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CVALE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE DIREITO
2018
MARCIO PAVÃO DA SILVA
2018
SUMÁRIO
1. TEMA……………………………………………………….........................3
2. PROBLEMA………………………………………………..........................3
3. HIPÓTESES………………………………………………...........................3
4. OBJETIVO GERAL……………………………………….........................3
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………...........................3
6. JUSTIFICATIVA……………………………………………......................4
7. METODOLOGIA……………………………………………......................5
8. REFERENCIAL TEÓRICO………………………………........................5
8.1. A INCLUSÃO EM ÂMBITO EDUCACIONAL…...................5
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………..........................
1. TEMA
Inclusão social de pessoas com deficiências.
2. PROBLEMA
Por quê apesar da legislação existente as pessoas com deficiências ainda não possuem
uma inclusão efetiva?
3. HIPÓTESES
1. Em âmbito escolar, as pessoas com deficiências não possuem uma inclusão efetiva devido a
carência de escolas e/ou profissionais capacitados para atuar de forma inclusiva e integrada na
área.
2. Em âmbito social, as pessoas com deficiências não possuem uma inclusão efetiva devido a
precariedade de políticas de acessibilidade nas instalações urbanas.
3. Em âmbito laboral, as pessoas com deficiências não possuem uma inclusão efetiva pois
apesar da legislação existente, as empresas e seus gestores ainda agem de forma
discriminatória e preconceituosa.
4. OBJETIVO GERAL
Procurar motivos de o por que as pessoas com deficiências não dispõem de uma
inclusão efetiva, apesar da legislação vigente.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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6. JUSTIFICATIVA
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Outrossim, segundo a já citada Resolução ONU/3.447, consistente Declaração dos
Direitos das Pessoas Deficientes, passou-se corretamente a admitir uma conceituação de
deficiência de forma bastante abrangente, pois: “o termo pessoas deficientes refere-se a
qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de
uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não,
em suas capacidades físicas ou mentais”.
Sendo tão vasto o campo que abrange as deficiências humanas, estudos recentes têm
mostrado que o contingente atingido supera a quantidade enorme de dez por cento da
população mundial. A inserção social de pessoas com deficiência contribui para a construção
de uma nova sociedade, desenvolvida por meio de transformações nos ambientes, nos
procedimentos técnicos e na mentalidade da população, inclusive da própria pessoa portadora
de necessidades especiais. Diante disso, a sociedade deve mudar suas estruturas e serviços
oferecidos, abrindo espaços conforme as necessidades de adaptações específicas e/ou mentais
para cada pessoa com deficiência.
7. METODOLOGIA
Quanto à sistemática do projeto é uma investigação sucinta, sua referência encontra-se
em livros, sites especializados e artigos científicos. No que se refere aos objetivos é uma
pesquisa explicativa, que visa evidenciar e abordar com clareza o assunto em questão. O
método utilizado é o hipotético dedutivo em junção com o método dialético.
8. REFERENCIAL TEÓRICO
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No Brasil, o projeto de integração escolar surgiu como impacto mais
significativo na década de 90 do século passado, em grande medida como resultado
das pressões paradigmática decorrentes das experiências desenvolvidas em outros
países. Tal situação culminou com várias medidas dos órgãos responsáveis pela
condução das políticas educacionais brasileiras na área da educação especial. A Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9.394 de 1996, que, ainda que
com determinadas imprecisões e indefinições, sinaliza como espaço preferencial do
atendimento educacional dos alunos com necessidades especiais as escolas de ensino
comum. (Beyer, 2010. p.7)
De acordo com Beyer (2010), às escolas especiais não são escolhas certas para
crianças com necessidades especiais, com a proposta de educação inclusiva, as escolas
especiais passam a ser percebidas como escolas que segregam. As escolas especiais passaram
a existir devido o sistema escolar incompleto, sem capacidade para ensinar os alunos com
deficiência, desse modo as mesmas foram uma solução complementar. Deve-se salientar a
importância que as escolas especiais tiveram historicamente, mas uma solução transitória não
deve ser permanente.
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Ainda, Hugo Otto Beyer (2010) argumenta que uma verdadeira escola para todos
permanece como uma esperança ou utopia. Porém, algumas mudanças têm se verificado
desde que alguns países romperam com a dicotomia que definia algumas crianças como
normais e outras deficientes. Novas ideias passaram a orientar as propostas educacionais,
sendo assim primeiramente em alguns países escandinavos e após europeus, foi compreendida
a ideia de que lugar de crianças com necessidades especiais não seria em escolas segregadas
mas sim com as demais crianças. Com isso, a questão a ser formulada foi como, de que forma
e com que meios pôr em movimento ações escolares inclusivas?
Por fim, Beyer (2010) oferece condições inclusivas sem ferir os dois princípios mais
importantes da educação inclusiva, que são a promoção da convivência construtiva dos
alunos, preservando a aprendizagem comum, sem desconsiderar as especificidades
pedagógicas dos alunos com necessidades especiais. Seriam elas a individualização do ensino,
uma forma nova de pensar, entender as diferenças entre a forma de pensar e aprender das
crianças, onde todas as crianças e não apenas as que apresentam alguma limitação, são
especiais. Para ele, a “individualização do ensino significa a individualização dos alvos, da
didática e da avaliação”, o princípio da individualização dos alvos implica na necessidade de
um currículo com possibilidade de adaptação dos alunos e formas de avaliação com suficiente
flexibilidade para oferecer a sua continuidade e progressão, além disso “a viabilidade de
certificações diferenciadas para os alunos ao fim do período escolar (situação prevista na lei -
resolução CNE/CEB nº 2, de 11/09/2001, Art. 16). A individualização da didática na aula
dentro da proposta inclusiva os alunos recebem a ajuda diferenciada que necessitam visto que
“numa aula “homogênea” todas as crianças são atendidas com o mesmo procedimento” e é
errado atender crianças em situação de diversidade da mesma maneira. Já na individualização
da avaliação, em uma escola inclusiva, a comparação entre os alunos não é apoiada, e a
individualização da avaliação é praticada com cuidado, é preferível o processo de avaliação
que informe se o aluno está conseguindo progredir na aprendizagem, verificar as metas do
ensino e a variação positiva e as adversidades em seu processo de aprendizagem.
Esse autor considera ainda que o sistema da bio docência, ou seja, na sala de aula
inclusiva a necessidade de no mínimo dois educadores, é a segunda condição para uma
educação inclusiva. Há redução numérica em sala de aula que auxilia para manter a qualidade
pedagógica e acréscimo de horas/aula nas classes de inclusão, assim, por exemplo, cada classe
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que houver três alunos com dificuldades na aprendizagem haverá uma hora diária de
atendimento pedagógico especializado, na maior parte do tempo por professores com
formação em educação especial, etc. Beyer (2010) salienta que é importante destacar:
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vêm divulgando, discutindo e defendendo a inclusão como direito de todos em relação aos
diversos espaços sociais. A história revela para a humanidade o caminho da exclusão social e
humana do homem. Se, no passado, o indivíduo com algum comprometimento era banido da
sociedade, hoje, este tipo de eliminação não é mais praticado, mas uma exclusão sutil ainda
acontece. Marques in MANTOAN (1997, p.20) afirma que enquanto a pessoa está adequada
“às normas”, ela é socialmente aceita. Basta, no entanto, que ela adquira qualquer traço de
anormalidade para que seja denunciada como desviante".
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sofrerá nenhuma espécie de discriminação. É Importante destacar que a definição sobre quem
são pessoas portadoras de deficiência reproduz, corretamente, do artigo 2° do estatuto
(BRASIL, 2015), fundamentando que:
A LBI, nos artigos 3º e 53, consolida a acessibilidade como princípio e direito humano
fundamentais. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência viver de forma
independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social, e por isso a LBI
não alterou os prazos já exauridos para adaptação e adequação dos prédios públicos e
privados de uso coletivo, já previstos pelas Leis 10098/2000 e 10048/2000 e decreto federal
5296/2004. E trouxe novos elementos para exigir com maior rigor a acessibilidade, inserindo
inclusive que servidor público que deixar de cumprir a exigência de requisitos de
acessibilidade poderá ser punido pela Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92.
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define pena que quem praticar, induzir ou inclusive nos meios de comunicação e em redes
sociais.
O Estatuto é uma nova forma de entender o ser humano em sua força e fragilidade,
nova forma de compreender que a diversidade é um traço, que não deve desvincular as
pessoas, mas uni-las, num sentimento de identidade e pertencimento. Portanto, o objetivo da
criação do estatuto é ser um meio alternativo de inclusão onde essas pessoas possam estar
inseridas ao meio social e da cidadania.
Por fim, o Estatuto da Pessoa com Deficiência traz regras e orientações para a
promoção dos direitos e liberdades do deficiente, atualmente no Brasil existem mais de 45
milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, que necessitam saber quais são os seus
direitos,e, com a aprovação desta Lei houveram avanços que beneficiam as estas pessoas,
portanto esta Lei surgiu para implementar a legislação brasileira e procurar tornar mais
efetivos os direitos dos deficientes.
No Brasil, a deficiência passou a ser objeto de políticas públicas mais efetivas somente
no início da década de 1980. Isso ocorreu, em grande medida, pelo impulso inicial e pressão
do movimento social, que já vinha se organizando e ganha força a partir da proclamação,
pelas Nações Unidas, do “Ano Internacional da Pessoa Deficiente”, em 1981. A primeira
legislação de caráter nacional que busca estabelecer diretrizes para políticas públicas na área é
a Lei 7.853 que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua integração social, e
sobre a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência –
CORDE, de 24 de outubro de 1989.
As políticas públicas repercutem na economia e nas sociedades, daí por que qualquer
teoria da política pública precisa também explicar as inter-relações entre Estado, política,
economia e sociedade. De acordo com Souza (2006):
Então, as políticas públicas são importantes espaços para promoção da garantia dos
Direitos Humanos e devem, portanto, sempre atentar às áreas não contempladas pelo adjetivo
“humano”. No entanto, a aplicação das políticas públicas de acessibilidade não é suficiente
para garantir o direito de ir e vir, pois em muitos municípios do Estado se vê a implementação
da acessibilidade nas ruas e calçadas, muitas das vezes, precária, pois há pisos em desnível,
obras obstruindo a passagem dentre muitas outras coisas.
Portanto cabe não só ao poder público, como também a sociedade civil e por aqueles
que enfrentam as adversidades de viver em uma comunidade sem infraestrutura a acatar aos
direitos dos PNE’s. Apenas assim, por meio de políticas efetivas, da reestruturação e do
diálogo contínuo, que o País será, de fato, inclusivo.
Por meio deste artigo, fica assegurado à pessoa com deficiência o direito à vagas de
emprego reservadas para elas. A partir disso, começam a surgir então Leis regulamentadoras
do trabalho da pessoa com necessidades especiais, de maneira a incluí-las na sociedade de
forma mais digna. Baseado nisso, Luiz Alberto David Araújo diz que: A pessoa com de
deficiência quer mental (quando possível) quer física, tem direito ao trabalho, como qualquer
indivíduo. Nesse direito está compreendido o direito à própria subsistência, forma de
afirmação social e pessoal do exercício da dignidade humana. O trabalho pode tanto se
desenvolver em ambientes protegidos (como as oficinas de trabalho protegidas), como em
ambientes regulares, abertos a outros indivíduos. (ARAÚJO, 2003. p. 26).
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Além da Constituição Federal, na Legislação Ordinária também encontram-se leis que
regem o trabalho da pessoa com necessidades especiais. A Lei 7853/89 assegura em seu artigo
2° uma política pública de acesso ao emprego público e privado aos PNE’s, conforme
disposto:
A Consolidação das Leis do Trabalho não possui nenhuma regra notória em relação ao
trabalhador PNE. Sendo assim, aplicam-se as normas gerais vigentes à CLT, em relação ao
contrato de trabalho. Sendo assim, a regra geral para o contrato de trabalho está consolidada
ao princípio da continuidade, entendendo assim sua indeterminação de prazo.
O efetivo cumprimento das leis acerca do trabalhado PNE é fiscalizado pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT), que não limita esforços em punir empresas que não
estejam cumprindo suas obrigações de acordo com a legislação. Quando o MPT encontra
irregularidades nas empresas, em primeiro momento, emite um ‘Termo de Ajustamento de
Conduta’, que é o meio pelo qual a empresa se compromete, dentro de determinado prazo, a
cumprir, de forma fiel, a Lei das Cotas. Caso contrário, elas poderão ser alvo, inclusive, de
ações civis públicas, visando assegurar os direitos das PNE’s, previstos em lei.
É a partir da execução dos comandos legais e livres de preconceitos que pessoas
portadoras de necessidades especiais podem exercer um ofício ou profissão. Uma vez
identificado a existência de grupos discriminados, é de dever do Estado propagar políticas de
igualdade, por meio de ações afirmativas. Qualquer maneira de distinção ou exclusão destrói
o direito à igualdade. Tratando-se do Brasil, é perceptível que existe grande quantidade de
instrumentos legais aptos a garantir a inclusão dos PNE’s nas estatísticas de desenvolvimento
humano. Entretanto, é constante o desafio que consiste em dar eficácia à norma,
possibilitando a aplicação do plano jurídico por parte de empregadores, empregados, governos
e sociedade em geral, principalmente buscando-se diminuição do preconceito e a queda de
barreiras culturais.
Como se pode claramente ver, a dificuldade encontrada pelo trabalhador PNE não está
na falta de legislação, mas sim na ausência de empatia social e consciência inclusiva por parte
de empregadores. As cotas para admissão de funcionários PNE podem ser consideradas
benéficas, ainda que haja quem não consiga ver nesse sistema recursos eficientes de
distribuição de riquezas e rendimentos sociais.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. PLANALTO. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htmL>. Acesso em: 27 abr.
2018.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 6. Ed. São Paulo: Ltr
Editora, 2007.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. 8 ed. Rio de
Janeiro: WVA, 1991.
SILVA, Cristina Aparecida da. Pessoa com deficiência: inclusão social no âmbito
trabalhista? Conteúdo Jurídico. 2012. Disponível em
<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,pessoa-com-deficiencia-inclusao-social-no-
ambito-trabalhista,40134.html> . Acesso em 30 abr. 2018.
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: Uma revisão da literatura. Sociologias (online). 2006.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S15script=sci_abstract&tlng=pt> .
Acesso em: 29 abr. 2018.