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Ações de graças (1:1-5). Ao lembrar desta igreja, Paulo dava sempre graças a Deus pela fé
ativa, amor sacrificial, e esperança firme dela (1:1-3). Paulo e os outros davam graças a Deus
porque os que haviam se convertido se tornaram irmãos verdadeiros, na mesma família
amada de Deus, e eleitos juntos porquanto obedeceram ao mesmo evangelho (1:4-5).
"A operosidade da [sua] fé" (1:3, 8): a fé deles era ativa - se dedicavam em divulgar a
palavra do Senhor. Fé verdadeira levará o servo de Deus a ensinar o evangelho por palavra e
por exemplo (veja Colossenses 3:16-17; Atos 4:12-20; 1 Pedro 4:11).
"A abnegação do [seu] amor" (1:3, 9): o amor deles para com Deus se manifestou
visivelmente em suas vidas. Eles deixaram de servir ídolos, se converteram a Deus e serviram
a Deus. O amor de Deus exige que deixemos a velha vida e mudemos para servir a ele de
acordo com a sua vontade e não a nossa (veja Marcos 8:34).
"A firmeza da [sua] esperança" (1:3, 10): os tessalonicenses ficaram firmes mesmo no meio
de tribulações porque sua esperança estava em Cristo, no céu, e não aqui na terra. Muitos
perdem a esperança em tribulação porque esperam por dinheiro ou saúde ou coisas desta
vida. Mas estes esperavam o galardão verdadeiro do céu - a salvação.
Firmes em tribulação (2:1-6). É fácil imaginar que Paulo mudaria sua pregação para não
sofrer mais. Porém, confiando no Senhor, Paulo e os outros pregaram firmemente o
evangelho na sua integridade, a fim de produzirem fruto para Deus (2:1-2). Eles não estavam
preocupados em fazer amigos, ganhar dinheiro, ou ter reconhecimento dos homens. Deus
havia confiado a eles a palavra da salvação, e por isso podiam pregar somente aquilo que o
agradasse e o glorificasse (2:3-6; veja 1 Pedro 4:11; 2 João 9).
Carinhosos com os irmaõs (2:7-12). Como prova do seu amor e seus motivos puros para
com os tessalonicenses, Paulo e os outros deixaram de receber deles qualquer sustento pelo
seu trabalho, mesmo que este trabalho era penoso, e mesmo que eram os escolhidos do
Senhor (2:7-9). Em vez disso, olharam para os irmãos tessalonicenses como seus próprios
filhos, com muito amor e carinho. Qual mãe pede um salário pelo trabalho de cuidar da sua
família? O pai trabalha muito mais na disciplina da sua família do que para seu chefe, e nunca
pensa em receber sustento por isso (2:10-12; veja Hebreus 12:5-11; 1 Timóteo 4:11-16; 2
Timóteo 4:1-5; Tito 2:15).
O resultado (2:13-16). Vendo que Paulo e os outros não mudaram a pregação para ela ser
"conveniente", mesmo quando isto trouxe perseguição, os tessalonicenses entenderam que
ela era verdadeiramente a palavra de Deus (2:13). Com a convicção de que estavam servindo
a Deus de acordo com a verdade, os tessalonicenses ficaram firmes em tribulação, assim
como fizeram as outras igrejas, os apóstolos, e o próprio Senhor Jesus (2:14-16).
É lícito pagar um pregador? (2:7-9) Isto deve ser motivo de pregar? Como o pregador é
como "mãe" e "pai" dos instruídos? (2:7-12)
Paulo envia Timóteo (3:1-5). Enquanto estavam separados, Paulo ficou preocupado com a
saúde espiritual deles, posto que continuavam sendo perseguidos. Por isso, ele mandou
Timóteo para servi-los "em benifício da [sua] fé". Como ministro do evangelho, o trabalho
dele era de fortalecer os irmãos e encorajá-los a não se deixarem abalar por causa do
sofrimento (3:1-3). A tribulação faz parte da vida cristã, e Timóteo precisava lembrá-los disso
para que não desistissem na luta contra "o Tentador" (3:3-5; veja Filipenses 1:29-30; 2
Timóteo 3:12). Paulo lhes mandou Timóteo porque sabia que a pregação do evangelho é a
única coisa capaz de dar ao homem o que é preciso para resistir a todos os ataques do diabo
(veja João 8:31-36; Efésios 6:10-18).
Consolados pelas boas notícias (3:6-13). Quando ele voltou da Tessalônica, Timóteo trouxe
melhores notícias do que haviam esperado. Visto que os irmãos continuavam firmes em
Cristo, Paulo podia sentir alívio mesmo no meio de sua própria tribulação (3:6-8). Notemos
que consolação e paz em Cristo não são o resultado de uma vida sem persegui-ções, e sim
de uma vida cujo foco é o Senhor e o bem-estar dos servos dele (veja Filipenses 4:4-9; 1
Timóteo 2:1-4).
Sobremaneira alegres com estas notícias, Paulo e os outros reagiram com constantes ações
de graças a Deus, pedindo ainda mais que Deus lhes concedessem maneira de estarem
todos juntos novamente (3:9-11). Além das ações de graças, Paulo pediu que Deus ajudasse
os tessalonicenses a continuarem crescendo em amor, a fim de que fossem inteiramente
prontos para a vinda de Jesus (3:12-13).
O que Timóteo fez para ajudar os irmãos a ficaram firmes no meio das suas
perseguições? (3:1-5)
Como Paulo se sentiu ao saber que os irmãos estavam firmes? (3:6-8) Qual a reação
natural dele a estas notícias? (3:9-13)
Da santidade (4:3-8). O ensino do evangelho visa a vontade de Deus para nos santificar (4:3;
veja 1 Pedro 2:4-5, 9-10). "Santificar" (e assim, "santo," "santidade," etc.) literalmente quer
dizer "separar", e significa que Deus, pelo evangelho, separa do mundo para salvação as
pessoas que lhe obedecem (veja Hebreus 5:9; 2 Tessalonicenses 2:13-14; 1 Pedro 1:14-16).
Quem é santo se disciplinará na vontade de Deus em todos os aspectos da sua vida, mas
aqui Paulo fala explicitamente de santidade nas relações sexuais. A ordem de Deus é que o
cristão não participe de prostituição, ou seja, relações sexuais antes de casar ou com quem
não é seu cônjuge (4:3).
Estas não são meras recomendações de Paulo baseadas na ética ou na moralidade, e sim
são mandamentos de Deus, visando a disciplina e a santidade do corpo e da mente, pois até
"o desejo de lascívia" não cabe a pessoas que conhecem a Deus (4:4-5). O cristão se
afastará da sensualidade do mundo, sabendo que Deus vai julgar toda impureza, quer seja
pública, quer seja em particular (4:6-8; veja Hebreus 4:12-13).
Do amor fraternal (4:9-12). Nunca é possível amar demais, e mesmo que os irmãos já
fossem instruídos e estivessem fazendo bem na prática do amor fraternal, Paulo achou
necessário exortá-los a progredir (4:9-10). Ele lhes deu exemplos de como aplicar o amor em
suas vidas: vivendo sua própria vida de maneira que não perturbassem a outros (veja
Romanos 12:17-18, 13:13-14), e trabalhando para suprir as suas necessidades e as de outras
pessoas (veja Efésios 4:28), para que não viessem a ser um peso a ninguém (4:11-12).
Qual o mandamento de Deus acerca de relações sexuais? Como isto se aplica também à
mente cristã? (4:3-8)
Acerca dos que "dormem" (4:13-18). A morte é um assunto que assusta quase todos. Mas
a Bíblia afirma que Cristo veio para destruir "aquele que tem o poder da morte, a saber, o
diabo" e livrar "todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda
a vida" (Hebreus 2:14-15). A palavra do Senhor foi revelada para que pessoas não fossem
desconhecedoras dos planos de Deus (4:13; veja 1 Coríntios 12:1). Os irmãos
tessalonicenses conheceram e aceitaram a palavra, e não faria sentido eles encararem a
morte com o desespero daqueles que não conhecem a Deus (veja 4:5). Por isso, Paulo, assim
como fazia Jesus, trata os mortos como "os que dormem" (4:13-15; veja Marcos 5:39; João
11:11-14). Essa descrição é bastante consoladora, pois realça que a morte é um estado
temporário. Assim como quem dorme acordará, também quem está morto ressuscitará (veja
João 5:24-29; 1 Coríntios 15:21-22). A morte e a ressurreição de Jesus são a garantia disso
(4:14). Posto que no último dia todos serão ressuscitados, Paulo fala aqui apenas dos "mortos
em Cristo", ou seja, daqueles que morrem obedientes a Jesus (4:16). O verdadeiro consolo é
que a morte física dos fiéis não tira deles o galardão. De fato, quando Cristo voltar, eles
ressuscitarão primeiro e virão em sua companhia para buscar os fiéis que ainda vivem (4:14-
18).
"Vigiemos e sejamos sóbrios" (5:1-11). Muitos perdem seu tempo "estudando" os "sinais
dos tempos" para determinar exatamente quando o Senhor voltará. Estes trabalhos são
geralmente espetaculares e assustadores para quem não conhece a Bíblia. Porém, a palavra
de Deus deixa claro que o Senhor virá "como ladrão de noite", quando as pessoas menos
esperam (5:1-3; veja Mateus 24:42-44). Assim como o ladrão não avisa quando vai chegar, é
certo que também não haverá avisos sobre quando Cristo voltará.
Portanto, Paulo aconselha os irmãos a viverem sempre preparados como "filhos da luz e
filhos do dia" (5:4-7; veja João 12:35-36). Quem obedece a palavra anda na luz, como Cristo
andou (veja 1 João 1:5-7), sempre vigilante e sóbrio (5:6-8). A vida do cristão é uma vida de
passos deliberados e não apenas uma vida à deriva. O cristão, pelo estudo honesto da
palavra de Deus, vai se revestir de fé, amor e esperança, a fim de "alcançar a salvação
mediante nosso Senhor Jesus Cristo" (5:8-9). Assim, quem anda na luz terá a esperança
de estar com Jesus seja na vida, seja na morte (5:10-11).
Por que Paulo disse que os mortos "dormem"? (4:13-16). Como temos certeza que eles
"acordarão"? (4:14,16).
Já que ninguém sabe quando o Senhor vai voltar, qual a responsabilidade dos "filhos da
luz"? (5:4-11).
Ajudar pessoas que têm dificuldades (5:14-15). Nem todos os membros de uma
congregação serão espiritualmente maduros, e alguns até precisarão de atenção imediata. Os
insubmissos, por exemplo, deixam de andar de acordo com o ensino do evangelho e isto
influencia a congregação toda. É necessário admoestá-los para que entendam o perigo do
pecado e não contaminem os outros com sua rebeldia (veja 1 Coríntios 5:1-6). A luta contra o
pecado é dura, e às vezes haverá quem se desanime. Devemos consolar estes com a
lembrança da esperança eterna, para que não desistam de vez (veja 4:13-18; 5:11; Hebreus
12:1-13). E alguns, por serem novos na fé ou por não terem crescido como deviam, serão
mais fracos e precisarão de bastante ajuda dos outros membros para que cresçam além das
suas fraquezas. Pois, a igreja é um corpo, e não funcionará bem se seus membros não são
fortes e saudáveis (veja 1 Coríntios 12:25-26).
Ao lidarmos com essas necessidades especiais, devemos ser pacientes, e nunca devemos
"corrigir" alguém por motivo de vingança, mas somente por causa da preocupação com as
suas almas (5:14-15; veja Tiago 5:19-20).
A vida constante (5:16-18). Não importa a situação, o cristão terá sempre motivo para
regozijo, oração e ações de graças (veja Filipenses 4:4-13). Estas coisas são a reação natural
na vida de quem tem a salvação em Cristo Jesus (veja Salmo 51:10-15).
Acerca das profecias (5:19-22). A palavra de Deus foi revelada pelos apóstolos e profetas
no Espírito (veja Efésios 3:3-5). É a responsabilidade de cada pessoa aceitar o que vem de
Deus e rejeitar o que é do mal. Há necessidade, então, de julgarmos tudo que aprendemos
para que possamos fazer a vontade de Deus com discernimento (veja Hebreus 5:13-14). A
única maneira que temos para julgar o que pessoas nos ensinam sobre Deus é de compará-lo
com a palavra do Espírito que já nos foi confirmada na Bíblia (veja Hebreus 2:1-4; 1 João 4:1;
2 João 9-10).
Como devemos tratar pessoas que nos admoestam pela palavra? (5:12-13)
Dando graças pelo crescimento deles (1:3-5). Na primeira carta Paulo e seus
companheiros oraram pelo crescimento da fé e do amor dos tessalonicenses (1
Tessalonicenses 3:11-13). Portanto, ao começar a segunda carta, agradecem a Deus pela
maneira que ele já estava respondendo a estas orações nas vidas dos irmãos (1:3). Mesmo
em meio a muita perseguição e tribulação, a fé e o amor deles continuava crescendo de tal
forma que Paulo podia usar estes irmãos como exemplos perante as outras igrejas que ele
visitava (1:4; veja 1 Tessalonicenses 1:6-10; 2 Coríntios 8:1-5). Paulo disse que tanto as
provações quanto a confiança destes irmãos eram provas de que Deus é justo e que os
estava preparando para o seu reino (1:5). De fato, enquanto muitos evitam a todo custo o
passar por tribulações, a Bíblia ensina que elas são úteis, e que fazem parte do crescimento
espiritual (veja Tiago 1:2-4). Não que o cristão deva procurar ou provocar tribulação na sua
vida ou na dos outros (veja Romanos 12:17-18), mas a própria vida de piedade traz
perseguição para pessoas convertidas que ainda habitam um mundo dominado pelo mal (veja
João 17:15-16; 2 Timóteo 3:10-13; 1 João 3:13).
Dando graças pelo reto juízo de Deus (1:6-10). Muitos se desesperam ao ver pessoas que
não buscam a Deus se dando bem nesta vida enquanto as que o buscam em verdade sofrem
(veja Salmo 73:2-13). Porém, Deus a tudo vê e a justiça dele é verdadeira (veja Hebreus 4:12-
13). Paulo consola os irmãos com a lembrança de que a justiça de Deus trará alívio para eles
e tribulações para aqueles que agora os perseguem "quando do céu se manifestar o
Senhor Jesus com os anjos do seu poder", ou seja, no dia de julgamento (1:6-7). Neste dia
Deus há de tomar "vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não
obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus" (1:8). Ele é justo em assim fazer, porque
todos foram criados para buscá-lo, e porque ele enviou seu Filho para os chamar por meio do
evangelho (veja Atos 17:24-31; 2 Tessalonicenses 2:13-14). No julgamento Deus fará clara
distinção entre os justos e os injustos, expulsando os rebeldes da sua presença eternamente
e sendo glorificado na obediência e na fé dos santos (1:9-10).
Oração que glorifiquem e que sejam glorificados (1:11-12). Em vista da justiça eminente
de Deus, Paulo e os outros continuam orando ferverosamente a favor dos irmãos, para que,
ao passar por tudo, sejam cada vez mais preparados (1:11). Assim, quando Cristo vier para
julgar, ele será mostrado justo - glorificado pela obediência destes irmãos que se mantiveram
fiéis apesar das tribulações, e glorificando-os com o alívio eterno da graça da sua presença
(1:12; veja 1:6,9).
Passar por tribulações é prova de que uma pessoa não é fiel a Deus? (1:3-5)
Portanto, os irmãos não deveriam se abalar ou se deixar enganar. Em vez disso, deveriam
lembrar-se de tudo que Paulo já havia lhes ensinado (2:3-4). Muitos continuam até hoje
perturbados desnecessariamente acerca da volta do Senhor porque dão ouvidos a fábulas e
histórias fantásticas quando deveriam estudar e praticar o que foi revelado pelos apóstolos.
Paulo estava confiante que tudo que os irmãos precisavam saber ele já havia revelado (2:5-6).
A operação do erro (2:7-12). Paulo os lembra de que as forças do mal continuarão operando
ocultamente no mundo ("o mistério da iniqüidade") até mesmo a volta do Senhor. Então tudo
será exposto ("revelado") e o Senhor destruirá com facilidade os que praticam o erro (2:7-8;
veja 1:6-10; Mateus 7:21-23).
Mesmo que o Senhor seja capaz de destruir com seu sopro as forças de Satanás, não
devemos imaginar que sejam fracas e facilmente vencidas por nós. Paulo disse que o erro
que opera no mundo é "segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e
prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça..." (2:9-10). A Bíblia ensina que
Satanás é um mentiroso que se aproveita de qualquer astúcia para enganar os fiéis. Cientes
disso, cristãos precisam de muito cuidado para não caírem no engano. De fato, Deus sempre
deu ao seu povo avisos sobre falsos sinais e profecias (veja Deuteronômio 13:1-5; 2 Pedro
2:1; 1 João 4:1). Paulo mostra claramente que os que se perdem são aqueles que "não
acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2:10). Portanto, para não cair no
engano do poder de Satanás é preciso muito mais de que apenas conhecer a verdade na
palavra de Deus - é necessário amar a verdade, praticando-a completamente!
A palavra de Deus é suficientemente simples para convencer a todos os que querem acreditar
na verdade (veja João 7:17). O problema do pecado não vem pela falta de inteligência, e sim
pela falta de vontade de agir de acordo com a verdade. Para pessoas que não querem aceitar
a verdade, Deus permite que a mentira seja bem convincente (2:10). De fato, os que rejeitam
a verdade de Deus perdem o discernimento, e acreditam nas mentiras absurdas que Satanás
cria no mundo (veja Romanos 1:18-32). Todos nós seremos julgados pelo que fazemos com a
verdade (2:11; veja João 12:47-48).
Deus os escolheu (2:13-14). Paulo chama os irmãos de "amados pelo Senhor" (2:13). De
fato, Deus ama a todos e deseja a salvação de cada um (veja João 3:16 e 1 Timóteo 2:3-4),
mas Paulo se refere aqui ao amor especial que Deus tem pelos que se tornam
verdadeiramente seus filhos pela obediência ao evangelho (veja João 1:12; 1 João 3:1). Estes
amados foram escolhidos por Deus "desde o princípio para a salvação". O Senhor fez o
plano para salvar os homens obedientes, como estes, mesmo antes de ele formar o mundo
(veja Efésios 1:3-5).
A salvação que Deus planejou vem "pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2:13).
Deus é santo e exige que os que se aproximam dele também sejam santos (a palavra santo
quer dizer "separado"; veja 1 Pedro 1:14-16). Quem ama a verdade não anda como o mundo,
pois o mundo age pelo erro e pela mentira. Assim, Deus santifica quem pratica a verdade
(veja João 17:17).
Portanto, é necessário conhecer a verdade para poder praticá-la. O Senhor revelou toda a
verdade por meio do evangelho, e por ele chama todos à obediência (2:14; veja Romanos
1:16-17; 1 Pedro 1:22-25; etc.). Quem obedece ao evangelho será ressuscitado e glorificado
com Jesus, para estar eternamente na presença de Deus (veja Romanos 6:3-9, 8:18-23; 2
Coríntios 4:16-18; etc.).
O dever dos escolhidos (2:15). Como temos visto, o mero conhecimento da verdade não é o
suficiente para a salvação, pois Deus santifica quem pratica a verdade. Assim, Paulo enfatiza
para os irmãos tessalonicenses a necessidade de continuar com toda firmeza nas "tradições
que vos foram ensinadas" (2:15). Devemos entender que as tradições religiosas dos
homens são fortemente condenadas por Jesus (veja Mateus 15:1-20). Aqui, porém, Paulo usa
a palavra para descrever tudo que ele pessoalmente ensinava. Quando Paulo ensinava em
cada lugar, e escrevia as cartas mais tarde, ele falava a verdade de Deus em Cristo Jesus
(veja 1 Coríntios 2:1-2 e 12-13, 14:37). Como ele ensinava a mesma coisa em todas as igrejas
(veja 1 Coríntios 7:17, 16:1; Gálatas 1:1-2; Colossenses 4:16; etc.) e os irmãos praticavam o
que Paulo os ensinava, a verdade de Cristo se tornou a "tradição" na prática dos santos.
A oração pela firmeza dos escolhidos (2:16-17). Deus provou seu amor pelos santos lhes
entregando, pela sua graça, a palavra que dá "eterna consolação e boa esperança" (2:16).
Sendo que os irmãos têm se mostrado fiéis à palavra, Paulo ora para que Deus possa
Ajuda pela oração (3:1-5). Para escapar do juízo, é necessário conhecer a Deus e obedecer
ao evangelho (veja 1:8). Consciente disso, Paulo pede que os tessalonicenses orem a favor
de seu trabalho. Antes ele elogiou o exemplo deles em propagar a palavra (veja 1
Tessalonicenses 1:6-10). Agora pede as suas orações para que possa pregar com a mesma
coragem e fé (3:1). Antes ele ensinou que Deus julgará os que perturbam os servos fiéis (veja
1:6). Agora pede orações para que os "homens perversos e maus" que rejeitam a fé não
impeçam que ele pregue livremente (3:2; veja Atos 17:1-5, 10-13).
Mesmo que alguns desprezem o evangelho, o Senhor se mantém fiel. Assim, os que aceitam
e continuam na palavra serão espiritualmente confirmados e protegidos contra o diabo, a fim
de conseguirem maior amor e firmeza no Senhor (3:3-5; veja Filipenses 4:4-9).
Ajuda pela correção (3:6-18). Enquanto alguns são rebeldes contra Deus por ainda não
haverem ouvido e reconhecido a palavra da verdade, há outros que se rebelam mesmo
depois de se converter ao Senhor. No caso destes, é preciso mais do que apenas oração.
Paulo ensina que é necessário se separar de "todo irmão que ande
desordenadamente" (3:6). A palavra "desordenadamente" é uma palavra militar que
descreve um soldado que não segue as instruções do seu comandante, ou que marcha fora
da ordem dos outros da sua companhia. As instruções que dão ordem são "a tradição que
de nós recebestes", ou seja, a palavra do evangelho que Paulo pregou, junto com o próprio
exemplo dele (3:6-9; veja 2:15).
publicamente e afastando-os do grupo fará com que sintam vergonha dos seus pecados.
Assim, com as advertências contínuas dos irmãos em amor, a esperança é que eles se
arrependam e voltem a servir a Cristo (veja 1 Coríntios 5:1-5,9-11; 2 Coríntios 2:5-7).