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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2017
Pedro Lima e Silva
Natal-RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Sistema de Bibliotecas – SISBI
Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede
Silva, Pedro Lima e.
Desenvolvimento de programa computacional para estimativa de
recalque elástico de estacas / Pedro Lima e Silva. - 2017.
92 f. : il.
___________________________________________________
Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa – Orientador
___________________________________________________
Profa. Dra. Carina Maia Lins Costa – Examinador interno
___________________________________________________
Esp. Thiago Adelino de Melo – Examinador externo
Natal-RN
2017
DEDICATÓRIA
“A mind needs books as a sword needs a whetstone, if it’s to keep its edge”
George R. R. Martin
Aos meus pais, cujos ensinamentos fundamentaram todo o trajeto até aqui.
AGRADECIMENTOS
A todos que me auxiliaram nesse projeto, direta e indiretamente, expresso aqui meus
sinceros agradecimentos.
Ao meu orientador Prof. Dr. Yuri Costa pela constante prontidão a compartilhar seus
conhecimentos e ideias.
Aos meus pais, Orildo e Cida, por me ensinarem o valor do pensamento próprio e a
quem devo tudo que construí de conhecimento e senso crítico durante minha vida inteira.
Às minhas irmãs, Brisa, Morena e Bel, por me mostrarem que produtividade e barulho
às vezes têm que caminhar juntos.
Ao meu irmão Felipe, por ministrar a minha primeira aula de programação e por me
deixar um quarto inteiro de herança após a mudança pra França.
À comunidade Stackoverflow, por mostrar o poder do trabalho coletivo em prol da
construção e compartilhamento de conhecimento.
A Thiago Adelino, que se disponibilizou prontamente a me ajudar e esteve lá para
discutir programação comigo sempre que solicitado.
Aos amigos do IFRN: Geísa, Marina, Yasmin, Bárbara, Juliana, Vinícius, Rodrigo,
Arthur e Diego, pelas risadas e pelas memórias que me mantém são nos momentos difíceis.
A Raquel Dantas, pelo carinho especial, e por sofrer comigo e lanchar comigo mais
vezes do que se pode contar ao longo deste trabalho.
A Juliana Caroline por compartilhar o mesmo entusiasmo em discutir programação e
ferramentas do Excel, e pela ajuda na revisão dos códigos do programa.
A todos os amigos da INFRA, especialmente Raquel, Juliana, Guztavo, Bárbara,
Marcio e Rosemary de Ross, por nos inspirar com suas frases diárias.
Aos amigos da UFRN, com tantos nomes e tantas memórias, pelos estudos em grupo
e pelas descontrações ao longo curso.
A todos os outros amigos e familiares não nomeados aqui, mas que sabem a
importância que representam no dia-a-dia.
Às empresas locais que disponibilizaram seus dados gratuitamente e de bom grado
para ajudar na validação deste trabalho, mas, a pedidos, permanecerão sem nome.
RESUMO
This work aims at developing a computer program in Visual Basic for estimating the
immediate settlement of vertical piles with circular cross-section, under vertical compression
loads. The bearing capacity of the soil-pile system is calculated with the method put forward
by Décourt and Quaresma (1978), which is based on penetration resistance values from SPT
tests. Settlement calculations follow the method proposed by Aoki and Lopes (1975), which
uses the equations of the Theory of Elasticity proposed by Mindlin (1936) for calculating
stresses within the soil mass. Settlement calculations also include the method of Steinbrenner
(1934). The computer code developed under this framework allows analysis of settlements of
a single pile or settlements for a group of piles. Settlements can be calculated in any position
within the soil mass. In addition, the code can yield the predicted load-settlement curve of an
isolated pile. Validation of the software was achieved through comparison of the numerical
results with experimental results from compression load tests performed in drilled shafts in dry
conditions and on continuous flight auger (CFA) piles embedded in different soils. The
computer program provided very close predictions to experimental results, even considering
the soil as a linear elastic mean.
Keywords: Immediate settlement. Pile. Software. Programing language. Pile load test.
ÍNDICE GERAL
CAPÍTULO PÁGINA
SIMBOLOGIA .................................................................................................................. 15
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 17
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................... 17
1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 17
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................. 18
OBJETIVO GERAL .................................................................................................18
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................18
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 19
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 72
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 75
ANEXO A ………………………………………………………………………………78
ANEXO B ………………………………………………………………………………85
INDICE DE FIGURAS
FIGURA PÁGINA
TABELA PÁGINA
QUADRO PÁGINA
SÍMBOLO SIGNIFICADO
ROMANOS
1. INTRODUÇÃO
O sistema estrutural de edifícios tem seu equilíbrio garantido graças à ação das
seguintes partes: a) A superestrutura (pilares, vigas, lajes, etc.); b) a infraestrutura ou estrutura
de fundação (blocos, sapatas, estacas, etc.) e c) o maciço de solo. As ações aplicadas ao edifício
são recebidas pela superestrutura, transferidas ao longo destas para as fundações, e estas,
descarregam-nas no maciço de solo, responsável por absorver todas as ações. O estudo da
interação que ocorre desde o recebimento de cargas pelas fundações e sua seguinte dissipação
no terreno, é o objeto de interesse da Engenharia de Fundações.
A Engenharia de Fundações é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, como coloca
Coduto (2001). É uma arte quando necessita uma visão subjetiva e criativa quanto à modelagem
do maciço de solo. É uma ciência quando se foca em realizar atividades experimentais,
observacionais e analíticas daqueles fenômenos envolvidos no campo da engenharia. A
Engenharia de Fundações é uma das mais visíveis áreas da Geotecnia, pois suas obras ocorrem
com grande frequência e inegável importância desenvolvimentista e econômica. O engenheiro
geotécnico deve, então, engajar-se na evolução das ferramentas que usa para constituir seus
modelos de suporte e comportamento das fundações.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Por fim, discutem-se as conclusões gerais do trabalho, bem como críticas e sugestões
para trabalhos futuros.
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Como posto por Cintra e Aoki (2010), uma estaca sem estar contida em um subsolo
não é uma fundação, por isso uma fundação por estaca define-se como o sistema formado pela
estaca como elemento estrutural e o maciço de solo que a envolve. Campos (2015) caracteriza
estacas como elementos estruturais esbeltos, cravados ou perfurados, cuja transferência de
cargas para o solo se dá por meio de sua extremidade inferior (resistência de ponta) e/ou do
atrito/adesão lateral da estaca com o solo (resistência de fuste).
Os mecanismos mobilizados na transferência de carga da estaca para o solo variam de
acordo com o tipo de carregamento ao qual a estaca está submetida. Sejam as cargas axiais,
transversais, de flexão, de torsão ou alguma combinação destas, quanto mais complexo for o
sistema de carregamento, mais complexo será o mecanismo de resistência da fundação. No
presente trabalho, consideram-se apenas as cargas axiais de compressão aplicadas a estacas
verticais.
Fonte: Autor
CAPACIDADE DE CARGA
Essas parcelas resistentes são obtidas pela distribuição das tensões que as geram sobre
as áreas nas quais são desenvolvidas, escrevendo-se então:
𝑅 = 𝑟 ∙ 𝐴 + 𝑈 ∙ ∑𝑟 ∆ ( 2.2 )
Onde,
Ap é a área da ponta;
U é o perímetro do fuste;
e ΔL é o comprimento considerado onde se desenvolve cada tensão no fuste.
MÉTODO DE DÉCOURT-QUARESMA
A estimativa da tensão de adesão ou de atrito lateral (rL) é feita com o valor médio do
índice de resistência à penetração do SPT ao longo do fuste (NL).
No cálculo do NL adotam-se os limites 3 ≤ Nspt ≤ 50 (ou no máximo 15 para estacas
Strauss).
N
r = 10β +1 (kPa) ( 2.3 )
3
A capacidade de carga junto à ponta ou base da estaca (rp) é estimada de acordo com
o coeficiente característico C do solo ajustado de provas de carga e tabelado pelos autores
(Tabela 2.1).
r =α∙C∙N (kPa) ( 2.4 )
24
Tabela 2.2 - Valores dos fatores α e β em função do tipo de estaca e do tipo de solo
Tipo de estaca
Escavada Escavada c/ Hélice Injetada sob
Tipo de solo
Cravadas em geral bentonita Contínua Raiz altas pressões
Argilas 1,0 0,85 0,85 0,3 0,85 1,0
α Solos intermediários 1,0 0,6 0,6 0,3 0,6 1,0
Areias 1,0 0,5 0,5 0,3 0,5 1,0
Dessa forma, concebe-se a equação para a capacidade de carga total da fundação por
estaca:
N
R = α ∙ C ∙ N ∙ A + 10U ∙ β + 1 ∆L ( 2.5 )
3
25
RESISTÊNCIA MOBILIZADA
1
AOKI, N. Considerações sobre projeto e execução de fundações profundas. In: SEMINÁRIO DE
FUNDAÇÕES DA SOCIEDADE MINEIRA DE ENGENHARIA. Belo Horizonte: Sociedade Mineira de
Engenharia. 1979.
26
Seguindo o modelo adotado no tópico 2.1 deste trabalho para uma estaca vertical
submetida a uma carga axial, analisa-se em sequência o desenvolvimento dos recalques
naturalmente decorrentes da absorção dessa carga pelo conjunto estaca – solo.
Admita-se uma estaca inserida em um maciço de solo, com comprimento L e distância
M de sua ponta até o nível considerado indeslocável (Figura 2.2). Por indeslocável, considera-
se aquele ponto sob o qual o solo é rígido o suficiente para desprezar-se os seus deslocamentos,
geralmente caracterizado por um topo rochoso ou camada arenosa com pedregulhos e alta
densidade. De acordo com Cintra e Aoki (2010), a aplicação de uma carga vertical P no topo
dessa estaca provocará dois tipos de deformações:
Fonte: Autor
1
𝑤 = 𝑁(𝑧)𝛥𝑧 ( 2.7 )
𝐴∙𝐸
Em que,
A é a área da seção transversal do fuste;
Ee é o módulo de elasticidade da estaca;
e Δz é o comprimento do fuste referente ao esforço normal N(z).
28
Solo α
Areia 3
Silte 5
Argila 7
Fonte: Teixeira e Godoy (1998)
Esses valores de α são citados por Cintra e Aoki (2010) acompanhados da sugestão de
uma interpolação para solos intermediários a estes três tipos.
Já o fator K, que possibilita o uso de valores obtidos em ensaio SPT, é tabelado para
uma gama mais detalhada de tipos de solo, por Teixeira (1993) na Tabela 2.4:
Solo K (MPa)
Areia com pedregulhos 1,10
Areia 0,90
Areia siltosa 0,70
Areia argilosa 0,55
Silte arenoso 0,45
Silte 0,35
Silte argiloso 0,25
Argila arenosa 0,30
Argila siltosa 0,20
Fonte: Teixeira (1993)
31
Cunha (2016) relaciona solos de areia siltosa na região de Lagoa Nova em Natal-RN,
com valores de K entre 0,31 e 0,54 MPa, com coeficiente de determinação (R²) de 0,67 a 0,92.
Marangon (2009) apresenta tabelas para parâmetros elásticos do solo:
Tabela 2.6 - Valores orientativos de Módulo de Deformabilidade para diferentes tipos de solo.
Solo Es (MPa)
1. Argila
Muito mole 0,3 - 3
Mole 2-4
Média 4-9
Dura 7 - 20
Arenosa 30 – 42,5
2. Areia
Siltosa 5 - 20
Fofa 10 - 25
Compacta 50 - 100
3. Areia e pedregulho
Compacta 80 - 200
Fofa 50 - 140
4. Silte 2 - 20
Fonte: Marangon (2009)
Tabela 2.7 - Valores típicos de módulos de deformabilidade (em MPa) por vários autores
2
BOWLES, J. E. Foundation Analysis and Design. 2. ed. New York: Mc Graw Hill Ltda, 1977.
3
SHERIF, G.; KONIG, G. Raft and beams on compressible subsoil. 1. ed. Berlin: Springer-Verlag, 1975.
4
KÉDZI, A. Pile Foundations. In: WINTERKORN, H. F.; FANG, H. Y. Foundation Engineering Handbook. 1.
ed. New York: Van Nostrand Reinhold Co, 1975. p. 556-600.
33
Com,
𝜑 − 25°
𝜑 = ( 2.12 )
45° − 25°
Na qual,
ϕrel é o ângulo de atrito relativo e;
ϕtc é a compressão triaxial.
Para valores típicos de coeficiente de Poisson na situação drenada, Kulhawy e Mayne
(1990) disponibilizam os seguintes intervalos:
Solo νs’
Argila 0,2 - 0,4
Areia compacta 0,3 - 0,4
Areia fofa 0,1 - 0,3
Fonte: Kulhawy e Mayne (1990)
Solo νs
Areia pouco compacta 0,2
Areia compacta 0,4
Silte 0,3 - 0,5
Argila saturada 0,4 - 0,5
Argila não-saturada 0,1 - 0,3
Fonte: Teixeira e Godoy (1998)
Marangon (2009), por sua vez, fornece valores condizentes com os de Teixeira e
Godoy (1998):
5
TRAUTMANN, C. H.; KULHAWY, F. H.; LONGO, V. J. CUFAD: A Computer Program for
Compression and Uplift Foundation Analysis and Design. In: Foundation Engineering: Principles and
Practices, USA, v. 2, 1a ed., 1987
34
Solo νs
Argila saturada 0,4-0,5
Argila não-saturada 0,1-0,3
Argila arenosa 0,2-0,3
Silte 0,3-0,35
Areia compacta 0,2-0,4
Areia grossa 0,15
Areia fina 0,25
Fonte: Marangon (2009)
3 − 4𝜈 8(1 − 𝜈) − (3 − 4𝜈) (𝑧 − 𝑐)
⎡ + + +⎤
𝑃 ⎢ 𝑅 𝑅 𝑅 ⎥
𝑤 = ⎢
16𝜋𝐺(1 − 𝜈) (3 − 4𝜈)(𝑧 + 𝑐) − 2𝑐𝑧 6𝑐𝑧(𝑧 + 𝑐) ⎥ ( 2.14 )
⎢ + + ⎥
⎣ 𝑅 𝑅 ⎦
𝑤 = 𝑤 𝑠𝑒𝑛𝛩 ( 2.15 )
𝑤 = 𝑤 cos 𝛩 ( 2.16 )
Para propósitos deste trabalho, no qual se busca o recalque no solo devido a forças
verticais transmitidas pela ponta e pelo fuste das estacas ao solo, ignoram-se os efeitos de cargas
horizontais. Contudo, é importante citar que uma metodologia para fazer uso completo dessas
equações, mediante o estudo dos diagramas de momentos fletores ao longo das estacas
(possibilitando até a análise de estacas inclinadas), é disponibilizada por Mota (2009).
Substituindo a relação entre os módulos de elasticidade longitudinal (E) e transversal
(G), a equação resolvida durante a integração numérica dos recalques no solo, wz, é:
3 − 4𝜈 8(1 − 𝜈) − (3 − 4𝜈) (𝑧 − 𝑐)
⎡ + + +⎤
𝑃(1 + 𝜈) ⎢ 𝑅 𝑅 𝑅 ⎥
𝑤 = ⎢ ( 2.20 )
8𝜋𝐸(1 − 𝜈) (3 − 4𝜈)(𝑧 + 𝑐) − 2𝑐𝑧 6𝑐𝑧(𝑧 + 𝑐) ⎥
⎢ + + ⎥
⎣ 𝑅 𝑅 ⎦
de tensão, Pinto (2006) ressalta o quão incoerente pode ser a sua consideração como material
homogêneo.
A primeira dificuldade se refere à grande variação dos módulos de deformabilidade
conforme a tensão aplicada e em função do nível de confinamento do solo. Até quando a
granulometria é constante, o módulo cresce ao longo da profundidade, já que o confinamento
também cresce. Outro aspecto observado é sobre como a sua ocorrência natural resulta em
maciços frequentemente estratificados, com variadas composições e granulometrias,
caracterizando perfis de solo com camadas de diferentes compressibilidades.
Como solução a esse problema, Aoki e Lopes (1975) sugerem o procedimento de
Steinbrenner (1934). Este, propõe que o efeito em uma camada finita possa ser obtido pelo
estudo desse efeito para um meio infinito ao topo da camada e subtraí-lo pelo efeito para um
meio infinito ao fim da mesma camada.
Esse artifício pode ser generalizado para perfis de solo com várias camadas acima do
indeslocável seguindo o mesmo raciocínio, e percorrendo o perfil desde o indeslocável até a
base da fundação, acumulando-se os recalques de cada camada de forma que se pode
generalizar o conceito de:
𝑟 =𝑟 −𝑟 ( 2.21 )
Poulos e Davis (1980) ressalvam que essa proposição deve ser usada para camadas
sucessivas cuja relação entre módulos de deformabilidade seja menor do que 10, caso contrário,
sua validade pode ser desafiada.
Segundo Aoki e Lopes (1975), um grupo de estacas cujas cargas são transmitidas ao
solo pela base e/ou pelo fuste podem ter essas forças decompostas em um sistema equivalente
de forças concentradas, cujos efeitos são superpostos para determinar o recalque do conjunto
em determinados pontos. Esse método faz uso das equações de Mindlin (1936), reescritas de
forma a possibilitar a integração numérica de seus efeitos.
A força distribuída na base da estaca é admitida uniforme e subdividida em várias
parcelas iguais formando um sistema equivalente de forças concentradas atuantes nas n1*n2
parcelas de área constante, sendo n1 o número de divisões da circunferência e n2 o número de
divisões do raio da base Rb (Figura 2.5).
39
Fonte: Autor
identificam a fatia radial (i) e o anel (j) de cada subárea (Figura 2.6)
Figura 2.6 - Divisão da base em subáreas
𝑅 = 𝑅 , + (𝑧 − 𝑧 ) ( 2.22 )
40
𝑅 = 𝑅 , + (𝑧 + 𝑧 ) ( 2.23 )
𝑅, = 𝑅 + 𝜌 − 2𝑅 ∙ 𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛽 ( 2.24 )
Onde f1 e f2 são as cargas distribuídas ao longo do fuste (i.e. kN/m) nas profundidades
D1 e D2 respectivamente.
𝑅 = 𝑅 + (𝑧 − 𝑐 ) ( 2.31 )
𝑅 = 𝑅 + 𝑅 − 2𝑅 ∙ 𝑅 𝑐𝑜𝑠𝛽 ( 2.32 )
42
𝑤 = 𝑤 + 𝑤
( 2.33 )
43
Observa-se, contudo, uma necessidade de verificação dos dados durante a entrada dos
mesmos, deixando os limites entre as primeiras três funcionalidades do programa um pouco
menos delineável. Isso se deve ao fato da validação dos dados requerer um processamento em
tempo real. Um bom exemplo desse tipo de verificação seria a carga aplicada em uma estaca
frente à sua capacidade de carga, já que uma carga acima desse valor representaria,
teoricamente, deslocamentos excessivos e plásticos no solo, falhando assim em manter-se
dentro dos limites que validam a utilização das equações de Mindlin (1936).
Essas seis funcionalidades estão distribuídas no programa e organizadas numa
interface de usuário dividida em três áreas de trabalho (workspaces):
Office, no qual se pode fazer uso dos recursos visuais e da estrutura de planilha de células do
software MS Excel, facilmente acomodável à programação orientada por objetos.
A janela de entrada de propriedades das estacas fornece uma estrutura para registro da
geometria, locação e características da estaca. O programa tem algoritmos para fazer um
mapeamento em tempo real e posicionar linhas de eixo para cotar e plotar a disposição das
estacas no plano do terreno. A Figura 3.1 apresenta a workspace de entrada das propriedades
da estaca. Nesse espaço se identificam os dfuste e dponta referentes ao diâmetro do fuste e diâmetro
da ponta respectivamente em milímetros; o L como comprimento da estaca em metros; o tipo
da estaca; as coordenadas no plano xy, bem como a cota z de seu topo em metros; o
carregamento P em kN em cada estaca; e por fim o módulo de elasticidade Ee do material que
a compõe. Note-se que para seções vazadas, uma redução no valor de Ee pode ser adotada para
compensar essa redução da rigidez.
Fonte: Autor
45
Fonte: Autor
Fonte: Autor
A janela de entrada de propriedades do terreno fornece uma estrutura para registro das
cotas das camadas, bem como seus respectivos tipos de solo, módulo de deformabilidade e
coeficiente de Poisson. Fornece também o espaço para entrada dos valores de Nspt para cada
metro de solo. O programa executa, em tempo real, algoritmos como os descritos em 3.3.1,
porém reescritos em forma de fórmulas de células do Excel, para estimar a capacidade de carga
47
Fonte: Autor
Tipo de solo ν α
Argila 0,500 7,0
Argila arenosa 0,450 5,5
Argila siltosa 0,450 6,0
Silte argiloso 0,450 5,5
Silte 0,400 5,0
Silte arenoso 0,400 4,0
Areia siltosa 0,350 3,5
Areia argilosa 0,350 4,0
Areia 0,350 3,0
Fonte: Autor
Tabela 3.3 - Valores limites para estimativa de módulo de deformabilidade pelo programa
Es máx
Tipo de solo
(MPa)
Argila 20
Argila arenosa 42,5
Argila siltosa 20
Silte argiloso 20
Silte 20
Silte arenoso 30
Areia siltosa 50
Areia argilosa 50
Areia 100
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Uma vez inseridos esses valores, libera-se o uso dos botões para análise dos recalques
e posterior impressão do relatório de cálculo. A Figura 3.6 apresenta a workspace de entrada
das subdivisões para integração numérica e análise de recalques.
Fonte: Autor
Dois tipos de análises de recalques podem ser feitas. A primeira análise refere-se ao
estudo da estaca (ou grupo de estacas) e seus recalques para uma força (ou grupo de forças)
específica. A segunda análise considera cada estaca como um elemento isolado sujeito a uma
força crescente e desenha uma curva carga-recalque para a mesma.
Recomenda-se o uso da primeira análise quando se quer saber o efeito, em relação aos
recalques, que cada estaca causa em cada uma de suas vizinhas para um conjunto de forças
conhecidas. Já a segunda, é recomendável quando se quer estimar o comportamento de uma
estaca ao longo do aumento da sua solicitação.
A visualização dos resultados para cada uma das análises é apresentada neste ambiente
do programa. A Figura 3.7 mostra um típico resultado calculado pela avaliação de um grupo de
estacas, enquanto que a Figura 3.8 exibe uma típica curva carga-recalque estimada para uma
estaca isolada, para a qual nota-se uma configuração bi-linear suavizada. Uma discussão mais
aprofundada sobre o seu traçado é encontrada no item 3.6 desse trabalho.
51
Figura 3.7 - Resultado típico obtido para a análise de um grupo de estacas sob forças fixadas
Fonte: Autor
Figura 3.8 - Resultado típico obtido na análise de uma estaca isolada sob uma força crescente
Fonte: Autor
𝑚á𝑥(𝑃 − 𝑅 ; 0)
𝑓 = ( 3.2 )
𝑅
Onde,
P é a carga solicitante na estaca;
Máx() é uma função que retorna o máximo valor de um conjunto;
Mín() é uma função que retorna o mínimo valor de um conjunto;
RL é a resistência de fuste da estaca e;
RP é a resistência de ponta da estaca.
Tendo como base a hipótese simplificadora de que a resistência de ponta só é
mobilizada após o esgotamento da resistência de fuste, pode-se concluir que fRm2 mantém-se
nulo até fRm1 atingir seu valor máximo de 1,0.
Após a determinação dos fatores de resistência mobilizada, calculam-se as reações
mobilizadas no fuste e na ponta devido à carga P, de forma que:
𝑅 , =𝑓 𝑅 e, 𝑅 , =𝑓 𝑅
𝑓 = 𝑚í𝑛 ; 1,0
𝑚á𝑥(𝑃 − 𝑅 ; 0)
𝑓 =
𝑅
Dependendo dos dados de entrada retorna uma das seguintes:
Ffi (força numa camada i do fuste)
Ff(z) (força numa cota z do fuste)
Fp (força na ponta da estaca)
Fim da função resistência mobilizada
Fonte: Autor
Sub-rotina de Décourt-Quaresma
Início da sub-rotina de Décourt-Quaresma
Para s = 1 até número de camadas do fuste
Para z = cota da camada (s) até a cota da camada (s+1)
Chamada da função Nspt para cota z
Próximo z
NL = média dos Nspt lidos
ΔL = comprimento da camada s
R (s) = 10Uβ + 1 ΔL
Próximo s
s = camada da ponta
Chamada da função Nspt para as três cotas em torno da ponta
54
Inicia-se lendo as variáveis entradas pelo usuário nas áreas de trabalho (workspaces)
do programa, depois segue-se contando o número de camadas acima da estaca, o número de
camadas que interceptam o fuste da estaca, e o número de camadas abaixo da ponta. Essas são
as variáveis que definem os contornos e limites das estacas em relação ao solo, em especial o
último, o qual alicerça toda a utilização da consideração de Steinbrenner. Esse processo é
repetido para todas as estacas.
Uma vez computados esses limites, segue-se para a abertura dos loops que ditam qual
estaca está sofrendo o recalque e qual está causando, indicados respectivamente pelas variáveis
contadoras a e b, assim designadas para fazer coincidência com a nomenclatura das ilustrações
dos tópicos 2.4 e 2.6 deste trabalho.
Em seguida abre-se o loop regente da camada de solo para qual se considera a
deformação abaixo da ponta. A variável contadora desse loop é indicada pela letra s em alusão
a Steinbrenner cuja proposição é o intuito do seu uso. Essa abertura vem acompanhada de um
algoritmo que computa a cota do topo da respectiva camada s e trunca seu valor na cota da
ponta da estaca quando sua camada for aquela em análise.
Junto do cálculo de variáveis geométricas do problema, mais dois loops seguem
abrindo, sendo que estes governam qual sub-divisão da ponta da estaca terá seu efeito
computado. As variáveis contadoras são o i e o j, as quais indicam respectivamente a fatia radial
e o anel da seção transversal considerados. Novamente, essas variáveis são assim definidas para
coincidir com a nomenclatura das ilustrações do tópico 2.6 deste trabalho.
56
Dentro dessa estrutura, chama-se a sub-rotina de Mindlin duas vezes, uma para somar
o resultado das equações no topo da camada s, e outra para subtrair no fundo da camada s, em
obediência à metodologia de Steinbrenner.
Fechado o loop j, mantem-se aberto o loop i, e segue-se abrindo um loop js para ditar
qual camada do fuste está fornecendo a força causadora do recalque. Essa abertura acompanha
o cálculo das cargas f1 e f2 de atrito por comprimento de estaca no fuste (definidas no item 2.6
e ilustradas na Figura 2.7).
O loop k aberto em seguida varia de 1 até n3 para indicar a fatia do fuste na qual a
subdivisão atuante está contida, e no interior deste, a profundidade ck é calculada, seguida da
intensidade da força Pik, e ambos alimentam uma nova chamada, em dupla, da sub-rotina de
Mindlin, adicionando o topo e subtraindo o fundo.
Computadas as parcelas de recalque calculadas, os loops k, js, i, s e a são fechados e
antes de fechar o loop mais externo (b), o programa chama a sub-rotina de Recalque Elástico
para computar essa deformação na estaca indicada por b.
O corpo da sub-rotina principal é mostrado pelo Quadro 3.4.
Sub-rotina Principal
Início da Sub-rotina Principal
Chamada de função leitora de variáveis
(Lê todos os dados inseridos e validados na planilha)
//Função contadora de camadas para cada estaca:
Para i = 1 até Núm.Estacas
Para s = 1 até Núm.Camadas
Se Camada(s) estiver acima da estaca i
N.Acima(i) = N.Acima(i) + 1
Se Camada(s) estiver abaixo da estaca i
N.Abaixo(i) = N.Abaixo(i) + 1
Se Camada(s) interseccionar o fuste da estaca i
Camadas.Fuste(i) = Camadas.Fuste(i) + 1
Próximo s
Próximo i
57
s
Para i = 1 até n1
𝜋
𝛽 = (2𝑖 − 1)
𝑛
Para j = 1 até n2
2𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑅
𝜌 = 𝑗 𝑗 − (𝑗 − 1) 𝑗 − 1
3𝜃 √𝑛
𝑅, = 𝑅 + 𝜌 − 2𝑅 𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛽
b //Ação do fuste
𝑓 =𝐹 ( , )
𝑅 = 𝑅 + 𝑅 − 2𝑅 𝑅 𝑐𝑜𝑠𝛽
Para k = 1 até n3
𝐷 −𝐷 2𝑘 − 1
𝑃 = 2𝑓 − (𝑓 − 𝑓 )
2𝑛 𝑛 𝑛
𝐷 −𝐷 1 − 3𝑘
𝐷 −𝐷 𝑓 + (𝑓 − 𝑓 )
𝑛 3𝑛
𝑐 =𝐷 + (𝑘 − 1) +
𝑛 2𝑘 − 1
2𝑓 − (𝑓 − 𝑓 ) 𝑛
MÉTODO DE STEINBRENNER
O método de Steinbrenner (1934) é considerado dentro da Sub-rotina principal
(Aoki-Lopes).
Apresenta-se entrelaçada à integração numérica na forma de um loop (laço) adicional
que governa a camada da qual serão utilizadas as propriedades (módulo de deformabilidade e
coeficiente de Poisson), com uma condicionante para determinar as profundidades do topo e do
fim das camadas abaixo do fuste. Sua estrutura aparece inicialmente contida no trecho recortado
no Quadro 3.5:
Quadro 3.5 - Considerações iniciais de Steinbrenner (1934) no algoritmo principal
Dessa forma, os recalques das camadas finitas subjacentes são computados de baixo
para cima e somam-se até o nível da ponta da estaca(b) para a qual se quer calcular no recalque.
𝑅 = 𝑅 , + (𝑧 − 𝑐)
𝑅 = 𝑅 , + (𝑧 + 𝑐)
3 − 4𝜈
𝑀 =
𝑅
8(1 − 𝜈) − (3 − 4𝜈)
𝑀 =
𝑅
(𝑧 − 𝑐)
𝑀 =
𝑅
(3 − 4𝜈)(𝑧 + 𝑐) − 2𝑐𝑧
𝑀 =
𝑅
6𝑐𝑧(𝑧 + 𝑐)
𝑀 =
𝑅
𝑃(1 + 𝜈)
𝑀= (𝑀 + 𝑀 + 𝑀 + 𝑀 + 𝑀 )
8𝜋𝐸(1 − 𝜈)
Fim da sub-rotina de Mindlin
Fonte: Autor
61
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
Fonte: Autor
62
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
Fonte: Autor
63
Com esses valores, uma suavização dessa configuração trilinear pode ser feita
mediante o equacionamento de três retas tangentes, cujos traçados e sucessão de inclinações
representam uma variação suave da inclinação da curva carga-recalque desejada, conduzindo-
a, gradativamente, desde o primeiro trecho retilíneo até o segundo. A Figura 3.11 ilustra um
exemplo de traçado das retas tangentes para suavização.
Fonte: Autor
A interpolação da curva a partir dos pontos calculados pode ser feita por uma função
polinomial cúbica. A Figura 3.12 demonstra o resultado para a suavização do exemplo ilustrado
nas Figuras Figura 3.9 e Figura 3.10, o qual apresenta uma configuração do trecho suavizado
com traçado quase que circular.
64
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
Fonte: Autor
Figura 4.1 - Curva carga-recalque para exercício resolvido de Cintra e Aoki (2010)
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000
0
10
Recalque (mm)
15
20
25
30
35
VAN DER VEEN w (P = 500kN) PROGRAMA
Fonte: Autor
Alonso (2012)
Figura 4.2 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 01. Estaca tipo hélice contínua, com
diâmetro de 400 mm e comprimento de 15 m
Carga (kN)
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
PCE - 01 PROGRAMA
Fonte: Autor
Figura 4.3 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 02. Estaca tipo hélice contínua, com
diâmetro de 400 mm e comprimento de 17 m
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
PCE - 02 PROGRAMA
Fonte: Autor
69
Figura 4.4 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 03. Estaca tipo hélice contínua, com
diâmetro de 500 mm e comprimento de 15 m
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500
0
4
Recalque (mm)
10
12
14
16
PCE - 03 PROGRAMA
Fonte: Autor
As previsões foram realizadas para duas provas de carga em estacas escavada a seco
com trado mecanizado (PCE 04 e PCE 05), com diâmetro de 500 mm e comprimento de 12 m.
As estacas foram instaladas em solo silto-arenoso. Nestas provas de carga, os recalques foram
levados a valores de maior magnitude em comparação com os ensaios apresentados no item
4.2.1.
Para cargas de baixa intensidade, até 1500 kN, as estimativas pelo programa foram
muito próximas aos dados de campo para ambas as estacas. Novamente pode-se constatar a
tendência dos resultados previstos e experimentais a divergirem em maiores carregamentos.
Particularmente, o resultado da PCE-04 apresenta uma contribuição importante para a
validação do presente programa computacional, visto que exibe alta tendência a fugir do regime
elástico para cargas elevadas, e evidencia as limitações de uma análise linear do comportamento
mecânico do conjunto estaca-solo.
70
Figura 4.5 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 04. Estaca tipo escavada a seco,
diâmetro = 500 mm e comprimento = 12 m.
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
0
10
Recalque (mm)
15 PCE - 04
PROGRAMA
20
25
30
35
Fonte: Autor
Figura 4.6 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 05. Estaca tipo escavada a seco,
diâmetro = 500 mm e comprimento = 12 m
Carga (kN)
0 1000 2000 3000 4000
0
5
Recalque (mm)
10 05
PCE - 04
PROGRAMA
15
20
25
Fonte: Autor
71
As previsões foram realizadas para duas provas de carga em estacas hélice contínua
(PCE 06 e PCE 07) em um perfil de camadas areno-argilosas. A estaca da PCE 06 possui
diâmetro de 600 mm e comprimento de 13 m, enquanto que a estaca da PCE 07 possui diâmetro
de 700 mm e comprimento de 12 m. Nestas provas de carga, os recalques também foram levados
a valores de elevada magnitude, acima de 30 mm.
O programa computacional permitiu grande precisão na previsão do comportamento
destas provas de carga, como mostram as Figuras 4.7 e 4.8. Nestes casos, a previsão gerou
resultados muito próximos aos experimentais não somente para pequenos carregamentos, mas
em toda a faixa de carregamentos testada, evidenciando a validação do programa computacional
desenvolvido.
Figura 4.7 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 06. Estaca tipo hélice contínua,
diâmetro = 600 mm e comprimento = 13 m
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
0
10
Recalque (mm)
15
20
25
30
35
PCE - 06 PROGRAMA
Fonte: Autor
72
Figura 4.8 - Estimativa de curva carga-recalque para PCE 07. Estaca tipo hélice contínua,
diâmetro = 700 mm e comprimento = 12 m.
Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
0
10
Recalque (mm)
15
20
25
30
35
40
PCE - 07 PROGRAMA
Fonte: Autor
5. CONCLUSÃO
oriundos da investigação do subsolo. Não obstante, ressalta-se que uma gama bem maior de
dados experimentais é necessária para uma validação mais completa do código computacional
criado.
A implementação computacional de conceitos estudados na Engenharia Civil permite
uma imensa melhora na compreensão dos próprios conceitos que compõem os modelos. Tal
prática deve ser encorajada vigorosamente como ferramenta de aprendizagem e análise crítica
dos conteúdos estudados.
7. REFERÊNCIAS
ANEXO A
ANEXO B