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a liahona
FEVEREIRO DE 1961
VOL. X V — N.° 2
Ó rgã o O ficia l das M issões llra sileiras da Ig reja de Jesus C risto tios Santos dos Ú ltim os Dias
Xeste Número
CAPA
EDITORIAL
DE INTERÊSSE GERAL
SEÇÕES ESPECIAIS
REDAÇÃO
A IG R E J A R E G IS T R A E S T U P E N D O CRE SC IM E N TO EM 1960
Fevereiro de 1961
EDITORIAL
“c4 q.uilo que e
ae maior valor U
Pelo Presidente
A S A E L T. SORENSEN
Estamos agora em um n ovo ano. A o ini todos com quem estabelecer contacto. Existem
ciá-lo, cada m em bro deve empenhar-se ao má m ilhares e milhares de pessoas que aceitariam
xim o em conhecer seus deveres e então levá-los o E vangelho se o mesmo lhes pudesse ser e x
a cabo para fazer dêste ano o de m aior p ro plicado.
gresso até o presente momento. Nossa respon
M uitos ficarão curiosos de saber porque
sabilidade é canalizar o esf< ço na direção cer
você se uniu à Ig re ja de Jesus Cristo, após você
ta. Para tornarm o-nos perfeitos “ tal qual nos
inform á-los de que é batizado.
so Pai que está nos céus,” essa responsabili
Quando você com eçar a ensinar aos outros,
dade torna-se mais im portante ainda. Nós cres
a repartir com êles êste m aravilhoso teste
cemos e nos desenvolvem os espiritualmente
munho que recebeu, seu p róp rio testemunho
através da atividade e não da indolência.
crescerá, e você receberá fô rç a espiritual para
Pou co depois de ser organizada a Ig reja
suportar tentações maiores devido à sua habi
nesta última dispensação da Plenitude dos Tem
lidade de com preender as coisas que Deus lhe
pos, dois conversos estavam sequiosos de conhe
tem acrescentado. V ocê poderá ver mais cla
cer a opinião e vontade do Pai, concernente a'
ramente os maus propósitos do adversário.
êles. D esejavam saber o que fazer para a ju
dar a estabelecer êste grande trabalho entre Cada membro deve fazer o m áxim o para
os homens. Dirigiram -se pois ao jovem P ro interessar seus am igos, parentes, conhecidos e
feta Joseph Smith e lhe pediram que pergun estranhos, na grande mensagem da Restaura
tasse ao Senhor. Êle o fêz e recebeu duas re ção do E vangelho de Jesus Cristo.
velações que podem ser encontradas em D ou Os m issionários podem ser convidados a
trina e Convênios, seções 15 e 16. Devem os d i visitar aquêles que você tenha conseguido in
rig ir nossa atenção para o versículo 6 de cada teressar, para que então, mais organizadamen-
uma dessas revelações; “ E agora, eis que Te te os ensinamentos do E vangelhos lhe sejam
digo, que a coisa de m aior va lor para ti será ministrados. Os membros podem trazer seus
declarar arrependim ento a êste povo, a fim de amigos e apresentá-los aos missionários ou pre
que possas trazer almas a Mim e descançar com encher um cartão com o nome e enderéço da
elas no Reino de Meu P a i” . queles com quem estabeleceram contacto, a fim
Esta então deve ser a responsabilidade de de dá-lo ao Presidente do Ramo que o passará
cada membro da Igreja. R eferente ao mesmo aos missionários.
assunto,, o Senhor falou mais tarde a todos os Em nosso entusiasmo de trazer novos mem
membros da Ig reja , na Seção 88:81, “ e todo o bros para a Ig reja , devem os ser obedientes aos
que fô r prevenido deverá prevenir seu vizin h o” . mandamentos do Senhor para que não batize
Isto não é apenas responsabilidade daqueles mos ninguém indignam ente. Que ninguém
que foram chamados para servir com o missio seja batizado senão depois de haver se arrepen
nários, a fim de prevenir o povo, mas o Senhor dido de seus p e ca d o s ! A lém disso, como man
declarou que é dever de todo membro conver damento à Igreja, com respeito ao modo de ba-
tido e batizado, prevenir seu vizinho, ou seja ( continua na página 60)
A L IA H O N A
UMA ÂNCORA
SEGURA
NA VIDA
Com a palavra o nosso querido Presiden rágrafos anteriores do mesmo capítulo, mas
te D avid O. M cK ay. outros mais sábios, aplicam êste dizer a tôdas
Dr. Taylor, membros do corpo docente, as coisas que constituem a vida m ortal do h o
distintos convidados do interior e membros do mem. Eu gostaria de aplicar estas simples
corpo estudantil da Universidade de Brigham palavras do Salvador, que foram expressadas
Y oung: durante Sua existência, às nossas vidas indivi
E star na presença de mais de sete mil es duais.
tudantes desta grande instituição, é sem d ú vi Jesus não falou somente ao número redu
da uma alegria inacreditável, e ao mesmo tem zido das pessoas que o seguiam, mas a tôda a
po uma responsabilidade sem limites. Sinto- humanidade. Sendo assim, adotarem os esta ad-
me em ocionado com o p rivilégio de poder reu moestação, nesta manhã, para aplicá-la a nós
nir-me com vocês neste consagrado exercício. aqui reunidos na U niversidade, e também ;
P ouco antes de partir de L a go Salgado, todos os jo v e n s : procurando-se primeiramente
telefonei ao Presidente W ilkinson. Quando o Reino de Deus e Sua justiça, com tôda a fé,
lhe perguntei com o ia passando, êle respondeu: as outras coisas necessárias serão acrescenta
“ Estou bem, e gostaria que me dessem perm is das.
são para levantar. Transmita minhas lem bran A esta grande adm oestação, associo ainda
ças e bênçãos ao corpo docente e a todos o r os dizeres do Snr. H um phrey D avy, que certa
estudantes da U niversidade.” A s suas orações vêz e screv eu :
em fa v o r dêle foram atendidas, e coin prazer
participo a todos que o encontrei com boa saú “ Se eu pudesse escolher qual dentre tôdas as
de e disposição. Estamos profundam ente gra coisas me seria ao mesmo tem po a mais útil e
tos pelo prom etido restabelecim ento de sua a mais agradável, escolheria uma firm e cren
saúde. ça religiosa acima de qualquer outra bênção.”
Eu não tenho nada de novo para oferecer- E u m enciono isto agora, p or causa do uso
lhes esta manhã, caros estudantes, mas em meu de dois term os: “ a mais ú til” , e “ a mais agra
coração sinto o desejo de ser capaz de dizer d ável” . M uitas pessoas neste mundo p ro
algumas palavras que encorajem a alguns, se curam tornar-se úteis p or caminhos contrá
não a todos, que estão aqui reunidos. Meu te rios ao da procura do R eino de D eu s; em ou
ma poderá ser m elhor expressado nas palavras tras palavras, a vida se divide em dois gran
do Salvador quando decantava as m aravilho des p la n os; o animal e o espiritual. Se você
sas beatitudes ou seja, a felicidade perene. No abrir os olhos e olhar em derredor, verá que
fin al do sexto capítulo de Mateus, que regis a m aioria do povo procura os prazeres e coi
tra uma parte delas, Êle disse: “ Buscai p ri sas agradáveis do m undo animal em vêz do
meiramente o Seu Reino e Sua Justiça, e tôdas espiritual. Com todo o coração, caros estudan
estas coisas vos serão acrescentadas. (M a tes, após muitos anos de experiência, com an
teus 6:33.) A lguns coínentaristas aplicam siedade e conhecim ento lhes digo, que utilida-
“ estas coisas” às virtudes m encionadas nos pa- (continua na página 66)
Fevereiro de 1961 41
em psicologia infantil, sendo no entanto um
fracasso com o pai.
Em última análise, o pai ideal é aquele
Por que desenvolve os atributos para ser um gran
de “ construtor de gerações futuras.” O que
W . Cleon Skousen significa que êle não é egocên trico e egoísta,
mas que cultivou a vontade de investir dinhei
Chefe da Polícia de ro, energia, treino e tempo em benefício da
Salt Lake City queles que irão continuar sua vida e herdar a
terra.
“ 0 0 M 0 DEVE SER UM P A I”
•
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vés do vidro e espanta-se com o éco de sua p ró te mal para com o chefe da casa. Uma vêz de
pria voz no corredor silencioso. baixo da enorme sombra da patado urso êle
A enferm eira volta-se e procura, curvan tem o seguinte pensamento : “ Papai é um gran
do-se finalm ente diante de um bercinho espe de camarada, mas não mexa com êle” . Ele sa
cial que tem um nome de fam ília. Ela descobre be que uma conversa lisonjeira amolece a ma
o pequenino pacote m ágico e eis aí a realidade, mãe, mas nem sempre o papai. “ Quando o pa
um bebê, um verdadeiro bebê vivo. A en fer pai fica bravo, u p a !” Êste lembrete é bom
meira gentilm ente ergue cada uma das delica para um menino que está crescendo. Fará com
das mãozinhas e depois cada um dos pézinhos. que êle sinta que seu pai se preocupa com êle
Enquanto o jovem pai olha atravéz do v i o suficiente para que se incom ode. Se o papai
dro, não pode deixar de observar com cuidado fô r razoável, o menino sempre apreciará esta
cada traço frá g il — os olhos, o nariz, os lábios, maneira de agir.
o queixo, os dedinhos das mãos e dos pés. É O cavalo que puxa a carroça aparece quan
realmente um m ilagre. De repente surge do do tôdas as manhãs o papai levanta-se da me
vácuo cósm ico a assustadora mensagem. Ela sa e diz “ É hora de tra b a lh a r!”
o atinge bem na testa com o que fôra uma ba Um menininho sente que esta ocupação do
tida de m artelo de 10 libras. A mensagem d iz : papai, sempre indo para o trabalho é um abor
“ Ó! rapaz, você é p a i!” recim ento. Êle e o papai poderiam divertir-se
Naturalmente êle já sabia; pelo menos sa tanto se papai ficasse em casa.
Êste desejo de ter o papai com o com pa
bia de maneira abstrata e intelectual. Mas
através daquele vidro tudo é diferente. Em nheiro de brincadeiras vem do sentimento de
silêncio diz a si mesmo “ Ora essa, é a pura que êste grande cam arada que dirige a fam í
v e rd a d e !” lia é exatamente a coisa mais colossal que ja
mais aconteceu. Êle é um super-homem. Êle
Assim o manto da paternidade cai sôbre
anda a cavalo, atira com espingarda, jo g a bem
seu jov em coração. Nos dias, meses e anos que
golfe, faz nós de escoteiro, arruma um peneu-
se seguem, esta história de ser pai torna-se ca
m ático, corta ataduras, corta cabelos, e quan
da vêz mais rea l; à m edida que a fam ília cres
do é preciso tira dentes. A lém disso tudo, êle
ce. Em vêz de um só existem dois, talvez três,
tem dinheiro em grande q uan tid ade; pelo me
quatro ou ainda mais. E com cada bebê que
nos êle tem mais do que os meninozinhos.
surge, aparece um novo capítulo “ de com o tor
Não é pois de se admirar que um menino
nar-se um pai m elhor.” Cada filh o é diferente,
que tem êste tipo de pai possa im aginar que
e o pai encontra-se na situação de quem está
seu pai surraria qualquer outro pai da redon
fazeudo um curso em casa, “ aprenda fa zen d o” .
deza, talvez do mundo inteiro.
Entretanto, êle acha que o papel de pai ein
Porém , infelizm ente, êste sonho heróico lo
realidade com bina bastante com sua im agina
go se devanece. Com o passar do tempo, o jú
ção secreta. N ão é tão d ifícil com o parecia an
nior vem a conhecer a verdade. Êle acha que
tes. Êle aprende que a m elhor maneira de re
seu pai é uma pessoa adorável e admirável, p o
solver problem as de fam ília é simplesmente
rém seu jô g o de golfe não é bom. Êle também
“ encará-los” . Uma vêz que êle tenha estabele
não se intim ida tôdas as vêzes que vê um vea
cido o fa to “ de resolver as coisas” , geralm en
do, mas bem que venderia sua espingarda.
te descobre que cada enigma é mais fá cil de
Êle pode andar a cavalo, mas vai socando em
se resolver do que havia antes im aginado. Con
cima dêle se o bicho correr um pouco mais de
sequentemente, quando alguém lhe pergunta
pressa. Há algumas provas de que êle conse
com o êle se tornou um pai bem sucedido, res
guiu muitas medalhas com o escoteiro, porém
ponde um tanto enigmáticamente, “ Ó! eu rea-
agora só dá os nós que aprendeu em seus co r
mente não sei bem com o f o i ; talvez trabalhan
dões de sapato. Êle sabe concertar um peneu-
do para êsse f im !”
m ático, mas tem o seu seguro a fim de não fa
zê-lo. Quanto ao lutador, êle se porta com o o
“ COMO SE MOSTRA UM PAI AOS OLHOS homem mais calm o e p acífico da cidade. E êle
DO FILHO PEQUENINO” não é tão rico também, com o o testemunha seu
recente pedido de verificar o cofrin h o de seu
Os meninos têm sua opinião própria sô próp rio filh o.
bre os pais. Para a maioria dos meninos o pai Se o pequeno jovem soubesse que seu pai
parece uma com binação de um urso grande, um fica muito feliz e aliviado de ser tirado do pe
cavalo de carroça e um super-homem. O urso destal. Dava-lhe m êdo fica r no pedestal onde
grande só é evidente em ocasiões especiais seu filh o, adorador de heróis, o havia colocado.
quando o jú n ior descobre que agiu solenemen (continua na página, 61)
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do e sofreu a ignom ínia da cru cifixã o ■— mais questionar os ensinamentos de outras igrejas e
uma agònia espiritual do que sofrim ento f í clam ando nova revelação.
sico. Êle está agora, quase vinte séculos após. John Stuart Mill, em seu difundido en
infinitam ente acima de todos os outros, em saio sôbre a liberdade, disse: “ Não posso dei
grandeza moral, e é adorado p or milhões com o xa r de adicionar a êsses exem plos do peque
o Filh o Unigênito de Deus, o Salvador do no relato com umente feito da liberdade hu
Mundo. mana, a linguagem da perseguição direta que
Êsses dois e muitos outros, em seu tem a imprensa dêste país representou ao publi
po, foram rejeitad os pelos contem porâneos, car notícias contra o notável fenôm eno do
porque ousaram questionar a crença corrente, M orm onism o.”
inconform ando-se com o estado das coisas na Mais adiante, êle chamou atenção para
época, sendo pioneiros em novas paragens do o fato de que essa perseguição estava longe
pensamento e de ensinamentos. de ter, de algum m odo, feição do princípio
Felipe B rooks lem brou-nos que há diver de liberdade, mas era uma direta infração a
sas naturezas de tolerância. M encionou seis, êsse princípio, sendo um mero acorrentamen-
com o seguem : to de metade da com unidade e uma emancipa
Primeiro — a tolerância da pura in d ife ção da outra, da reciprocidade de obrigação en
rença. Podem os ser tolerantes porque não tre si.
nos im porta, porque o assunto em pauta não A H istória nos mostra que não só indiví
nos afeta. duos ou pequenos grupos, mas também govêr-
Segundo — a tolerância da diplom acia, nos e organizações religiosas têm sido culpados
Podem os ser tolerantes p or con clu ir que per de cruel intolerância contra os que são diferen
deríamos mais do que ganharíamos com baten tes dêles. A assim chamada “ igreja universal”
do o homem ou a medida. recorreu a violentos atos de intolerância e che
Terceiro — a tolerância pela incapacida gou aos m aiores extrem os nas tentativas de
de de defesa. Podelmos ser tolerantes porque obrigar a aderência ao credo tradicional. Pela
reconhecem os que o inim igo domina o campo, perseguição, tortura, expulsão e a extermina-
e a resistência seria inútil. ção daqueles a que chamavam “ h erejes” , ela
procurou su focar indagações e investigações,
Quarto — a tolerância do puro respeito
com o se à fo g o e espada os homens pudessem
ao homem. Podem os ser tolerantes porque res
ser com pelidos a professar a doutrina certa. E.
peitamos até mesmo o direito que um homem
um fa to interessante, é que aquèles mesmos
tem de pensar errado, pois concordam os com
que sacudiram o ju g o dêssa igreja, não perm i
o que V oltaire escreveu aos H elvécios: “ Eu
tiram diferenças em opinião religiosa, tão logo
desaprovo com pletam ente o que vocês dizem,
ficaram estabelecidos. O poder ilim itado mui
mas defenderei até à m orte o seu direito de
dizê-lo.” tas vêzes gera a intolerância e leva à tirania.
A vida cristã é sempre uma com binação de
Quinto — a tolerância da simpátia espiri
firm eza, con vicção pessoal e generoso respei
tual. Podem os ser tolerantes por sentirmos
to pela opinião alheia. A dedicação à liber
um com panheirism o espiritual com o homem
dade e sua defesa, nunca requereu nem ju s
cu jo propósito é bom, embora sua suposição
tificou a quebra do segundo mandamento, de
seja falsa.
amar o nosso próxim o. Um cód igo divino foi
Sexto — a tolerância de uma ampla visão dado por revelação, para guiar a todos que
da verdade. Podem os ser tolerantes porque exercem a u to rid a d e :
chegam os à conclusão de que a verdade é “ Nenhum poder ou influência pode ou de
mais larga do que a concepção que qualquer ve ser exercido p or virtude do sacerdócio, a
um faz dela, mesmo quando somos o único
não ser que seja com persuasão, com longâ-
homem em questão.
nim idade, com mansuetude e ternura, e com
A s três prim eiras são mesquinhas, as úl
com amor não fin g id o ;
timas são m agníficas.
“ Com benignidade e conhecim ento puro,
Os prim eiros membros da Ig re ja M órm on
que grandem ente ampliará a alma sem hipo
foram forçad os a beber da taça am arga dos
crisia e sem dolo.
preconceitos e da intolerância. Sofreram m o
“ R eprovando às vêzes com firm eza, quan
tins, foram expulsos de suas casas e p rop rie
do m ovido pelo E spírito S an to; e depois, m os
dades, espancados, aprisionados, banidos e al
guns dêles, inclusive seus líderes, foram m or trando um amor m aior p or aquêle que repre-
tos; a acusação contra êles era a de não se endeste, para que não te ju lgu e seu in im igo;
rem das igrejas tradicionais, se atrevendo a (continua na página 51)
Fevereiro de 1961 45
O FUTURO TRI-DIMENSIONAL
DO HOMEM
E scrito pelo Dr. Carl J. Christensen,
D iretor de Pesquisas da U niversidade de
Utah, e membro da Deseret Sunday S chool
Union — C orpo Adm inistrativo.
A s atividades do homem em tempos idos, do homem, o qual, pela Torre de Babel, tentou
eram restringidas a uma só superfície — uma elevar-se da superfície da terra, porque p rova
região bi-dimensional. A inda não se com pleta velmente, a razão da tentativa era tola. Con
ram quinhentos anos desde que êle verificou tudo, Êle perm itiu ao homem a 4 de outubro
que esta superfície era antes uma tôsca esfera de 1957, coloca r um satélite dentro da órbita.
de dimensões modestas, e portanto bastante li Isto representou a conquista de tremendas d i
mitada em tamanho. Durante os últim os cin- ficuldades tecnológicas, das quais as conse
coenta anos mais ou menos, êle tem tido conta qüências ainda não foram inteiramente avalia
to privado com a terceira dimensão, de cima das. Essa data poderá ser considerada com o
e de baixo, conseguindo penetrar duas milhas uma das grandes datas da história humana,
de profundidade terra à dentro, levado pelaa talvez mais im portante do que 12 de outubro
asas da sua própria im aginação, com o “ Beel de 1942.
N -2” . Elevou-se também na atm osfera, até 23,8 Presentemente, esta nova liberdade dentro
milhas acima do nível do mar. E ntretanto, da terceira dimensão nos aterrorisa e am edron
êsses contatos com a terceira dimensão têm si ta ; talvez p or ter ela sido conseguida com o
do insignificantes, quando com parados com as conseqüência do desenvolvim ento de uma ter
infinitas distâncias do universo. A B íblia nos rível arma de guerra, a qual, literalm ente, faz
conta que o Senhor opôs-se a uma tentativa cair fo g o do céu — quando entregue nas mãos
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de homens astuciosos e m aus; mas apesar de quando o com bustível reage quimicamente com
tudo, podem os acreditar que os bons propósi oxigên io ou outra substância quím ica similar.
tos do Criador serão alcançados p or interm é Os fogu etes se tornarão cada vêz mais p odero
dio dêste tem ível e n ovo instrumento. sos e mais eficientes a m edida que a química
encontrar meios para concentrar mais e mais
Para o mundo, o im pacto do acontecim en
energia dentro da estrutura quím ica dos com
to de colocarem na órbita o prim eiro satélite
bustíveis. Consequentemente, m uitos químicos
feito pela mão do homem, poderá ser m elhor
estão se em penhando na empresa de criar n o
apreciado quando se reparar que a palavra rus
vos com bustíveis de conteúdo super-poderoso, e
sa “ Spu tn ik” integrou-se nos dicionários de
podem os esperar o aparecim ento de substâncias
muitas línguas, no espaço de quarenta e oito
químicas novas e extranhas, criadas para com
horas depois de os russos terem colocad o o
fogu ete em sua órbita. A reação do mundo em bustíveis destinados a foguetes. Quando a quí
mica criar um com bustível com energia por
relação a êste acontecim ento é mais notável
unidade de pêso, dobrada à que se encontra
quando se v e r ific a : 1) que o homem conhece
em com bustíveis com uns, retendo-o eta sua es
os princípios da construção de um fogu ete des
trutura química, o homem não terá grande d i
de que os chineses construíram o prim eiro,
ficuldade de enviar um fogu ete espaço afora,
usando pólvora com o propelente, no segundo
mesmo além do sistema solar. É quase certo
século da Era Cristã, e 2) que a natureza da
que tais com bustíveis serão produzidos. De
órbita de um satélite é plenamente com preen
fa to os quím icos estão mesmo sonhando com
dida desde que Sir Isaac N ew ton publicou sua
com bustíveis que retêm em sua estrutura
“ P rin cip ia” , em 1684. Ésse princípio de m ecâ
quím ica dez vêzes mais poder p or pêso uni
nica dos corpos celestes já é estudado pelos j o
vens que fazem o curso de física do ginásio. dade de com bustível.
A pesar de tais princípios serem conhecidos Em 1684, Sir Isaac N ew ton ensinou que
de há muito, a coloca çã o de um satélite con s um corp o em m ovim ento continua em seu ca
truído pelo homem não era esperada pela hu minho a menos que haja influência de uma f o r
manidade. Parece que ela, tàcitam ente, supôs ça externa, com o por exem plo a gravitação. A
ser esta uma façanha apenas possível a Deus fô rça da gravidade faz com que um satélite
em sua Criação. Talvez assim, muitos de nós desvie-se do caminho reto, fazendo uma curva
estejamos já com eçando a com preender as coi geom étrica chamada elipse. P ode ser demons
sas tremendas que o C riador planeja para exe trado que êsse afastam ento é aquêle que de
cutarmos, com o seus filh os espirituais.
Em têrmo, sim plificados, o fogu ete é uma
câmara de gás em pressão elevada, com uma
só saída, chamada tubo de descarga, pelo qual
o gás corre em alta velocidade. Muitas pessoas
experim entaram o coice de uma arma após um
tiro. Uma arma de fo g o atirando uma rápida
seqüência de tiros daria uma seqüência de co i
ces os quais, se assaz frequenfes, assemelhar-
se-iam a uma pressão constante. Assim, de veríam os esperar se o satélite estivesse caindo
certa maneira, uma arma de fo g o seria um f o livrem ente em direção ao centro da terra. Por
guete. A s balas, no caso de foguete, são extre causa da velocidade anterior do satélite em sua
mamente numerosas e excessivamente peque órbita, cham ada velocidade orbital, temos a
nas, partículas de matéria as quais os quím icos impressão errônea de que o satélite está sem
denominam moléculas. Cada uma delas, con pre caindo em direção à terra mas nunca che
form e se arremessa pelo tubo de descarga do gando.
foguete, aplica à máquina um coice em dire Uma curva orbital, a qual é também uma
ção op osta; uma bala faz a mesma coisa ao elipse*, pode ser desenhada fàcilm ente, co lo
deixar o cano da arma. Tal mecanismo é sim
ples. O sucesso do invento que colocou o f o * O assoalho do Tabernáculo de Salt Lake City apro
xima-se a uma elipse e a estrutura do prédio é a metade
guete Sputnik dentro da órbita, fo i o bem-cui- de uma “ elip soid” de revolução. A natureza da super
dado mecanismo, e o controle dos com bustíveis fície assim produzida é tal que se alguém deixar cair
que contêm grandes quantidades de energia um alfinete na cabeça de um dos “ f o c ii” , o som é re
fletid o em parte no segundo “ f o c ii” . Isto explica o f a
abrigada em sua estrutura química, da qual a
moso “ fenôm eno do a lfin ete” no Tabernáculo, o qual é
energia se desprende para esquentar as m o fam iliar a muitos.
léculas emergentes e colocá-las sob alta pressão, (continua na página 64)
Fevereiro de 1961 47
Câóa
Fevereiro de 1961 49
maneceudo dois dias e duas noites, durante 09 F oi essa a últim a vêz que falei com o P re
quais nevou incessantemente. sidente Y oung. Êle m orreu em agosto seguin
A tempestade cessou ao terceiro dia, mas te. A certeza de que 0 Senhor e seu servo ha
uma grossa camada de neve cobria tudo em viam aceitado meu labor até aquela ocasião,
redor. A fom e e 0 fr io haviam desgastado fo i de grande con forto para mim.
tanto nossos cavalos que concluím os ser me Na prim avera de 1877 desejei form ar uma
lhor terminar a viagem pelo sul, fora das m on plantação. D escobri que 0 terreno havia sido
tanhas. Três dias depois atingim os 0 lado tão dividido nos arredores de Kanab que a par
ensolarado de uma colina, onde havia abun te que era considerada m inha estava quase
dância de grama para nossos animais. Para sem valor. Eu semeei um pouco de trigo, mas
êles havia bastança, mas para nós 0 limento fo i um fracasso.
escsseava. Um dia, em agôsto, ju n tei um pouco de
D entro da rota, encontraríam os os supri sementes, e parti para 0 m oinho, uma milha
mentos para o retorno, mas agora, abando e meia acima de Kanab, no Canyon. Pelo ca
nando 0 curso estabelecido, não era possível minho encontrei um homem correndo, com ins
encontrar mais nada. truções para que eu partisse imedatamente
Chegamos a um cam po m ilitar chamado para 0 território navajo, com 0 S h eriff Fouts,
Camp Apache, e pedim os mantimentos. Foi- de R ich field. Um crim inoso escapara da ca
nos recusado, pois transgrediria ordens ex deia, e esperava-se que preveníssemos sua fu
pressas do govêrno. Nós apelamos para 0 Snr ga.
llea d , que mantinha uma carga de vivandeiro, Tirei os cavalos do carroção, tratei com
explicando nossa situação. Êle era de parecer um outro homem para que beneficiasse meu
que não deveríam os viajar sem dinheiro. cereal, e em pouco tempo estava a caminho da
Eu orei ao Senhor para que suavizasse o travessia do Colorado.
coração de alguém, a fim de que pudéssemos F oi lá que soubemos pela prim eira vêz da
obter alimento, e voltei a falar com o Snr. vêz da m orte do Presidente Y oung.
Ilead, explicando-lhe que éramos de U ta h ; que Constatamos que 0 fu g itiv o perseguido não
ao sair de casa não esperávamos encontrar havia ainda atravessado p or ali. Pareceu-nos
oportunidade de gastar d in h eiro; que em lu de bom alvitre visitar a agência M oquis, e fa
gar disso, leváram os bastança de provisões as zer preparativos para garantir sua prisão se
quais haviam sido deixadas nas montannas, aparecesse naquela parte do território. V ia ja
para nos utilizarm os delas 11a viagem de re mos umas cento e cinqüenta milhas para les
torno. A gora, com o não poderíam os seguL' te, nos dias quentes de agôsto.
pelo mesmo caminho para casa, devido à ne Passando pelas aldeias M oquis, encontra
ve, se êle nos fornecesse o suficiente para al mos o p ovo fazendo muito alarido para atrair
cançar nossos lares, nós lhe enviaríam os o pa a chuva que lhes salvaria as colheitas. Êles
gamento. espalharam farinha pelas trilhas que levavam
“ O h” , disse êle, “ vocês são m órm ons, não a suas la vou ra s; as mulheres vestiam-se de
s ã o ! De que precisam para chegar até em branco, e sentavam-se no topo de suas casas,
ca sa?” olhando para 0 chão através de uma abertura
Êle então nos perm itiu levar 0 necessário. particada 11a manta que envolvia sua cabeças.
A tin gin do a travessia do Colorado, a sul Outras pessoas circunvagavam com fisio
de St. George, descobrim os que a farinha e a nomias solenes, para induzir o Grande Pai de
carne que la deixáram os haviam sido usados, todos, com o diziam, a enviar chuva. Fazendo
mas obtivem os algum trigo que com em os cozi assim, acreditavam êles que 0 Grande Pai teria
do durante quatro dias, ou seja até a chegada a mais presteza em apiedar-se dêles, atendendo
St. George. seu pedido.
F orneci ao Presidente Y ou n g um relato da M uitos se dirigiram a mim, pedindo que eu
viagem , e conversei ainda bastante tempo com orasse para atrair chuva, afirm ando que eu
êle, que me d isse : costum ava auxiliar os Piutes a chamar chuva,
“ Eu conheço a sua história. V ocê deu à e êles se consideravam tão dignos de minlias
Ig re ja e ao llein o 0 prim eiro lugar em seu co preces quanto os Piutes.
ração. Isto é direito. Não há maior dom do Eu exerci tôda a fé que pude encontrar
que êsse. Se existem homens que tenham lim em mim para seu benefício, a fim de que não
pado suas vestes do sangue desta geração, eu sofressem privações. Em tôdas as suas aldeias
creio que você é um dêles, e poderá obter tô caiu, 11a noite seguinte, chuva em abundância.
das as bênçãos que se destinam ao homem, 110 R etornando da agência M oquis, encontra
tem plo.” mos as populações sentindo-se bem. Êles a fir
50 A L IA H O N A
maram que havia caído chuva suficiente para Se êste pequeno livro prestar testemunho
assegurar-lhes uma boa colheita de milho, fe i disto à geração vindoura, eu me darei por sa
jã o e abóbora. N ós notam os que em suas al tisfeito.
deias e nos arredores havia chovido muito, mas
em ambos os lados o terreno estava sêco e
poeirento.
Em meu retorno a casa, descobri que a
plantação de outono que havia com eçado so
frerá por demais a sêca para que eu pudesse
ainda fazer qualquer coisa, mas com as bênçãos
do Senhor, pude p rover as necessidades de m i
nha fam ília.
Esta me parece ocasião propícia para en
cerrar a narrativa dos incidentes de minlip
vida.
De maneira simples forn eci os dados para
a pena do Irm ão Little, com a esperança de qu<
sua publicação possa ser um testemunho a m ui
tos, da verdade do evangelho, e do p oder de
revelação a todos os que buscarem os sussurros
do E spírito Santo.
Eu desejo que esta narrativa testemunhe
a quem possa atingir que o Senhor não é ne
gligente no cum prir as promessas que faz a
Seus filhos. Minha vida inteira, desde que
abracei o evangelho, com prova êsse fato.
Fevereiro de 1961 51
humanos e espirituais vão diretamente ao cen mos humildemente, é a mais im portante m en
tro da vida individual e social, do local e do sagem que já veio ao mundo desde a Ressur
m omento, com a constante lem brança dos efei reição e a A scenção do Salvador. Isto pode
tos de tal vida na outra que virá após ela. Sua parecer a alguns uma declaração extravagan
organização nos últim os dias fo i precedida pelo te, mas se refere à visita do mesmo ser glori-
furacão devastador da denúncia ao sectarismo fica d o que ascendeu aos céus com seu corpo
e aos credos da época, e à proclam ação de uma ressuscitado, na presença de seus seguidores e
nova revelação de Deus. A crítica às crenças de anjos os quais prom eteram que Êle volta
e mitos tradicionais tem sido muito mais rece ria novamente. Êle apareceu aos homens, no
bida com perseguição do que com argumentos nosso tempo de preparação para sua prom eti
sonori . da segunda vinda, e virá para ju lg a r e rei
nar com o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Quando Jesus estava na terra, êle fr e
D eclaram os que Deus interveio nos as
qüentemente se defrontava com objetores e
suntos dos homens em antecipação à batalha
aparteadores que, olhando para o passado, ape
final contra as hostes dos Hades, os A nti-C ris
lavam para a lei de Moisés. Sua característica
tos, que estão organizados e preparados para
visão do futuro era, “ Ouviste o que fo i dito
batalhar contra a religião, contra Deus e to
aos a n t ig o s ... porém eu vos d igo q u e . . . ”
dos os princípios de amizade, justiça, am or e
Em outras palavras, Êle falava com autorida
tolerância, pelas quais o Salvador morreu.
de divina. Estava preocupado com o que nós
A o lado desta declaração de fé num Deus
somos com o indivíduos, com a ordem social, e
pessoal e sua proxim idade a êste mundo, está
com o estabelecim ento do Keino de Deus na
a nossa reafirm ação da doutrina bíblica de
terra, fase preparatória para a vinda do Reino
que o homem fo i criado à imagem de Deus e
dos Céus. Êle convidava os ouvintes a porem
tem portanto um estado divino em potencial,
à prova pela experiência real, os seus ensina
com capacidade para viver e p rogredir para
mentos, dizendo que se algum homem fizesse
sempre. Cremos na dignidade essencial do h o
a Sua vontade, conheceria a verdade da dou
mem, e em que êle fo i intencionalm ente cria
trina. Esta é uma promessa contínua para
do pelo Senhor com o ser livre, e não um es
todos os homens, em tôda a parte.
cravo de outros homens ou nações.
Num espírito de amizade e fraternidade, Nunca devem os entregar-nos à crença de
pedim os aos nossos ouvintes que considerem que o homem é um ob jeto sem alma, feito para
com espírito de oração a nossa mensagem, sub servir a uma máquina ou a um estado. C re
m etendo nossa doutrina à mesma prova que mos que essa liberdade é, depois da própria
Jesus propôs, e prometem os que ficarão saben vida, o mais precioso dom. De fato, o homem
do se nossa doutrina é D ivina ou apenas hu tem coragem de sacrificar sua própria vida
mana. para salvar e preservar a liberdade.
Cremos na im ortalidade da alm a; cremos
Resumindo, a mensagem do M ormonismo que a m orte é necessária à vida, uma parte
é a de que o Deus de A braão, de Isaac e de dela, sua continuação, e não o seu fim ; os h o
Jacó, é o verdadeiro Deus, o Messias do N ovo mens que guardam os mandamentos de Deus,
Testam ento; de que a versão do Rei Tiago, da não precisam ter mêdo da m orte, pois iremos,
Bíblia Sagrada, é realmente a palavra de Deus, com o disse Tennyson, encontrar nosso Guia
e de que Jesus de Nazaré é de fato o C risto; face a face, quando aquêle que nos tirou do
de que as profecias narradas na Bíblia, con cer abismo volta r e nós tiverm os “ atravessado a
nentes aos últimos dias, estão agora em fase de linha.”
cu m prim ento; de que uma nova dispsnsação Dá-nos paz, ó Sen h or; a paz que vem da
do Evangelho fo i dada aos homens e de que com preensão, da tolerância e da fra tern id a d e;
o Reino de Deus está agora divinam ente o r do amor ao nosso próxim o e do teu amor, Se
ganizado na terra, preparando-se para a vin nhor. V enha a nós o Teu reino e Tua vontade
da do Reino dos Céus. Esta mensagem, se seja feita assim na terra com o nos céus, em
fô r verdadeira, e da sua veracidade testifica nome de Jesus Cristo. Amém.
52 A L IA H O N A
S e u .
O D O N TO LA N D O NA M ISS Ã O B R A S IL E IE A DO lizados aqui na própria capela. E quem fo i a prem ia
SU L da? Ora, f o i a Irm ã Antonieta, e a ela parabéns e
felicidades.
Nestes últimos mêses o ramo recebeu muitos novos
membros, ou seja futuros membros. Estão em jú b ilo
os lares dos seguintes irm ãos: Sr. e Sra. João P. Telles,
com o nascimento de N en ildo; Irm ã Therezinra F ran
ça, com o nascimento de Viviane, e Sr. e Sra. Dalvo
Baldocchi, com Ester L u cilia ; nossa irm ã M aria Dias
Lopes é vovó de duas lindas meninas, e a irmã H ilda
é a feliz mãezinha.
A todos os irmãos, abraços dos S .U . D . de R ibei
rão Preto e votos de um feliz 1961 com muitas bênçãos
de nosso P a i Celestial.
M aria A parecida Bueno
PÔRTO A L E G R E
F oi com grande satisfação que recebemos a noticia N o dia 14 de novembro fo i realizado o Baile Auri-
da colação de gráu do nosso irm ão Daniel Samways, do verde. Tom aram parte os três ramos porto-alegrenses
Kamo de P on ta Grossa, com o odontolando pela F a cu l e o de Canoas, tornando-o assim bastante concorrido e
dade Estadual de Farm ácia e O dontologia de Ponta envolto numa atm osfera de tão grande harmonia e hos
Grossa. O irmão Daniel Samways sempre f o i um San pitalidade, que talvez o mais insensível dos não-mem-
to dos Últimos Dias exemplar, o qual tem ocupado na bros a tenha notado.
Ig re ja as mais diversas posições de liderança e respon Pa ra salão tivemos a Sociedade Libanesa, uma das
sabilidade, sempre procurando cumprir suas designações melhores de nossa capital, e o conjunto Quitadinha que
da melhor m aneira possível e dentro do espírito do é bastante conhecido
Evangelho.
, P or motivos como êstes é que sentimos a presente
alegria de poder comunicar através desta revista o su
cesso não só espiritual mas também cultural e intelec
tual que nosso estimado irmão tem alcançado.
Demonstrando seu grande espírito, o irmão Daniel
Sanvways aceitou seu chamado para ser missionário de
tempo integral ( j á era missionário loca l) e iniciará êste
trabalho grandioso em princípios de fevereiro de 1961.
Extendemos um convite aos jovens da missão para
ae mirarem nos exemplos individuais do irmão de P on
ta Grossa. Certamente nosso P a i Celestial está con
tente com a sua obra.
A o irmão Daniel Samways e à sua fam ília as nos
sa mais sinceras congratulações.
A Missão Brasileira do Sul
Fevereiro de 1961 53
G E N E A L O G IA
Súplica do â M o r t o A
Um dos mais gloriosos princípios do evangelho de “ Centenas de nomes haviam acabado de chegar, e
Jesus Cristo é o da salvação de nossos mortos. aquilo que lhe f o i dito por aquelas pessoas se cumpTiu.
A im portância dêsse trabalho f o i salientada pelo Podem im aginar a extensão da alegria que dominou
Presidente Anthon H. Lund, em 1919, quando era P r i seu coração, e que testemunho recebeu de que o Senhor
meiro Conselheiro do Presidente H eber J. Grant. Na desejava que se fizesse aquela o b r a ? ”
inauguração do templo havaiano êle relatou a seguin O homem que recebeu essa visitação era meu b i
te história: savô, George Farnworth. Êle nasceu a 24 de jan eiro
“ Lembro-me de que certo dia, no templo de Man- de 1819, e morreu a 11 de julho de 1903. F o i batizado
ti, um irmão de Mount Pleasant dirigiu sua carroça na Ig r e ja a 30 de outubro de 1853 e depois deixou a
para lá, a fim de tomar parte nos trabalhos. A o pas In glaterra com sua espôsa e filho. Am bos morreram
sar pelo cemitério de E fraim , de manhã cedo, êle Viu na viagem , em St. Louis, Missouri. Êle atravessou as
à sua frente uma enorme m ultidão, e se pôs a im agi planícies em carroção e se estabeleceu em Pleasant
nar com o poderia ser aquilo. Porque tantas pessoas Grove, Utah, em 1855. Em 1859 êle e sua segunda es
estariam ali? E ra cêdo demais para funerais, pensou. pôsa, M ary Jane Allan, se mudaram para Mount P lea
Dirigindo-se para o local, várias pessoas vieram até êle sant. Enquanto lá permaneceram, ocorreu a experiên
e lhe falaram . ‘ E stá indo ao tem p lo?’ , inquiriram. cia relatada pelo Presidente Lund. P or aquela época
“ ‘ S im ’ . o Presidente Lund estava na presidência do Tem plo de
‘ “ P ois bem, êstes que você vê aqui são seus p a M anti, que acabava de ser dedicado, e o Irm ão F arn
rentes, e desejam que você fa ç a o trabalho por êles. ’ worth e sua espôsa com pareciam freqüentem ente às
“ ‘ S im ,’ fo i a resposta, ‘ mas eu h oje estou indo a sessões de lá.
fim de terminar a minha obra. N ão consegui mais no Preserva-se em nossa fam ília o relato escrito por
mes, e não conheço os nomes dêsses que você diz serem meu bisavô dessa impressionante entrevista. Tais f o
meus parentes. ’ ram as suas palavras:
“ ‘ Mas ao chegar h oje ao templo, você descobrirá “ Sanpete County
que existem registros que dão os nossos nomes. ’ “ 16 de ju lh o de 1888
“ Êle fico u surpreendido, e os observou até que to H o je de manhã, mais ou menos às 10 :00 horas,
dos desaparecessem, seguindo depois com a carroça. viajan do entre P igeon H ollow e o cem itério de E fraim ,
Quando entrava no templo, o registrador Farnsworth senti uma sensação muito extranha, tal com o nunca
se dirigiu a êle dizendo, ‘ A cabei de receber registros me havia antes dominado. D ebaixo dessa influência
da Inglaterra, os quais pertencem a v o cê .’ prossegui, olhando para diante. Parecia que bem à
54 A L IA H O N A
por Loi.i Anno Farnworth*
minha frente estava uma vasta multidão de homens; “ E sta é a minha sincera oração, ‘ Deus me ajude
iogo adiante, à direita estava postado um possante ho a fazer o que puder por êles! ’
mem . . . Êle acenou com a mão direita, e disse,
“ GEORGE F A R N W O R T H .”
“ ‘ Êles são seus parentes, todos nós temos estado
esperando, esperando e esperando que seu templo se
A o penetrar no tem plo, no dia seguinte, o regis-
completasse. Êle agora já f o i dedicado e aceito p or
nosso P ai, e você é o nosso representante. Nós espera trador, Moses Franklin Farnsworth levou-lhe os nomes
mos que fa ça por nós aquilo que não podemos fazer que haviam acabado de chegar da Inglaterra, sô
sozinhos. V ocê teve o privilégio de ouvir o evangelhd bre a fam ília Farnworth, alguns dêles atingindo mes
do Filho de D eus; nós não temos bênção tão gra n d e.’ mo a antigos tempos. George era seu representante
no auxiliá-los a alcançar a perfeição. Êsse homem e sua
“ Exatamente então eu olhei para êles e vi que
fam ília foram fié is no cumprimento das ordenanças tem-
eram todos homens, parecendo-me estranho não iden ti
plárias em b enefício daqueles mortos.
fica r mulheres. Procurei reconhecer alguns dêles, mas
não conhecia ninguém. Estava então pensando, ‘ Como Tal experiência de meu bisavô fo i sempre uma
poderei descobrir seus n om es?’ quando pareceu-me ou maravilhosa inspiração para todos nós. V ocê pode ava
vir uma voz a meu lado que dizia. liar a alegria com que prestou seu testemunho ao mun
“ ‘ Quando fô r requerido, isto lhe será dado a co do!
nhecer. ’ A in da existem selamentos a serem feitos, e estamos
“ Olhando para êles pensei pois, ‘ Serei digno de planejando com pletá-los tão logo que possível, reunin
a ju d á -lo s ?’ E bem naquele momento as lágrim as cor do os nomes em grupos fam iliares completos.
riam por minhas faces. N a humildade de minha alma M uitas pessoas nesta terra têm parentes queri
exclamei, ‘ Deus, a ju d a -m e !’ e em voz alta, ‘ Deus sen dos aguardando que essa obra seja fe ita em seu bene
do meu ajudador, farei tudo o que p u d er.’ Pareceu-me fíc io e eu oro de todo o coração para que todos te
como se tôda a m ultidão dissesse a uma só voz, nham um desejo m aior de pesquisar os antepassados,
‘ A m ém ’ . Eu j á não podia mais me conter, e chorei al sendo unidos a êles nos laços do selamento, de form a
to limpando as fa ces e os olhos. D epois de me co n que quando nos puzermos diante do trono de Dsus para
trolar olhei para a frente, e j á todos haviam desapare. sermos ju lgados, Êle possa dizer, “ Bem está, servo bom
cido. e f ie l; sôbre o pouco foste fiel, sôbre muito te coloca
“ Chegando a E fraim sentia-me tão exausto, que rei: entra no gozo do teu senhor.”
precisei atar minha, carroça e descançar, antes que pu
desse prosseguir para Ma-nti. * Estudante da Universidade de Brigham Y oung
Fevereiro de 1961 55
a tu ír a .* ! »
Pergunta: Que evidências apresentamos
para fundam entar a prim eira visão de Joseph
Smith, a fim de p rova r a verdade de sua histó
ria, e que êle não fo i enganador nem enganado ?
MiiBcoiiiain
palmente nos detalhes. E xistem alguns p or
menores ligados à visão de Joseph Smith, que
a muitos podem parecer de pouca im portân
cia, sendo mesmo desconsiderados por vários
membros, porém que encerram vital e dom i
nante im portância.
EU
o Credo de Nicéa, considerando a Deus com o
uma essência ou p oder invisível, no u n iv erso;
muitos, se não todos declaram que êle não tem
paixões, é im aterial e que o Pai e o Filho são
meras expressões de um mesmo Deus ou su
prema influência governativa de poder. Era
GOSTARIA
crença com um nos dias do p rofeta Joseph
Smith, que Cristo tinha sido uma m anifesta
ção de Deus na carne, mas que depois de Sua
ressurreição, Êle perdeu o corpo e fo i novamen
te absorvido na essência, poder ou espírito
“ im aterial” , que preenche o universo.
DE
N ão é razoável supor que Joseph Smith,
aos quatorze anos de idade pudesse ter loca li
zado o êrro desta doutrina que lhe tinha sido
ensinada religiosam ente antepondo-se a ela ao
afirm ar o que não era verídico. O mais natu
ral seria que declarasse, ao retornar do bosque,
que tinha visto um anjo. Além disso, era mui
SABER
to p ou co provável que êle afirmasse ter-lhe d i
to o m ensageiro que todos os mestres e ensina
mentos religiosos estavam em desacordo com a
verdade divina. Presum ivelm ente êle diria
que o mensageiro o instruirá a juntar-se a al
guma das seitas religiosa em con flito, e se êle
esperasse, o Senhor o chamaria mais tarde para
com eçar uma nova religião. Porém jam ais te
ria declarado que dois personagens gloriosos
lhe apareceram e ordenaram que não se afilias
se a qualquer das crenças e igrejas existentes.
Não há dúvida de que tal coisa era o
que mais longe estava de sua mente quan
JOSEPH F IE L D IN G S M I T H Jr. do se dirigiu ao bosque, e isso êle expressou
P residente do Conselho dos Doze mais tarde. Joseph não teria ousado sair da
entrevista declarando que tôdas as crenças e
Responde à sua pergunta igrejas estavam erradas. A inda que m uito jo -
6 A IilA H G N A
vem, êle possuia discernim ento suficiente para F o i o Filh o quem perguntou o que êle que
com preender que tal afirm ativa teria sido fa ria e fo i o F ilh o quem respondeu. Se Joseph
tal, e apenas atrairia condenação sôbre :>i. Smith fôsse culpado de fraude e mentira, nun
Sem qualquer dúvida deve-se deduzir que ca teria im aginado êste incidente, nem o rela
quando Joseph Smith saiu para orar, tinha taria desta maneira. É m uito provável que êle
idéia de que algures a verdade divina poderia ivesse dito que o Pai lhe perguntara o que de
ser encontrada. Se êle astutamente tivesse p er ' ejava, e que o p róp rio Pai lhe havia fo rn eci
petrado um plano, não ousaria enfrentar c do a resposta. Se Joseph Smith tivesse volta
mundo religioso com tal história de que rece do com uma afirm ação assim, todo o mundo,
beu uma visitação de ambos, o Pai e o Filho. se não fôsse por sua ignorância das coisas ce
Conform e todos os ensinamentos que até ali lestiais, teria sabido, que êle era culpado de
havia recebido, é evidente que tal pensamento fraude, apesar de ter acertado com uma gran
deveria ser o que mais afastado estaxa de sua de verdade perdida pelo m undo em relação às
mente. Era revolucionário demais e discorda personalidades distintas do Pai e do Filho.
va de todo o mundo religioso, tanto católico A inda aqui, o relato de Joseph Smith harm o
com o protestante. Êle poderia ter afirm ado niza-se com a verdade Divina.
que o Filho de Deus lhe aparecera, mas mes Talvez não seja necessário, demonstrar
mo isto ainnda é coisa rem ota considerando-se aqui, pelas escrituras, as distintas personalida
a crença universal. des do Pai e do F ilho, mas vejam os uma ou
duas citações para com provar a harmonia entre
a visão de Joseph Smith e os fatos conform e
TÔDAS A S R E V E LA Ç Õ E S VÊ M A T R A V É S revelados no N ovo Testamento.
DE CRISTO
No batismo de Jesus, lem os:
“ E, sendo Jesus batizado, saiu logo da
Eis aqui um outro detalhe relativo à visão,
água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu
que o profeta não poderia ter conhecido e que
o E spírito de Deus descendo com o pom ba e
não é em geral com preendido nem mesmo en
vindo sôbre ê l e :
tre os membros da I g r e ja : Quando A dão es
tava no jardim do Ed^m, gozava da presença “ E eis que uma voz dos céus dizia: Êste
de Deus, nosso Pai Eterno. Depois da queda é o Meu Filh o amado, em quem me com prazo.”
êle fo i expulso da presença do Pai, que se re (M at. 3:16-17. V e ja também João 12:29.)
tirou de A dão, e quando nasceram-lhe filhos, “ Ouvistes que Eu vos disse: V ou, e venho
êstes também foram excluídos da presença do para vós. Se me amásseis, certamente exul-
Pai. Então, de acôrdo com as escrituras, Je taríeis por ter d ito : V ou para o P a i; porque
sus Cristo tornou-se o advogado de A dão e seus Meu Pai é m aior do que E u .” (João 14:28.)
filhos, e também seu m ediador, estando entre “ Disse-lhes Jesus: Não me toques, p or
a humanidade e o Pai Eterno, pleiteando por que ainda não subi para Meu Pai, mas vai
nossa causa. (I João 2 :1. D. & C. 29 :5 ; 110 - A ) . para Meus irmãos, e dize-lhes: Subo para Meu
(1 Tim. 2 :5 ; Heb. 9:15.) Desde aquêle tempo Pai e vosso Pai, e para Meu Deus e vosso Deus.
foi Jesus Cristo quem dirigiu seus servos na (Joã o 20:17.)
terra e deu revelação e direção aos profetas. “ E eu já não estou mais no m un do; porém
Se Joseph Smith fôsse um enganador e tivess? êles estão no m undo, e eu vou para Ti. Pai
por qualquer processo m aravilhoso achado santo, guarda em Teu nome aquêles que me
uma grande verdade perdida entre as brumas deste, para que sejam um, assim com o nós.
da apostasia, nunca teria afirm ado que o Pai (Joã o 17 :11.)
lhe apresentara o Filho, ordenando-lhe que d i Estas e dezenas de outras passagens de
rigisse a Êle suas perguntas, e que fôra o Filho monstram a separação entre as pessoas do Pai,
quem forn ecera as respostas. Qual fo i a nar do Filh o e do E spírito Santo. Somente a apos
ração que êle fêz ao ministro com o qual tinha tasia e a rejeição das doutrinas de Jesus p o
amizade? Ei-la aqui em suas próprias pala diam coloca r o m undo em tal estado de escuri
vras : dão. A ocasião havia chegado, nos dias de
“ . . . V i duas personagens cu jo brilho e Joseph Smith, o P rofeta, para que se cum
glória não podem ser descritos, de pé diante prissem as predições dos profetas com a in
de mim no ar. Uma delas me falou, chaman trodução da Dispensação da Plenitude dos Tem
do-me pelo nome, e disse, apontando para a pos. (Para m aior evidência, veja as obras de
outra — Êste é Meu Filho A m ado. O u ça-O ! Orson P ratt.)
(Pérola de Grande V alor — Joseph Smith Traduzido por
2:17.) R odolpho A lberto Reader.
Fevereiro de 1961 57
SflCGRDÓCIO n o s miSSÕGS
IDE VÓS, OS MENSAGEIROS DA GLÓRIA
T odo homem que possue o Sacerdócio de cerdócio e serem agentes do Senhor, têm uma
M elquizedek tem ao mesmo tem po um privilé responsabilidade especial concernente ao tra
gio especial e uma obrigação solene no tocante balho m issionário organizado da Igreja.
ao grande program a missionário da Igreja. O sacerdócio é o poder e a autoridade de
Como agentes do Senhor — irmãos que Deus delegados ao homem na terra para agir
têm Sua autorização para agir em Seu nome em tôdas as coisas pela salvação da hum anida
na salvação dos homens — qual é nossa obri de. Quanto aos não-m em bros da Ig reja , uma
gação missionária? das coisas principais que se lhes deve fazer
B bem conhecido que todo membro da para conduzi-los à salvação é pregar-lhes o
Igreja , m oço ou velho, macho ou fêm ea, pos evangelho. E o trabalho missionário organiza
suidor ou não do sacerdócio, tem a obrigação do da Ig re ja é m antido pelas organizações do
de pregar o evangelho e tentar atrair outros sacerdócio.
à Ig reja . “ . . . e todo o que fô r prevenido de Falando das responsabilidades dos oficiais
verá prevenir o seu vizin ho.” (D. & C. 88:81.) da Ig reja de continuar em seus campos res
Nas águas do batism o o n ovo converso as pectivos de designação, disse Joseph Sm ith:
sume a obrigação de fazer determinadas coi “ A pós tudo que tem sido dito, o dever maior
sas com o preparativo à recepção das bênçãos e mais im portante é o de pregar o evangelho.”
do Senhor. No que concerne ao trabalho m is (H istory o f the Church, Y ol. 2, p. 478.)
sionário, a linguagem do convênio batismal Presentemente êsse trabalho missionário
estipula : “ . . . servir de testemunhas, afron organizado é desenvolvido através de missões
tando até a m orte, para serdes redim idos p or parciais, estacas e missões integrais. Os distri
D eus, e serdes contados entre os da prim eira tos dentro dads missões integrais, têm também
ressurreição, para terdes a vida eterna.” (M o- program as m issionários que são análogos aos
siah 1 8 :9.) adm inistrados na estacas.
Onde, pois, se localizam os quoruns do sa
O Presidente D avid O. M clvay sugeriu du
cerdócio nêsse grande program a m issionário?
rante uma recente conferência geral, que todo
E o que deveriam fazer para abreviar a sua
membro da Ig reja deveria trazer um converso
efetiva e gloriosa realização?
a cada ano.
Tal procedim ento de esforço missionário Dentre outra scoisas, todo quorum do Sa
não exige chamada especial, nom eação, ou de cerdócio de M elquizedek — élderes, setentas
signação pela im posição das mãos. Os m em bros e sum o-sacerdotes — deveria ter um progra
da Ig reja têm automàticamente a obrigação de ma positivo, bem organizado e incluindo
repetir a mensagem da restauração a outros. pelo menos os seguintes assuntos:
Os irmãos podem bem convidar os conhe 1. Instruir m em bros do quorum para ser
cidos não-membros para jan tar ou se reunirem viço eficiente em missões distritais e integrais.
em seu lar, e então ensinar-lhes o evangelho. Parte do program a regular do quorum é
Mais proveitoso ainda é ler o L ivro de M órm on estudar o evangelho. Todos os membros do
para pessoas não-membros. Nos trens e ônibus, quorum devem participar das aulas regulares
no trabalho e nos campos atléticos, em clubes do sacerdócio. Os élderes e suas esposas de
e unidades sociais, em casa e no estrangeiro, veriam receber aulas em noites de semana e oá
“ em todo lugar que esteja,” aquêles que têm quoruns em preenderão p rojetos para que seus
testemunho do evangelho devem usar tôda membros leiam o L ivro de M órm on e os ou
oportunidade aproveitável para relatar a his tros livros padrões da Ig reja . Deveriam ser
tória de Joseph Smith e a restauração e ex realizadas reuniões nos lares de membros ina
plicar os princípios básicos do plano de salva tivos com o parte do program a de reativação
ção. no sacerdócio da Igreja , e com o sub-produto
P or serem metmbros batizados, os possui dessas reuniões, os dirigentes adquirirão e x
dores do Sacerdócio têm essa obrigação cons periências de trabalho missionário.
tante e básica de fazer trabalho missionário 2. F orn ecer trabalhadores à vinha.
extra-oficialm ente e sem nomeação especial. Os élderes dignos e qualificados, cujas cir
Mas além disso, pela razão de possuírem o sa cunstâncias o perm itirem , deverão servir com o
58 A L IA H O N A
missionários, tanto em casa com o no estran 4. E m preender p rojetos para criar espí
geiro. Um procedim ento permanente é que rito missionário e percepção entre os Santos
todo jovem elder digno e qualificado receba em geral.
o privilégio de servir com o missionário inte E n coraja r as fam ílias a com eçar contas
gral. Os irmãos mais idosos poderão ser cha particulares para o sustento de seus membros
mados juntam ente com as suas esposas, saindo em missão. Induzir os membros de quoruns
também a converter e ensinar aos novos ir e os demais a incluir sempre, nas suas orações
mãos, nos pequenos ramos, a form a por que de fam ília 0 pedido de que seus filhos possam
operam os program as da Igreja. seguir missões no devido tempo. Prom over
3. P rovidenciar assistência despedidas
financeira de missionários. Falar sôbre 0 as
sunto de vêz em quando nas reuniões da Ig re
quando necessário.
ja. P rocu rar in fu n dir nos corações de todos os
A fortunadam ente, muitos indivíduos ou
membros da Igreja , especialmente dos que es
suas fam ílias podem arcar com o fard o fin an
tão em idade pre-missionária, a consciência de
ceiro do trabalho missionário. B isso devem
que há uma obrigação de fazer o trabalho mis
fazer sempre, onde estiverem, e de tôdas as
sionário a qual repousa sôbre todo possuidor
maneiras. Os m issionários e suas fam ílias de
do sacerdócio.
vem receber a oportunidade de sacrificar seus
5. A ju d a r a integrar novos conversos.
rendim entos para o soerguim ento do reino.
Esse é um program a indispensável da Ig re
Mas há, naturalmente, ocasiões em que algu
ja . Os novos membros devem receber carinho
mas pessoas precisam de assistência. Essa as
so acolhim ento, e trabalho a fazer nas várias
sistência pode ser fornecida, quando necessá
organizações. Tôdas as pessoas devem sempre
rio, pelos quoruns do sacerdócio.
se lem brar de abraçar os novos conversos, e
Todo quorum do Sacerdócio de M elquize fazer com que a sua entrada na Ig re ja e nas
dek — élderes, setentas e sumo-sacerdotes — várias organizações seja agradável e feliz.
deve ter um fundo missionário ativo. P or meio 6. A ju d a r ativamente os que estão em
de p rojetos ou doações, ou ainda o que fô r missão.
mais apropriado, os quoruns levantarão e uti E screver cartas. E nviar presentes em di
lizarão somas substanciais 11a causa missioná nheiro. Encam inhar nomes aos missionários
ria. Se não houver necessidade urgente de para proselitism o. Reconhecer a presença dos
fundos no local, êles devem ser transmitidos missionários integrais e distritais que estão
à Prim eira Presidência para uso nas missões freqüentando a Igreja. Providenciar 0 uso de
integrais que dêle precisam. fontes batismais onde f ô r necessário.
LIÇÃO NP 3
Preparado com o suplemento à mensagem dos mestres visitantes de M arço de 1961
Fevereiro de 1961 59
mente em pregando novos truques para reali 2 — Orar em fam ília e em segrêdo. P e
zar seus desejos. Os seus m étodos são cada cado e oração, com o óleo e água, não
vêz mais sutis, sofisticados e m ortíferos. se juntam .
Êle com preende que o pecado não acon 3 — Ter certeza de que seus filhos têm
tece simplesmente p or acaso, mas sim que co com panheiros adequados e atividades
m eça com uma idéia ou um pensamento mau. boas e sadias.
Sabendo disso, êle faz da mente do homem — 4 — Tornar accessível um m aterial de
onde tais pensamentos se originam e am adure boa leitura para todos os membros
cem — o seu alvo primeiro. Um dos utensílios da fam ília. Depõe tristemente con
principais que em prega nesse assalto é a lite tra os pais, o fato dos filh os se en-
ratura obscena. velverem com literatura obscena, me
ramente porque não têm coisa me
A porn ografia é um grande negócio. De
lhor para ler.
algumas de nossas maiores cidades, transborda
5 — E stabelecer p or palavras e atos um
mensalmente o valor de centenas e milhares de
bom exem plo de viver lim po e espi
dólares de depravação impressa e fotografad a.
ritual.
Desce com o praga nas caixas postais, escolas
6 — Cuidar bem daquilo que os membros
e becos escondidos, p or tôda parte desta ter
da fam ília estão lendo e fazendo. Is
ra. Não há evidência de que nossas com uni
to não é “ espiar” , mas apenas uma
dades SUD estejam isentas dessa chuva de su
precaução delicada, perfeitam ente
jeira.
com patível com a responsabilidade
Existe uma tendência deplorável acêrca
paterna.
de tal problem a, assim com o acêrca de muitos 7 — Passar às autoridades apropriadas
outros. A tendência de considerá-lo com o sé
qualquer literatura obscena descober
rio, está certo, mas sempre “ um problem a
ta no correio ou em qualquer ou
a lh eio. . . que nunca me afetará pessoalmente,
tro lugar, e cooperar com êles de
ou à m inha fam ília.”
tôdas as maneiras possíveis.
Esta ilusão é séria, pois os m ercadores de
fuligem nos consideram a todos com o fregu e O contato com êsses materiais não pode
ses p oten ciais. . . tendo em mira particu lar de maneira alguma ser recom en d a d o: êle não
mente os adolescntes, que estão experim entan aumena a profu ndidade nem a m aturidade do
do impulsos e emoções adultas. caráter, mas simplesmente destrói aquilo que
0 que podem os nós, com o membros da é mais belo num ser humano. Os puros de co
Ig re ja e particularm ente com o pais, fazer a ração são verdadeiram ente abençoados, e é
fim de manter nossos lares livres dessa influên contra tal estado bendito que o adversário e
cia indesejável? Podem revelar-se úteis as se s?us agentes estão se debatendo através do uso
guintes sugestões: dêsses materiais. Êles atacam a mente e as
emoções, sabendo muito bem que nelas se en
1 — A centuar a im portância da pureza contra a base e o com êço de tôda palavra e
pessoal. Não há defesa mais efetiva ato mau, desde o princípio dos tempos. É
contra a porn ografia do que uma con nossa responsabilidade particular fazer com
vicção pessoal de seu êrro. que não consigam sucesso.
A L IA H O N A
fortes na fé. Êles progridem e tornam-se f o r A todos os membros do Brasil e a todos
tes defensores da verdade, em palavras e atos. os demais a quem esta mensagem alcançar,
Façam os disto nosso guia durante 1961. enviamos nossas calorosas saudações, orando
Que nós reconheçam os esta im portante respon para que o E spírito do Senhor venha habitar
sabilidade e a cumpramos. Assim nos achare em seus lares e fam ílias, no decorrer de 1961,
mos mais capazes de cum prir as outras desig e que êste ano seja realmente um ano de rea
nações recebidas no ramo ou distrito. lizações e progresso.
Fevereiro de 1961 61
se então necessário para a mãe afirm ar sua Há um certo espírito de abandono con fian
liderança e isto poderá fica r muito confuso para te que um menino adora ver em seu pai e que
um menino que procura obter um quadro do pa êle tenta imitar. Na realidade, com o um me
pel do pai na fam ília. Quando êste rapaz se ca nino eventualmente sabe, seu pai somente apa
sar, êle poderá interpretar de maneira errônea renta ser sossegado, e sua coragem é calcula
seu m odêlo de fam ília fazendo o papel de che da, não cega. A inda assim, é êste grande es
fe do mesmo m odo que seu pai fazia, isto é, pírito de aventura masculina que leva os olhos
dependendo exclusivam ente da espôsa. de um menino a brilhar e seu coração a bater.
 IM AGEM DA DISCIPLINA
62 A L IA H O N A
“ orientação do cam inho.” Faz com que o me que seu pai seja, bom ou mau, o menino geral
nino se sinta confiante e seguro se êle tem um mente procura im itá-lo. Um pai enfadonho
pai que conhece o caminho e não tem mêdo de portanto geralm ente cria um filh o enfadonho.
ajudar os outros a encontrá-lo. Um pai que bebe provavelm ente terá um filh o
que bebe. Um pai que mente terá possivelm en
te um filh o mentiroso. Um menino que vir seu
pai a roubar se ju stifica rá numa conduta se
melhante quase que imediatamente.
Tal com portam ente, em geral, provocará
revolta do pai, que então dirá a seu filh o “ fa
ça com o eu d ig o ” . Com a maioria dos rapazes
isto provavelm ente porá uma tocha acesa em
10 toneladas de TN T. Na presença do pai o
menino poderá fin g ir atender, porém quando
está sozinho, êle se vangloria de ser “ exata
mente com o o pap ai.”
É uma ordem de civilização in ferior que
os adultos forcem um cód igo de cidadania a
suas crianças, que êles próprios não praticam.
Cria um ressentimento nos corações e mentes
Liderança significa portanto tom ar tem da juventude daquela geração. Êles se sentem
po para esclarecer as coisas e antecipar p rob le
mas. Significa ter as respostas numa d ificu l
dade. E isto é im portante para um menino
para atravessar muitas crises. Naturalmente o
líder deverá ser passível de ensinamentos. Êle
deverá orientar sua curiosidade em qualquer
problem a até à base, a fim de que possa ter al
guma opinião a êste respeito. Um boin líder,
portanto, desenvolve opiniões em vários assun
tos, mas procura evitar opiniões form adas acêr
ca de qualquer um dêles. Se houver alguma
chance para aprender êle deve tornar-se um
bom ouvinte. Contudo deve form ar uma op i
nião firm e na presença dos fatos e não será
facilm ente persuadido a menos que alguém
apresente outras razões ou conclusões mais
palpáveis. Faz um menino sentir-se orgulhoso
de seu pai o fato de êle ser suficientem ente ca
paz de dizer que estava errado ou quando êle
pressionados e são fàcilm ente agitados para se
muda de ponto de vista acêrca de algo.
revoltarem con tra a sociedade adulta. Na ver
Um menino também gosta de ver a quali dade uma autoridade escreveu. “ A hora da
dade de iniciativa na liderança de seu pai.
revolução chega no m om ento em que a ju ven
Quando um grupo está estudando um p roble
tude de uma geração em particular acha a hi
ma, um menino não raras vêzes tem a im pres
pocrisia dos seus anciões totalm ente intolerá
são de que estão todos igualm ente confusos e
v e l.”
somente esperando por alguma orientação. Dá-
lhe grande orgulho o fato de ser muitas vêzes
seu pai quem parece trazer uma resposta p ro IM AGEM DA ESPIRITUALIDADE
veitosa e não tem receio de expressá-la.
O rapaz tem um espírito fam into. Êle tem
A IMAGEM D A M ASCULINIDADE a ansiedade de ouvir falar sôbre Deus e sôbre
EXEM PLAR o significado da vida. Êle deseja se sentir par
te do vasto universo do qual se sente o p ró
Um menino tende a ver em seu pai o h o prio centro. Êle gosta de ter esta explicação
mem que êle mesmo será um dia. O que quer muitas e muitas vêzes.
Fevereiro de 1961 63
Um bom pai não mandará seu filh o à igre 1 — Gênio impulsivo.
j a ; êle o levará. A m aioria dos pais não têm 2 — Im paciência.
a tendência de dar lugar em suas vidas à reli
3 — Falta de atenção ou interesse nos f i
gião adulta. Êles pensam em religião nos ter lhos.
mos da versão sim plificada que receberam
4 — Tensão nervosa.
quando crianças. Êles se recordam de que fo i
5 — Preocupação.
preciosa e querem que suas crianças tenham o
I
mesmo auxílio, mas êles não querem ir à igre i
Quando perguntaram aos jovens o que
ja com o adultos e não querem tentar com pre
consideravam com o qualidades mais im portan
ender os pontos de vista profu ndos e inspira
tes num pai ideal, quase todos concordaram
dores dos grandes exem plos espirituais com o
que três eram as qualidades essenciais: amor,
Moisés e Paulo, que nunca puderam ser com
capacidade de disciplinar e desejo de dar bom
pletamente com preendidos pelas crianças.
exem plo. Comentando o amor paternal os ra
0 pai que torna a religião um tóp ico ex ci
pazes o definiram c o m o :
tante e inspirador no lar, e orienta nos meios
“ Interêsse em seu filh o e em seus filh o s.”
da oração e da devoção será capaz de colher
os fru tos durante muitos anos. Ouve-se dizer “ Nem m uito accessível, nem muito seve
que as fam ílias que oram juntas, permanecem r o .”
juntas, e um menino que vem dêste tipo de lar, “ D esejoso de passar algum tempo com
geralmente recorda-se da fôrça que o derivou. seus filh o s.”
Há alguns anos atrás, era considerado óti
“ Firm e, porém não muito ríg id o .”
mo em psicologia, p or alguns círculos, o fato
de negar às crianças qualquer prática religio “ C om preensivo.”
sa, a fim de que elas pudessem “ escolher por “ Não um ditador, ansioso de auxiliar um
si mesmas depois de adultas.” Isto p rovou ser menino a fazer as coisas de maneira correta, em
com pletam ente errôneo. Como um técnico no lugar de somente perseguí-lo.
assunto recentemente com entou: “ É com o fa Comentando sôbre a capacidade de dar
zer com que uma criança ande nua pelas ruas disciplina, êles disseram :
até que ela mesma possa escolher suas próprias “ Fazer com que um jov em se prenda ao
roupas.” E provàvelm ente ela iria preferir que está certo.”
continuar nua.
“ Controle constante sôbre os filh os.”
O QUE DIZEM OS MENINOS À RESPEITO “ D everia ser o disciplinador e cabeça da
DE SEUS PAIS fam ília.”
“ Êle deveria falar de maneira serena, p o
Recentemente um grupo de meninos fo i rém carregar uma bengala bem grande.”
convidado a avaliar seus pais. A m aioria dê
O Sentimento geral acêrca de dar exem
les era com posta de adolescentes e a êles p er
plos fo i resumido no com entário de um dos
guntaram p rim eiro: “ Qual o traço mais carac
jovens. “ Êle deveria ser tudo aquilo que es
terístico que vocês admiram em seus p a is?” A s
pera que seu filh o se ja .”
seguintes características foram enumeradas pe
los rapazes nesta ordem :
CONCLUSÃO FINAL
1 — Am or.
2 — E xem plo.
Quase todos os pais querem ser “ pais
3 — Paciência e gênio calmo.
ideais” , mas bem poucos conseguem alcançar
4 — Bondade.
êste desejo. Paternidade ideal é uma luta eter
5 — Capacidade de Organização.
na e a m aioria dos pais se sentem capazes de
6 — Coragem.
usar uma coroa de campeão somente em breves
Em seguida perguntaram aos ra p azes: intervalos de tempo. Êste artigo é pois dedi
“ qual o traço de caráter que vocês menos adm i cado a todos os pais que estiverem tentando
ram em seus p a is?” galgar essa posição.
64 A L IA H O N A
tinta de elipse. Conform e os “ f o c ii” se distan bita se não encontrasse condições as quais es
ciam mais e mais, a elipse torna-se alon gotam sua energia, isto é, a energia dada a
gada, até que, estando os dois “ f o c ii” êle quando colocad o na órbita.** No caso do
infinitam ente afastados, surge uma outra espé Sputnik, o elemento mais im portante que des
cie distinta de curva, chamada parábola. Um gasta sua energia é o atrito que encontra ao
satélite m ovimentando-se em uma órbita para girar através cios restos da atm osfera da ter
bólica iria espaço à dentro sem nunca voltar, ra que ainda perm anecem na altitude da ór
pois a segunda atração à qual deve v o l bita. Se a órbita fica r mais distante da ter
tar-se está 110 infinito. Qualquer elipse p od e ra, com o no caso do fogu ete americano “ Ex-
ria ser uma órb ita ; p or isso, há um número in p lo re r” , então êsses resíduos de atmosfera di
finito de possíveis órbitas para um corpo sóli minuem, a porcentagem de perda de energia
do. A órbita tom ada pelo satélite dependerá do satélite também, e aquêle gira em tôrno da
inteiramente do processo orbitário. Se isso pu terra p or um período de tem po mais longo.
desse ser plenamente controlado, a órbita p o
deria ser selecionada conform e se deseja. P o A o dim inuir a energia, o satélite gradual
rém um controle com pleto é habilidade que mente cai em direção à terra em linha espiral.
ainda precisamos adquirir. Presentemente, os Finalm ente, quando êle se encontra dentro da
atm osfera, o calor do atrito se torna intenso
homens sentem-se satisfeitos em colocar um sa
o suficiente para tornar o satélite incandes
télite dentro de qualquer órbita com pletam en
cente e êsse se queima ou se evapora com o um
te fora da parte principal da atm osfera da ter
ra. m etetoro, um viajante vindo de alguma parte
da imensidade de espaço, o qual é um fragm en
0 corpo em torno do qual o satélite exe to da criação, que fo i finalm ente atraído ao
cuta sua órbita é tom ado sempre com o s?u cen cam po de gravitação da terra. E nviar um Spu-
tro em um dos “ f o c ii” da órbita elíptica. Con tinik ao espaço é um princípio m uito humilde
sequentemente, o satélite não permaneça a uma na conquista do espaço pplo homem. Porém,
distância constante da terra. A única exceção isso ainda é extremamente significativo e as
a isso seria quando a órbita é um círculo, e segura-nos que a experiência será frutífera.
isso não acontece frequentem ente, desde que
Em sua extensão ela é com parável ao desco
para conseguir essa órbita particular o p ro
brim ento da A m érica por Colom bo. Esta e a
cesso orbitário requereria muito mais p reci
próxim a geração dedicar-se-ão com m aior v i
são do que atingim os até agora.
gor à exploração e subjugação do espaço exte
Desde que a gravidade diminui a medida rior. Bilhões de dólares serão gastos. Cente
que se distancia da terra, a velocidade orbital nas ds cientistas e engenheiros de tôda a es
de um nosso satélite deve dim inuir conform e pecialidade im aginável serão requeridos nesse
êle se afasta da terra. Assim, a lua possue d esen volvim en to; tecnologias novas provavel
uma velocidade orbital menor do qua o Sputi- mente surgirão e novas sub-ciências serão cria
nik. das. Em atividades de pesquisa e desenvolvi
0 Sputnik I, quando mais perto da terra mento dessa espécie, o cientista hesita em deter
em sua órbita elíptica superficial (posição or minar prazos de novas etapas, desde que a so
bital chamada p erigee), tinha uma velocidade lução de muitos dos problem as inerentes pode
orbital de cin co milhas p or segundo. Se a ve ser protelada p or dificuldades inesperadas.
locidade tivesse sido m aior do que essa em Para os cientistas e engenheiros que atualmen
“ p erigee” , a órbita teria sido uma elipse mais te trabalham com foguetes, plenamente cientes
alongada, até que com uma velocidade orbital dos problem as ainda por ser resolvidos, parece
em “ perigee” de sete milhas por segundo a ór seguro que o desenvolvim ento será muito fru tí
bita teria passado para o espaço exterior, além fero.
dos limites do nosso sistema solar, para nunca
A m edida que nos aprofundam os 110 nos
rptornar. Isso ocorreria a menos que, p or aca
so fu tu ro tri-dm ensional, nossas vidas conti
so, passando perto de outro grande corp o do
nuam a ser preenchidas com maravilhas, como
sistema solar o satélite fôsse fortem ente in-
tem sido nos cem últim os anos, e exclamamos
flên ciado pela atração da gravidade dêsse n o
vo corpo.
Perguntaria você, “ Se o satélite gira em ** Esta energia é tremenda. Uma “ onça” de Sputnik
uma órbita fixa , p or que então êle eventual tem a mesma energia que um Cadillac rodando a 100
milhas por hora. Se alguém pudesse atirar uma bala
mente cai em direção à terra ?” A resposta é com a velocidade do Sputnik, aquela bala teria 100 vê
que o satélite giraria para sempre em sua ór zes a energia de uma bala do melhor rifle.
Fevereiro de 1961 65
com o o salm ista: “ Que é o homem m ortal para da ciência, com o é evidente no seu telegra
que te lembres dêle? e o filh o do homem, para ma ao Bispo L orin Farr, de Ogdsn, quando o
que o visites? Deseret Telegrapli fo i dedicado. Êle d isse:
“ Em meu coração eu dedico esta linha ao Se
“ Contudo, pouco menor o fizeste do que nhor Deus de Israel — para a edificação do
os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Seu reino, provando que êste e todos os me
“ Fazes com que êle tenha dom ínio sôbre lhoram entos podem contribuir para o nosso be
as obras das tuas m ã os. . . ” n efício e a glória de Deus, até poderm os nos
elevar pelo p oder do Oniponte, ds m undo para
E continuarem os a nos m aravilhar com a m undo, para a nossa mais com pleta satisfa
grande visão de B righam Y oung, desta fase çã o.”
66 A L IA T IO X A
será ensinar Ciência ou então aplicá-la em al teligência, previniu-nos de que nesta presente
guma indústria onde seu conhecim ento possa década a U nião Soviética graduará 1.200.000
ser aproveitado. Se estiver se especializando — (Um m ilhão e duzentos mil estudantes
em Engenharia, seu propósito será ensinar ou universitários em Ciências Básicas e Física,
praticar Engenharia. Seja qual fô r a p rofis enquanto que nós graduarem os apenas 900.000
são escolhida, eu os aconselho a mante (novecentos m il). Qualitativamente, 0 traba
rem uma firm e determ inação de fru tifica r den lho dos russos em ciência pura, aplicada, e en
tro dela. Lem bro-m e de uma admoestação do genharia sempre fo i e tem sido de caráter ele
Dr. W arl G. M aeser; “ Não seja um in ferior.” vado. Seria uma grande tolice imaginar que
Em tôda a extensão das atividades téc os Soviéticos ficarão atrás de nós com o pensa
nicas ou ^científicas, não há substituto para o dores abstratos, sôbre assuntos do Universo,
homem de prim eira classe. Um homem consi ou com o profissionais em t e o r ia ..
derado de segunda classe na profissão não p o
Da mesma reportagem consta uma decla
de substituí-lo. N ão há utilidade alguma para
ração de Dean D unning da E scola Universitá
o homem de segunda classe frente a um p ro
ria de Engenharia de C olum bia: “ nada pode
blema, mesmo que haja no momento muita pres
ser feito para evitar que os russos ganhem de
sa de se obter a solução. Homens de segunda
nós em poder técnico e cien tífico ao alcance
classe geralmente dão mais prejuízo do que lu
do h om em : nós já perdeimos a batalha do p o
cros em tôdas as profissões, dependendo do
der humano em engenharia, pelo menos em nú
número de homens de prim eira classe que es
mero. No setor técnico e cien tífico, estamos na
tejam disponíveis.
contagem de dois para um contra n ó s !” (E x
Assim dizia James B. Conant, 110 seu ar
traído de D iscursos Vitais para 0 Dia, VOL.
tigo “ Ferm ento da E du cação.”
X X I I , n.° 19).
“ A necessidade de sermos superiores e ex
celentes, particularm ente no campo da enge Eu pensei em citar êstes poucos com entá
nharia, (e isto eu uso simplesmente com o rios para insistir na superioridade p or parte
exem plo), é com provado numa recente rep or dos estudantes da U niversidade de Brigham
tagem do “ Comitê U nido de Energia A tôm i Y oung. Seja qual fô r a carreira escolhida,
ca ” intitulado “ O poder do homem 11a Ciência faça tudo ao seu alcance para superá-la. E s
e Engenharia dos Estados Unidos, Oeste da force-se por ser um bom professor, (nós pre
E uropa e 11a liússia. Esta reportagem fo i fe i cisamos dêles) um engenheiro ou geólogo de
ta p or Ilarris C ollingw ood para a B iblioteca prim eira classe.
do Congresso, e é um estudo de considerável Mas existe uma coisa mais elevada do que
valor. a excelência e a superioridade 11a profissão es
A s seguintes sotações foram publicadas colhida ; e é sôbre isso que eu gostaria de
pelo Presidente do Sub-com itê de pesquizas de chamar sua atenção.
desenvolvim ento. E xiste algo mais elevado do que 0 intelec
“ Não deve ser segrêdo que os Estados U ni to, algo superior à excelência, e êste algo é
dos estão em perigo grave de cair perante 0 aquilo que se sente com ênfase nos vestíbulos
mundo Soviético, num cam po crítico de vida da Universidade de B righam Y oung. É êste
e m orte, 11a com petição da educação e treina “ a lg o ” que faz o hom em ; é 0 que torna a mu
mento de cientistas, engenheiros e técnicos em lher fo rm o sa ; coloca 0 homem a serviço da hu
número adequado e suficiente. Mesmo que tal manidade e faz da mulher carinhosa servidora
fa to não seja segrêdo, parece que ainda não daquêles a quem a m a ! São essas as coisas
nos com penetram os dêle. em que o homem realmente crê em seu coração,
“ Os russos, desde a revolução de 1917, au coisas que com partilha com outros andando de
mentam constantemente seus esforços para edu sala em sala, de classe em classe, coisas que
car técnicos competentes. Nosso número de en guiam seus passos em um salão de dança, nos
genheiros é bem escasso com parado com o da jo g o s e em todos os acontecim entos ao seu re
União Soviética, e temos uma pequena diantei dor. Êste “ a lg o ” em que os homens realmen
ra 110 número de cientistas. Daqui p or dian- te acreditam é aquilo em que realmente pen
tre, os russos dem onstrarão alargar a diferen sam. O que se pensa é 0 que se vive. Para
ça — para nossa desvantagem. Em 1954, gra mudar os homens dêste m undo, temos antes
duamos apenas a metade do número de espe que mudar seus pensamentos. Os homens
cialistas treinados em engenharia do que nc não desistem de seus ideais; êles poderão fa
ano de 1950. No mesmo ano, os soviéticos lhar 11a sua realização, mas nunca voltam atrás.
duplicaram seu número de especialistas. A l “ O futuro de qualquer nação pode ser de
iem Dulles, diretor da A gên cia Central de In term inado” , disse um grande escritor “ pelos
Fevereiro de 1961 67
pensamentos, dos rapazes entre dezoito e Permitam-me ainda alguns minutos para
vinte e cin co anos de idade.” ilustrar o que quero d iz e r : não vou me refe
Paulo também disse: “ A ndai pelo E spí rir aos pontos fundam entais da religião senão
rito, e não saíisfareis a cobiça da ca rn e ; pois para afirm ar que qualquer religião desenvolvi
a carne luta contra o E spírito, e o E spírito da se caracteriza por três doutrinas essenciais:
contraria a carne, porque êstes são opostos um a doutrina de Deus, a doutrina do pecado e
ao o u t r o ; de sorte que não façais as coisas salvação, e a da im ortalidade. Nenhuma reli
que quereis.” (Gaiatas 5:16-17). gião é m erecedora do nome de Cristã se não
Há pouco eu li um artigo sôbre um guar- considerar essas três doutrinas com o fundam en
da-caça que encontrou um barbante amarrado tais. A ba ixo da doutrina do pecado e salva
em uma árvore que conduzia para dentro da ção, surgem muitas outras doutrinas aplicá
densa floresta. Êle então resolveu seguir o veis em nossas vidas diárias. São êstes prin
barbante para descobrir seu significado. Ca cípios e sua aplicação que determinam a fe li
minhando sôbre raízes enormes e galhos pen cidade e o sucesso, ou a miséria e a queda de
dentes, prosseguiu seu caminho do m elhor je i um indivíduo. E u afirm o que esta U niversi
to possível, e finalm ente alcançou um caçador dade é livre para ensinar êste fato, não so
que tinha nas mãos um rôlo de barbante se mente na aula de T eologia, mas em qualquer
melhante a uma bola. Perguntando ao caçador cla sse ; e os grandes homens, caros estudan
qual a razão do barbante, êle respondeu : “ Ou tes, provam o valor da aplicação dos ideais do
vi dizer que muitas pessoas perderam-se nesta E vangelho. Tom em com o exem plo a f é ; em
floresta : portanto, eu pensei que caso perdes nossa Ig re ja frizam os com ênfase o princípio
se o senso de direção, teria um meio para en da fé em Deus, com o outras Igrejas também
contrar o caminho de volta .” o fazem. Podem os discutir sôbre a fin alida
Todos nós estamos nos m ovim entando para de ou propósito da fé, e as pessoas poderão
a densa floresta da humanidade. A lguns p er duvidar do seu p oder com o um princípio ati
dem a d ireçã o; mas outros providenciam uma vo. Mas os grandes homens do m undo re co
âncora para encontrar seu caminho de re+orno; nhecem o efeito da fé sôbre o desenvolvim en
e o encontram, mesmo que tenham provado to espiritual do homem.
e ficad o confusos com os prazeres da associa A poiem o princípio da fé com o fo i ensi
ção humana. nado por Jesus Cristo, pois tendo Deus em
Esta âncora, eu repito, é o E vangelho de nossas mentes, avaliam os a im ortalidade de
Jesus Cristo e seus ideais. F elicidade, satisfa nossas almas. Lem bro-m e dos lamentos de uma
ção e caráter, m aior do que o intelectual, re mulher desesperada que considerava o futuro
sultam de firm arm o-nos nessa âncora. de seu filh o recentem ente assassinado. A l
E agora, tenho tempo apenas para com en guém falou-lhe sôbre a im ortalidade da alma.
tar as oportunidades desta Universidade, de Eu estava perto, e mesmo sendo menino, com
ensinar as verdades fundam entais. Êste pen preendi o séntido da exclam ação da m ã e : Oh,
samento fo i expressado pelo Dr. Sidney B. se ao menos eu sou besse! Para os corações
Sperry na oração da abertura, de que nesta esco humanos, o saber, significa m u ito; significa
la, destinada a tornar-se a m aior do m undo, é m uito para nós sabermos que há um espírito
oferecida aos estudantes a oportunidade de em nosso interior, um espírito que faz o ho
orientação para êste elevado padrão de v id a ; m em ; e que a inspiração de Deus T odo P od e
é forn ecid o um guia, uma âncora ou uma bús roso lhe dá com preensão e entendimento. Co
sola para guiar através da densa floresta. Se nhecer e sentir isso, exige esforço igual ou
ja qual fô r a matéria, os princípios do E vange semelhante ao de entrar no labirinto da f lo
lho de Jesus Cristo podem ser elaborados sem resta humana. Lencionando literatura com o
temor de qualquer objeção, e o professor pode poema “ Ode às Intim ações da Im ortalidade” ,
expressar livrem ente sua honesta con vicção, um professor consciencioso encontrará boa
quer seja a matéria geologia mundial, os m i oportunidade para ensinar a im ortalidade das
lhões de anos necessários para a preparação a lm a s:
do mundo físico, engenharia, artes, literatura,
N ascer nada mais é do que um sono e es
1— enfim , qualquer princípio do E vangelho
quecim ento,
pode ser tocado, abreviado ou extenso, para
p rover uma âncora segura aos estudantes que A alma que surge conosco, a estrêla de
procuram a verdade. É isto que eu admiro nossa vida,
nas pessoas jovens. Minha experiência de mais Teve em alguma parte seu lugar, e surge
de cinqüenta anos em associação com elas me na distância;
convenceu de que amatai a verdade, e que o Não em com pleta nudez, não em com ple
que procuram obterão nesta escola. to torm ento,
68 A L IA H O N A
Do lar celestial que abrigou nossa infân Enquanto concordarem em pagar 0 p r e ç o !
cia. Assim eu exauri a taça do prazer,
Que oportunidade para ensinar a pre-exis- E segui minha trilha pela vida,
tê n cia ! Bis aí um dos grandes ideais do E van Mas socegando tratei de escolher
gelho ; nós somos filh os de Deus, e não nos Uma espôsa de virtudes revestida.
desenvolvem os meramente pela natureza das Meu dinheiro era bem suficiente
amebas. Pra garantir-lhe uma vida confortável,
Estudantes que op ortu n id a d e! Um lar tranqüilo de aconchego quente
Então chegamos às nossas ações e atitu E descendência numerosa e invejável.
des. Podem os resum ir os nossos ideais com a
décim a-terceira regra de fé. Desposei uma jovem bem saudável,
“ Cremos em sermos honestos, verdadeiros, V irtuosa e de fam a inabalada.
castos, benevolentes, virtuosos, e em fazer o Dei-lhe em troca posição segura e estável.
bem a tôda a humanidade. Se houver algu E meu nome de fam ília antiga e respei
ma coisa amável ou louvável, nós a p rocurare tada.
m os.” Dediquei-lhe 0 am or de um coração
São inúmeras as oportunidades que sur Que floreceu na doença e no pecado,
gem 11a sala de aula para se ensinar êsses Mas pagando a derradeira prestação,
ideais e âncoras aos estudantes, em princípios D esfiz com satanás o antigo trato.
que desenvolvam 0 caráter do homem e a be E la estava para dar-me um filho,
leza da mulher. E enquanto angustiada ela gritava,
V ocês leram recentemente um artigo em Com amor e tem or eu revoltado,
“ Seleções” sôbre 0 crescim ento m aligno das D esejei não ter jam ais nascido.
relações sexuais ilícitas entre estudantes de Pois 0 filh o que me deu estava cego,
escolas superiores? E os resultados ameaça A leija d o, fra co e sem vigor,
dores da dim inuição, não só do caráter com o E a mãe dedicou-m e o seu desprêso,
da saúde de milhares de jov en s? Se êsse as P or ter seguido a atração do tentador.
sunto fôsse abordado 11a classe, que ótima
oportunidade para apresentar 0 “ F orta leci Eu afirm ei que fru iria a liberdade
mento de nossos ideais” , nas palavras de t^lla E todos sabem o caminho que trilhei,
W lieeler W ilc o x : Mas ninguém me fêz ver a realidade
Do perigo que enfrentava, e sossobrei.
Eu afirm ei que fru iria a liberdade, Os ministros falam muito sôbre as almas,
E faria com o fazem todos os rapazes. E xcluídas dos prazeres celestiais,
Não dei ouvidos à veracidade Mas não lembram o que sofrem as crian
Das palavras de muitos pregadores. ças
Expressei-me sôbre Deus em tom de es- Estropiadas pelo estigma dos pais.
cárneo
A cusando-o de nos dar sangue e ardor, Nós crem os em sermos honestos, verdadei
Para depois nos atirar 110 inferno, ros e fiéis a nossas com panheiras e fiéis aos
P or nos renderm os ao desejo tentador. ideais que as tornarão mães dignas, e farão
dos pais aquilo que devem ser — homens re
E eu disse; a religião é sem valor, tos, para que seus filh os tenham um nasci
A s leis do mundos sem significado. mento puro e real.
Ilom em mau é aquêle está prêso Oh, quão gloriosas são as oportunidades
E não pode m anejar 0 seu legado. da ju v e n tu d e ! Prim eiram ente, vencer nas p ro
Pois não existe um lugar cham ado in fissões escolhidas; depois vencer nas coisas do
fern o mundo. Se você pretende ser fie l aos seus
E 0 céu só se torna realidade, ideais, será também fiel a si próprio e à sua
Quando um jovem se enamora de uma escola, excedendo-se em seus diversos depar
moça, tamentos. Mas, mais elevado que isto, você
Nos verdes anos de sua m ocidade. será fie l aos ideais espirituais de honestidade,
virtude e castidade — a âncora de sua vida
O dinheiro com prará nosso perdão, — atraindo felicidade e paz a sua alma. Eu
Se retinir nos pratos das Igrejas. sei que você será feliz agindo a ssim ! Isto não
E moedas de ouro e prata apagarão é uma opinião, não é uma advertên cia; tôda
Qualquer traço de pecado e impurezas, e qualquer alegria (uso alegria, não prazer)
Pois em tôda parte existem homens e qualquer felicidade, pode ser sua, conform an
Que palm ilhando as estradas do vício do-se a êstes ideais, pertuando-se nêles para
Têm sorrisos de mulheres e ministros. instilá-los no coração de todos os jovens. Foi
Fevereiro de 1961 69
para isso que esta instituição de ensino foi U nindo prece ã prece, até que a frágil
estaoelecida. corda
E dw in Markham, em sua poesia sôbre a
Se torne em corrente que inquebrável sus
ponte do N iágara, expressa o pensamento do
tenta
construtor que atirava corda após corda sôbre
o abismo, para então lançar o cabo e construir A âncora que alcança do infinito a borda.
a ponte suspensa:
Que Deus nos ajude a encontrar a âncora,
Assim queremos alçar nosso tím ido pen avançando no estudo, para que em breve se
samento jam oferecidos à humanidade os nossos présti-
Para além do vazio, até às mãos de Deus, mos, a fim de render e prestar serviços de fé
E levando nossa crença a superar o tor no Reino de Deus, eu oro em nome de Jesus
mento ; Cristo. Amém.
t f l e m i m ò c m c i a ! )
E lãer Elãer
Nelson E. Eead Eonald J. Dent
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70 A L IA H O N A
“NOUVELLE ÈRE”
NA MISSÃO FRANCESA
HISTÓRIA DE NOSSA CAPA
A Missão Francesa teve um inicio muito alcançar tal objetivo, foi chamado para servir
humilde. Foi organizada no número 46 da rua com o Segundo Conselheiro da Missão o Elder
Richer, em Paris, França, a 15 de outubro de R obert L. Bennett. O Presidente H enry D.
1912, com E dgar B. Brossard com o Presidente e M oyle o designou a 17 de dezem bro para aque
Norman 1). Salisbury, Secretario. A reunião la posição, dando-lhe uma maravilhosa bênção.
de organização foi presidida pelo Presidente
Os acontecim entos que se seguiram per
R udger Clawson, da Missão Européia, e
tencem à história. Em fevereiro daquele ano
membro do Conselho dos Doze. Apenas 17
os Presidentes Brossard e Bennett, sob a dire
pessoas presenciaram a organização, sendo to
ção do Presidente A lvin R. D yer da Missão E u
mados à Missão Suissa os seguintes ra m os: Lau-
ropéia, introduziram a nova mensagem da res
sanne. Genève, Neuchâtel, La Chaux-de-Fonds,
tauração e as lições.sôbre “ A maneira de conver
Paris e L y o n ; e à Missão B elgo Holandesa, Liè-
ter.” M arço veio a ser o maior mês da história
ge, Seraing, Bruxelles, Verviers e Lille. O to
da Missão Francêsa desde que fo i aberta, en
tal de membros dos ramos da Missão Suisso-
trando para a Igreja 114 novos membros. Êsse
Alemã era de 198 e da Missão B elgo-IIolandêsa
recorde foi superado em junho, quando 130
de 205, perfazendo um total de 403 membros,
pessoas entraram nas águas do batismo. Aquele
mais 29 missionários.
ob jetivo de 100 batismos para o ano foi ultra
A través de duas guerras mundiais e uma passado ainda 110 mês de julho. Um novo ob
interrupção de vários anos devido à guerra da je tiv o de 800 membros foi estabelecido.
Coréia, a Missão Francesa levou meio século
para elevar a 2.500 membros, êsses originais Nesta “ N ova E ra” , quando o coração do
403. povo francês se volta para a mensagem do evan
gelho, e os missionários se apegam mais do que
Durante 24 dos seus 48 anos da existência
nunca ao verdadeiro significado de sua obra,
a missão esteve fechada e seu progresso estag
converter e batizar, serão recebidos 11a Igreja
nado, por m otivo de guerra. Foi preciso um
mais membros do que os convertidos nos ante
quarto de século para atingir 2.500 membros,
riores 25 anos. E 111 1960, 1000 irmãos ju n ta
representando um número de adeptos de menos
ram-se aos antigos, e espera-se um número
de cinqüenta por ano, mas essa média não foi
muito maior para 1961.
de início obtida. No entanto, em 1958 regis
trou-se um número de 214 conversões, e 154 Assim cresce e progride a obra de Deus
novos membros juntaram-se à Igreja em Fran constantemente. O progresso da Missão Fran
ça 110 ano de 1959. cêsa é típ ico : 11111 longo, duro período de tra
Em dezem bro de 1959 o Presidente Henrv balho pioneiro deitando os fundam entos, e de
1). M oyle, Segundo Conselheiro da Primeira pois, num desabrochar se edifica a estrutura,
Presidência foi a Paris para proclam ar a intro para que todos a possam ver. Entretanto, to
dução da “ Nova E ra ” na Missão Francesa. 1960 do êsse desenvolvim ento não é considerado se
deveria ser o ano estandarte para a missão. Um não com o um prelúdio do crescim ento que real
ob jetivo de 400 batismos foi estabelecido para mente está para florescer, voltando-se as al
o ano, mais do que o dôbro do número alcan mas do povo para Nosso Pai Celestial, e vindo
çado no ano anterior. A uxiliando a Missão a fazer parte de Seu Reino aqui 11a terra.
Devolver a
A LIA H O N A
C a ix a P o s ia l W \2 * — S á o P a u lo . F > l. S . P .
N ã o »endo re c la m a d a d e n tr o d e 3 0 d ia s . PORTK PAGO