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ETEC PROF. DR.

JOSÉ DAGNONI

ESMALTES VEGANOS PRODUZIDOS COM CORANTE PROVENIENTE DA


BETERRABA E DO URUCUM

Mariana Paranhos de Carvalho, Miriele


Aparecida Bernardo, Juliana dos Santos,
Natálya Inácia Bento, Renata Monica Ferreira
Vital Da Silva, Wellington de Camargo.

RESUMO: Os esmaltes existem há anos na sociedade, porém com o passar dos anos
as técnicas foram sendo aprimoradas, hoje em dia com a preocupação acentuada com
a saúde e o meio ambiente, uma opção para esmaltes comuns que está sendo
apresentado nesse artigo, são os esmaltes veganos, sem componentes de origem
animal, atóxicos e produzido a partir de corante obtido de beterraba e urucum.

PALAVRAS-CHAVES: esmalte, esmalte vegano, meio ambiente, atóxicos.

1 Introdução

O esmalte está presente na sociedade há milênios e agrega o sentido de


beleza para quem o utiliza, sendo que o Egito foi o primeiro lugar onde as
mulheres usavam tinturas de hena para pintar as unhas na cor preta. O
primeiro esmalte para unhas surgiu em 1925 e sua descoberta aconteceu após
a Primeira Guerra Mundial (GUERREIRO, 2006).

A produção do primeiro esmalte ocorreu utilizando a nitrocelulose, um


explosivo que era utilizado para obter fibras de celulose. Quando ocorre a
ebulição, a nitrocelulose fica solúvel nos solventes orgânicos e quando ocorre a
evaporação forma-se uma película brilhante denominada laca. No ano de 1930,
Charles Revson surgiu com a ideia de criar pigmentos que desse cor a essa
película formada pela nitrocelulose. Com o passar dos anos e com os avanços
científicos, mais cores foram surgindo (GUERREIRO, 2006).

A composição dos esmaltes se baseia em compostos o orgânicos, a sua


formação se dá por agentes filmógenos (películas suaves e brilhantes),
plastificantes, solventes e diluentes. Atualmente o diluente mais utilizado é o
tolueno (SILVA et al., 2011).

O uso de corantes sintéticos em cosméticos pode desencadear alergias e


outros problemas à saúde humana, além de serem tóxicos e nocivos ao meio
ambiente, com isso, a substituição por corantes naturais está ocorrendo de
forma crescente na indústria de cosméticos, pois além de ser um material mais
barato, é mais fácil de ser tratado após todo o processamento (CHYOSHO; DE
MENEZES FREITAS, 2018).

Novos produtos são lançados pela indústria cosmética constantemente,


impulsionados pela intensa busca pela beleza. Embora presente no cotidiano,
os constituintes químicos do esmalte não são muito conhecidos, tornando-se
um fato importante dar foco ao conhecimento científico contextualizando
aspectos econômicos, sociais e tecnológicos (REIS; BRAIBANTE; MIRANDA,
2017). Os brasileiros estão entre os maiores consumidores de esmalte do
mundo, o Brasil vende cerca de U$$209,9 bilhões por ano (SILVA et al., 2011).

A escolha do tema primeiramente se deu ao fato de termos interesse em


produzir algo que fosse natural, livre de ingredientes de origem animal. Outro
ponto importante que levamos em consideração é a necessidade atual de
possuir produtos com a menor toxicidade possível, ou seja, eliminar da
composição ingredientes que podem fazer tanto mal ao ser humano quanto ao
meio ambiente, o que nos remete também ao conceito de sustentabilidade, que
é essa preocupação em obter produtos de forma mais consciente com a
finalidade de gerar menor dano possível à natureza.

No objetivo com esse trabalho é de produzir esmaltes veganos usando


corantes naturais provenientes da beterraba e do urucum, realizando a
extração para obtenção dos corantes.

2 Metodologia

2.1 Extração do corante da beterraba e do urucum

No momento estamos analisando as metodologias encontradas na


literatura sobre extração dos corantes da beterraba e do urucum, para
determinar qual seria mais prática e mais eficiente.
2.2 Produção do esmalte

A metodologia que utilizaremos para a produção do esmalte foi descrita no


relatório de SILVA et al. (2011). A escolha dos reagentes ainda está em
andamento e as proporções serão definidas posteriormente. Quanto ao
procedimento em si seguiremos as seguintes etapas:

 Homogeneização dos materiais usando um mixer;


 Em seguida a mistura será deixada sob agitação magnética, a princípio
por um período de 15 minutos;
 Por fim o esmalte será separado em frascos e passará por análises de
proporção obtida, pH, densidade, viscosidade, aderência e tempo de
secagem.

REFERÊNCIA

CHYOSHO, Beatriz; DE MENEZES FREITAS, Patrícia Antônio; Extração do


corante da beterraba (Beta Vulgaris) para aplicação em cosméticos, p.
516-519. In: São Paulo: Blucher, 2018. Disponível em:
https://maua.br/files/122017/extracao-do-corante-beterraba-(beta-vulgaris)-
para-aplicacao-cosmeticos-261718.pdf. Acesso em: 19 nov. 2020.

GUERREIRO, Lilian. Produção de esmalte. Rio de Janeiro: Serviço Brasileiro


de Respostas Técnicas, 2006. 5 p.

REIS, Michele Tamara; BRAIBANTE, Mara Elisa Fortes; MIRANDA, Ana


Carolina Gomes. Esmalte de unhas: uma temática para construção do
conhecimento químico de funções orgânicas. Experiências em Ensino de
Ciências, Mato Grosso, v. 12, n. 8, p. 184-196, 2017. Anual. Disponível em:
https://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID444/v12_n8_a2017.pdf. Acesso em: 19
nov. 2020.

SILVA, Thays Santos et al. Produção de esmaltes comuns de unhas.


Uberaba: Universidade de Uberaba, 2011.

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