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Coloração
Coloração
Para entender a coloração é preciso saber o que é um corante e como ele age
sobre os elementos teciduais. Basicamente um corante é um composto químico,
orgânico, aromático e ionizável, fundamentalmente baseado na estrutura do benzeno,
porém esses são incolores. Os ganham cor pela adição de um grupamento de átomos à
sua estrutura, o cromóforo. A coloração em sí que podemos visualizar se dá porque
suas moléculas absorvem quantidades definidas de energia eletromagnética e emitem
parte da energia em forma de luz visível. Tal fenômeno quântico é devido ao rearranjo
energético e posicional (ressonância) dos elétrons presentes na estrutura química do
cromóforo em associação com os anéis aromáticos da estrutura do corante. Os
cromóforos são átomos associados entre si, como a função cetona (C=O), o grupo
nitroso (-N=O) e o grupo nitro (-NO2), entre outros. O cromógeno é a designação dada
àunião entre o corante e o cromóforo, e quanto maior a quantidade de cromóforos
presentes em um corante maior a intensidade da cor.
Apesar das técnicas histológicas aplicadas aos diversos tecidos serem muitas,
existe um método geral que é base para praticamente todas essas. Esse método geral
é delineado pela seguinte sequência de eventos. Inicialmente deve-se preparar a
solução corante seguindo um protocolo específico para cada tipo de corante. Um
exemplo é a coloração por Hematoxilina de Mayer, a solução corante é composta por:
1g de Hematoxilina; 1L de água; 0,2g de iodato de sódio; 50g de alúmen de amônia ou
potássio; 1g de ácido cítrico; 50g de hidrato de cloral. Após a preparação do corante,
dá-se início à desparafinização, que consiste na retirada da parafina dos cortes
realizados pela técnica de microtomia com auxílio de Xilol, um solvente orgânico. A
seguir vem a hidratação realizada por banhos em sequência de concentrações
decrescentes de álcool etílico (100%, 95%, 80% e70%) até água destilada, com intuito
de possibilitar a solubilidade do corante ao meio, uma vez que praticamente toda água
foi retirada no processo de inclusão em parafina. No caso de corantes alcoólicos deve-
se interromper a hidratação em álcool 70%. Por conseguinte, inicia-se a coloração em
si, através da imersão das amostras nas soluções colorantes. Tal amostra deve então
ser novamente desidratada, através de banhos em sequência, desta vez de
concentrações crescentes de álcool etílico (70%, 80%, 95% e 100%) com intuito de
retirar a água do tecido e possibilitar a utilização dos meios de selagem, que são
insolúveis em água. O passo seguinte é a clarificação com a utilização de xilol, um
líquido intermediário entre o álcool e o meio de selagem. A etapa final é a montagem
ou selagem das lâminas, a qual tem por finalidade cobrir a amostra já corada por uma
lamínula de vidro com uma substância específica, e possibilitar sua observação, por
tempo prolongado, em microscópio óptico.
Evidencia Corantes
Tricomática de Masson, Reticulina de
Tecido conjuntivo
Gomori, Goldner
Tecido adiposo Sudan Black
Giemsa, May-Grunwald (usados na
Tecido linfoide e mieloide
prática),reticulina de Gomori
Colorações tricromáticas, azul de
Tecido muscular
toluidina
Núcleo e citoplasma HE, Fulgen, Papanicolau, Giemsa