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CURSO DE METALURGIA BÁSICA

Instrutor:
Dr. André Ronaldo Froehlich – Eng. Metalúrgico

Material Didático
Autores:
Dr. André R. Froehlich
Dr. Mário Wolfard Jr.
Dr. Telmo R. Strohaecker
MSc. Vitor José Frainer

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PROGRAMA
1 – O Átomo e Estruturas Cristalinas.
2 – Difusão.
3 – Diagramas de Fase.
4 – Metalografia.
5 – Nucleação e Crescimento de Fases.
6 – Ensaios Mecânicos.
7 – Siderurgia.
8 – Aços Ao Carbono e Baixa Liga.
9 – Aços Inoxidáveis.
10 – Ferros Fundidos.
11 – Metais Não Ferrosos.
12 – Tratamentos Térmicos.
13 – Mecanismos de Aumento de Resistência.
14 – Tenacidade à Fratura.
15 - Fadiga

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1.1 – O Átomo

• Partícula composta por: • Exemplo:


– Núcleo (Prótons e Neutrons); • Sódio – Na – Tem 11 protons,
12 neutrons e 11 elétrons;
– Elétrons.
• Z = 11
• Carga de Protons=Carga de • P = 11
Elétrons
• N = 12
• Definições: • Massa Atômica Z = 23.
– Z – Número Atômico=Num. • Obs.: Para um átomo de carga
De Prótons; nula.
– P – Número de Prótons (=Z);
• O átomo pode:
– N – Núm. De Neutrons = P+1
• Receber elétrons – ânion;
– A – Massa Atômica = Z+N;
• Perder elétrons – cátion;
• Átomo de Cloro:
• Z = 17
• P = 17
• N = 18
• Massa Atômica Z = 35 3
1.1 – O Átomo
• Distribuição dos Elétrons:
– Em camadas;
• Regra:
– A camada mais externa
admite somente 8 elétrons
Como preencher a distribuição
de elétrons:
– Preencher em ordem (K, L, M
etc) com o máximo de • Exemplos:
elétrons de cada camada
admite até completar o • Ca – Z=20
número de elétrons do • K=2, L=8, M=10 (errado)
Átomo; • K=2, L=8, M=8, N=2
– Observar a última camada.
Não pode conter mais que 8
• I – Z=53
– Cancelar este número e • K=2, L=8, M=18, N=25 (er.)
substituir por 8 ou 18 (o • K=2, L-8, M=18, N=18, O=7
imediatamente inferior)
– O restante distribuir na
próxima camada; 4
1.1 – Configuração de Menor Energia
• Os átomos são mais
estáveis quando ligados a
outros átomos;
• Equilíbrio:
– Compromisso entre as
forças positivas dos
núcleos e negativas dos
elétrons;
• A distância de equilíbrio é
a soma dos raios.

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1.1 – Ligações Químicas
• Ligações Fortes:
– Iônica – Ligações
estabelecidas entre ions + e -;
– Covalente – Ligação por
compartilhamento de elétrons.
Átomos de mesma tendência a
ganhar e perder elétrons;
– Metálicas – Ocorre em átomo
de baixa eletronegatividade,
poucos elétrons de valência
que podem ser removidos. O
equilíbrio é alcançado
trocando elétrons dos átomos
vizinhos.
• Ligações Fracas:
– Força de Van Der Waals;
– Pontes de Hidrogênio;
– Forças Dipolares;

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1.2 - Estruturas Cristalinas/ Reticulado cristalino

„ A representação ao lado serve


para o estudo das estruturas
cristalinas;
„ A regularidade dos
espaçamentos entre as inter-
secções torna a estrutura
cristalina caracterizada;
„ Define-se as constantes de
rede;
• Os vetores a, b e c;
• Os ângulos entre eles α , β e
γ;

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1 - Estruturas Cristalinas/ Reticulado cristalino

„ As constantes definem exatamente a


distribuição no espaço do pontos;
„ Repetindo-se o comprimento a segun-
do a direção α, encontra-se um novo
ponto (intersecção);
„ Similarmente, as distâncias b e c repetidas segundo as direções β e γ
respectivamente, encontram-se pontos a cada repetição.
„ As distâncias e os ângulos podem diferir entre si - resulta em inúmeras
combinações;
„ A esta rede associa-se átomos regularmente distribuídos no espaço
ocupando ou não os pontos de intersecção.
„ Isto define a “ESTRUTURA CRISTALINA”

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1.2 - Estruturas Cristalinas/ Reticulado cristalino

„ Existe uma distribuição característica dos átomo em diversos


materiais;

„ São: “MATERIAIS CRISTALINOS”;

„ Característica: Um conjunto de átomos é suficiente para representar


sua distribuição;

„ A representação característica chama-se: “CÉLULA UNITÁRIA”;

„ Tem-se: 7 figuras geométricas que definem “7 SISTÊMAS


CRISTALINOS” que resultam em 14 distribuições atômicas definindo
“14 ESTRUTURAS CRISTALINAS”;

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1.2 - Estruturas Cristalinas/ Reticulado cristalino
„ Tem-se os 14 “RETÍCULOS
DE BRAVAIS;
„ Para o estudo dos aços e de
seus tratamentos térmicos, as
principais estruturas são:
• cúbica de corpo centrado -
ccc;
• cúbica de face centrada - cfc;
• tetragonal de corpo centrado -
tcc
„ Numero de coordenação:
Numero de átomos vizinhos

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1.2 - Estruturas Cristalinas/ Fator de Empacotamento

„ Para o retículo cfc: ccc cfc


• acfc= 4r/√ 2;
• 4 átomos por célula;
• FA = 4 . (4/3π r3) = 16 π r3(2√ 2)
a3 (3) 64r3)
• FA = 0,74

„ Para o retículo ccc:


• accc = 4r/√ 3;
• FA = 2 . (4/3π r3)
a3
• FA = 0,68

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1.2 - Estruturas Cristalinas/ Reticulado cristalino

„ Classificação das estruturas cristalinas dentro dos sistemas cristalinos


Sistema cristalino Parâmetro de rede e ângulo entre os eixos Estrutura cristalina
Cúbico Três eixos iguais em ângulo reto Cúbica simples
a=b=c, α=β=γ=90° Cúbica de corpo centrado
Cúbica de faces centradas
Tetragonal Três eixos em ângulo reto, dois iguais Tetragonal simples
a=b≠c, α=β=γ=90° Tetragonal de corpo centrado
Ortorrômbico Três eixos desiguais em ângulo reto Ortorrômbico simples
a≠b≠c, α=β=γ=90° Ortorrômbico de corpo centrado
Ortorrômbico de bases centradas
Ortorrômbico de faces centradas
Romboédrico Três eixos iguais, ângulos iguais Romboédrico simples
a=b=c, α=β=γ≠90°
Hexagonal Dois eixos iguais a 120°, terceiro eixo a 90° Hexagonal simples
a=b≠c, α=β=90°, γ=90°
Monoclínico Três eixos desiguais, um ângulo diferente Monoclínico simples
a≠b≠c, α=β=90°, γ≠90 Monoclínico de bases centradas
Triclínico Três eixos desiguais, ângulos desiguais Triclínico simples
a≠b≠c, α≠β≠γ≠90

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1.2 - Estruturas Cristalinas
Estrutura Cúbica de Corpo Centrado

„ Parâmetros Geométricos: Vetores - a = b = c;


• Ângulos - α =β = γ = 90 graus
„ Representação Geométrica: -Um CUBO;
„ Localização dos átomos:- Oito nos vértices do cubo; Um no
centro do cubo;
„ Cada vértice comporta: 1/8 de átomos - Tem-se 8 vértices logo
- 1 átomo;
„ Parâmetro de rede - 4R/√ 3 (R é o raio atômico);
„ Fator de empacotamento - Volume de átomos/Volume da célula
unitária = 0,68;
„ Obs.: - Estas características independem da célula escolhida e
do átomo em questão.

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1.2 - Estruturas Cristalinas
Estrutura Cúbica de Face Centrada

„ Parâmetros Geométricos: Vetores - a = b = c;


• Ângulos - α =β = γ = 90 graus
„ Representação Geométrica: - Um CUBO;
„ Localização dos átomos:- Oito nos vértices do cubo; Três no
centro de cada face;
„ Cada vértice comporta: 1/8 de átomos - Tem-se 8 vértices, logo
- 1 átomo - 1/2 em cada face - são 6 faces, logo 3 átomos
„ Parâmetro de rede - 4R/√ 2 (R é o raio atômico);
„ Fator de empacotamento - Volume de átomos/Volume da célula
unitária = 0,74 - CFC mais compacta que CCC;
„ Melhor ocupação do espaço pelos átomos - Para um mesmo
raio atômico, menor volume e maior densidade que CCC.

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1.2 - Estruturas Cristalinas
Estrutura Hexagonais

„ Sistemas Hexagonais Simples : a -


representação hexagonal e b - rômbica; Sist. hexagonal simples
„ Muito baixo fator de empacotamento; Metais Sist. Hexagonal compacto
não cristalizam;
„ Parâm. geométricos: Vetores - a=b dif. c;
ângulos -120-90-90;
„ Est. hexagonal compacta - Há presença de
átomos intersticiais;
„ Fator de empacotamento - 0,74; Vsualização do
„ Número de coordenação - 12; número de
coordenação
„ Obs.: A estrutura hc é idêntica a cfc.

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1.2 - Estruturas Cristalinas - Interstícios

„ Fator de empacotamento é sempre >1;


„ Presença de vazios no retículo - chamados
de “Interstícios”;
„ Menor o FC, maior o volume de interstícios; octaédricos tetraédricos
ccc
„ Interstícios do CFC são maiores que CCC;
„ Definidos por uma figura poliédrica formada
cfc
pelos átomos que estão em volta do vazio; tetraédricos
octaédricos
• Interstícios octaédricos
• Interstícios tetraédricos;
„ Quanto maior o volume de vazios, maior a
solubiliadade.

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1.2 - Estruturas Cristalinas - Índices de Miller

„ Definem as direções e os planos característicos


de cada estrutura;
„ Índices de uma direção - Definem a
coordenada de um ponto em relação a origem;
„ Notação de direção [100];
„ Índices de um plano - Definem o inverso do
valor das interseções do plano com os eixos;
„ Notação de plano (100);
„ Porquê são importantes?
• Influem no comportamento do material. A
deformação, por exemplo, ocorre segundo
direções e planos preferenciais, que no caso são
os de elevada densidade atômica.

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1.2 - Estruturas Cristalinas - Defeitos Cristalinos

„ Lacunas - Ausência de um átomo de uma


posição normal da rede;
„ Defeitos intersticiais - Presença de um átomo
no interstício do retículo. Pode ser de mesma
natureza ou átomo de outro material;
„ Discordâncias - Defeito planar que envolve o
posicionamento de uma série de átomos. O
mais comum é o defeito em cunha (ao lado);
• Importância: As discortâncias permitem o
escorregamento dos planos na deformação. Se
tem liberdade para escorregar a deformação
ocorre facilmente. Defeitos interstíciais
bloqueiam o escorregamento e dificultam a
deformação. Ocorre um aumento do limite de
escoamento.

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1.2 - Estruturas Cristalinas - Defeitos Cristalinos

„ Contornos de Grão:
• Os materiais são policristalinos - A orientação
cristalográfica restringe-se a porções de material
chamados de grãos.
• Cada grão possui uma orientação cristalográfica
diferente;
• Na fronteira entre os grãos existe uma transição, em
que há uma desorientação atômica, gerando uma
região de elevada energia - O contorno de grão;
„ Importância do contorno de grão:
• Transformações de fase - A alsta energia favorece a
nucleação;
• Deformação - Restringe o movimento de
discordâncias.

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1.3 - Estruturas do ferro puro - Alotropia

„ Alotropia: Mudança de estrutura cristalina com a temperatura;


„ Alotropia do ferro:
• Até 912 C - O ferro é CCC - Ferro α - Microestrutura ferrítica;
• de 912 a 1394 C - é CFC; - Ferro γ - Microestrutura autenítica;
• de 1394 a 1538 C - é CCC - Ferro δ - Microestrutura de ferrita δ.
„ Consequências:
• De CCC para CFC - Fator de empacotamento aumenta de 0,68 para 0,74,
resultando em um menor volume e maior densidade;
• Solubilidade do carbono no ferro - Na estrutura ccc a solubilidade do
carbono é de 0,025% em peso (1% em número de atomos) em 727C,
enquanto que na estrutura cfc é 2,1% em peso (9% em número de átomos)
em 1148C.

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1.3 - Estruturas do ferro puro - Alotropia
„ Solubilidade na Estrutura CCC:
• 0,29R p/ interstícios tetraédricos;
• 0,15R p/ interstícios octaédricos;
„ Solubilidade na Estrutura CFC:
• 0,23R p/ interstícios tetraédricos;
• 0,41R p/ interstícios octaédricos;
CCC
• (R = raio atômico do átomo da estrutura)
„ Para o Ferro:
• CCC - R = 1,24 A - 0,36 A nos tetraédricos CFC
- 0,19 A nos octaédricos
• CFC - R = 1,27 A - 0,29 A nos tetraédricos
- 0,52 A nos octaédricos..
• Raio do Carbono = 0,77 A .
„ Conclusão: O átomo de C é mais estável e
produz menor distorção do reticulado no
interstício octaédrico da estrutura CFC.
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1.4 - Estruturas - Empilhamentos

„ As estrutura HC e CFC possuem mesmo fator


de empacotamento (0,74) e mesmo número
de coordenação (12);
„ A diferença está na sequência de
empilhamento, mostrado na figura ao lado:
• No caso da estrutura HC, os interstícios que
contêm os três átomos estão sobrepostos, ou
seja no mesmo eixo vertical. Empilhamentos
AB/AB/AB..... .
• No caso da estrutura CFC, os átomos estão
localizados em interstícios não sobrepostos,
caracterizando outro eixo vertical.
Empilhamentos ABC/ABC/ABC..... .

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1.5 - Estudo de Estruturas - Difração de Raio X
„ Método de determinação da
estrutura cristalina.
„ Baseia-se na difração dos raios x,
que sofrem interferência devido
aos planos cristalinos do material.
„ O ângulo de difração depende do
comprimento de onda do raio X e
da distância entre os planos.
„ A distância planar é definida
segundo a lei de Bragg.
„ nλ = 2dsenθ , onde:
• λ = comprim. De onda;
• d = Distância planar;
• n = Núm. De ondas que entram
em MH”P
• θ = ângulo de indidência.
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2 - Difusão
„ Movimentação de átomos em uma
estrutura cristalina.
„ Em (a)todos os átomos vizinhos ao
vazio tem a mesma probabilidade de
se mover, assim como o vazio;
„ O átomo intersticial também tem a
mesma probabilidade de se mover
em qualquer direção;
„ Energia de Ativação – Energia
necessária para superar a barreira de
energia. Depende de fatores como:
• Tamanho do átomo – Qto. Menor o
átomo, menor a energia de ativação
necessária;
• Materiais com ligações fortes maior a
energia de ativação;

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2 - Difusão
„ Força Motriz da Difusão – Diferença de
concentração;

„ Primeira Lei de Fick:


• J = - D(dC/dx)
• O fluxo de átomo por unidade de área é
proporcional ao gradiente de concentração,
onde D é o coeficiente de difusão;

„ Segunda Lei de Fick:


• DC/dt = D(D2C/dx2)
• Relaciona a variação da concentração com o
tempo. A velocidade de difusão diminui com a
queda do gradiente de concentração.

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2 - Difusão
„ COEFICIENTE DE DIFUSÃO:
• Aumenta com a temperatura – Menor
energia de ativação necessária;
• D = Doe-Q/RT
• Ln D = ln Do – Q/RT
– R – 1,987 cal/moloK;
– D – Coeficiente de difusão;
– Q – Energia de ativação;
– Do – Constante.

• Depende do tamanho dos átomos. O


C tem um coef. De dif. Maior no ferro
que no níquel, pois o átomo do ferro é
menor;
• Depende da estrutura cristalina. No
ferro ccc os coeficientes de difusão
são maiore que no cfc, pois o fator de
empacotamento é menor.
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3 - Diagramas de Fases - Introdução

„ Também chamados de Diagramas de Equilíbrio;


„ O termo “Equilíbrio”, define condições de resfriamento e/ou
aquecimento muito lentas, propiciando o equilíbrio entre as fases;
„ Caracterizam graficamente um sistema de ligas (diversas
composições);
„ Definem:
– Correlação entre fases x temperaturas x composições;
– Composição das fases em dadas temperaturas;
– Fases em equilíbrio nas temperaturas;
– Rações:
• Líquido/Líquido;
• Líquido/Sólido;
• Sólido/Sólido;
– Limites de Solubilidade;
– Proporção de fases em função das temperaturas;

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3 - Diagramas de Fases - Introdução
„ Definições:
– Sistema: Conjunto específico de matéria em estudo;
– Equilíbrio: Condição de mínima energia livre de um sistema. Forma mais
estável do sistema;
– Fase: Porção de um sistema macroscopicamente homogênea, fisicamente
distinta e separada de outras partes através de interfaces;
– Sistema Homogêneo: É o sistema monofásico (apresenta uma única fase)
podendo ser um elemento químico simples, composto químico ou mistura
homogênea;
– Sistema Heterogêneo: Constituído por duas ou mais fases;
– Diagramas Binários: Diagramas gráficos de dois elementos ou compostos;
– Diagramas Ternários: Diagramas gráficos de três elementos ou compostos;
– Temperatura Líquidus: Temperatura de início de solidificação de um
líquido no equilíbrio;
– Temperatura Sólidus: Temperatura de início de fusão de um sólido no
equilíbrio;

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3 - Diagramas de Fases - Sistema Isomorfo
„ O sistema mais simples possível;
„ Existe solidificação isotérmica somente
nos metais puros;
„ Característica:
– Solubilidade total entre os componentes;
– Sistema monofásico tanto no estado
líquido como no sólido;
„ A área bifásica é caracterizada pela
presença de fase líquida em conjunto
com fase sólida;
„ Requisitos:
– Os elementos devem estar próximos na
tabela periódica, ou seja: Raio atômico
próximo, densidade próxima e
eletronegatividade próxima;
– Possuirem o mesmo retículo cristalino.

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3 - Diagramas de Fases - Sistema Eutético
„ A liga possui uma composição que
solidifica isotermicamente (dispendendo
calor latente) - composição eutética;
„ A temp. de fusão do ponto eutético é
menor que dos componentes puros;
„ Características:
– Os componentes possuem solubilidade
parcial ou nula entre si no estado sólido;
– Fora do limites de solubilidade, existe
formação de estrutura bifásica no estado
sólido;
– A menor temperatura de fusão é do ponto „ Reação eutética: Liq. Sol.1 +
eutético; Sol.2;
„ As ligas deste sistema são em geral:
– Ligas hipo-eutéticas - % de elem.
Menor que o eutético
– Ligas eutéticas - Composição eutética;
– Ligas Hiper-eutéticas - % de elem.
Maior que o eutético;

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3 - Diagramas de Fases - Sistema Eutético
„ Morfologia dos eutéticos:
– Globular;
– Acicular;
– Gráfico;
– Lamelar;

„ Quanto maior a % de átomos de uma das fases, a morfologia vai de


globular para lamelar. Com Aproximadamente 50% em átomos de cada
fase forma-se morfologia lamelar.
„ As ligas Hipo e Hiper-eutéticas formam fases primárias, que são soluções
sólidas com composição de soluto menor que as eutéticas e fases
eutéticas nas proporções definidas pela regra da alavanca;

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3 - Diagramas de Fases - Sistema Eutético
„ Curvas de resfriamento;
Liga 1 Liga 2 Liga 3 T3
T (C) T (C) T (C) T2
T2e

T3
T2

T2e T2e T2e

Liga1 Liga3

Liga2

tempo tempo tempo


-Liga Hipo-eut.; -Liga Eutética.; -Liga Hiper-eut.;
-Fase Prim. α; -Sem fase Prim.; -Fase Prim. β;
-α Forma-se - β Forma-se
entre T2 e T2e; -Eutético forma-se entre T3 e T2e;
-Eutético forma-se em T2e -Eutético forma-se
em T2e em T2e

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3 - Diagramas de Fases - Outros sistemas

„ Sistemas Peritéticos:
– Sol1 + Liqu. = Sol.2
„ Sistêmas Monotéticos:
– Liq.1 = Sol. + Sol.2
„ Sistemas Sintéticos:
– Liq.1 + Liq.2 = Solido.
„ Sistemas Peritetóides:
– Sol.1 + Sol.2 = Sol.3.
„ Sistemas Eutetóides:
– Sol1 = Sol.2 + Sol. 3
Obs.: Finais - ético - Envolve fase líquida; Diagrama Hipotético para estudo
Finais - óide - Reações em estado
sólido;
Início - Eute - Sai de um e resulta em
dois;
Início - Peri - Sai de Dois e resulta em
um.

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3 - Diagramas de Fases - Reações do sistema Fe-C

„ Em 1495 C - Há uma reação


peritética em 0,15% de C.
– Liq. + fer.δ = γ(aust.).

„ Em 1147 C - Há uma reação


eutética em 4,3% de C
– Liq. = γ(aust.) + Fe3C.

„ Em 727 C - Há uma reação


eutetóide em 0,8% de C.
– γ(aust.) = fer.α + Fe3C.

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3 - Diagramas de Fases - Sistemas com fases
intermediárias

„ As fases intermediárias distinguem-se das


soluções sólidas por apresentarem uma
composição fixa ou com pequena variação
estequiométrica;
„ Classificam-se em:
– Fases de fusão congruente - Fundem
ou solidificam com características de
metal puro, a uma temperatura
constante e sem decomposição - Ex.
Os intermetálicos - Fe2 SiO4 - NiMg2.
– Fases de fusão incongruente - Ocorre
decomposição em duas fases entre
uma variação de temperatura.
Normalmente são: Um liquido e um
sólido; dois sólidos em um peritetóide
ou dois líquidos em u sintético.

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3 - Diagramas de Fases - Ternários

„ São diagramas compostos por três constituintes;


„ Ao lado mostra-se um diagrama ternário Hipotético
dos elementos A, B e C;
„ As soluções sólidas possuem dois solutos ao invés
de um;
„ Tem-se:
– Eutéticos ternários;
– Eutetóides ternários;
– Limite de solubilidade;
„ Em função a tridimensionalidade do espaço, não se
consegue detalhar o sistema ternário como o binário
„ Através de cortes do diagrama, mostrado na figura
ao lado, pode-se detalhar as fases presentes. Para
tanto deve-se fixar alguma variável ou temperatura,
ou composição. No caso ao lado, trata-se de um
corte isotérmico na temperatura ambiente.

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3 - Diagramas de Fases - Pseudobinários

„ O diagrama mostrado em (a) é


realmente um binário;
„ Os demais são cortes de um
diagrama ternário em teores de
Cr pré-determinados
– 5% de Cr;
– 10% de Cr;
– 15% de Cr;
– !8% de Cr.

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3 - Diagramas de Fases - Regra das fases

„ A regra das fases determina o grau


de liberdade existente nas regiões
de um diagrama - O número de
variáveis independentes;
„ É dada por: V = C + E - F, onde:
– V = Graus de liberdade;
– C = Número de componentes;
– F = Número de Fases presentes;
– E = Número de fatores externos; „ Em uma região bifásica tem-se:
„ Em uma região monofásica de um – V=2+1-2=1
sistema binário, tem-se: Logo: Ao fixar-se a temperatura, não
– V=2+1-1=2 podemos escolher a composição
Logo: A temperatura e a composição das fases, pois elas estão fixadas
podem ser fixadas independendo pela temperatura.
uma da outra.

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3 - Diagramas de Fases - Regra da Alavanca
„ Determina a porcentagem das fases
presentes a uma dada temperatura e
sua composição química; a c
b
„ Considerando a liga com 70% de Cu
em 900 C, Tem-se:
– % de Liquido = bc/ac x 100;
– % de sólidos β = ab/ac x 100;
– Composição do líquido = d;
– Composição do sólido = e.
„ Calcular para a mesma liga a 660 C.
– % de α
– % de β
d e
– % de eutético
– % de β do eutético
– % de α do eutético
– Composição de α e β.

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Metalografia

„ Definição: A metalografia estuda a constituição, a textura, a


estrutura dos metais e suas ligas e produtos e seu
relacionamento com as propriedades mecânicas, físicas,
químicas e processos de fabricação.

„ Etapas Do Exame Metalográfico


– Seleção de Amostra;
– Corte Metalográfico;
– Embutimento;
– Lixamento;
– Polimento;
– Ataque Metalográfico;
Metalografia - Seleção da Amostra
„ Deve considerar:
– O que se procura com a realização da
análise metalografica;
• Ex. Grau de Encruamento - Deve
ser longitudinal na chapa ou arame;
– A significância do plano a ser
analisado;
• Ex. Inclusões - Deve ser o mais
próximo ao centro da barra ou
tarugo e na longitudinal
– A obtenção da amostra - Método de
corte que será empregado;
• Ex.
– Amostras retiradas com oxi-corte;
– Amostras pequenas - Uso de
máquinas de corte fino.
Metalografia - Corte
„ Aspectos Gerais:
– Longitudinal, Transversal ou obliquo
(conforme seleção da amostra e análise a
ser realizada);
– 1) Maçarico – resulta em elevada alteração
microestrutural pelo aquecimento; Substrato Depósito ou cam.

– 2) Cisalhamento – resulta em elevada Sent. Errado


alteração devido à elevada deformação;
– 3) Serra – Há deformação plástica em Sent. Certo
menor grau que o cisalhamento;
– 4) Abrasão a seco ou úmido – Com discos
de corte;
– 5) Eletro-erosão – Empregado em casos
específicos de materiais de extrema dureza;
Disco de corte
– 6) Químico ou eletrolítico – Casos muito
específicos.

– Prever o sentido de rotação do disco e o


avanço do mesmo;
Metalografia - Corte
Pré-requisitos:
– Não deve afetar a microestrutura por aquecimento ou deformação
excessivas (pode chegar a 1 mm);
– Não analisar regiões próximas a cortes com maçarico;
– Materiais de alta dureza – Discos de baixa dureza;
– Materiais de baixa dureza – Discos de alta dureza
– Menor grau possível de alteração do material, aliando experiência
do metalógrafo, conhecimento do material que esta sendo
preparado e boa seleção dos materiais e equipamentos para a
operação.
Preparação Metalográfica
Desgaste do Disco
LR = M/W (aprox. LR = 1,5 – relação ideal)
Onde: LR = Relação de vida do disco;
M = Área do material cortado;
W = Área consumida do disco abrasivo;
Metalografia - Embutimento
„ Embutimento: Tipos
„ - A quente:
- Alto Nível de qualidade de preparação,
- Uniformização de formas e tamanhos;
- Redução de tempos de preparo;
- Emprega prensas específicas com
aquecimento resistivo (temperaturas da ordem de 200oC e
pressões de 50000 N).

„ - Resinas empregadas:
-Resinas termoplásticas (acrílico - fundem com a elevação da
temperatura, endurecendo após o resfriamento)
- Resinas termofixas (baquelite - que
polimeriza e endurece com a temperatura).
Metalografia - Embutimento
Metalografia - Embutimento
„ Embutimento: Tipos
„ - A frio:
- utiliza resinas autopolimerizantes (epóxi, poliester..).
- Emprega um molde;
- Componentes da resina são misturados e
vazados no molde envolvendo a amostra.
- Cura por polimerização à frio e são normalmente empregadas em
metais susceptíveis às temperaturas e pressões do processo a
quente,

„ - Resinas empregadas:
- Epóxi – Possui baixa contração, boa aderência e tempos de cura
relativamente longos.
- Acrílicas – Baixa contração, fácil manuseio e tempos de cura
relativamente curtos.
- Poliéster – São resinas endurecidas por catálise como as acrílicas
com tempo de cura curtos.
Metalografia -
Embutimento
Metalografia
„ Lixamento:
– Arredondamento de cantos;
– Manual ou mecânico
– Sequência usual: 80, 120, 220, 280, 400, 600 e
1000;
– Girar 90 graus a cada mudança de lixa;
– Cuidados:
• Materiais de baixa dureza - Baixa força - <
deformação
• Materiais de alta dureza - Força mod. - eliminar riscos
da
lixa anterior.

„ Polimento:
– Objetivo: Obtenção de uma superfície especular
– Com Alumina ou Pasta de Diamante;
• Alumina - Água como lubrificante;
• Diamante - Álcool como lubrificante.
– Problemas:
• Riscos - Pano contaminado ou sujo;
• Arrancamento - Falta de lubrificante;
• Cauda de cometa - Falta de lubrif. E polimento sem
giro.
Metalografia
„ Polimento Eletrolítico:
– Elimina problemas de habilidade
do metalógrafo e do material a
ser preparado;
– Elimina deformações
superficiais;
– necessita parâmetros
específicos para cada material:
• Amperagem, voltagem,
eletrólito e tempo;
• Parâmetros já tabelados.
Metalografia
„ Ataque Químico Seletivo:
– Objetivo: Identificação das fases presentes.
– Ataque diferenciado entre as fases
promovendo relevos na superfície e
promovendo diferentes respostas de
reflexão dando efeito de cores e tons.
– Reagente depende:
• Do tipo de material a ser analisado;
• Das fases a identificar.
„ Ataque Eletrolítico:
– Aplicação:
• Materiais de elevado grau de
encruamento;
• Ligas resistentes à corrosão
Metalografia Quantitativa

„ Busca determinar quantitativamente as características


microestruturais, tais como:
– Camadas superficiais - Cementadas, nitretadas,
temperadas....;
– Partículas por unidade de área ou volume;
– Poros por unidade de área ou volume;
– Tamanho de grão;
– Inclusões;
Metalografia Quantitativa - Camadas
„ Micrometria;
– Medição através de um retículo calibrado;
– Medição via fotografia de ampliação conhecida;
– Cuidados:
• Evitar abaulamento da superfície da amostra;
„ Microdureza:
– Obtém-se um perfil de microdureza;
– A camada é determinada pela profundidade em que se atinge
um limite mínimo de dureza determinado por norma.
– Cuidados:
• Evitar abaulamento da superfície da amostra;
• Espaçar as impressões no mínimo de duas vezes a diagonal;
• A carga do ensaio depende da natureza e profundidade da
camada.

14
Metalografia Quantitativa - Partículas/Poros
„ Pode ser realizado de duas maneiras:
– Comparação entre foto-micrografias e quadros normalizados;
– Medição direta da imagem na ocular contendo retículos ou escalas
apropriadas;

Metalografia Quantitativa - Tamanho de Grão


„ Pode ser realizado de duas maneiras:
– Comparação entre foto-micrografias e quadros normalizados
contendo o desenho dos diferentes tamanhos de grão;
– Medição direta da imagem na ocular contendo os diferentes
tamanhos de grão desenhados na lente;
– Por medição e cálculo, onde: N é o Tamanho de grão ASTM e n é
o número de grãos por polegada quadrada:
• n=2N-1 - N = log n / log 2 + 1
Metalografia Quantitativa - Inclusões
„ No caso de produtos forjados, laminados e trefilados:
– Determinação na mesma direção de conformação;
– Por comparação entre fotos e quadros normativos.
– Numericamente, contando-se pontos de um retículo (grade)
que interceptam as inclusões - Método determinado por
norma;
Réplica Metalográfica
„ Cópia do relevo microestrutural para análise em
laboratório.
„ Aplicação: Equipamentos de grande porte, indústria petro-
química, dutos, caldeiras em geral etc.
„ Procede-se com o preparo metalográfico padrão em
campo na região desejada para análise.
„ Em seguida, obtém-se a réplica:
5 - Nucleação e Crescimento - Introdução

„ Mecanismos que descreve as transformações de fase;


„ Processo de solidificação (um líquido passando para um
sólido);
„ Reações de estado sólido (transformações alotrópicas - ferrita
para austenita ou mudança de fase)
„ As transformações ocorrem em duas fases bem distintas
• Nucleação - Formação de um embrião estável da nova fase;
• Crescimento - Crescimento da nova fase a partir do embrião
estável;

1
5 - Nucleação e Crescimento - Nucleação

„ Nucleação Homogênea - Sem Interferência de agentes externos que


energeticamente no processo de solidificação;

„ Nucleação Heterogênea - Há a interferência energética de agentes


externos ao sistema;

2
5.1 - Nucleação Homogênea

„ Surgem aleatoriamente
embriões, relativamente
esféricos e com ordenação
cristalina;

„ Para crescerem, devem atingir


o raio crítico

3
5.1 - Nucleação Homogênea
„ Início do Processo de solidificação
necessita:
• Super-resfriamento - temperatura do
líquido esteja abaixo da de fusão;
• Surgimento de embriões;
• Raio dos embriões maiores que o raio
crítico - núcleos.

„ Energia livre: Ex. Solidificação:


• Quanto menor a energia livre - Mais
estável é a fase;
• A energia livre do núcleo sólido é
menor que do líquido, logo: O
SÓLIDO É MAIS ESTÁVEL.
• A condição energética propicia o
crescimento.

4
5.1 - Nucleação Homogênea - Condição de Crescimento
„ Crescimento Implica:
• Diminuição de energia de volume;
• Aumento de energia de superfície;
∆G = ∆ Gvol + ∆ Gsup

Diminui Aumenta

• Cálculo da energia livre;


∆G = (4π r3/3 . ∆T/Tf) . Lv + (4π r2). γsl
Volume Superfí
Superfície

• Onde: „ Se:
– Lv - Calor latente de fusão (energia • r < rc - tem-se embriões e estes são
por unidade de volume); diluídos;
– γsl - Tensã
Tensão superficial entre o só
sólido • r > rc - tem-se núcleos estáveis e
e o lílíquido (energia por unidade de estes crescem.
superfí
superfície)

5
5.1 - Nucleação Homogênea - Raio Crítico

„ Derivando-se a equação de ∆G em função


de r, tem-se o raio crítico;
D∆G = 4πdTLv . rc2 + 8πγsl .. Rc
Dr Tf ∆T3 > ∆T2 > ∆T1

„ No Raio Crítico: D∆G/Dr = 0;


„ Daí resulta:
rc = 2 γsl . Tf
Lv . ∆T

∆Gc = 4π γsl .. rc2


3

6
5.1 - Nucleação Homogênea - Frequência de Nucleação

„ Aumento do super-resfriamento ∆T,


diminui o rc e o ∆Gc;
„ Consequência:
• Quanto > ∆T > a frequência de nucleação;
• Existe um ∆Tmáx.
máx.onde a frequência de
nucleação da um cresce de forma abrupta;
„ A nucleação homogênea não ocorre em
materiais comerciais pois:
• Exige elevada pureza;
• Condições muito específicas;
• Somente metais puros e algumas ligas
monofásicas como Cu-Ni;

7
5.2- Nucleação Heterogênea

„ Existe contribuição energética para o


processo;
„ Entra uma parcela de energia de superfície;
„ Depende do ângulo de molhamento θ ;
„ Molhamento:
• Afinidade físico-química entre o líquido e o
substrato;
„ Quanto menor for θ maior o molhamento e
maior a contribuição energética no
processo;

8
5.2 - Nucleação Heterogênea - Crescimento
„ Existem três tensões superficiais a serem
consideradas:
• Tensão sólido/líquido - γsl ;
• Tensão sólido/substrato - γst ;
• Tensão líquido/substrato - γlt ;
„ A variação de energia livre é calculada da mesma
forma que a nucleação homogênea;
∆G = ∆ Gvol + ∆ Gsup
∆ Gvol = [1/3πr3 . (2-3cosθ + cos3θ) . ∆T/Tf ]Lv
Volume do núcleo

„ Raio crítico: rc = 2 γsl . Tf (o mesmo p/ nuc. Hom.)


Lv . ∆T

9
5.2 - Nucleação Heterogênea - Frequência de Nucleação

„ A frequência de nucleação máxima é


alcançada com um menor super-
esfiramento que a nuc. Homogênea;

„ Quanto maior o molhamento (menor θ),


menor o super-esfriamento necessário
para a máxima frequência de nucleação.

10
5.3 - Inoculação e Refino de Grão
„ TG afeta as propriedades mecânicas em geral: Quanto > TG < Prop.;
„ Em fundidos:
• Refina estrutura dendrítica;
• Minimiza macro e microsegregações;
„ Tecnologia de Inoculação:
• Adição de substratos - Propiciam a nucleação heterogênea;
• Necessita - Alto molhamento entre o metal e o substrato;
• Baixo índice de epitaxia (e): Relação entre os reticulos cristalinos do
substrato e do núcleo (metal a solidificar);
– e = (as - am)/am
• Onde: as = espaçamento da rede cristalina do substrato
am = Espaçamento da rede cristalina do núcleo (metal)
„ Se e < 0,15 (15%) - Forte poder nucleante.

11
5.3 - Inoculação e refino de grão.

12
5.4 - Crescimento
„ Crescimento do núcleo estável;
„ Ocorre de duas formas:
• Interface difusa - Transição entre sólido
(ordenado) e líquido (desordenado) -
espessura de aprox. 50 átomos;
• Interface facetada - interface abrupta entre o
sólido e o líquido.
„ Depende da estrutura atômica da interface;
• Interface difusa - típica de metais;
• Interface facetada - típica de cerâmicos;
„ Morfologia:
• Interface difusa - Há presença de curvaturas;
• Interf. Facetada - Há presença de cantos
vivos.

13
5.4 - Crescimento - Termodinâmica
„ A variação de energia livre é:

„ Onde:
• δ Fi = Variação de energia livre da interface;
• N = Num. De átomos da interface;
• P = Proporção de átomos ordenados na int.
• Tf = Temperatura de fusão;
• k = Const. De Boltzmann - 3,3x10-24cal/K.
„ A variação da energia livre sobre a const. Universal dos gases, define α
(parâmetro do material)
• α = δ Fi /R (R = 1,98 cal/ mol/ K)
– α < 2 - Metais;
– 2 < α < 4 - Semicondutores;
– α > 4 - Cerâmicos;
14
5.5 - Segregações
„ São consequências do crescimento;
„ Podem ser:
• Macro-segregações
• Micro-segregação
„ Diferenças de composição através das dendrítas devido:
• Formação de fases fora do equilíbrio;
• Diferenças de solubilidade entre o líquido e o sólido;
„ Atuam quatro mecanismos básicos durante a solidificação:
• Rechupes e contração térmica;
• Diferença de densidade entre no líquido interdendrítico;
• Diferença de densidade entre o sólido e o íquido;
• Correntes de convecção;

15
6 - Ensaios Mecânicos
6.1 - Tração

Regime Elástico
„ Sob esforço trativo uni-axial;
„ Esforço aplicado lentamente;
„ Observam-se dois regimes:
• Regime elástico - A deformação não
permanece no material após a remoção
Regime Plástico
do esforço. A deformação causa um
pequeno alongamento da célula unitária;
• Regime plástico - A deformação se
mantém após a remoção do esforço.
Ocorre escorregamento de planos
cristalinos;

1
6 - Ensaios Mecânicos - 6.1 - Tração
Regime Elástico

„ Há proporcionalidade entre a tensão


aplicada e a deformação imposta;
„ Região linear do gráfico tensão (σ) x
deformação (ε);
„ A relação entre tensão e deformação é o
“MÓDULO DE ELÁSTICIDADE (E)”;
• E = σ /ε -
• Equação da reta: ε = E.σ;
• Eaço = 210.000 MPa
• EFoFo = 150.000 MPa (nod.)
• EFoFo = 120.000 MPa (Cinz.)
• Eal = 6.000 MPa.
„ Coeficiente de Poisson (ν):
• ν = -ε x / ε y;
„ Modulo de cizalhamento (G):
• G = τ /γ
2
6 - Ensaios Mecânicos - 6.1 - Tração
Regime Plástico

„ O material permanece deformado após a


remoção da tensão;
„ Ocorre escorregamento dos planos cristalinos;
„ Ocorrem em materiais dúcteis e não porosos ;
„ O escorregamento se dá em planos preferenciais
(planos de elevada densidade atômica) e envolve
movimento de discordâncias;
„ A presença de soluto dificulta o movimento da
discordância.
• Consequência: A adição de soluto aumenta a
resistência mecânica do material.

3
6 - Ensaios Mecânicos - 6.1 - Tração
O ensaio

„ Corpo de prova conforme geometria


ao lado (normalizado);
„ Os Cp’s são agarrados por
dispositivos em cunha ou por roscas;
„ O equipamento exerce um esforço
de tração e mede a deformação
sofrida pela amostra.

4
6 - Ensaios Mecânicos - 6.1 - Tração
Resultados do Ensaio

„ Do ensaio de obtém-se:
• Módulo de elasticidade (MPa);
• Limite de escoamento (MPa);
• Alongamento (%);
• Ductilidade;
• Tenacidade (Joules);
• Limite de resistência (MPa);
• Limite de ruptura; (MPa).
• Estricção (redução em área)
„ Limite de escoamento;
• Para materiais que não apresentam
claramente o limite de escoamento, define-
se:
– σ esc.
esc. = Na deformação de 0,2%.

5
6 - Ensaios Mecânicos - 6.1 - Tração
Tipos de curvas tensão x deformação

„ Materiais ducteis:
• Grande área sob a curva;
• Limite de escoamento bem definido (normalmente);
• Baixo escoamento;
• Pronunciada extricção;
• Fratura dúctil (fibrosa).
„ Materiais frágeis:
• Menor área sob a curva;
• Limite de escoamento em 0,2% de deformação;
• Maior tensão de escoamento;
• Pouca ou nenhuma extricção;
• Fratura frágil (clivagem).
„ Limite de escoamento definido:
• Mecanismo envolvido.

6
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Introdução
„ DEFINIÇÃO:
• “Dureza de um material é a resistência que ele oferece à
penetração de um corpo duro”
„ TIPOS GERAIS:
• Dureza ao risco – Mineralogistas;
• Dureza dinâmica – Expressa em energia de impacto de um
peso lançado sobre o material;
• Resistência à penetração – Forças impostas em
penetradores específicos para sua penetração no material;
„ MÉTODOS DE DUREZA:
• Método Rockwell;
• Método Brinell;
• Método Vickers;
• Método Knoop;

7
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Rockwell
„ Profundidade de penetração de um cone de diamante ou uma
esfera de aço;
„ Método: Aplica-se uma pré-carga P1, zerando o sistema de
leitura. Aplica-se a carga total P2 (Pt = P1+P2). Retira-se a
carga P2 fazendo a leitura.
„ Escalas Principais:
• C – Pré-Carga – 10Kg, Carga de 150 Kg, penetrador cone de
diamante 120oC – Materiais de alta dureza;
• A – Pré-Carga – 10Kg, Carga de 60 Kg, Penetrador cone de
diamante 120oC – Materiais de alta dureza;
• B – Pré-Carga – 10 Kg, Carga 100 Kg, Penetrador esfera de
1/16” – Materiais com dureza até 240 Brinell;
• N e T – Durezas superficiais – N com cone de diamante e T com
esfera de 1/16” com pré-carga de 10 Kg e cargas finais de 15, 30
e 45 Kg.

8
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Rockwell

Carga Penetrador Campo de aplicação


Kg

A 60 Cone de diamante 1200 Aços cementados e temperados

C 150 Cone de diamante 1200 Aços cementados e temperados

D 100 Cone de diamante 1200 Aços cementados e temperados

B 100 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

F 60 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

G 150 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

E 100 Esfera de 1/8” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

H 60 Esfera de 1/8” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

K 150 Esfera de 1/8” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240 Brinell

9
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Rockwell

Carga Kg Penetrador Campo de aplicação

15 N 15 Cone de diamante Aços cementados e temperados


1200
30 N 30 Cone de diamante Aços cementados e temperados
1200
45 N 45 Cone de diamante Aços cementados e temperados
1200
15 T 15 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240
Brinell
30 T 30 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240
Brinell
45 T 45 Esfera de 1/16” Aço, ferro, bronze, latão, etc. até 240
Brinell

10
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Brinell
„ Relação entre a carga aplicada F sobre
um penetrador esférico e a área da
impressão produzida no material;
„ HB = F / S = 2F/πD(D-(D2-d2))
„ Kp/mm2
„ Carga e Diâmetro da Esfera – Dependem
da dureza do material;
„ Diâmetro da Impressão: 0,3D<d<0,6D;
„ Importante: F/D2

11
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Brinell
„ Cuidados que devem ser tomados:
„ Espessura da peça: 2 x ø da Impressão;
„ Distância de Impressões – 2,5 x ø ;
„ Tempo de Impressão:
• 30 segundos:
• Para HB>300 – 10 s;
• Para HB<60 – 60 s;
„ Limitado pela dureza da esfera – mede durezas de
até 500 Kp/mm2
„ Aplicação:
• Metais Não ferrosos;
• Ferros fundidos;
• Produtos siderúrgicos em geral e peças não
temperadas.

12
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Vickers
„ Relação entre a carga aplicada F sobre um penetrador piramidal
de base quadrada de ângulos 136oC. O valor é o quociente
entre a carga e a área da impressão:
„ HV = F / S
„ = 1.8544 P / d2
„ = Kp/mm2
„ d = diagonal da impressão.
„ Pode-se Utilizar quaisquer cargas – Impressões são
proporcionais as cargas;
„ Tempo de aplicação da carga – entre 15 e 20 segundos;
„ Escala precisa e ampla – Boa aplicação para laboratório;
„ Para HB e HV até 300 Kp/mm2:
• Resistência à tração = 0,36 H (valor de dureza).

13
6 - Ensaios Mecânicos - 6.2 - Dureza
Método Knoop
„ Relação entre a carga aplicada F sobre um penetrador piramidal
de base quadrada e ângulos entre faces de 172o30’ e 130o . O
valor é o quociente entre a carga e a área da impressão:
„ HK = F/S= 14,299 F / d2
„ =Kp/mm2
„ d = maior diagonal da impressão;
„ Profundidade da Impressão – d/30
„ Empregado para microdurezas e peças pequenas;
„ Dureza de camadas medidas na transversal em metalografias.
„ Neste caso mede-se somente a maior diagonal.

14
6 - Ensaios Mecânicos - 6.3 –Tenacidade ao Impacto.
„ Resistência ao impacto em corpos de prova
entalhados. Mede a tendência do material de
comportar-se de modo frágil;
„ Ensaio qualitativo;
„ Determina a energia absorvida na fratura do
material.
„ Ensaio para determinação da temperatura de
transição Dúctil-Frágil de materiais;

15
6 - Ensaios Mecânicos - 6.3 –Tenacidade ao Impacto.
Interpretação da Curva de Transição
„ Utilização: Seleção de materiais resistentes à fratura frágil.
„ Selecionar um material que tenha suficiente tenacidade ao entalhe
suportando o carregamento calculado.
„ Cfc de média e baixa resistência e hc – alta tenacidade ao entalhe;
„ Aços de alta resistência – Fratura frágil pode ocorrer em qualquer
temperatura mesmo em tensões nominais em regime elástico.
„ Estruturas ccc, Be, Zn e cerâmicos possuem tenacidade ao entalhe
dependente da temperatura.

16
6 - Ensaios Mecânicos
6.4 – Ensaio de Fadiga

„ Falhas com tensões muito abaixo da resistência do material e


até inferior ao limite de escoamento;
„ Definição: “Tendência à ruptura de um material devido a uma
pequena fissura frágil com carregamentos cíclicos e
alternados de grandeza muito inferior à resistência do
material”;
„ Importância: 90% das falhas ocorrem por este mecanismo;

17
6 - Ensaios Mecânicos
6.5 - Fluência
„ FLUÊNCIA: Acúmulo de deformação em serviço;
„ Ocorre em qualquer temperatura, mas é
acentuado em temperaturas em torno e acima
da temperatura absoluta de fusão;
„ Estágios da Fluência:
• Primeiro Estágio – Taxa de deformação é
decrescente. A resistência do material à fluência
aumenta devido a deformação do material
(encuramento)
• Segundo Estágio – Taxa de deformação
constante. Competitividade entre encruamento e
recuperação. Chamada de fluência no estado de
equilíbrio.
• Terceiro Estágio – Tensões e temperaturas altas.
Ocorre com redução da secção transversal –
formação de pescoço ou de vazios internos.
Normalmente associado a variações metalúrgicas:
Crescimento de partículas, recristalização,
variações difusionais nas fases presentes.

18
6 - Ensaios Mecânicos
6.5 - Fluência

„ Em baixas temperaturas e tensões


elevadas:
• O mecanismos controlador da fluência é
o escorregamento de planos e a difusão
de defeitos cristalinos. Estes são
travados pelos contornos de grão. Logo
muitos contornos (grão refinado) é
desejado e aumenta a resistência à
fluência.
„ Em altas temperaturas e tensões
baixas:
• O mecanismo controlador da fluência é o
escorregamento de grãos
(escorregamento nos contornos). Logo
quanto menos contornos, melhor. Grãos
grosseiros possuem menor área de
contorno e são melhores neste caso.

19
6 - Ensaios Mecânicos
6.5 - Fluência

20
7 - Siderurgia - Introdução
„ Metais - Na natureza ocorrem na forma de Fluxograma do processo
óxidos: FeO, Fe2O3,, Fe3O4,, Al2O3.....; de beneficiamento
„ Estão presentes no mínério:
Minério
• “É o mineral ou agregado de minerais no Baixo Teor Alto Teor
qual um ou mais metais estão presentes e Concent. Britagem
podem ser extraídos de forma econômica”;
Classif. Classif.
„ Partes do minério”:
• Útil - Proporção de metal; Moagem

• Ganga - Parte que acompanha o metal Pelotiz. Sinteriz.


mas sem valor direto;
Pelotas Min. Sinter
• Estéril - Rocha onde o minério é localizado. Granul.

„ Teores de Ferro no minério de ferro:


• Hematita - 72,4% máx.;
• Magnetita - 69,9% máx.;
• Óxidos Hidratados - 59,9% máx.;
• Siderita - 48,3% máx..
1
7 - Siderurgia - Introdução
„ Sinterização:
• O minério moído é misturado com finos de coque ou carvão
vegetal (combustível) e aquecido para gerar uma fusão
incipiente nas partículas, aglomerando-as.
• Produto - “SINTER”;

„ Pelotização:
• Aglomeração de finos de minério ou concentrados de
minérios na forma de esferas. Estas esferas são tratadas
termicamente para endurecimento.
• Produto - “PELOTAS”;

2
7 - Siderurgia - Redução do Minério
„ Consiste em eliminar o oxigênio do óxido;
• MexOy + R = Mex Oy-1 + RO
• R = Agente redutor.

„ O agente redutor do ferro - CO;

„ Formado pela queima do coque no “Alto Forno”;

„ Reação inicial de redução:


• MO + CO = M + CO2

„ Segunda reação de redução: Regeneração do CO;


• CO2 + Ccoque = CO
• Conhecida como Reação de Boudouard;
• Permite que o processo de redução continue.
3
7 - Siderurgia - Redução do Minério/Processo

„ Alto Forno:
• Diâmetro - até 14 m;
• Altura - até 45 m;
„ Carga:

4
7 - Siderurgia - Redução do Minério/Processo

„ A redução do minério produz


„ o “FERRO GUSA;
„ Composição típica:
C Si Mn P S
3,5-4,5 0,8– 3,0 0,5– 0,2 0,1– 2,0 0,02-0,06

5
7 - Siderurgia - Redução do Minério/Alto Forno

„ Carga: „ Redução em fornos elétricos


• Minério de ferro (sinter ou • Aquecimento por energia elétrica;
pelotas); • Possue eletrodos: chapa de aço
calandrada e soldada contendo em
• Coque; seu interior piche, coque e carvão
• Ar quente; vegetal.
• Escorificantes (calcáreo e • A carga do forno é de minério e
dolomita); agente redutor - coque de alta
reatividade.
„ Funções do alto forno:
„ Processo de redução direta
• Redução dos óxidos de ferro;
• Redução química;
• Separação da ganga do minério;
• No estado sólido;
• Refino Parcial;
• Produto altamente metalizado;
• Produção de gás.
• Produto: Ferro Esponja.
„ Produtos do alto Forno:
• Ferro gusa;
• Gás de Alto Forno;
• Escória;

6
7 - Siderurgia - Refino do Ferro Gusa.
„ A composição do gusa é: • Reações:
C Si Mn P S
• Si(Fe) + O2 = SiO2 (escória)
3,5-4,5 0,8– 3,0 0,5– 0,2 0,1– 2,0 0,02-0,06
„ Para o aço deve-se diminuir • Mn(Fe) + O2 = MnO (escória)
estes teores - Refino; „ Redução do fósforo:
„ Redução do teor de carbono; • Não ocorre por oxidação;
• Através da adição de O2; • Ocorre na interface esçoria/banho;
• Deve-se formar, crescer e • Necessita calcário na escória;
desprender bolhas de CO; • P2O5 - Instável em 1600oC;
• 2C(Fe) + O2 = CO • Com Ca, forma-se 3CaO.P2O5
• Importante pois controla as (estável)
demais reações de refino; • 2P + 5/2O2(g) + 3 CaO(l) =
3CaO.P2O5
„ Redução do Si e do Mn;
• Também ocorre através da „ Redução do enxôfre:
oxidação; • Adição de dessulfurantes;
• Ca e Ce adicionados à escória
• CaO e CeO.
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7 - Siderurgia - Refino do Ferro Gusa.
„ Desoxidação:
• Necessário a redução -
Propried.
• Aços não acalmados -
0,012 a 0,025% de O;
• Semi-aclamados - 0,003 a
0,012% de O;
• Aços acalmados - O <
0,003%;
• Através da adição de Mn,
Si ou Al;
• Processos modernos:
– Desgaseificação à
vácuo;
– Controle de inclusões;

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7 - Siderurgia - Lingotamento.
„ Convencional : „ Contínuo:
• Vazamento em lingoteiras; • Vazamento em distribuidores;
• Tem-se os Bilets; • Tem-se os tarugos;

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7 - Siderurgia - Lingotamento.

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica
„ Processo de dar forma ao aço;
„ Podem ser:
• Laminação;
• Forjamento;
• Estampagem;
• Trefilação;
„ Outros processos:
• Cunhagem;
• Repuxamento;
• Extrusão;
• Mandrilagem;
• Fundição;
• Soldagem;

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica

„ Laminação:
• Conformação através da
passagem do material entre
cilindros rotativos;
• Pode ser a frio ou a quente;
• Laminação a quente mais comum,
• Produtos planos - Chapas;
• Produtos não planos - Perfis,
cantoneiras, garras etc.

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica

„ Laminação:
• Se processa em vários
passes;

• Exemplos:
– Passes de uma viga em U
– Passes de uma
cantoneira;

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica

„ Forjamento:
• Conformação por martelamento
ou por prensagem;
• Martelamento - Máxima
intensidade de pressão quanto
o martelo toca a peça;
• Prensagem - Compressão de
baixa velocidade. Pressão
máxima no final do processo.

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica

„ Estampagem:
• Geralmente realizada a frio;
• Conformação de chapas;
• Envolve deformações plásticas;
• Corte, dobramento e
conformaçãp profunda;

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica

„ Trefilação:
• Produção de fios e arames;
• Partem de um produto laminado;
• Equipamento: Bancos de
trefilação;
• Consiste em duas etapas:
– Decapagem;
– Revestimento da barra com cal -
portador de lubrificante;

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica
„ Outros processos: • Fundição:
• Cunhagem - Moedas;
• Repuxamento - Cilindros sem
custura;
• Extrusão - Perfis e tubos sem
custura.

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7 - Siderurgia - Conformação Mecânica
„ Outros processos: • Tipos de Juntas;
• Soldagem: Processos;

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7 - Siderurgia - Elementos de Liga.
„ Manganês: „ Silício:;f’d
• Baixa formação de macro-seg;
• Melhora qualidade superficial;
• Aumenta resistência e dureza;
• Aumenta temperabilidade;
• Diminuí ductilidade e soldabiliade.
„ Fósforo:
• Segrega;
• Diminui tenacidade ao impacto r
ductilidade em aços temperados;
• Aumenta usinabilidade;
„ Enxôfre:
• Diminui tenacidade e ductilidade;
• Forma inclusões com Mn;
• Diminui soldabilidade e qualidade
superficial
• Melhora usinabilidade 19

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