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Olimpíada

Conhecimentos
em Ação 2011

Selo de assinatura

FASE 1 • Nível 2

OCA
Olimpíada Conhecimentos em Ação
INSTRUÇÕES

Leia atentamente as instruções antes de responder as questões.


Duração da prova: 3 horas.

1. Aguarde a autorização do coordenador da sala para iniciar a prova.


2. Não faça perguntas de interpretação das questões ao coordenador da sala, porque entender a questão faz parte da
avaliação.
3. Você poderá utilizar espaços ou versos em branco para cálculos e rascunho.
4. Responda as questões primeiramente a lápis.
5. Depois de concluir a prova, revise suas respostas antes de passá-las, à caneta, para a folha de respostas.
6. Cada questão deverá ter apenas uma letra assinalada. Só há uma alternativa correta para cada pergunta.
7. Se houver mais de uma letra assinalada ou rasura, a questão será anulada. Observe:

Forma correta Formas incorretas


Respostas Respostas Respostas

a b c d e
a b c d e a b c d e
01 01 01
02 02 02
03 03 03

8. Tenha cuidado ao preencher a folha de respostas, pois ela não poderá ser substituída.
9. Não serão permitidos empréstimo de materiais, consulta a livros, utilização de equipamentos eletrônicos (calcu-
ladora, celular, laptop, ipod etc.) e conversa entre os participantes da prova. É proibido comer durante a prova.
10. Se necessitar ir ao banheiro durante a prova, levante a mão e peça ao coordenador da sala.
11. Quando terminar de preencher a folha de respostas, destaque-a e comunique ao coordenador da sala para que
ele a recolha. Não se esqueça de preencher os dados na lateral direita da folha de respostas: nome da escola,
seu nome e número.
12. Se alguma dessas instruções não for respeitada, sua prova poderá ser anulada.
Bom trabalho!
Comissão OCA
Gabarito
Fase 1 – Nível 2

Respostas

a b c d e
01
02
03 Língua Portuguesa
04
05
06
07
08 Matemática
09
10
11
12
13 História
14
15
16
17
18 Geografia
19
20
21
22
23 Ciências
24
25
26
27
28 Arte
29
30

3
4
PORTUGUÊS Após a leitura, assinale a alternativa que não
corresponde ao texto.
1. Leia e analise a letra da música de Chico Buarque a) Os termos “rebento” e “rebentar”, nos versos 1
para responder a questão proposta. e 2 da primeira estrofe, expressam significados
diferentes e não pertencem à mesma classe
O meu guri gramatical.
1 Quando, seu moço, nasceu meu rebento
b) O verbo “levar”, no verso 6 da primeira estrofe,
não era o momento dele rebentar
já foi nascendo com cara de fome pode ter duplo sentido, significando “condu-
e eu não tinha nem nome pra lhe dar zir”, “guiar” ou “enganar”, “trapacear”.
Como fui levando não sei lhe explicar c) “Guri” e “penca de documentos” são expressões
Fui assim levando ele a me levar que revelam uma relação entre a falta de iden-
e na sua meninice ele um dia me disse tidade das pessoas do texto e miséria social.
que chegava lá, olha aí, olha aí
d) Na última estrofe, é sugerida a morte do “guri”,
olha aí, ai o meu guri, olha aí
que chega “estampado, manchete, retrato/com
olha aí, é o meu guri e ele chega
venda nos olhos”. O fato, no entanto, parece
óbvio apenas para a mãe do menino.
2 Chega suado e veloz do batente
e traz sempre um presente pra me encabular
e) Os advérbios “lá”, no verso 8 da primeira es-
tanta corrente de ouro, seu moço, trofe e no verso 8 da última, expressam para
que haja pescoço pra enfiar a mãe o mesmo sentido de futuro promissor
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro em relação à vida do filho.
chave, caderneta, terço e patuá
um lenço e uma penca de documentos
Agora, leia atentamente o texto de Manuel Bandeira
pra finalmente eu me identificar, olha aí
olha aí, ai o meu guri, olha aí,
para responder as questões 2, 3 e 4.
olha aí, é o meu guri e ele chega [...]
1 Olhemos agora para trás. Quando caí doente em
1904, fiquei certo de morrer dentro de pouco tempo:
3 Chega no morro com o carregamento
a tuberculose era ainda a “moléstia que não perdoa”.
pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Mas fui vivendo, morre-não-morre, e em 1914 o dr.
Rezo até ele chegar cá no alto
5 Bodmer, médico-chefe do sanatório de Clavadel,
essa onda de assalto tá um horror
tendo-lhe eu perguntado quantos anos me restariam
Eu consolo ele, ele me consola
de vida, me respondeu assim: “O senhor tem lesões
boto ele no colo pra ele me ninar
teoricamente incompatíveis com a vida; no entanto
de repente acordo, olho pro lado
está sem bacilos, come bem, dorme bem, não
e o danado já foi trabalhar, olha aí
10 apresenta, em suma, nenhum sintoma alarmante.
olha aí, ai o meu guri, olha aí
Pode viver cinco, dez, quinze anos... Quem poderá
olha aí, é o meu guri e ele chega
dizer?...”
Continuei esperando a morte para qualquer momento,
4 Chega estampado, manchete, retrato vivendo sempre como que provisoriamente. Nos
com venda nos olhos, legenda e as iniciais 15 primeiros anos da doença me amargurava muito a
eu não entendo essa gente, seu moço ideia de morrer sem ter feito nada; depois a forçada
fazendo alvoroço demais ociosidade. Já disse como publiquei A Cinza das Ho-
o guri no mato, acho que tá rindo ras para de certo modo iludir o meu sentimento de
acho que tá lindo de papo pro ar vazia inutilidade. Este só começou a se dissipar
desde o começo eu não disse, seu moço? 20 quando fui tomando consciência da ação dos meus
Ele disse que chegava lá versos sobre amigos e principalmente sobre desco­
olha aí, olha aí nhecidos. Uma tarde voltei para casa seriamente im-
olha aí, ai o meu guri, olha aí pressionado de ter ouvido, na Livraria José Olympio,
olha aí, é o meu guri. Rachel de Queiroz me dizer: “Você não sabe o que a
CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque. Rio de Janeiro: 25 sua poesia representa para nós.” Foi [com] a força
Codecri, 1982. p. 117-118. de testemunhos como esse, às vezes de gente quase
de todo alheia à literatura, que principiei a aceitar

5
sem amargura o meu destino. Hoje na verdade me c) “Principiei a aceitar sem amargura o meu
sinto em paz com ele e pronto para o que der e vier. destino.” (linhas 27 e 28)
30 Otto Maria Carpeaux*, escrevendo uma vez a meu
d) “Já disse como publiquei A Cinza das Horas
respeito, disse, com certeira intuição, que no livro
ideal em que ele estruturaria a ordem da minha poe­ para de certo modo iludir o meu sentimento
sia, esta partia “da vida inteira que poderia ter sido de vazia inutilidade.” (linhas 17 a 19)
e que não foi” para outra vida que viera ficando e) “Agora a morte pode vir – essa morte que es-
35 “cada vez mais cheia de tudo.” De fato esse é o sen- pero desde os dezoito anos”. (linhas 40 e 41)
tido profundo da “Canção do vento e da minha vida”.
De fato cheguei ao apaziguamento das minhas insa­ 4. Comparando recursos expressivos presentes em “O
tisfações e das minhas revoltas pela descoberta de ter
meu guri” com os que aparecem no texto de Manuel
dado à angústia de muitos uma palavra fraterna.
40 Agora a morte pode vir – essa morte que espero
Bandeira, marque a alternativa que apresenta o
desde os dezoito anos: tenho a impressão que ela mesmo tipo de discurso que ocorre no trecho “E
encontrará, como em “Consoada” está dito, a casa na sua meninice, ele um dia me disse que chegava
limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar. lá”, da primeira estrofe do texto de Chico Buarque.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6. ed. São Paulo: a) “Quem poderá dizer?” (linhas 11 e 12)
Nova Fronteira, s/d. b) “Otto Maria Carpeaux, escrevendo uma vez a
*Otto Maria Carpeaux: escritor austríaco que veio para o Brasil meu respeito, disse, com certeira intuição, que
fugindo do nazismo.
no livro ideal em que ele estruturaria a ordem
da minha poesia...” (linhas 30 a 33)
2. Nesse trecho do texto, há a presença de três planos c) “Pode viver cinco, dez, quinze anos”. (linha 11)
temporais: o momento da fala do autor, o registro d) “Uma tarde voltei para casa seriamente im-
de suas ações habituais, ocorridas no passado, e pressionado de ter ouvido, na Livraria José
de ações pontuais, também ocorridas no passado. Olympio, Rachel de Queiroz me dizer: ‘Você
A única alternativa em que não ocorre a presença não sabe o que a sua poesia representa para
de nenhum desses tempos verbais é em: nós.’” (linhas 22 a 25)
a) “Quantos anos me restariam de vida.” (linhas e) “Este só começou a se dissipar quando fui toman-
6 e 7) do consciência da ação dos meus versos sobre
b) “Quando caí doente, em 1904, fiquei certo de amigos e principalmente sobre desconhecidos.”
morrer dentro de pouco tempo”. (linhas 1 e 2) (linhas 19 a 22)
c) “O senhor tem lesões teoricamente incompa-
tíveis com a vida”. (linhas 7 e 8) 5. Leia a tirinha e assinale a alternativa incorreta.
d) “Nos primeiros anos da doença me amargurava
muito a ideia de morrer sem ter feito nada”.
(linhas 14 a 16)
e) “Mas fui vivendo, morre-não-morre”. (linha 4)

3. Em certo momento, Manuel Bandeira se deu conta


de que sua vida e sua literatura não tinham sido
em vão. Das frases que seguem, assinale a que
melhor demonstra esse sentimento.
a) “Continuei esperando a morte para qualquer
momento, vivendo sempre como que proviso-
riamente.” (linhas 13 e 14)
b) “De fato cheguei ao apaziguamento das mi-
nhas insatisfações e das minhas revoltas pela
descoberta de ter dado à angústia de muitos
uma palavra fraterna.” (linhas 37 a 39) LAERTE. Gato e Gata + um micoleão. São Paulo:
Círculo do Livro, 1995, p. 42.

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a) O título do livro leva o gato a entender que as Suponha que um teatro de 160 lugares abrigará
receitas são para gatos comerem. um espetáculo e seus organizadores precisam
b) O contentamento da personagem, no primeiro calcular o valor da entrada. Estima-se que 80%
quadrinho, não existiria se na capa estivesse dos ingressos disponíveis serão comprados por
escrito “200 receitas à base de gatos”. pessoas que pagam meia-entrada, enquanto os
c) Na tirinha, há apenas duas orações: uma demais pagarão inteira. Sabe-se também que o
principal, expressa pelo verbo “pensei”, e uma espetáculo deve arrecadar R$ 5 760,00. Qual será
subordinada substantiva objetiva direta. o valor da entrada inteira?
d) Na frase “200 receitas para gatos”, a preposi- a) R$ 30,00
ção expressa o mesmo sentido que em “Estou b) R$ 32,00
para sair de férias”. c) R$ 36,00
e) Para se adequar à norma culta da Língua Portu- d) R$ 57,60
guesa, o pensamento do gato, expresso no balão, e) R$ 60,00
deveria ser “pensei que fosse outra coisa”.

MATEMÁTICA 7. O Índice de Massa Corporal (IMC) é utilizado por


Os cáculos poderão ser feitos na página 9. médicos para determinar se uma pessoa obesa
6. Os ingressos de cinema seriam mais baratos se não pode ou não ser submetida a uma operação de re-
houvesse a meia-entrada. É o que conta o artigo da dução de estômago. No entanto, pesquisadores da
Revista Superinteressante (edição 293, jul. 2011). Universidade do Sul da Califórnia propuseram uma
nova fórmula para avaliar se uma pessoa é obesa
[...] A conta é simples: o produtor sabe quanto quer
ganhar e estima que 80% vai entrar pagando meia; ou não – o Índice de Adiposidade Corporal (IAC).
cabe aos outros 20% cobrir o prejuízo. “Como a maio- Segundo os estudos, essa nova fórmula aproxima--
ria paga metade, o preço tem de subir para a conta fe- -se mais da real avaliação da adiposidade. Para
char”, diz Adhemar Oliveira, responsável pelos cinemas calcular o IAC, utilizamos as medidas de altura
Unibanco Artplex. No teatro não é diferente. “Sempre (em metros) e da circunferência do quadril (em
calculamos antes quantos vão entrar pagando meia centímetros).
para depois definir o preço da inteira”, conta o diretor
da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais
Índice de Adiposidade Corporal – IAC
de São Paulo (Apetesp), Paulo Pélico. [...]
 circunferênciadoquadril 
IAC =   − 18
 (altura) ⋅ altura 
Situação física Homens Mulheres
Abaixo do peso Inferior a 8 Inferior a 21
Adiposidade normal 8 a 20 21 a 32
Sobrepeso 21 a 25 33 a 38
Obesidade Acima de 25 Acima de 38
Fonte: revista Istoé.
Sobre uma pessoa com 1,69 m de altura e 94,471 cm
de circunferência do quadril, é correto dizer que
ela está:
a) abaixo do peso, seja homem, seja mulher.
b) com adiposidade normal, caso seja mulher.
c) com adiposidade normal, caso seja homem.
d) com sobrepeso, caso seja mulher.
e) obesa, caso seja homem.

7
8. Observe as duas obras do holandês Maurits Cor-
nelis Escher (1898-1972).
Na primeira, estão representadas raias; na segun-
da, Escher representou peixes.


Por que isso acontece? É simples, trata-se de uma
ilusão de ótica. A sala não possui a forma com
a qual estamos acostumados. As paredes, o chão
e o teto são confeccionados com ângulos que,
quando encaixados, transmitem a impressão de
Senda da vida II, 1958. Limite circular I, 1958. paralelismo e perpendicularidade.

Sobre elas podemos afirmar que:


a) ambas possuem simetria axial.
b) a primeira possui simetria axial e a segunda,
pontual.
c) a primeira possui simetria pontual e a se-
gunda axial.
Imagens extraídas de: DEVLIN, Keith. O instinto matemá-
d) ambas possuem simetria pontual. tico: por que você é um gênio da Matemática (assim como
e) a simetria é identificada em apenas uma das lagostas, pássaros, gatos e cachorros). p. 141.
obras. Um artista plástico decidiu criar uma sala Ames
para exibir em uma exposição e utilizou a figura
9. Maurício sempre foi bom aluno em Matemática abaixo com modelo para o chão. Note que as
e a usava para “fazer mágica” a seus amigos. linhas horizontais e verticais são capazes de si-
Certa vez, decidido a descobrir o número pen- mular um chão quadriculado quando observadas
sado por Alexandre, ofereceu-lhe as seguintes em perspectiva.
instruções: C

“Pense em um número. Subtraia 4 unidades. Mul-


tiplique o resultado por seis. Acrescente 9. Agora
divida o resultado disso tudo por 3. Pronto? 77o
E
Depois some 20 e subtraia o número que você
pensou. Quanto deu?”
Alexandre respondeu 16. Descubra em que D r
número ele havia pensado.
a) Alexandre pensou no número 4. B
b) Alexandre pensou no número 64.
A
c) Alexandre pensou no número 31. s
d) Alexandre pensou no número 1. Sabendo que os segmentos AB e AD são perpendi-
e) É impossível descobrir o número com as culares, que ED̂C mede 30o e que r//s, determine o
instruções dadas por Maurício. valor do ângulo BCˆD.
a) 47°
10. Adelbert Ames Jr. inventou a sala Ames. Nessa b) 77°
sala, uma criança pequena pode parecer maior c) 103°
que sua mãe. Veja a figura: d) 107°
e) 120°

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9
HISTÓRIA
11. O quadro abaixo apresenta características das Igrejas Anglicana, Calvinista, Luterana e Católica. Leia-o:
Principais áreas
Rito
Igreja Livro sagrado Salvação humana Sacramentos de influência na
religioso
Europa
Batismo, Portugal, Espanha,
A Bíblia é fonte
eucaristia, crisma, Itália, sul da
de fé. Deve ser Salvação pela fé e Missa solene em
A matrimônio, Alemanha, a maior
interpretada pela por boas ações. latim.
penitência, ordem parte da França e
Igreja.
e extrema-unção. da Irlanda.
A Bíblia é a única
Norte da Ale-
fonte da fé. Salvação pela fé Batismo e Culto simples em
B manha, Dinamarca,
Permite-se seu em Deus. eucaristia. língua nacional.
Noruega, Suécia.
livre exame.
A Bíblia é a única
Salvação pela fé Suíça, Holanda,
fonte da fé. Batismo e Culto simples em
C e graça de Deus parte da França,
Permite-se seu eucaristia. língua nacional.
(predestinação). Inglaterra, Escócia.
livre exame.
A Bíblia é fonte
de fé. Deve ser Salvação pela fé
Batismo e Missa solene em
D interpretada pela e graça de Deus Inglaterra.
eucaristia. língua nacional.
Igreja e permite-se (predestinação).
seu livre exame.
Adaptado de: COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. História Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 86.
Agora, relacione corretamente as letras A, B, C e D às Igrejas.
A B C D
a) Católica Luterana Calvinista Anglicana
b) Anglicana Calvinista Luterana Católica
c) Católica Anglicana Calvinista Luterana
d) Católica Calvinista Luterana Anglicana
e) Católica Anglicana Luterana Calvinista

12. Leia atentamente o texto e assinale a alternativa incorreta.


Francamente, não. Os direitos humanos não começaram com a decapitação dos reis Capeto”, foi a resposta de
Margaret Thatcher ao repórter que a entrevistou em julho de 1989, em Paris, onde ela se juntou a 31 outros
chefes de estado para as comemorações do bicentenário da Revolução Francesa. Thatcher fazia eco ao orgulho
histórico da Inglaterra que foi cortar a cabeça de um rei em meio a uma revolução feita 100 anos antes da
insurreição no Continente, mas manter sobre os ombros a monarquia e a estabilidade institucional.
Uma longa conversa. Revista Veja, edição 2214, 27 abr. 2011. p. 118.

a) De acordo com o texto, Margaret Thatcher faz alusão ao caráter pioneiro da Revolução Inglesa, o que
livrou a Inglaterra da volatilidade política violenta, sina da Revolução Francesa.
b) A Revolução Inglesa, referida no texto, é, na verdade, composta de duas revoluções: a Puritana, de
1640, e a Gloriosa, de 1689.
c) É de Jaime I a cabeça cortada em meio a “revolução feita 100 anos antes da insurreição no Continente”.
Condenado à morte, foi decapitado em 1689.
d) A Revolução Inglesa, referida no texto, estabeleceu um novo compromisso entre a realeza e o Parla-
mento na Inglaterra.
e) Carlos I da Inglaterra é o rei cuja cabeça foi cortada em meio a “revolução feita 100 anos antes da
insurreição no Continente”. Condenado à morte, foi decapitado em 1649.

10
13. A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, c)

Alte Pinakothek, Munique


período de grandes mudanças na Europa da Ida-
de Moderna. [...] Originou-se na Itália, logo se
espalhou por outros países da Europa e chegou à
América. [...] Apresentou características bastante
diferentes nos vários países. [...]. Ainda assim, há
aspectos comuns às obras desse período: o predo-
mínio da emoção, e não da razão, que prevaleceu
no Renascimento; o acentuado contraste entre
tons claros e escuros, que intensifica a expressão
dos sentimentos. Os temas são variados: religiosos,
mitológicos e na forma de retratos.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte.
São Paulo: Ática, 2005. p. 98.
Observam-se os aspectos comuns à arte barroca
relacionados no texto em todas as obras repro-
duzidas abaixo, exceto:
a)
Sacristia da Catedral, Toledo

Tintoretto. Cristo em casa de Marta e Maria, 1578.


d)

Stiftung Schlösser und Gärten, Sanssouci, Potsdam


Caravaggio. Tomé, o incrédulo, c.1602-1603.
El Greco. Espólio, 1579.
e)

Städelsches Kunstinstitut
Pinacoteca Municipal, Borgo San Sepolcro

b)

Rembrandt. Sansão cego pelos filisteus, 1636.

Piero della Francesca. Ressurreição de Jesus, c. 1450.

11
14. Os primeiros produtores de aguardente não tiveram Ao confrontar as informações do texto com as da
vida fácil. Culpa da própria cachaça, que rapidamente imagem, conclui-se que:
arrebanhou uma legião de seguidores já no século a) o texto e a imagem abordam realidades dis-
XVII. A opção pela “branquinha” deixou de mãos tintas e sem relação entre si. O texto refere--
abanando os portugueses que traziam vinho de lá -se a Antônio Raposo Tavares e a imagem, a
para ser vendido aqui. Foi o suficiente para que, em Domingos Jorge Velho.
1639, a fabricação da bebida fosse proibida em toda b) o texto se refere a uma situação muito semelhan-
a Colônia. No entanto, a ordem não vingou. Algu- te à que inspirou a imagem. Ambos, portanto,
mas capitanias continuaram tocando sua produção. correspondem à realidade.
Apesar das desavenças que criou, a cachaça tinha
c) o texto defende a representação realista da
lá seu prestígio na metrópole. Tanto que, em 24 de
figura do bandeirante que a imagem contradiz
novembro de 1695, veio da própria Coroa a decisão
ao retratá-lo com traços tipicamente europeus.
de liberar a remessa do produto para Angola. Eram
d) o texto contradiz a idealização da figura do
claras as intenções. A aguardente tinha se firmado
bandeirante que a imagem representa, ao
como um importante produto de troca para que os
afirmar que os bandeirantes iam a pé, não
engenhos obtivessem mão de obra cativa.
levavam calçados.
Pinga aqui e acolá. Revista de História da Biblioteca
Nacional, ano 5, n. 50, nov. 2009. p. 88. e) a imagem ironiza o tratamento idealizado da
relação bandeirante/indígena sugerido no tex-
A que prática do sistema colonial a proibição da
to, ao afirmar que os paulistas desenvolveram
fabricação de aguardente em toda Colônia, em
hábitos tributários dos indígenas.
1639, se refere?
a) Ao colonialismo. GEOGRAFIA
b) Ao monopólio comercial. 16. Em junho deste ano, o Dia Mundial do Meio Am-
c) Ao metalismo. biente teve como lema a preservação das florestas,
d) Ao superávit comercial. conforme indica a imagem abaixo. Assinale a
e) Ao mercantilismo. alternativa que não justifica a escolha do tema
“Florestas: a natureza a seu serviço”.
15. Na faina sertaneja e predadora dos paulistas,
desenvolveram-se hábitos próprios, tributários dos
indígenas e incorporados mesmo por aqueles que
haviam nascido na Europa, como o alentejano Antô-
nio Raposo Tavares. [...] Os bandeirantes andavam
“dias inteiros com a roupa pela cabeça e água pela Dia Mundial do Meio Ambiente
barba”. Iam a pé, [...], não levavam calçados, es- Florestas: A Natureza a seu serviço
parramando como os índios, toda a planta dos pés Disponível em: <http://www.unep.org/portuguese/wed/
pelo chão ao andar, index.asp>. Acesso em: jul. 2011.
Museu Paulista, São Paulo

[...], o que diminuía a) As florestas são essenciais para o abastecimen-


o cansaço e facilitava to de água, já que preservam e alimentam os
em muito a marcha. mananciais de água doce.
SOUZA, Laura de Mello b) As florestas são o ecossistema biologicamente
e. Formas provisórias mais diverso do planeta.
de existência: a vida
cotidiana nos caminhos,
c) As florestas abrigam povos que, para preservar
nas fronteiras e nas seus modos de vida, dependem de uma relação
fortificações. In: História equilibrada com a natureza.
da Vida Privada no Brasil: d) As florestas são as únicas responsáveis pela
cotidiano e vida privada
na América portuguesa.
produção de oxigênio do planeta.
São Paulo: Companhia e) As florestas são responsáveis por manter a fer-
das Letras, 1997. p. 46. Benedito Calixto. Retrato de tilidade do solo e ajudam a regular o impacto
Domingos Jorge Velho, 1903. de tempestades e enchentes.

12
17. Leia a letra de música. I. O Japão passa por uma crise energética depois
Água do maremoto que afetou a usina nuclear de
Da nuvem até o chão, do chão até o bueiro Fukushima.
Do bueiro até o cano, do cano até o rio II. Apesar de ser um país rico em fontes de energia
Do rio até a cachoeira não renováveis, como os combustíveis fósseis,
Da cachoeira até a represa, da represa até a caixa d’água o Japão optou por investir na produção de
Da caixa d’água até a torneira, da torneira até o filtro energia elétrica gerada por usinas nucleares.
Do filtro até o copo
Do copo até a boca, da boca até a bexiga III. O tsunami, que abalou o sistema de geração
Da bexiga até a privada, da privada até o cano de energia no Japão, foi um evento natural
Do cano até o rio inesperado, já que o país se encontra em uma
Do rio até outro rio zona de estabilidade sísmica, distante das
De outro rio até o mar áreas de encontro das placas tectônicas.
Do mar até outra nuvem
IV. Diferentemente do Japão, o Brasil, por dis-
TATIT, Paulo; ANTUNES, Arnaldo. Água. In Cantigas de
por de uma extensa rede hidrográfica e de
roda. São Paulo: Palavra Cantada, 1998.
inúmeras usinas hidrelétricas instaladas nas
Sobre o ciclo da água e dos problemas referentes à principais regiões econômicas do país, não
escassez de água, assinale a alternativa incorreta. depende de energia elétrica proveniente das
a) A letra da música retrata o percurso da água, usinas atômicas que possui.
precipitada em uma área urbana, passando V. Por não dispor de recursos energéticos, como
pelo consumidor até seu descarte na forma de combustíveis fósseis e uma rede hidrográfica
esgoto e novamente sua captação, distribuição suficiente para produzir a energia necessária
e descarte, em um ciclo que nunca se encerra. para manter seu nível de produtividade, o
b) Os custos de captação, tratamento e distribui- Japão é dependente da energia nuclear.
ção da água, além de sua escassez no planeta, Assinale a alternativa que contém apenas afir-
devem ser considerados para evitarmos o des- mações corretas a respeito do texto e da crise
perdício desse valioso recurso. energética mundial.
c) Segundo dados da Organização Mundial de Saú- a) I, IV e V.
de (OMS), a poluição das águas é responsável
b) I, II e V.
por cerca de 50% das doenças que afetam a
população mundial. c) III, IV e V.
d) O texto acima aponta explicitamente a neces- d) I, II, III e IV.
sidade de tratamento dos esgotos para evitar e) I, II e III.
a contaminação dos rios que abastecem as 19. Leia o texto, observe o mapa e responda a questão.
cidades. A polêmica em torno da construção da usina de
e) Apesar de dispor de cerca de 8% da água doce Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte
disponível no planeta, no Brasil essa riqueza paraense, já dura mais de 20 anos. Entre mui-
não se distribui de forma equilibrada pelo tas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte,
território. hoje considerada a maior obra do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), do governo
18. Leia o texto e analise as afirmações a seguir. federal, vem sendo alvo de intensos debates
na região, desde 2009, quando foi apresentado
Japão inicia racionamento de ener-
o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
gia para evitar apagão pós-tsunami
intensificando-se a partir de fevereiro de 2010,
Grandes empresas terão de consumir 15% a
menos em horário comercial, de segunda a sexta.
quando o MMA (Ministério do Meio Ambiente)
concedeu a licença ambiental prévia para sua
BBC Brasil. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/
construção. [...]
noticia/2011/07/japao-inicia-racionamento-de-energia-para-
evitar-apagao-pos-tsunami.html>. Acesso em: jul. 2011. Fonte: Instituto Socioambiental. Disponível em:
<www.socioambiental.org/esp/bm/index.asp>.
Acesso em: jul. 2011.

13
ONDE FICA AMAPÁ

S Belém
A
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RIO

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Altamira

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RIO T

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RIO Belo Monte

RIO X
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PARÁ
0 90

Sobre a Usina de Belo Monte, e as hidrelétricas em geral, é incorreto afirmar que:


a) geram energia limpa, mas causam danos ambientais.
b) são economicamente viáveis para qualquer país, pois, em geral, o custo de construção é baixo em
relação às termelétricas.
c) o represamento provocará a redução da vazão da água a jusante do barramento do rio, na Volta Grande
do Xingu, e prejudicará o transporte fluvial até o rio Bacajá, único acesso para comunidades ribeirinhas
e indígenas.
d) a construção de Belo Monte levará à alteração do regime do rio, com a redução do fluxo da água, e influen-
ciará os meios biótico e socioeconômico.
e) apesar de gerar energia limpa, o represamento provocará o deslocamento de comunidades ribeirinhas
que vivem em reservas extrativistas.

20. Assinale a alternativa incorreta sobre o perfil topográfico da América do Sul.


a) No perfil, a unidade de relevo mais antiga são os altiplanos da Bolívia.
b) A formação desse perfil topográfico tem origem tanto de agentes internos quanto de agentes externos.
c) A Cordilheira dos Andes é conhecida como um dobramento moderno, porque resultou da pressão exercida
pela Placa Nazca sobre a Placa Sul-Americana.
d) O Planalto Brasileiro é um exemplo de unidade do relevo que sofre modelagem a partir da ação de
agentes externos ou modeladores de relevo.
e) As planícies, em geral, resultam da ação de agentes modeladores do relevo os quais deslocam sedimentos
de áreas mais elevadas e os depositam em áreas de altitudes menores.

14
CIÊNCIAS d) hipertensão e diabetes melito, uma vez que
Leia o texto para responder as questões 21 e 22. essas doenças suprimem a absorção de açúcar
pelas células do organismo.
Sobremesas: uma tentação difícil de resistir e) hipertensão, pois essa doença está associada
Independentemente das receitas, que podem ser simples à diminuição dos níveis de insulina no sangue.
ou incrementadas, as sobremesas são delícias que fazem
parte do dia a dia de muitos brasileiros 23. Leia o texto.
A maioria das pessoas deve se perguntar: por que é Predadores vulneráveis
tão difícil resistir à tentação das sobremesas? O fato Plano propõe estratégias para salvar as raias e
é que o consumo de alimentos, principalmente os os tubarões da costa brasileira
doces, proporciona uma sensação de prazer, aliviando Predadores de mares e rios, os tubarões e as raias
a ansiedade e a tristeza. que habitam ecossistemas brasileiros vivem seu
Tudo isso é explicado porque os alimentos açucarados, dia de caça. Nas últimas duas décadas, a pesca
quando ingeridos, levam o organismo a liberar uma abusiva colocou na lista dos animais sob ameaça
substância chamada serotonina, que é responsável de extinção vários elasmobrânquios – grupo que
por diferentes funções ligadas ao sistema nervoso, reúne os tubarões, as raias e os cações, os quais,
como a regulação do sono, da temperatura corporal, em comum, têm o esqueleto formado apenas por
do apetite, do humor, da atividade motora, da função cartilagens.
cognitiva e da liberação de alguns hormônios.
Esses animais têm crescimento relativamente
Ao mesmo tempo em que o consumo de doces faz bem,
lento, tardam a ingressar na idade adulta e
é preciso ficar atento, afinal, tudo que é em excesso
reproduzem-se com parcimônia. Não há sequer
pode não fazer bem à saúde, principalmente para
justificativa econômica para o infortúnio dos
pessoas que sofrem de problemas como a diabetes e
elasmobrânquios. Isso porque são raras as es-
a hipertensão.
pécies que têm valor econômico. Na verdade, a
[...]
imensa maioria de tubarões e raias é capturada
Adaptado de: <http://bagarai.com.br/sobremesas-uma-
tentacao-dificil-de-resistir.html>. Acesso em: jul. 2011. por pesqueiros que buscam outros alvos, como
cardumes de atum. Mortos, acabam descartados.
21. A serotonina, substância citada no texto, é: Faz anos que um grupo de oceanógrafos e ictio­
a) um neurotransmissor responsável pelo desejo logistas alerta para o extermínio dos elasmo­
de comer doces. brânquios. Os pesquisadores admitem que é di-
b) produzida pelo cérebro e responsável pela fícil sensibilizar agências de fomento e o público
sensação de ansiedade e tristeza. leigo para a necessidade de preservar espécies
que protagonizam filmes de suspense e terror.
c) causadora da diabetes e é liberada quando se
Mas, lembram, tubarões e raias são importantes
come açúcar.
para a biodiversidade de mares ou rios. Ricardo
d) responsável pela sensação de prazer; trata-se Rosa, pesquisador da Universidade Federal da
de um neurotransmissor. Paraíba (UFPB), diz: “Além disso, o estigma é
e) um neurônio responsável pela sensação de prazer. infundado. Das mais de 400 espécies de tuba-
rões, não mais do que uma dúzia é realmente
22. O excesso de açúcar pode ser prejudicial a pessoas perigosa”.
portadoras de: Adaptado de: <http://revistapesquisa.fapesp.br/
a) hipertensão, pois o excesso de açúcar aumenta ?art=2766&bd=1&pg=1&lg=>. Acesso em: jul. 2011.
a sensação de prazer. Analise, a seguir, as afirmativas sobre os elasmo-
b) diabetes melito, pois elas sofrem de falta de brânquios:
serotonina, hormônio responsável por meta- I. Como parte integrante da biodiversidade,
bolizar a glicose. as diferentes espécies de elasmobrâquios
c) diabetes melito, pois essa doença está associa- pertencem a cadeias alimentares específicas
da à perda da capacidade celular de absorção e, se forem eliminados, isso pode produzir
de glicose. graves desequilíbrios ecológicos.

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II. Os elasmobrânquios podem ser considerados Esse comportamento diferente da joaninha
predadores vulneráveis às ações negativas do começa no momento em que o parasita sai de
ser humano no ambiente, pois eles têm cres- dentro de seu corpo.
cimento lento, tardam a ingressar na idade Os cientistas Jacques Brodeur, Fanny Maure e
adulta e reproduzem-se com parcimônia. equipe descobriram que os casulos guardados pelas
III. Esses animais são inofensivos e das mais de joaninhas vivas sofriam menos ataques de outros
400 espécies de tubarões, não mais do que insetos inimigos naturais, do que os casulos que
uma dúzia é realmente perigosa. estavam sozinhos ou guardados por uma joaninha
IV. Os elasmobrânquios são importantes porque morta. [...]
podem inspirar trabalhos da indústria cinema- BBC Brasil. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-
e-saude/noticia/2011/06/vespa-parasita-transforma-
tográfica, podendo, inclusive, ser utilizados
joaninha-em-guarda-costas-zumbi.html>.
em filmes de suspense e terror. Acesso em: jul. 2011.
V. Trata-se de vertebrados cartilaginosos que A relação ecológica entre a vespa e a joaninha,
possuem um alto valor econômico, sendo de descrita no texto, pode ser classificada em:
grande importância para os pescadores.
a) intraespecífica harmônica e canibalismo.
Em relação à necessidade de preservação dos
b) interespecífica desarmônica e parasitismo.
elasmobrânquios, estão corretas:
c) interespecífica desarmônica e predatismo.
a) I e II.
d) intraespecífica desarmônica e parasitismo.
b) I, II e III.
e) interespecífica harmônica e parasitismo.
c) todas as afirmativas.
d) II, III e V.
25. Durante a puberdade ocorrem diversas mudanças
e) II e IV. no corpo, por exemplo: aparecem pelos nas axilas,
a voz dos meninos fica mais grave e os seios das
24. Leia o texto para responder a questão. meninas crescem. Todas essas mudanças ocorrem
Cientistas canadenses descobriram que uma porque substâncias, que agem como mensageiras
espécie de vespa consegue se proteger de seus químicas, “viajam” pela circulação sanguínea e
predadores durante a fase de casulo ao trans- atuam na regulação de várias funções do nosso
formar joaninhas em guarda-costas “zumbi”. organismo.
Os pesquisadores da Universidade de Montreal Assinale a alternativa que indica como essas
descobriram que, depois que uma vespa fêmea substâncias são chamadas e o sistema do corpo
consegue injetar seu ovo na joaninha, a larva do qual elas fazem parte.
se alimenta dos tecidos internos do inseto. Em a) Neurotransmissores e sistema nervoso.
alguns casos, a joaninha, parcialmente parali- b) Receptores e sistema endócrino.
sada, continua sentada no parasita, enquanto c) Hormônios e sistema nervoso.
ele se desenvolve em um casulo.
d) Neurotransmissores e sistema endócrino.
Depois de ser injetada na joaninha, a larva
e) Hormônios e sistema endócrino.
de vespa se desenvolve por 20 dias dentro do
abdome da hospedeira. Depois desse período, a
vespa sai e cria um casulo entre as pernas da ARTE
joaninha. 26. Considerada a obra mais famosa do mundo, a
Os pesquisadores sugerem que o veneno da ves- Mona Lisa (La Gioconda), de Leonardo da Vinci,
pa faz com que a joaninha tenha espasmos. O foi interpretada várias vezes, por diferentes ar-
inseto se debate e treme, o que espantaria os tistas. O autorretrato do surrealista Salvador Dalí,
predadores. reproduzido abaixo, é um exemplo. Trata-se de

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uma fotografia de Philipe Halsman, em que Dalí b) Foi um movimento estético que se caracteri-
é retratado com as vestes e o enigmático sorriso zou pela grande importância que conferia ao
da Mona Lisa, de Leonardo. Observe-a. bizarro, ao incongruente e ao irracional. Seus
representantes interessavam-se pela Psicologia
e pintavam universos desconhecidos da mente,

Coleção particular
como as imagens dos sonhos.
c) Foi um movimento artístico e literário que glo-
rificava o mundo moderno: máquinas, velocida-
de, violência. Seus representantes rejeitavam
a arte do passado, advogando a destruição de
museus e bibliotecas. Usavam linhas retas e
cores que sugerissem velocidade.
d) Foi um movimento artístico de curta duração
que se caracterizou pela simplificação das
formas e pelo emprego de cores intensas e não
naturalistas. As obras de seus representantes
destacam-se pela despreocupação com o rea-
lismo tanto nas formas quanto nas cores.
Salvador Dalí. Autorretrato como Mona Lisa, c. 1954. e) Foi um movimento artístico bastante diver-
Fotografia de Philipe Halsman. sificado. As obras de seus representantes
caracterizam-se pela ausência de relação ime-
diata entre as formas e as cores representadas
Museu do Louvre, Paris

e as formas e as cores ideais. O abandono da


concepção de arte como imitação da natureza
também lhe é característico.

27. Leonardo nasceu na vila de Vinci, no interior da


Toscana, na Itália, em 1452. Era, portanto, trinta
e um anos mais velho que o artista em cuja obra
os ideais da Alta Renascença encontram sua mais
plena expressão. Trata-se de Rafael Sanzio, nascido
em Urbino, em 1481. Com base na observação aten-
ta da obra A escola de Atenas, de Rafael, analise
os itens abaixo e assinale a alternativa correta.

Palácio do Vaticano, Vaticano


Leonardo da Vinci. La Gioconda, c. 1512.

Com base em seus conhecimentos sobre o Surrea-


lismo, movimento a que Salvador Dalí se integrou
em 1929, assinale a alternativa correta.
a) Foi um movimento artístico que rompeu radi-
calmente com a ideia de arte como imitação da
natureza ao propor a decomposição e a geome-
trização das formas. Seus representantes cria-
ram uma nova forma de representar o espaço,
os objetos e as personagens, fragmentando-os
em múltiplas facetas. Rafael Sanzio. A escola de Atenas, c.1509-1511.

17
I. A escola de Atenas, de Rafael, foi construída Imagem B

Museu do Louvre, Paris


de acordo com as regras da perspectiva, o que
induz o olhar do observador para os filósofos
gregos Platão e Aristóteles representados no
centro do edifício.
II. Deve-se a Leonardo a descoberta do sistema
matemático de representação do espaço bi-
dimensional em tridimensional que causa a
ilusão de profundidade em A escola de Atenas.
III. Foi Leonardo quem [também] forneceu as leis
matemáticas pelas quais os objetos em A es-
cola de Atenas parecem diminuir de tamanho
à medida que se afastam de nós.
IV. A palavra renascença significa nascer de novo Detalhe de Cena que fazia parte da decoração de um túmulo egípcio.
ou ressurgir, e a ideia de um renascimento Com base na observação atenta das imagens,
associava-se, nos tempos de Leonardo e Ra- assinale a alternativa correta.
fael, à ideia de ressurreição da Antiguidade a) As figuras humanas representadas na imagem A
Clássica ou Greco-Romana. compõem uma pirâmide: o ponto mais elevado
Estão corretas as afirmativas: é a cabeça do homem de cabelos brancos e
a) I e II. corpo vigoroso.
b) I e IV. b) As figuras humanas representadas na imagem
c) II e III. B obedecem rigorosamente à regra da fronta-
lidade: cabeça, pés e pernas são retratados de
d) I, II e III. frente para o observador.
e) II, III e IV. c) Na imagem A, as figuras humanas estão repre-
sentadas em três dimensões: largura, altura e
28. Enquanto Rafael executava A escola de Atenas para profundidade.
uma das paredes da biblioteca do papa Júlio II, d) Na imagem B, as figuras humanas se aproximam
no Vaticano, Michelangelo dedicava-se ao afresco a formas geométricas: os rostos assemelham-se
do teto da Capela Sistina. Michelangelo nasceu em a uma esfera, e os troncos, a um cubo.
Florença, em 1475. Era, portanto, oito anos mais
e) As figuras humanas representadas na imagem A
velho que Rafael e 23 anos mais moço que Leonardo.
obedecem ao ideal de beleza expresso na ima-
Imagem A gem B: corpos fortes, vigorosos e harmoniosos.
Capela Sistina, Vaticano

29. Agora, leia com atenção o que escreveu a historia-


dora da arte Graça Proença sobre a cena que fazia
parte da decoração de túmulo egípcio, reproduzida
na imagem B da questão 29.
Os pintores egípcios estabeleceram várias regras que
foram seguidas durante muito tempo, ao longo do
Antigo Império. Entre elas, a regra da frontalidade
chama a atenção pela frequência com que aparece
nas obras (imagem B). Aspectos técnicos como
perspectiva, proporção entre as figuras e ponto
de vista do autor da obra ainda não preocupavam
os pintores egípcios. Tudo era mostrado como se
Michelangelo. A criação do homem. Detalhe do teto da Capela estivesse de frente para o observador.
Sistina, 1511. PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte.
São Paulo: Ática, 2005. p.18.

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O texto menciona aspectos técnicos como perspectiva, proporção entre as figuras e ponto de vista do
autor. Com base em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) Perspectiva é a técnica de representação de um objeto sobre um plano. Ponto de vista é o ponto si-
tuado na linha do horizonte, para o qual convergem todas as linhas transversais de uma representação.
b) Proporção é a razão existente entre a dimensão do que se quer representar e a dimensão gráfica de
sua representação. Perspectiva é o efeito que cria a ilusão de um espaço em três dimensões.
c) Ponto de vista é o ponto situado na linha do horizonte. Proporção é relação matemática proporcional
entre o ponto situado na linha do horizonte e a altura do olho do observador.
d) Ponto de vista é uma linha vertical perpendicular à linha do horizonte. Perspectiva é a razão existente
entre a dimensão do que se quer representar e a dimensão gráfica de sua representação.
e) Proporção é a relação de tamanho entre as partes de um todo entre si, ou entre cada uma delas e o
todo. Perspectiva é a técnica de representação de um objeto sobre um plano.

30. Diz-se que os contemporâneos de Leonardo da Vinci lamentavam o fato de o artista não concluir as obras
que começava quando um trabalho mais interessante lhe era encomendado. É o caso de Adoração dos reis
magos, cujo estudo se encontra hoje na Galleria degli Uffizi, em Florença. Observe-o.

Gabinete de Desenhos e Gravuras, Galleria degli Uffizi, Florença



Leonardo da Vinci. Estudo para o fundo de Adoração dos reis magos, c.1481-1482.
Agora, leia com atenção as observações descritas abaixo, de autoria do próprio Da Vinci. Assinale aquela que
melhor corresponde ao estudo para o fundo da obra Adoração dos reis magos. Apenas uma lhe corresponde.
a) “O aumento das sombras ou das luzes tem grande importância para o olhar [...] que adquire uma enorme beleza”.
b) “Não se deve repetir os mesmos movimentos em uma mesma figura [...] nem replicar a mesma atitude
numa história.”
c) “Na verdade, seja o que for que exista no universo através da essência, da presença ou da imaginação,
o artista primeiro o imagina e só depois o produz”.
d) “A perspectiva é de natureza tal que faz parecer relevo o que é plano e converte em plano o que tem relevo”.
e) “Onde a linha a-m é interseccionada pela linha c-d, e onde a linha r-n é interseccionada pela linha
h-f, está situado o centro do crânio um terço acima da linha de base da cabeça.”

19
Selo de assinatura

OCA
Olimpíada Conhecimentos em Ação

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