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Versos dopaminérgicos

Expurga-me de tua vida


exima-me de seus sonhos
não almejo viver está trilha insípida
arquitetada com planos mochos
A existência me pune com sua ausência
reflexo da incabível impaciência
de alguém cansado de lidar com a demência
acolhido em seus seios,
apenas um dos meus devaneios;
almejar momentos contigo
eis meu castigo
não sou mais o mesmo
vivo a esmo
cansado e exaurido
ignorado, embora, renascido
três anos se foram desde o último sentimento
o que parecera morto, hoje, em mim fomento
ora, desejo elucidar
ora, anseio entenebrar
teu riso me era estimado
meu ego fora negligenciado
súbito desprezo
desta guerra jamais sairei ileso
não sou bom, tão pouco sensível
se lhe escrevo versos
honre-se, vejo em ti algo intangível
deseja-la sempre fora um principio
mesmo refém de vosso egresso impio
minha única vergonha vem do fato de deseja-la após tudo
- Dosto

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