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Relatório Final
1 - Introdução .................................................................................. 1
2 - Objetivos ..................................................................................... 2
3 - Metodologia ................................................................................. 3
3.1 - Revisão Bibliográfica – Máquinas Monofásicas ................... 3
3.1.1 - Motores de Indução Trifásicos e o Campo Girante .............. 3
3.1.1.1 - Análise matemática ........................................................ 7
3.1.1.2 - Escorregamento nos Motores de Indução........................ 8
3.1.2 - Motores de Indução Monofásicos ........................................ 11
3.1.3 - Tipos de Motores Monofásicos............................................ 16
3.1.3.1 - Fase Auxiliar .................................................................. 16
3.1.3.2 - Motores Tipo Capacitor.................................................. 17
3.1.3.3 - Motor de Bobina de Arraste............................................ 19
3.2 - Modelo de Simulação ............................................................. 20
3.2.1 - O Circuito Equivalente ........................................................ 20
3.2.1.1 - O Ramo de Magnetização............................................... 20
3.2.1.2 - O Circuito Equivalente do Rotor .................................... 22
3.2.1.3 - O Circuito Equivalente do Rotor Referido ao Estator ..... 23
3.2.1.4 - O Circuito Equivalente Completo................................... 23
3.2.1.5 - O Circuito Equivalente Aproximado............................... 23
3.2.1.6 - O Circuito Equivalente do Motor Monofásico ................ 24
3.2.2 - O Modelo Dinâmico ............................................................ 27
3.2.2.1 - Equações de Fluxo ......................................................... 28
3.2.2.2 - Equações de Torque ....................................................... 31
3.2.2.3 - Modelo de Simulação do Motor de Indução Monofásico
Utilizado ......................................................................... 32
3.3 - Simulação................................................................................ 34
3.3.1 - Rotinas de Simulação ......................................................... 34
3.3.1.1 - Descrição dos Blocos...................................................... 34
3.3.1.2 - Visualização Gráfica de Resultados e Ajuste Polinomial 37
3.3.2 - Alteração da Capacitância ................................................... 41
3.3.3 - Alteração da Capacitância no Modelo de Circuito
Equivalente........................................................................... 45
4 - Resultados.................................................................................... 46
4.1 - Variação da Capacitância ........................................................ 46
4.1.1 - Perfil de Reta....................................................................... 47
4.1.2 - Perfil de Parábola ................................................................ 50
4.1.3 - Perfil de Exponenciais......................................................... 52
4.1.4 - Comparação ....................................................................... 56
4.1.5 - Observação ......................................................................... 58
5 - Discussão ..................................................................................... 61
5.1 - Do uso de capacitores .............................................................. 61
5.2 - Da Variação Dinâmica da Capacitância ................................... 61
5.3 - Da Comparação entre os Quatro Perfis .................................... 62
6 – Referências Bibliográficas.......................................................... 64
7 – Anexos ......................................................................................... 65
7.1 - Anexo 1 - Participação em congresso de IC ............................ A1
7.2 - Anexo 2 - Arquivo de dados do motor ..................................... A2
1 – Introdução.
A figura 3.3 representa o mesmo resultado que o da figura 3.2(a), mas em termos
de onda de fluxo senoidais, ao invés de vetores de fluxo. Observa-se que o vetor de
fluxo resultante na figura 3.2 mostra o sentido em que o fluxo cruza o entreferro. Uma
vez cruzado o entreferro, o fluxo fica confinado ao ferro.
A seguir, vamos estudar como a situação da figura 3.2(a) se altera, quando o
tempo passa de 90 graus elétricos, de t1 a t3. Aqui, a corrente da fase a é zero, não
dando nenhuma contribuição de fluxo. A corrente na fase b é positiva e igual a ((3)1/2)/2
vezes seu valor máximo. A fase c tem o mesmo módulo da corrente mas é negativa.
Juntas, as fases b e c se combinam para produzir um fluxo resultante tendo o mesmo
módulo que no instante t1 (ver figura 3.2(b)). É importante observar, também, que a
passagem de 90 graus elétricos no tempo resulta numa rotação do campo de fluxo
magnético de 90 graus elétricos.
Um espaço adicional de tempo equivalente a outros 90 graus elétricos leva à
situação representada na figura 3.2(c). Observa-se que, novamente, o eixo do campo de
fluxo gira de outros 90 graus elétricos.
p p n
f = = rps =
2 2 60 (3-1)
onde f está em ciclos por segundo e rps representa rotações por segundo.
Uma inspeção da distribuição ampère-condutor do enrolamento do estator nos
diversos instantes de tempo mostra que as fases individuais contribuem de modo a
produzir um efeito de solenóide no estator. Desta forma, na figura 3.2(a), os sentidos
das correntes são de forma que todas entram para dentro da página no lado direito e
saem no esquerdo. A regra da mão direita indica que o campo de fluxo é, então,
dirigido para cima ao longo da vertical. Na figura 3.2(b) a situação é similar, exceto
que agora a distribuição de cruzes e pontos é de tal forma que o campo do fluxo
resultante é orientado horizontalmente em direção à direita. Portanto, pode-se concluir
que o campo magnético girante é uma conseqüência da fmm girante associada com o
enrolamento do estator.
3.1.1.1 – Análise Matemática.
Cada uma das três componentes do segundo membro da equação 3-6 representa
uma onda estacionária pulsante. Em cada termo, a função trigonométrica de θ define a
distribuição espacial como uma solenóide estacionária, e a função trigonométrica de t
indicam que as amplitudes pulsam com o tempo. O primeiro dos três termos expressa a
componente da fase a; o segundo e terceiro termos expressam, respectivamente, as
componentes das fases b e c.
Pelo uso da transformação trigonométrica
cada uma das componentes da equação 3-6 pode ser expressa como funções de co-senos
de ângulos soma e diferença. Assim, temos:
E1 N K
= 1 w1
E2 N 2 K w2 (3-12)
120 f 1
ns = [rpm] (3-13)
p
Pela regra V x B, a fem induzida num condutor típico colocado debaixo de um
fluxo de pólos sul , é direcionada para dentro do papel, como indicado na figura 3.6.
Então, para essa direção de corrente, a regra I2 x B mostra que o torque está no sentido
horário. Por conseguinte, o rotor se move numa direção em que ele tenta se alinhar com
o campo magnético do estator.
Figura 3.6 - Indicação da tensão induzida e do torque desenvolvido num condutor típico.
ns − n
s=
ns (3-15)
É usual, na análise de motores de indução, expressar as grandezas do rotor (tais
como a tensão induzida, corrente e impedância) em função de grandezas na freqüência
da rede e o escorregamento como expresso pela equação 3-15. Por exemplo, se o rotor
for assumido como operando em sua velocidade n<ns, então a fem real induzida no
enrolamento rotor por fase pode ser representada em termos da grandeza na freqüência
da rede E2 como sE2. Essa formulação tem importantes vantagens, como será salientado
mais adiante. De modo similar, é possível expressar a impedância do enrolamento do
rotor por fase como:
z2 = r2 + jsx2 (3-16)
p( n s − n ) (3-17)
f2 =
120
f2 = sf1 (3-18)
onde θ é o ângulo espacial elétrico medido a partir do eixo da bobina do estator e F1(pico)
é o valor instantâneo da onda de fmm no eixo da bobina e é proporcional á corrente
instantânea no estator. Se a corrente do estator varia senoidalmente, então F1(pico) varia
senoidalmente com o tempo, como mostrado na figura 3.8(b). As distribuições espaciais
da fmm do estator F1 correspondentes a diversos instantes de tempo estão mostradas na
figura 3.8(a). A onda da fmm do estator é estacionária, e sua amplitude varia
senoidalmente com o tempo.
Para fins analíticos, esta onda estacionária pulsante pode ser decomposta em
duas ondas progressivas de amplitudes constantes. Considere-se que a fmm pulsante do
estator pode ser representada por um fasor espacial de comprimento variável, apontando
para cima durante metade do tempo, e para baixo na outra metade, e tendo módulo e
sentido determinados pelo módulo e sentido instantâneos da corrente do estator. Este
fasor espacial é mostrado pelas setas verticais na figura 3.8(c) para os mesmos instantes
de tempo indicados na figura 3.8(a) e 3.8(b). Mas pode ser visto da figura 3.8(c) que um
tal fasor pode ser considerado como a soma de dois fasores iguais girando em direções
opostas, cada fasor componente tendo um comprimento constante igual a metade do
comprimento máximo do fasor pulsante original. Conseqüentemente, a onda de fmm
pulsante do estator pode ser dividida em duas ondas girantes de módulos iguais. Estas
ondas componentes giram em direções opostas, à velocidade síncrona. As ondas
girantes de fmm para a frente e para trás, f e b, são mostradas tracejadas na figura 3.8(a)
para o instante de tempo t2, e os vetores girantes correspondentes que as representam
são f e b na figura 3.8(c).
Figura 3.8 – Ondas de fmm em um motor de indução monofásico: (a) Ondas espaciais; (b)
Variação no tempo; (c) Representação por fasores espaciais.
F1 = F1(max)cos(ωt)cosθ (3-21)
Cada um dos termos em co-seno na equação 3-22 descreve uma função senoidal
do ângulo espacial θ. Cada um tem um valor de pico de metade da amplitude máxima
da onda pulsante, e um ângulo de fase espacial ωt. Ambas as ondas estão centradas
sobre o eixo do enrolamento de estator no instante em que a fmm de estator tem seu
valor máximo. O ângulo ωt provê rotação de cada onda em redor do entreferro à
velocidade angular constante ω radianos elétricos por segundo, e as ondas caminham
em direções opostas. A primeira onda, cujo argumento é θ - ωt, caminha na direção de θ
crescente; a segunda onda, cujo argumento é θ + ωt, caminha na direção de θ
decrescente. Com um enrolamento polifásico balanceado, as componentes que giram no
sentido dos ângu1os decrescentes cancelam, deixando somente as componentes no
sentido crescente, como na equação 3-9 para um enrolamento trifásico. Para um
enrolamento monofásico, entretanto, as componentes f e b estão presentes. Assim, a
equação 3-22 leva a mesma conclusão daquela obtida por meio do diagrama fasorial da
figura 3.8(c).
Cada uma destas ondas componentes de fmm produz ação de motor de indução,
mas os conjugados correspondentes estão em direções opostas. Com o rotor em repouso,
as ondas de fluxo de entreferro f e b, criadas pelas fmms combinadas de correntes de
estator e rotor, são iguais, os conjugados componentes são iguais, e nenhum conjugado
de partida é produzido. Se as ondas de fluxo de entreferro f e b permanecem iguais
quando o rotor está girando, cada um dos campos correspondentes produzirá uma
característica conjugado-velocidade semelhante àquela de um motor po1ifásico com
impedância de dispersão de estator desprezível, como ilustrada pelas curvas tracejadas f
e b na figura 3.9 (a). A característica de conjugado-velocidade resultante, que é a soma
algébrica das duas curvas componentes, mostra que se o motor partisse por meios
auxiliares, ele produziria conjugado na direção inicial de rotação.
A suposição de que as ondas de fluxo de entreferro permanecem iguais quando o
rotor está em movimento é uma simplificação um tanto drástica do estado real das
coisas. Em primeiro lugar, os efeitos da impedância de dispersão do estator são
ignorados. Além disso, os efeitos das correntes induzidas no rotor não são
apropriadamente levados em conta. A seguinte explicação qualitativa mostra que o
desempenho de um motor de indução monofásico é consideravelmente melhor do que
aquele deduzido da hipótese de ondas de fluxo f e b iguais.
Quando o rotor está em movimento, as correntes componentes no rotor
induzidas pelo campo b são maiores do que com rotor parado e seu fator de potência é
menor. Sua fmm, que se opõe àquela da corrente de estator, resulta em uma redução da
onda de fluxo b. Inversamente, o efeito magnético das correntes componentes induzidas
pelo campo f é menor do que com rotor parado, porque as correntes de rotor são
menores, e seu fator de potência é mais alto. Conforme a velocidade aumenta, portanto,
a onda de fluxo f aumenta enquanto a onda de fluxo b diminui, mas a soma permanece
aproximadamente constante, pois é preciso induzir a fcem de estator, que é
aproximadamente constante se a queda de tensão na impedância de dispersão do estator
é pequena. Então, com o rotor em movimento, o conjugado do campo f é maior e o do
campo b é menor do que na figura 3.9(a), e a verdadeira situação é mais ou menos
como mostrado na figura 3.9(b). Na região de funcionamento normal a uns poucos por
cento de escorregamento, o campo f é varias vezes maior do que o campo b, e a onda de
fluxo não difere muito do campo girante de amplitude constante no entreferro de um
motor polifásico equilibrado. Na região de funcionamento normal, portanto, a
característica de conjugado-velocidade de um motor monofásico não é muito inferior
àquela de um motor polifásico tendo o mesmo rotor e operando com a mesma densidade
de fluxo máxima no entreferro.
(a) Com base em ondas de fluxo f e b constantes; (b) Levando em conta alterações
nas ondas de fluxo.
Sua reatância pode ser um pouco reduzida colocando-o no topo das ranhuras.
Uma característica conjugado-velocidade típica é mostrada na figura 3.10(c).
Os motores de fase auxiliar têm conjugado de partida moderado com baixa corrente de
partida. Algumas aplicações típicas incluem ventiladores, bombas centrífugas, e
equipamento de escritório. Potências típicas são de 1/20 a 1/2 HP; nesta faixa eles são
os motores de menor custo disponíveis.
Figura 3.12 – Motor de capacitor permanente: (a) Ligações; (b) Característica típica.
O capacitor para um motor de partida a capacitância tem uma especificação
típica de 300 µF para um motor de 1/2 HP. Como precisa conduzir corrente somente
durante o período de partida, o capacitor é um tipo eletrolítico para c.a., compacto,
especial, feito para serviço de partida de motores. Para o mesmo motor, o capacitor
permanentemente ligado tem uma especificação típica de 40 pF; como ele opera
continuamente, o capacitor é um tipo para c.a., a óleo. O custo dos motores está
relacionado ao desempenho: o motor a capacitor permanente é o de custo mais baixo, o
de capacitor de partida vem em segundo lugar, e o motor de capacitor de dois valores é
o de custo mais alto.
Figura 3.13 – Motor de duplo capacitor: (a) Ligações; (b) Características típicas de conjugado-
velocidade.
Todos os parâmetros do circuito equivalente são expressos numa base por fase.
Isso se aplica independentemente do enrolamento do estator ser conectado em Y ou ∆.
Neste último caso, os valores se referem à conexão em Y equivalente. Na figura 3.15(a)
está indicada a parte do circuito equivalente que tem relação com o enrolamento do
estator ( ou do primário). Observa-se que ela consiste na resistência de enrolamento de
fase do estator, r1, numa reatância de dispersão do enrolamento de fase do estator, x1, e
numa impedância de magnetização, constituída do resistor de perdas do núcleo, rc, e da
reatância de magnetização, xφ. Praticamente não há diferença na forma entre este
circuito e o equivalente do transformador. A diferença consiste somente no módulo dos
parâmetros. Desta forma a corrente de magnetização total, Im, é consideravelmente
maior no caso do motor de indução, porque o circuito magnético necessariamente inclui
um entreferro. Enquanto que no transformador essa corrente é da ordem de 2 a 5% da
corrente nominal, aqui ela é de aproximadamente 25 a 40%, dependendo do tamanho do
motor. Além disso, a reatância de dispersão do primário para o motor de indução
também é maior por causa do entreferro, assim como porque os enrolamentos do
estator e do rotor são distribuídos ao longo da periferia do entreferro e não concentrados
como no transformador. Os efeitos da ações que ocorrem no enrolamento do rotor
(secundário) devem refletir a si próprias no nível de tensão equivalente adequado nos
terminais a-b na figura 3.15(a).
Para qualquer condição de carga especificada que exige um valor particular do
escorregamento s, a corrente do rotor por fase pode ser expressa como:
sE2
I2 = (3-23)
r2 + jsx2
onde E2 e x2 , são os valores em repouso. A interpretação de circuito da equação 3-23
está apresentada na figura 3.15(b). Mostra que 12, é uma corrente na freqüência de
escorregamento produzida pela fem induzida na freqüência de escorregamento, sE2,
atuando num circuito do rotor que tem uma impedância por fase de r2 + jsx2. Em outras
palavras, essa é a corrente que seria vista por um observador cavalgando com o
enrolamento do rotor. Outrossim, a quantidade de potência real envolvida neste circuito
do rotor é a corrente ao quadrado vezes a parte real da impedância do rotor. Na
realidade, essa potência representa as perdas no cobre do rotor. por fase. Portanto, a
perda total no cobre do rotor pode ser expressa como:
PCu 2 = q2 I 22 r2 (3-24)
Figura 3.15 – Circuito equivalente: (a)- estator; (b)- rotor; (c)- circuito equivalente do rotor; (d)- circuito
equivalente do rotor modificado; (e)- circuito equivalente do rotor referido ao estator; (f)- circuito
equivalente exato; (g)- circuito equivalente aproximado.
3.2.1.2-O Circuito Equivalente do Rotor
r2
P = I 22 (3-26)
s
Uma comparação desta expressão com a equação (3-24) indica que a potência
associada com o circuito equivalente da figura 3.15(c) é consideravelmente maior. Por
exemplo para uma máquina grande, um valor típico de s é 0,02. Portanto, Pg é maior
que a perda real no cobre do rotor por um fator de 50. Isto acontece porque na equação
(3-25) a I2 é uma corrente na freqüência da rede. Isso significa que o ponto de
referência mudou do rotor para o estator (representado em 3.15(c)). Essa mudança é
significativa, porque agora, olhando para o rotor, o observador vê não apenas as perdas
no cobre do rotor, mas também a potência mecânica desenvolvida. Na realidade, a
equação (3-27) dá a potência total de entrada no rotor. É a potência transferida através
do entreferro do estator para o rotor. Podemos escrever a equação (3-27) de modo a
evidenciar este fato:
r2 r
Pg = q 2 I 22 = q 2 I 22 r2 + 2 (1 − s )
s s (3-28)
P = (1 – s)ωsT (3-30)
1 r
T= q 2 I 22 2 (3-31)
ωs s
A tensão que aparece nos terminais a-b na figura 3.15(a) é uma grandeza na
freqüência da rede, tendo N1 KW1 espiras efetivas. A tensão que aparece nos terminais a'-
b' na figura 3.15(d) também é uma grandeza na freqüência da rede, mas tem N2 KW2
espiras efetivas. Em geral, E1 ≠ E2, de forma que a' -b' na figura 3.15(d) não podem ser
ligados a a-b na figura 3.15(a) para se obter um circuito unifilar equivalente. Para se
obter isso, é necessário substituir o enrolamento real do rotor por um enrolamento
equivalente tendo N1KW1, espiras efetivas, como foi feito com o transformador. Em
outras palavras. todas as grandezas do rotor devem ser referidas ao estator do modo
representado na figura 3.15(e). A notação primo é usada para representar grandezas do
rotor referidas ao estator.
A tensão que aparece nos terminais a-b na figura 3.15(e) é a mesma que aparece
entre os terminais na figura 3.15(a). Portanto, estes terminais podem ser ligados para dar
um circuito equivalente completo como aparece na figura 3.15(f). Note-se que a forma é
idêntica à do transformador de dois enrolamentos.
Figura 3.16 – Circuitos equivalentes para um motor de indução monofásico: (a)- Rotor
bloqueado; (b)- Rotor bloqueado, mostrando os efeitos dos campos f e b; (c)- Condições de
funcionamento.
n = 1-s (3-32)
1+n=2–s (3-33)
r
Z f ≡ R f + jX f ≡ 2 + jx 2 em paralelo com jxφ (3-34)
s
r2
Z b ≡ Rb + jX b ≡ + jx 2 em paralelo com jxφ (3-35)
2−s
1
Tf = Pgf (3-36)
ωs
quando a impedância de magnetização é tratada como puramente indutiva, Pgf é a
potência absorvida pela impedância 0,5Zf, isto é,
1
Tb = Pgb
ωs (3-38)
T = T f − Tb =
1
(Pgf − Pgb ) (3-40)
ωs
Vale salientar que a potência e o conjugado interno não são iguais aos valores de
saída, pois as perdas rotacionais ainda não foram levadas em conta. É correto subtrair
efeitos de atrito e ventilação de T ou P, usualmente supõe-se que as perdas no fero
também podem ser tratadas desta maneira.
dλqs
vqs = iqs rqs + [V]
dt
dλds
vds = ids rds + [V]
dt
(3-45)
dλqr
vqr = iqr rqr + [V]
dt
dλdr
vdr = idr rdr + [V]
dt
3.2.2.1-Equações de fluxo
Na forma matricial, o fluxo concatenado nos enrolamentos de rotor e estator, podem ser
representados da seguinte forma, em termos de indutância de enrolamento e corrente:
Lqsqr cos θ r Lqsdr sen θ r i
λ qs Lqsqs 1
qs
λ ds = 1 Ldsds − Ldsqr sen θ r Ldsdr cos θ r i ds
λ qr L cos θ − Lqrds sen θ r
(3-46)
qrqs r Lqrqr 1 i qr
λ dr Ldrqs sen θ r i
Ldrds cos θ r 1 Ldrdr dr
Desprezando a baixa relutância do ferro e sendo Pg a permeância do entreferro,
as indutâncias dos enrolamentos devem ser expressos em termos do número de espiras
(Nqs, Nds, Nqr, Ndr) e da permeância do entreferro, da seguinte maneira:
Lqsqr = N qr N qs Pg Lqsdr = N qs N dr Pg
(3-47)
Ldsqr = N ds N qr Pg Ldsdr = N ds N dr Pg
onde Llqs, Llds, Llqr e Lldr são as indutâncias de dispersão dos enrolamentos de rotor e
estator. Para um rotor de gaiola simétrico, Nqr = Ndr e Llqr = Lldr; portanto, de agora em
diante, eles serão denotados por Nr e Llr, respectivamente.
Escolhendo um sistema de eixos de referência qd no enrolamento de estator,
sendo o eixo q alinhado com o eixo qs do enrolamento do mesmo e, o eixo d alinhado
com o enrolamento ds, os eixos qd do rotor podem ser transformados no sistema de
referência qd escolhido, usando a seguinte transformação:
onde a variável f pode ser tensão, corrente, fluxo concatenado do enrolamento dr e qr,
e θr é o ângulo entre os eixos qr e qs, medidos a partir do eixo estacionário qs. A inversa
de [Tqd(θr)] é:
cosθ r − sen θ r
[T (θ r )] =
−1
sen θ r cosθ r
qd (3-49)
dλ qs
v qs = rqs i qs +
dt
dλ'ds (3-51)
v =r i +
'
ds
' '
ds ds
dt
s dθ r dλsqr
λ − sen θ r λ
cosθ r qr dt
s
[
p Tqd (θ r ) ] −1
s =
qr
− sen θ r s
[
+ Tqd (θ r ) ]
−1
dt
λdr − cosθ r λ
dθ r dλdrs
(3-53)
dr dt dt
dθ r dλqr
's
v =ri −λ
's
qr +
' 's
r qr
's
dr
dt dt
dθ r dλ'drs (3-54)
vdr's = rr'idr's − λ'qrs +
dt dt
Usando ψ para ωbλ nas equações 3-51 e 3-54, nós podemos deduzir que os
resultados destas equações eqüivalem ao circuito mostrado na figura 3.18.
N qs N qs s
v ds' = v ds vdr's = vdr
N ds Nr
N qs s N qs
vqr's = vqr ids' = ids
Nr N ds
Nr s Nr s
iqr's = iqr idr's = idr
N qs N qs
N qs s N qs s
λ'qrs = λqr λ'drs = λdr (3-55)
Nr Nr
2
Lmq = N qs2 Pg N
L = qs N ds2 Pg = Lmq
'
md
N ds
2 2
N N
L = qs Llds
'
lds r = qs rds
'
ds
N ds N ds
2
2 N
N r = qs rr
'
L'lr = qs Llr r
Nr
Nr
3.2.2.2-Equações de torque
dθ rm dθ r
Tem ( )
= λ'qrs idr's − λ'drs iqr' s [Nm] (3-57)
dt dt
Tem = (λqr idr − λ'drs iqr' s )= Lmq (idr's iqs − iqr's ids' ) [Nm]
P 's 's P
(3-58)
2 2
Figura 3.18 – Circuito Equivalente de um Motor de Indução Monofásico.
ψ qs = ω b ∫ vqs + qs (ψ mq −ψ qs ) dt
r
xlqs
(3-59)
( )
'
r
ψ ds' = ω b ∫ vds' + ds' ψ md
'
−ψ ds' dt
xlds
ω
r'
( )
ψ qr' s = ω b ∫ vqr's + r ψ dr's + r' ψ md −ψ qr' s dt
ωb
xlr
(3-60)
ω
(
r'
)
ψ dr' s = ω b ∫ vdr' s + r ψ qr' s + r' ψ md −ψ dr's dt
ωb
xlr
(
ψ mq = xmq iqs + iqr' s )
( )
(3-61)
ψ mq
'
= xmq ids' + idr's
ψ qs −ψ mq
ψ qs = xlqsiqs +ψ mq iqs =
xlqs
ψ ds' −ψ md'
ψ ds' = xlds
'
ids' +ψ md
'
ids' = '
xlds (3-62)
ψ qr' s −ψ mq
ψ qr' s = xlr' iqr's +ψ mq i =
's
qr
xlr'
ψ dr's −ψ md'
ψ dr' s = xlr' iqr' s +ψ md
'
idr's =
xlr'
onde:
1 1 1 1
= + + '
x Mq xmq xlqs xlr
(3-63)
1 1 1 1
= + + '
x Md xmd xlds xlr
ψ qs ψ qr's
ψ mq = x Mq + '
lqs xlr
x
(3-64)
ψ ψ ' 's
ψ md
'
= xMd + ds dr
x x '
lds
'
lr
Tem =
P
2ωb
(
ψ ds' iqs −ψ qsids' ) [Nm] (3-65)
dω rm [Nm]
J = Tem + Tmec − Tdamp
dt
(3-66)
d ω r
ωb
2H
[pol / unid]
= Tem + Tmec − Tdamp
dt
3.3 – Simulação.
Com a recente difusão e alta tecnologia e capacidade dos computadores digitais,
a simulação de um modelo matemático mais complexo em um computador, não se torna
algo inviável por razões de relação tempo de implementação/resposta. Para a simulação
do motor de indução monofásico foi utilizado o programa matemático
MATLAB/SIMULINK, que dispõe de consideráveis ferramentas para análises
matemáticas e simulações digitais de sistemas modelados. Inicialmente, um processo de
aprendizado e familiarização com o programa foi necessário para a seqüência do
projeto; uma série de pequenas simulações de sistemas relativamente simples foram
implementados e simulados, sendo os resultados analisados graficamente, dando assim,
um embasamento teórico sobre o funcionamento do SIMULINK. Em seguida, foi
desenvolvido uma rotina de simulação baseada no modelo dinâmico descrito no item
3.2.2.3, cuja estrutura básica está na bibliografia Ong, C. M, pág 243; esta rotina foi
implementada tomando-se como base as bibliotecas do próprio SIMULINK e o
programa descrito na bibliografia citada. Neste trabalho também foram efetuadas
simulações através do modelo de circuito equivalente do motor devido ao fato de não
encontrarmos bibliografia básica para a obtenção do fator de potência e rendimento do
MI através de suas equações dinâmicas e, a tentativa de desenvolvermos tais cálculos
tomar-nos-ia todo o tempo que resta – ou mais – sendo que, o mesmo poderia vir até a
ser tema de um outro trabalho. As rotinas de simulação estão descritas a seguir.
Tabela 3.2 – Atribuição das variáveis de controle Caprun e Capstart (arquivo mvr.m).
ids' = 0
ψ ds' =ψ md
'
= xmqidr'
xmq didr'
vds' =
ω b dt (3-67)
ψ dr'
idr' =
xlr' + xmq
1 xmq dψ dr'
v =
'
ω b xlr' + xmq dt
ds
Podemos ver agora, que o bloco capacitor foi incluído. Dentro deste bloco
podemos fazer, dentro do possível, qualquer alteração no valor do capacitor. Na saída
do bloco capacitor temos um produto (1/C)*i que é então entregue ao integrador 1/s,
resultando na tensão do capacitor. Esta tensão é então somada com a da bobina do
enrolamento auxiliar, fechando assim a malha de tensão do enrolamento auxiliar. O
segredo está em fazer o valor C, da expressão (1/C)*i, variar em função da velocidade
do rotor.
Como citado anteriormente, a variação do capacitor em função da velocidade do
rotor foi proposta para uma análise do melhor perfil de variação. As alterações no
capacitor consistem basicamente na elaboração de um bloco capacitor (figura 3.25)
adequado à este método de variação. O bloco elaborado pode ser visto na figura 3.26.
Somente para
disponibilizar
os dados no
espaço de
Define se a função é trabalho
uma reta , parábola, etc.
A equação 3-68 esta embutida no bloco f(u) da figura 3.26 onde, o valor da
capacitância está sendo constantemente alterado de acordo com a real velocidade do
rotor. Observemos então a equação em f(u):
1 /{[(Crun − Cstart ) / ns ]* u( 2) + Cstart} * u(1) (3-69)
144444424444443 {
Valor dinâmico de capacitância corrente
Nesta equação temos então o valor do capacitor sendo variado. Vale lembrar
que a variável u(2) é a velocidade instantânea do rotor e que o inverso do valor da
capacitância instantânea multiplicado pela corrente – variável de entrada u(1) – resulta
no integrando da integral de tensão no capacitor, que em seguida será solucionado pelo
bloco integrador Vcap_ da figura 3.25, resultando, assim, na tensão no capacitor Vcap.
Com as mudanças elaboradas até este ponto, já é possível obtermos resultados
diferenciados nos parâmetros do motor, principalmente no conjugado. Estes resultados
serão analisados no item 4.
Além da simulação em função de reta, utilizamos também parábola e
exponenciais como é descrito a seguir:
Para a simulação em função de uma parábola, utilizamos como vértice o ponto
de maior valor de capacitância e a partir daí, com apenas dois pontos conseguimos obter
sua equação como ilustra a figura 3.28.
Crun − Cstart 2
C (ωr ) = f ( x ) = x + Cstart (3-70)
ns 2
e a equação contida em f(u) da figura 3.26 fica análoga à 3.69 porém com u(2) e ns
elevados ao quadrado.
y = a.eb.x (3-71)
−1
*ωr
C (ωr ) = Cstart * eln(Crun / Cstart ) * ns (3-72)
Ainda com a intenção de simular diversas curvas, foi feita uma alteração na
equação 3-72 afim de se obter uma quarta forma de variação, a mudança consistiu em
alterar o expoente da variável das abcissas, ωr, e o resultado é mostrado abaixo:
−4
*ωr 4
C (ωr ) = Cstart * eln(Crun / Cstart ) * ns (3-73)
As equações 3-72 e 3-73 podem ser vistas na figura 3.29 onde representamos o
resultado gráfico da implementação destas equações no bloco f(u) da figura 3.26.
Implementadas no bloco f(u) da figura 3.26, a equação se torna, mais uma vez,
análoga à equação 3-69 salvo as alterações já mencionadas nas equações 3-72 e 3-73.
Os diversos resultados, obtidos através das simulações das rotinas descritas nos
itens anteriores – em 3.3 particularmente – são apresentados aqui na forma gráfica, o
que facilita a análise e entendimento dos parâmetros de saída da máquina.
Como já citado anteriormente, o modelo dinâmico da máquina simulada pode
ser visualizado na tabela 3.1, onde está descrito todas as equações que representam o
funcionamento da mesma. Além disso, os parâmetros destas equações – características
da máquina – que são introduzidos posteriormente e podem ser alterados a qualquer
momento, podem ser vistos na tabela 3.3, e correspondem as características do motor
que também são utilizados para a simulação do modelo de circuito equivalente. A seguir
são apresentados os resultados de saída.
No gráfico da figura 4.1 podemos ver a curva de conjugado que é aplicado ao
eixo da máquina, como podemos visualizar, que a mesma parte sem carga e, ao longo de
seu funcionamento, um conjugado de 1 Nm e, posteriormente, 0,5 Nm é aplicado ao seu
eixo. Esta curva de conjugado será utilizada em todas as simulações salvo as de
rendimento e fp.
(b) (c)
Figura 4.3 – Variação da capacitância em função de reta: (a) Conjugado ajustado x tempo; (b) Conjugado
x rpm; (c) Perfil de variação de capacitância.
Podemos ver também na figura 4.3 que o conjugado de partida tem valor igual a
6.261 Nm – na verdade este valor é obtido através do MatLab e não está representado
explicitamente no gráfico. Os gráficos da figura 4.4 e 4.5 dão maior visão sobre as
características da máquina e deste perfil de variação.
(a)
(b) (c)
Figura 4.4 – Correntes no enrolamento auxiliar: (a) Transitório; (b) Ipp; (c) Ipp num intervalo.
Podemos ver em 4.4(c) que a corrente, num intervalo de tempo de 0,1s (2,4s –
2,5s) onde a máquina já se encontra acelerada (ver figura 4.5), atinge um pico de
aproximadamente 1,85 A. Temos também representado no gráfico da figura 4.4(a) a
componente transitória da corrente na bobina auxiliar do motor que parte de 1.2 A em
módulo. Vemos também em 4.4(b) que os picos de corrente no instante da partida
passam de 10A.
(a)
(b)
Figura 4.6 –Conjugados: (a) Acoplado ao eixo; (b) Pulsação de conjugado em regime normal da máquina
com capacitor.
Tomando como base o tempo representado na figura 4.6(b) (a partir de 1,8s),
podemos verificar através da figura 4.5 que neste instante de tempo a máquina já se
encontra a plena velocidade. Se a máquina está a plena velocidade, podemos verificar
através do gráfico de capacitância x RPM , da figura 4.3(b), que a capacitância neste
instante é a menor possível, ou seja, uma capacitância correspondente a 22uF como
descrito em 3.3.1.2. Este capacitância é suficiente para reduzir as pulsações de
conjugado a dupla freqüência existentes nos motores monofásicos, isto fica evidente
quando comparamos a figura 4.6(b) com a figura 4.2(b). Este dado ainda pode ser
considerado como idêntico nos quatro perfis pois, após a máquina ter sido acelerada o
valor de capacitância final será sempre 22µF, independentemente do perfil.
Figura 4.7 – Rendimento e Fator de Potência: (a) Potências de entrada e saída; (b) rendimento; (c)
defasagem da corrente; (d) fator de potência.
(b) (c)
Figura 4.8 – Variação da capacitância em função de parábola: (a) Conjugado ajustado x tempo; (b)
Conjugado x rpm; (c) Perfil de variação de capacitância.
(a)
(b) (c)
Figura 4.9 – Correntes no enrolamento auxiliar: (a) Transitório; (b) Ipp; (c) Ipp num intervalo.
A curva de aceleração da máquina quando do uso deste método de variação –
parábola – será representada no item 4.1.3 na figura 4.18.
A curva de pulsação de conjugado se torna idêntica a da figura 4.6(b) já que
depois de ter acelerado, o motor trabalha com um capacitor de 22µF,
independentemente do tipo de variação pois, depois de acelerado até sua velocidade de
operação normal, em qualquer perfil de variação, o capacitor tem esse valor.
Figura 4.10 – Rendimento e Fator de Potência: (a) Potências de entrada e saída; (b) rendimento; (c)
defasagem da corrente; (d) fator de potência.
(b) (c)
Figura 4.11 – Variação da capacitância em função de exponencial : (a) Conjugado ajustado x tempo;
(b) Conjugado x rpm; (c) Perfil de variação de capacitância.
(a)
(b) (c)
Figura 4.12 – Correntes no enrolamento auxiliar: (a) Transitório; (b) Ipp; (c) Ipp num intervalo.
Na figura 4.13 temos os valores de rendimento e fator de potência.
Figura 4.13 – Rendimento e Fator de Potência: (a) Potências de entrada e saída; (b) rendimento; (c)
defasagem da corrente; (d) fator de potência.
(a)
(b) (c)
Figura 4.14 – Variação da capacitância em função de exponencial4 : (a) Conjugado ajustado x tempo;
(b) Conjugado x rpm; (c) Perfil de variação de capacitância.
(a)
(b) (c)
Figura 4.15 – Correntes no enrolamento auxiliar : (a) Transitório; (b) Ipp; (c) Ipp num intervalo.
Figura 4.16 – Rendimento e Fator de Potência: (a) Potências de entrada e saída; (b) rendimento; (c)
defasagem da corrente; (d) fator de potência.
4.1.4 – Comparação.
Para facilitar a análise dos resultados plotamos, na figura 4.17(a), todos os perfis
de variação da capacitância simulados. Os conjugados obtidos a partir destas simulações
estão representados em 4.17(b), vale relembrar que está é uma curva ajustada por um
polinômio.
4.1.5 – Observação.
Para termos melhores referências para comparações as figuras abaixo trazem a
resposta de conjugado, corrente e aceleração de uma máquina padrão operando com
duplo capacitor – de partida e permanente – controlados pela tradicional chave
centrífuga.
Na figura 4.20(a) e 4.20(b) vemos o conjugado dinamicamente, em 4.20(c)
vemos o conjugado em função da velocidade do rotor (o médio ajustado e o pulsante) e
em 4.20(d) e 4.20(e) as correntes e, ainda em 4.20 (f) a aceleração.
Nestas figuras podemos ver claramente o instante em que o capacitor é chaveado
e o conjugado muda de um elevado valor para o valor médio nulo enquanto sem carga
no eixo. Podemos ver também a brusca diminuição de corrente e o conjugado médio em
função de ωr.
Também apresentamos a figura 4.21 onde vemos alguns resultados como fator
de potência e rendimento para a máquina de duplo capacitor. Nesta figura os resultados
foram obtidos através da simulação do circuito equivalente do MIM pois, como
havíamos citado, não foi possível a obtenção do rendimento e fator de potência através
da simulação dinâmica.
Particularmente a figura 4.21(a) apresenta o resultado do conjugado que se
comparado com o resultado da figura 4.20(c) dá validade ao uso deste método para
nosso estudo pois ambos os resultados são parecidos na medida que levarmos em conta
o ajuste polinomial (4.20(C1)) que distorce o resultado dinâmico(4.20(c2)). Em 4.21(b)
temos a potência, em 4.21(c) temos o fator de potência e em 4.21(d) temos o
rendimento. Vale ainda, ressaltar que o instante de mudança da chave centrífuga se dá à
75% da velocidade síncrona.
Figura 4.20 – Máquina com duplo capacitor: (a) Conjugado; (b) Conjugado ajustado; (c) Conjugado em
função de rpm; (d) Corrente; (e) Corrente num menor intervalo; (f) Aceleração.
82.72
Figura 4.21 – Máquina com duplo capacitor: (a) Conjugado; (b) Potência; (c) fp; (d) Rendimento.
Obs: Simulação não-dinâmica.
5 – Discussão.
[4] WEG Motores Elétricos S.A.; “Manual de Motores Elétricos”, 11ª Edição.