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EXCELENTISSIM (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 1ª VARA DO

TRABALHO DE PARANAGUÁ – ESTADO DO PARANÁ.

PROCESSO 0000692-29.2018.5.09.0022

CARLOS EDUARDO BATISTA MARTINS, já qualificado nos autos


do processo em epígrafe, perante este v. Juízo, em que contende com POLISERVICE –
SISTEMAS DE SEGURANÇA LTDA. perante essa MM. Vara, por seus advogados e
procuradores adiante assinados, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, manifestar-se tempestivamente sobre os documentos juntados pelas
Reclamadas, como segue:

PRELIMINARMENTE

Inicialmente, salienta-se que as remissões às folhas do processo,


feitas nesta peça processual, levarão em conta sua ordem de apresentação no arquivo
PDF que decorre da exportação integral dos autos (download de documentos em PDF),
em ordem crescente, com o escopo de facilitar a localização dos documentos.

1. DA TEMPESTIVIDADE

O prazo para apresentação de impugnação à Contestação teve início


no dia 05/12/18, conforme ata de audiência (id 0350480). Sendo o prazo de 10 dias úteis,
o prazo fatal para juntada é dia 18/12/18, nesta data. Portanto, tempestivo.

2. NO MÉRITO

O reclamante IMPUGNA o inteiro teor das peças contestatórias de fls.


51 a 93 e folhas pontos 109 a 139 dos autos, tendo em vista que os fatos ali articulados
não se coadunam com a realidade fática do contrato de trabalho ora em litígio, conforme
demonstram os documentos constantes dos autos, bem como pelo que restará
comprovado no decorrer da instrução processual.

1 - DOS DOCUMENTOS DA RECLAMADA

1 - Os documentos de fls. 113/242 –Contrato de Compra e Venda, Ata de Reunião do


Conselho de Administração da Serede e Anexos – restam impugnados, pois servem,
apenas e tão-somente para demonstrar que a empresa SEREDE é a SUCESSORA da
primeira ré (ARM).

Nessa esteira, os documentos corroboram com a declaração de responsabilidade


solidária da Serede com a OI uma vez que constituem mesmo grupo econômico
(TELEMAR).

Assim sendo, a documentação dos autos demonstra que, além de ter havido sucessão de
empresas, a empresa sucessora (SEREDE) é empresa que constitui, juntamente com a
segunda ré (OI S/A) grupo econômico denominado Telemar.
Portanto, à luz do artigo 2º, § 2º/CLT a responsabilidade solidária das rés é incontroversa.

2 – Os documentos de Procuração /Substabelecimento / Carta de Preposto – restam


impugnados, pois servem apenas e tão-somente para corroborar com a sucessão de
empresas e formação de grupo econômico entre as empresas reclamadas.

3 – O documento de fls. 306/311 – Ficha de Registro, Termo Aditivo do Contrato de


Trabalho – restam impugnados, pois não consta a real jornada mensal e semanal
realizada pelo autor, e nem os reais horários de trabalho do mesmo, seja em relação aos
horários de entrada, saída, intervalo e dias laborados.

4 - O documento de fls. 312/313 e 439, – Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP /


Ordem de Serviço - restam impugnados, eis que não afastam o direito do autor de receber
as diferenças devidas da verba adicional de periculosidade, pois o mesmo é
incontestável, eis que o autor recebia tal verba, porém sob base de cálculo inferior ao
determinado pela lei, conforme já amplamente narrado no item XII da exordial.

5 - O documento de fls. 314/325, 455/481, 482/483, 507/530, 531/56, 562/566 – Fichas


Financeiras, Relatórios de Pagamento, Demonstrativo de Média de Horas Extras e
Adicionais, Extrato Demonstrativo de Movimentação - restam impugnados, porque não
possuem força de recibo, haja vista que não possuem a assinatura do obreiro (artigo
464/clt), não passando de documentos unilaterais, de total desconhecimento do autor,
produzidos após a demissão da reclamante e de acordo com os interesses da primeira ré.

Caso sejam considerados válidos, o que não se espera, impugnam-se por não refletirem o
total das verbas devidas ao autor.

6 - O documento de fls. 336/371 – Laudo Pericial da RT 0010161-91.2016.5.09.0015 -


restam impugnados, conforme as razões a seguir:

O autor, ao analisar os presentes autos, surpreendeu-se ao verificar que a primeira ré


(SEREDE) - visando unicamente tumultuar o bom andamento da presente lide - juntou
aos presentes autos laudo pericial produzido em outro processo (RT 0010161-91-2016-5-
09-0015), cujo objetivo era a análise da eventual existência de cartão ponto eletrônico no
período de dezembro/2013 a agosto/2015, período que não engloba integralmente
presente vínculo empregatício.

Assim sendo, o autor passa a manifestar-se sobre o documento nos seguintes termos:

a) INÉPCIA DA INICIAL

A petição inicial contém os elementos necessários e suficientes à efetiva instauração do contraditório,


possibilitando à Reclamada, o pleno exercício do direito de defesa. O pedido é juridicamente possível, não
existindo regramento ou ordenamento que o proíba expressamente. Igualmente comprovada há
legitimidade de parte e interesse de agir do Reclamante, porquanto busca tutela jurisdicional perante esta
Justiça Especializada visando o reconhecimento das verbas pretendidas na presente ação.
Inclusive aponta os devidos valores, no item III e suas alíneas da peça vestibular. Sem razão a reclamada.

Rejeite-se a preliminar.

b)
c) O período de vínculo empregatício

Em primeiro lugar, insta destacarmos que o laudo pericial de fls. 207/243 limita-se ao
período de dezembro/2013 a agosto/2015, tal qual expressamente aposto pelo Expert na
fl. 08 do laudo.

Assim sendo, resta incontroverso que o presente laudo pericial é absolutamente


imprestável como meio de prova, pois, o vínculo empregatício nos presentes autos travou-
se no período de abri/2010 até maio/2016.

Mais que isto, a própria Srª. Perita afirma, expressamente, que, na época do vínculo
empregatício dos presentes autos (dezembro/2013 a agosto/2015), tal sistema de ponto
eletrônico não alcança todos empregados, tal qual aposto na conclusão da ilustre expert,
fl. 23 do laudo.

Note-se que a perícia foi clara ao afirmar que até o final de 2013 o pretenso sistema de
ponto eletrônico não estava disponível para a maioria dos empregados.

Diante do exposto, resta cabalmente demonstrada a intenção procrastinatória, da primeira


ré (Serede) em querer juntar aos autos o laudo impugnado.

d) Objeto da perícia.

Não bastasse o acima exposto, imperioso destacarmos que o Laudo Pericial ora
analisado, além de não corresponder ao período do vínculo empregatício dos presentes
autos, foi realizado para analisar eventual existência de cartão de ponto de
função/atividade profissional (técnico de ADSL) não exercida pelo autor (instalador).

Nessa esteira, imperioso destacarmos que, nos presentes autos o autor laborava
exclusivamente como “Instalador/Cabista”, fato incontroverso nos autos e expressamente
confessado da Contestação da primeira ré (Serede).

De outro lado, a perícia foi realizada para atividade absolutamente diversa da realizada
pelo autor, uma vez que tratou da atividade de Técnico e ADSL, tal qual expressamente
consignado na fl. 08 do laudo pericial.

Assim sendo, absolutamente imprestável como meio de prova o laudo ora impugnado.

Some-se ao acima exposto, que o laudo em tela foi realizado sobre empregado que
laborava em região na qual o autor jamais laborou.

Pelo exposto, há total divergência acerca da função objeto de perícia (técnico de adsl), eis
que a função desempenhada pelo autor era de Instalador.

Assim sendo, quer pela total impertinência com os presentes autos, não há como tais
documentos serem adotados como prova no presente processo, o que requer desde já,
que sejam desentranhados dos autos.

Ainda que por absurdo superado o acima exposto – fato que não se espera e se admite
apenas e tão-somente em homenagem ao Princípio da Eventualidade – passaremos aos
demais apontamentos do laudo.

e) Da inexistência de anotação de ponto eletrônico

Em primeiro lugar, importante destacarmos que restou absolutamente correta a conclusão


da Srª. Perita no sentido de que o sistema de ponto eletrônico não era aplicado a todos
empregados, tal qual expressamente declinado pela Sra. Expert na resposta ao quesito nº
28 da primeira reclamada SEREDE, fl. 33 do laudo.

Essa resposta torna incontroverso que, há época do vínculo empregatício analisado na


perícia, dezembro/13 a agosto/2015, nem todos empregados anotavam registro de ponto
eletrônico, o que será corroborado com a prova oral a ser produzida na audiência de
instrução processual.

Diante do acima exposto, a perícia não comprova que o autor fazia uso do sistema de
ponto eletrônico e tampouco que o mesmo era fidedigno.

f) Dos supostos horários anotados nos cartões ponto.

Ainda que por absurdo superado o acima exposto – fato que não se espera e admite-se
apenas e tão-somente por argumentar - insta destacarmos que a Srª. Perita resta
absolutamente equivocada ao citar, em resposta ao quesito nº 27 da primeira ré (Serede),
que os registros de pontos seriam idôneos.

Tal afirmação da Srª. Perita resta sobejamente impugnada, pois afasta-se totalmente da
ampla e farta prova documental trazida aos autos.

Acabando com qualquer dúvida sobre o tema, e comprovando a inequívoca


imprestabilidade dos cartões de ponto, destacamos a contradição existente entre o
conteúdo do Sistema URA aposto no documento denominado “Extrato Detalhado de
Atividade do Técnico”, com os cartões de ponto eletrônico, onde vislumbra-se o seguinte:

O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada de 01/04/2016 a


19/04/2016, fls. 535, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 419 consigna
jornada em tais dias.
O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada em 14/05/2016,
fls. 537, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 420 consigna jornada em tais
dias.

O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada em 21/05/2016,


fls. 537, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 420 consigna jornada em tais
dias.

Como visto, data maxima venia, resta absolutamente equivocada a resposta da Srª.
Perita, aposta na fl. 33 do Laudo Pericial, ao quesito nº 27 da primeira ré (Serede), pois
resta incontroverso que os supostos cartões de ponto não contemplam a totalidade das
horas laboradas pelo autor.

Ademais, tanto é verdade o acima exposto, ou seja, que os supostos cartões de ponto
não refletem a verdadeira jornada de trabalho do autor, que a própria Srª. Expert afirmou,
expressamente, em resposta ao quesito 07 da primeira reclamada (Serede), aposto na fl.
25 do d. Laudo Pericial, que o autor poderia laborar sem que tenha batido o cartão de
ponto.

Mais que isto, a própria Srª. Expert deixou indene de dúvidas que os pretensos “Sistemas
de Anotações de Cartões de Ponto” funcionam de modo independente ao “Sistema de
Baixa de Serviço”, nos seguintes termos apostos na fl. 27 do d. Laudo Pericial, em
resposta ao quesito nº 14 formulado pela primeira ré (Serede).

Portanto, se era possível trabalhar sem anotação de horário, resta indene de dúvidas que,
na eventual hipótese da existência de cartão de ponto, o mesmo não reflete a totalidade
da jornada laborada.

Assim sendo, incontroversa a imprestabilidade de eventuais cartões de pontos eletrônicos


resta comprovada.

g) Banco de Dados
Uma vez mais, restam absolutamente impugnadas as respostadas dada pela Srª. Perita
ao quesito nº 17 (fl. 27 do d. Laudo Pericial) formulado pelo Autor e aos quesitos nº 8 (fl.
30 do d. Laudo Pericial) e nº 12 (aposto na fl. 30/31 do d. Laudo Pericial) formulados pela
primeira ré.

Ou seja, muito embora a Srª Perita entenda que não haja acesso aos registros do banco
de dados e que tais dados não podem ser alterados, a própria prova produzida pela Srª
Perita contradiz sua conclusão.

Nessa esteira, importante destacarmos que a Srª Perita afirma, nas fls. 13/14 da d.
Perícia, que o “Sistema SCRM” seria um programa específico no celular do instalador
para anotação de horário, sendo que, à época do reclamante, este sistema teria sido
gradualmente implantado entre os funcionários externos, como instaladores e cabistas.

A fim de corroborar com sua afirmação, a Srª. Perita busca informações em um outro
terceiro processo, remetendo-se aos autos RTord nº 0010000-94.2015.5.09.0022, de
onde é PARCIALMENTE transcrito um trecho da Contestação da primeira ré
(ARM/Serede) para tentar elucidar o funcionamento do sistema SCRM.

Nessa esteira, insta destacarmos o completo teor do trecho da Contestação da reclamada


ARM utilizado pela Srª. Perita na fl. 14 do Laudo Pericial, onde resta claro que tal sistema
é acessível aos empregados e que os próprios empregados podem alterá-lo, nos
seguintes termos (fls. ID 7fe78e0 – pág. 13 da Contestação dos autos RTORD Nº
0010000- 94.2015.5.09.0022), doc. Anexo.

Data maxima venia, mas a Srª. Perita não pode querer se valer de parte do que foi dito
pela ré naqueles autos RTORD Nº 0010000-94.2015.5.09.0022, pois houve expressa
confissão patronal no sentido de que as informações constantes do banco de dados são
acessados e manipulados pelos próprios empregados (doc. anexo).
Assim sendo, conforme expressa confissão patronal, o próprio empregado pode acessar e
alterar o sistema SCRM, como restou confesso no trecho da contestação juntado pela D.
Perita, corroborando com o equívoco da d. Perita ao alegar que tais sistemas de anotação
de cartão ponto são invioláveis.

Neste ponto, como resta clara a violabilidade do sistema SCRM e, portanto, totalmente
falho e imprestável, devemos nos remeter à Portaria 373/2011 do MTE, que em seu artigo
3º, IV, é incisiva.

Assim, ao contrário do entendimento da Srª. Perita, resta incontroversa a total falibilidade,


acesso e alteração das informações apostas no banco de dados, havendo total
violabilidade, sendo inclusive confesso pela empresa ARM/SEREDE na própria
contestação trazida aos autos pela D. Perita (fls. ID 7fe78e0 – pág. 13 da Contestação
dos autos RTORD Nº 0010000-94.2015.5.09.0022)

h) Conclusão

Diante do exposto, requer-se:

Que o Laudo Pericial ora impugnado seja esconsiderado pelo D. Juízo como meio de
prova, visto que baseado em período não laborado pelo autor, devendo, inclusive, ser
desentranhado dos autos;

Quando menos, que sejam acatadas as impugnações apresentadas na presente


manifestação;

A juntada do documento anexo, o qual é autêntico aos autos RTORD Nº 0010000-


94.2015.5.09.0022, nos exatos termos do artigo 830 CLT.

7 – O documento de fls. 326/334; 372/375, 376/438 – Atestado Técnico e Termo de


Responsabilidade, Marcação de Ponto Eletrônico e Cartão Ponto – restam impugnados,
porque não possuem força de documento, haja vista que não possuem a assinatura do
obreiro (artigo 464/CLT), não passando de documentos unilaterais, de total
desconhecimento do autor, produzidos após a demissão da reclamante e de acordo com
os interesses da primeira ré.

Impugnam-se ainda, por não conterem a totalidade da jornada diária realizada pelo autor,
eis que foram preenchidos de acordo com o interesse da reclamada, nunca refletindo a
integralidade da jornada realmente realizada no tocante aos horários (entrada, saída e
intervalo), bem como os dias efetivamente laborados.

Acabando com qualquer dúvida sobre o tema, e comprovando a inequívoca


imprestabilidade dos cartões de ponto, destacamos a contradição existente entre o
conteúdo do Sistema URA aposto no documento denominado “Extrato Detalhado de
Atividade do Técnico”, com os cartões de ponto eletrônico, onde vislumbra-se o seguinte:

O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada de 01/04/2016 a


19/04/2016, fls. 535, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 419 consigna
jornada em tais dias.

O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada em 14/05/2016,


fls. 537, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 420 consigna jornada em tais
dias.

O extrato detalhado de atividades não traz qualquer atividade realizada em 21/05/2016,


fls. 537, ao passo que o cartão de ponto eletrônico de fls. 420 consigna jornada em tais
dias.

Neste diapasão, urge apontar que os cartões ponto acostados são britânicos, uma vez
que retratam horários uniformes, fato que atrai a incidência da Súmula 338, III do TST.

Sendo assim, requer-se desde já a incidência da súmula 338, inciso III do C. TST.
8 – O documento de fls. 531/561– Extrato Detalhado de Atividades do Técnico / Extrato
Detalhado da Remuneração Variável – restam impugnados, por não possuírem a
chancela do obreiro, sendo documentos de total desconhecimento do mesmo.

Impugnam-se ainda, visto que não tem efeito diante ao processo, eis que não constam
nos referidos documentos todas as atividades repassadas ao autor, além do mais referido
documento foi manipulado pela Reclamada.

Além das razões amplamente apostas acima, também restam absolutamente impugnados
por serem documentos unilaterais, elaborados pelas rés a fim de atender aos seus
interesses, não havendo qualquer chancela do autor que o legitime e tampouco qualquer
Ordem de Serviço que os embasem, sendo, portanto, imprestáveis como meio de prova.

Impugnam-se as datas e as quantidades de serviço, eis que não acompanhadas das


Ordens de Serviço!

Aliás, quanto as datas, vale destacarmos que os documentos ora analisados sequer
preenchem a totalidade do vínculo empregatício, corroborando com a manipulação e
imprestabilidade dos mesmos.

Além de não constar todas as instalações que o Autor realizava, o referido documento
aponta apenas as atividades de alguns meses, não de todo o contrato de trabalho, e
ainda, conforme amplamente narrado no item XII da Petição Inicial, os mesmos não
possibilitam verificar o correto pagamento da verba salarial produtividade/comissão,
muitas vezes denominada “prêmio produção” e/ou “gratificação desempenho”, a qual,
quando paga, era em folha de pagamento, já considerando os ilegais descontos e
retenções que sofria tal verba, o que se impugna também.

Contudo, referidos documentos restam impugnados por não refletirem a totalidade das
ordens de serviço executadas pelo autor no seu período contratual, sendo certo que a ré
omitiu a juntada de todas as ordens executadas, no claro intuito de se beneficiar pela
própria torpeza, juntando apenas aquelas que atendam aos seus interesses.
Por fim, tais documentos não possuem o condão de afastar os pedidos ora postulados
pela reclamante, os quais são verídicos em sua totalidade como restará demonstrado em
audiência, até porque, não houve o detalhamento minucioso das condições em que
laborava junto às reclamadas. Impugna-se de forma cabal.

Portanto, tais documentos restam absolutamente impugnados eis que não refletem a
realidade do contrato de trabalho do autor.

Concluindo, a parte autora anexa aos autos o Laudo Pericial da RT 12365-2015-008-09-


00-3, o qual se refere aos mesmos empregadores e também aos mesmos pedidos, o qual
comprova que não há como calcular o valor da produtividade devida à reclamante através
dos documentos juntados pela 1ª ré (SEREDE), demonstrando que os mesmos não
possibilitam verificar o correto pagamento da verba salarial produtividade/comissão, pois
nos relatórios não constam as informações necessárias para esta averiguação.

9 – O documento de fls. 711/910 – ACT – restam impugnados, pois tais normas nunca
foram respeitadas pela reclamada e pelas razões já amplamente expostas na Exordial.

10 - O documento de fls. 447/454, 455/481 – Contrato de locação, Relatório de


Pagamento – resta impugnado por ser documento unilateral e manipulado pelas rés,
contendo informações que atendam aos seus interesses, restando impugnado, inclusive,
quanto a valores.

3 – JUNTADA DE DOCUMENTOS

A parte autora requer que a Ré Serede seja intimada para juntar os documentos de fls.
531 e seguintes relativos aos extratos detalhados de atividade com a versão em que
consta os horários de início e término de cada atividade. Justifica o pedido apresentando
cópia nesse ato de extrato similar juntado nos autos 0010337-06.2016.5.09.0004, no qual
extratos da mesma natureza foram juntados com a indicação de horários, sendo que as
colunas de horários não constam nos extratos juntados nesse feito.
Assim sendo, o Autor requer, à Vossa Excelência, o acolhimento integral da presente
manifestação e o julgamento pela total procedência da reclamação, por obra de Direito e
Justiça!

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Curitiba, 17 de dezembro de 2018.

MONICA CAROLINA DA SILVA

OAB/PR 70.426

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