÓRICO
A lei fazia distinção entre cargos, classes e carreiras de uma forma conceitualmente
aceitável mas manteve inalterados os cargos de direção e chefia, de livre nomeação e
exoneração que permaneceram excluídos das carreiras.
Em muitas ocasiões, a força da legislação foi superada pela dos governantes, quase
sempre resultando no atendimento de necessidades conjunturais e de interesses
particulares, em detrimento da lógica do serviço público.
Ao longo das últimas décadas a história indica a tendência à simplificação dos planos
de cargos e carreiras e dos conceitos a eles relacionados, quase sempre para atender
a demandas de grupos específicos. Como conseqüência, a falta de clareza dos planos
de carreira trouxe a não profissionalização do serviço público.
A falta de diretrizes gerais que norteiem a concepção das carreiras levou a uma
situação caótica. Vantagens pontuais são conseguidas aumentando ainda mais as
diferenças e as distorções, que, por sua vez, aumentam a dificuldade da mobilidade
dos servidores entre os órgãos da administração pública federal.
Multiplicidade de planos
Já no setor público, o desenho atual dos cargos define atribuições muito específicas o
que dificulta a mobilidade dos servidores e que, se executada, pode significar desvio
de função.
O nível de escolaridade dos servidores do setor público é maior que no setor privado.
Entretanto, nem sempre há uma correlação entre a escolaridade dos servidores, os
cargos que ocupam e suas respectivas atribuições.
Muitos servidores com boa qualificação não têm a oportunidade de aplicar suas
competências, pois as carreiras são desenhadas contemplando um conjunto restrito
de atividades e atribuições.
A questão salarial
No setor privado o salário médio é mais elevado para os cargos com exigência de
maior qualificação. Já no setor público são maiores os valores dos salários médios
para os cargos com menor qualificação.
Esta situação está na contramão das necessidades do governo federal que necessita
de um quadro de pessoal mais qualificado.
Vantagens
Consequências
Temas a discutir
- Desenvolvimento:
- Remuneração e benefícios:
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atitudes – são o modo como os valores, princípios e crenças são aplicados pelo
profissional expressados sob a forma de condutas no ambiente do trabalho.
Competências funcionais – são aquelas específicas para cada uma das áreas vitais
da organização.