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ConversoresCC CCIsoladosdeAltaFrequenciacomComutacaoSuave Cropped
ConversoresCC CCIsoladosdeAltaFrequenciacomComutacaoSuave Cropped
Florianópolis
Edição dos Autores
1999
Ilustração da Capa: Danilo Quandt (Designflo Computação Gráfica)
Diagramação: Juliano Anderson Pacheco
Catalogação na Fonte
Inclui bibliografia.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Sumário I
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
Sumário III
5.11 - METODOLOGIA E EXEMPLO DE PROJETO 193
5.12 - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO 195
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
Sumário V
9.6 - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO 342
CAPÍTULO X
BIBLIOGRAFIA 375
dv C ( t )
iC (t ) = C (1.2)
dt
Substituindo (1.2) em (1.1) obtém-se a expressão (1.3).
dv C ( t )
Vi = v C ( t ) + R C (1.3)
dt
Resolvendo a equação (1.3), obtém-se a expressão (1.4).
⎛ −
t ⎞
⎜ ⎟
v C ( t ) = Vi ⎜1 − e RC ⎟ (1.4)
⎜ ⎟
⎝ ⎠
Derivando-se a expressão (1.4) e multiplicando por C, obtém-se a
corrente, dada pela expressão (1.5).
t
V −
i C ( t ) = i e RC (1.5)
R
As formas de onda de vC(t) e iC(t) em função do tempo são
apresentadas nas Fig. 1.2.
A partir do instante em que a corrente se anula, o tiristor readquire a
sua capacidade de bloqueio.
Vi Vi
R
vC iC
0 0
0 t 0 t
(a) (b)
Fig. 1.2 - Tensão e corrente no capacitor.
+ L vL
Vi -
- +
R vR
-
Fig. 1.3 - Circuito RLT série.
Antes do disparo do tiristor, a corrente no indutor é nula. No instante
t=0 o tiristor é disparado. Assim tem-se as equações (1.6) e (1.7).
di L ( t )
Vi = L + R i L (t) (1.7)
dt
Resolvendo-se a equação (1.7) obtém-se as expressões (1.8) e (1.9).
⎛ −
Rt ⎞
V ⎜ ⎟
i L (t) = i ⎜1 − e L ⎟ (1.8)
R ⎜ ⎟
⎝ ⎠
Rt
−
v L ( t ) = Vi e L (1.9)
Vi Vi
R
vL iL
0 0
0 (a) t 0 (b) t
Fig. 1.4 - Tensão e corrente no indutor.
v L (t) = 0 (1.11)
v R ( t ) = Vi (1.12)
di L ( t )
L + R i L (t ) = 0 (1.14)
dt
Resolvendo-se a equação (1.14) obtém-se (1.15).
Rt
−
i L (t) = I o e L (1.15)
E
i L (t) = I o − 1 t (1.18)
L
S
iL
D +
+
Vi L vL
- -
E1 -
+
S
+
Vi N1 N2
-
S D
+ +
Vi i1 Lm N1 N2 Vi
- -
D
+
Lm' i2 Vi
-
I1
i1 I2 i2
T1 T2 t
Fig. 1.11 - Corrente para um período de funcionamento.
N1
I2 = I1 (1.21)
N2
N1 V T N 2
I1 = i 2 1 (1.25)
N2 Lm N22
Vi N
L m T1 = Vi T2 1 (1.27)
Lm N2
S D
+ +
Vi N1 V
- N2 Lm' - i
VS = − ( Vi + V1 ) (1.29)
N1
V1 = Vi (1.30)
N2
⎛ N ⎞
VS = − ⎜⎜1 + 1 ⎟⎟ Vi (1.31)
⎝ N2 ⎠
T1 T2 t
vS
t
Vi
⎛ N ⎞
Vi ⎜⎜1+ 1 ⎟⎟
⎝ N2 ⎠
Fig. 1.13 - Formas de onda para o circuito representado na Fig. 1.12.
S C
+
Vi D I
-
S C
I + -
+
vC
Vi D I
-
V C
t1 = i (1.34)
I
O capacitor permanece carregado com a tensão Vi.
A forma de onda da tensão vC está representada na Fig. 1.16.
vC
Vi
tf t
Fig. 1.16 - Tensão nos terminais do capacitor da Fig. 1.15.
S C iL L
+ + -
vC
Vi
-
i L ( t ) = −( Vi − VC 0 ) [cos (w o t ) − j sen (w o t )]
L
v C (t) + j
C
(1.40)
+ j I L0
L
[cos (w o t ) − j sen (w o t )] + Vi
C
1
onde: wo = .
LC
Sejam as definições das expressões (1.41), (1.42) e (1.43).
L
z( t ) = v C ( t ) + j i L (t ) (1.41)
C
z1 = − ( Vi − VC0 ) + j I L0
L
(1.42)
C
z( t ) = z1 e − j w o t + Vi (1.44)
A. CASOS PARTICULARES
z( t ) = −Vi e − j w o t + Vi (1.46)
A expressão (1.46) está representada graficamente na Fig. 1.18.
L
iL
C
z1
w ot
0
z(0)
0 Vi 2Vi v
C
Fig. 1.18 - Plano de fase para VC0 = IL0 = 0 e Vi ≠ 0.
z ( t ) = VC0 (1.48)
z( t ) = VC0 ⋅ e − j w o t (1.49)
A expressão (1.49) está representada graficamente na Fig. 1.19.
L
iL
C
z(0)
0
wot
z1
0 VC0 v
C
Fig. 1.19 - Plano de fase para IL0 = Vi = 0 e VC0 > 0.
L
z ( 0 ) = j I L0 (1.51)
C
L z(0)
iL
C
wot
0
z1
0 vC
Fig. 1.20 - Plano de fase para VC0 = Vi = 0 e IL0 > 0.
= Im {z( t )}
L
i L (t) (1.54)
C
Assim tem-se (1.55) e (1.56).
{
v C ( t ) = ℜe z1 e − j w o t + Vi} (1.55)
i L (t)
L
C
{
= Im z1 e − j w o t } (1.56)
T C iL L
+ + -
vC
Vi
-
Vi π/2
L
iL
C
w ot
0
0 Vi vC 2Vi
Fig. 1.22 - Plano de fase para o circuito LCT série.
0 0
0 π/2 π t 0 π/2 π t
(a) (b)
Fig. 1.23 - Tensão e corrente no circuito LCT série.
= Vi sen (w o t )
L
i L (t) (1.58)
C
T + vL -
L +
C vC
-
w ot
0
- VC0 0 VC0
vC
Fig. 1.25 - Plano de fase para o circuito da Fig. 1.24.
VC0
VC0
vC
L
iL
C
0
- VC0 0
0 π/2 π t 0 π/2 π t
(a) (b)
Fig. 1.26 - Tensão e corrente para o circuito da Fig. 1.24.
A. Primeiro Circuito
-2 Vi -2 Vi
-4Vi -4Vi
π 2.π 3.π 4.π π 2.π 3.π
0 t 0 t 4.π
(a) (b)
Fig. 1.28 - Formas de onda para o circuito da Fig. 1.27.
-2Vi
-4Vi
-4Vi -2Vi 0 2Vi 4Vi
vC
Fig. 1.29 - Plano de fase para o circuito da Fig. 1.27.
vC + C
-
iL L T1
+
Vi
-
T2
Fig. 1.30 - Circuito para o estudo da evolução da tensão de um capacitor.
I1 = V C0 sen (w o τ)
L
(1.61)
C
L
i1
C
0 0
− VC0
0 π2 wo τ π wo t a 0 π2 wo τ π wo t a
t t
(a) (b)
Fig. 1.31 - Tensão e corrente para o circuito da Fig. 1.30.
z1 = (V1 − Vi ) + j I1
L
(1.62)
C
L
z(0) = V1 + j I1 (1.63)
C
No final desta etapa a tensão no capacitor é dada por (1.64).
Vf = Vi + z1 (1.64)
Vf = − VC0 (1.68)
A estrutura analisada aparece no estudo de alguns conversores a
comutação forçada e conversores ressonantes.
A representação no plano de fase aparece na Fig. 1.32.
L
iL
C
L
i1
C
woτ z(0)
0
− VC0 0 VC1 Vf
vC
Fig. 1.32 - Plano de fase para o circuito da Fig. 1.30.
C L R
+ -
+ vC
Vi iC
-
w −α t I
v C ( t ) = Vi − (Vi − Vo ) e sen ( wt + γ ) + o e − α t sen ( wt ) (1.70)
wo wC
onde:
1 R ⎛w⎞
wo = α= γ = arc tg ⎜ ⎟ w 2 = w o2 − α2
LC 2L ⎝α⎠
L 1
X= =wL≅ (1.72)
C wC
X
ψ= (1.73)
R
α R 1
= = (1.74)
w 2w L 2ψ
π
γ= (1.75)
2
wt
−
v C ( t ) = Vi + [X I o sen ( wt ) − (Vi − Vo ) cos ( wt )]e ψ
2 (1.78)
wt
−
pois: e ψ = e−α t
2
Sabendo que:
α 2 t 2 α3 t 3
e−α t = 1 − α t + − (1.79)
2 6
E considerando α muito pequeno, pode-se adotar:
e −α t = 1 − α t (1.80)
L
z( t ) = v C ( t ) + j i L (t) (1.81)
C
Por manipulação matemática, obtém-se (1.82)
z( t ) = Vi + z1 e − j wt e −α t (1.82)
i L (t ) = i C (t) + I (1.84)
dv C ( t )
iC (t) = C (1.86)
dt
Substituindo (1.86) em (1.85) obtém-se (1.87).
d 2vC (t )
vL (t) = L C (1.87)
dt 2
Substituindo (1.87) em (1.83) tem-se as equações (1.88) e (1.89).
d 2 v C (t)
Vi = L C + v C (t) (1.88)
dt 2
d 2 v C (t) v ( t ) Vi
+ C = (1.89)
dt 2 LC LC
L
z( t ) = v C ( t ) + j i L (t ) (1.92)
C
Substituindo (1.90) e (1.91) em (1.92) tem-se (1.93).
⎛ ⎞ ⎡ ⎤
z ( t ) = ⎜⎜ Vi + j
L
I ⎟⎟ + ⎢(VC0 − Vi ) + j
L
(I L0 − I )⎥ e − j w o t (1.93)
⎝ C ⎠ ⎣ C ⎦
Da equação (1.93) obtém-se (1.94) e (1.95).
L
z o = Vi + j I (1.94)
C
z1 = (VC0 − Vi ) + j (I L0 − I)
L
(1.95)
C
Assim o plano de fase pode ser representado por (1.96).
z( t ) = z o + z1 e − j w o t (1.96)
z1
L
I
C z(0)
0
0 Vi vC
Fig. 1.35 - Plano de fase para o circuito apresentado na Fig. 1.34.
⎡ ⎤
z ( t ) = Vi + ⎢(VC0 − Vi ) + j I L0 ⎥ e − j w o t
L
(1.97)
⎣ C ⎦
Este caso particular já foi estudado no item 1.2.1 e representado pela
expressão (1.44).
2O Caso: Vi = 0
Com esta condição inicial tem-se (1.98).
⎡ ⎤
I + ⎢(VC0 − Vi ) + j (I L0 − I )⎥ e − j wt
L L
z( t ) = j (1.98)
C ⎣ C ⎦
__________________________________________________
T + vL - T + vL - T + vL -
+ L + + L + + L +
C vC C vC C v
- 100V - - 100V - - 100V - C
+ vL - + vL -
T T
L + L
C vC vC + C D
- -
(a) (b)
D
T + vL - T + vL -
L + L +
C v C v
- C - C
(c) (d)
Fig. 1.38 - Exercício 2.
T
i + iD D
vL L
+ -
- 75V
100V- +
+
vC C
-
Fig. 1.39 - Exercício 3.
R
+
Vi C
-
L
T + vL -
+ L +
600V - C v
- C
Fig. 1.41 - Exercício 5.
D
S 1Ω
+ +v -
Vi S
- N1 N2
+ C L R
100V -
- +
VC0 =100V
T4 T2
S C
S S
I D C L I C L I D1 L
D2
+
Vi C D I
-
(a) (b)
Fig. 1.46 - Exercício 10.
11. Seja o circuito da Fig. 1.47. T1 e T2 são disparados
complementarmente, com freqüência igual a 6kHz. Sabendo-se que
L=100µH, C=5µF e R=0,447Ω, determinar:
a) Etapas de funcionamento.
b) Formas de onda para iL e vC.
c) Valores de pico de iL e vC em regime permanente.
d) Potência dissipada no resistor R.
+
100V - T1
L C R
- +
+ iL vC
100V - T2
D
S
+
Vi N 2N
-
2.1 INTRODUÇÃO
Estes conversores utilizam um circuito série ressonante, que
propicia a comutação não dissipativa nas chaves. A diminuição das
perdas por comutação possibilita um aumento na freqüência de
chaveamento, reduzindo o volume e peso dos elementos reativos.
Entretanto, as perdas por condução nas chaves aumentam devido à
circulação de uma energia reativa proveniente do circuito ressonante.
Existem várias configurações possíveis, porém neste trabalho será
abordada a configuração apresentada na Fig. 2.1.
S 1 D1 D3 D4
C r /2
. +
+ Lr
Vi . L t2 Co Ro Vo
- L t1
S 2 D2 -
C r /2
D5 D6
Vi di L r ( t ) v Cr 2 ( t ) − v Cr1 ( t )
= Vo′ + L r + (2.3)
2 dt 2
Por inspeção obtém-se (2.4).
Vi = v Cr1 ( t ) + v Cr 2 ( t ) (2.4)
i L r (t)
2∫ Cr 2 ∫
1 1
v Cr1 ( t ) = i Cr1 ( t ) dt = − dt (2.9)
Cr 2
i L r (t )
∫ ∫
1 1
v Cr 2 ( t ) = i Cr 2 ( t ) dt = dt (2.10)
Cr 2 Cr 2 2
Cr i Lr
Lr + -
+ -
vCr
+ +
Vi /2 - V'o
+
- -
+ S1 D1
Vi /2 -
Cr Lr V'o
a b
+ - iLr
+ vCr S 2 D2
Vi /2 -
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
- + iLr
+
vCr S 2 D2
Vi /2
-
Fig. 2.7 - Terceira etapa.
+ S1 D1
Vi /2 -
Cr Lr V'o
a - b
+ iLr
+ vCr S 2 D2
Vi /2 -
(I 1)
t
- (I 1)
vCr
(VC0 )
(VC1 )
- (VC1 )
- (VC0 )
vS1
iS1
vS2
i S2
comando t
S1
comando
t
S2
t0 t1 t2 t3 t4
t
Fig. 2.9 - Formas de onda básicas.
dv Cr ( t )
i L r (t ) = C r (2.13)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (2.12) e (2.13),
obtém-se as expressões (2.14) e (2.15):
(V i 2) + Vo′
= −s L r i L r (s) − v Cr (s) (2.14)
s
Definindo-se:
V 1
V1 = i wo =
2 Lr Cr
Obtém-se então a expressão (2.16) para a tensão no capacitor Cr.
Lr
Sendo: z=
Cr
0
− VC0 − V1− Vo′ − 2V1 − 2Vo′ −VC0
VCr
Fig. 2.10 - Plano de fase da primeira etapa.
Do plano de fase, obtém-se (2.22)
R 1 = VC0 − V1 − Vo′ (2.22)
B. Segunda Etapa
⎧i L ( t 0 ) = I1
Seja as seguintes condições iniciais: ⎨ r
⎩v Cr ( t 0 ) = − VC1
Do circuito equivalente da segunda etapa obtém-se as expressões
(2.23) e (2.24).
di L r ( t )
V1 = L r + v Cr ( t ) + Vo′ (2.23)
dt
dv Cr ( t )
i L r (t ) = C r (2.24)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (2.23) e (2.24),
obtém-se as expressões (2.25) e (2.26):
V1 − Vo′
= s L r i L r (s) − L r I1 + v Cr (s) (2.25)
s
R2
0
− VC1 − V1 − Vo′ VC0
Lr
-i1
Cr
0 v Cr
Fig. 2.11 - Plano de fase da segunda etapa.
C. Condições Iniciais
Agrupando os planos de fase da primeira e segunda etapas em um
mesmo diagrama, obtém-se a representação mostrada na Fig. 2.12.
Lr
i1
Cr R2
R1
ψr ψo θ
0 − VC1 VC0
-VC0
0 v Cr
Fig. 2.12- Plano de fase da primeira e segunda etapa.
I1 z = R 1 sen (ψ r ) (2.36)
V′
Sendo: q= o
V1
Substituindo (2.41) em (2.38), obtém-se (2.42).
V ⎡ q [ 1 − cos (ψ r )]⎤
VC1 = C1 = (1 + q ) ⎢ ⎥ (2.42)
V1 ⎣ q − cos (ψ r ) ⎦
D. Ângulos ψr e ψo
Sejam as relações (2.44) e (2.45).
1 wo fs
= (2.44)
Ts 2π fo
Ts = 2 (TD + TT ) (2.45)
w o TT = θ (2.49)
⎛ z I1 ⎞
ψ o = arc tan ⎜⎜ ⎟
⎟ (2.54)
⎝ V1 − Vo′ + VC1 ⎠
Dividindo a equação (2.54) por V1 e substituindo (2.42) e (2.43),
obtém-se (2.55) e (2.56).
⎡ (1 + q ) (1 − q) sen ψ r ⎤
ψ o = arc tan ⎢ ⎥ (2.56)
⎣ (1 − q) (q − cos ψ r ) + q (1 + q ) (1 − cos ψ r ) ⎦
Substituindo (2.56) em (2.53) obtém-se (2.57).
⎡ (1 + q) (1 − q) sen ϕ r ⎤ ⎛ π ⎞
arc tan ⎢ ⎥ − ⎜⎜ ϕ r + π − ⎟⎟ = 0 (2.57)
⎣ (1 − q) (q − cos ϕ r ) + q (1 + q) (1 − cos ϕ r ) ⎦ ⎝ µo ⎠
A equação (2.57) pode ser resolvida algebricamente para obter-se o
valor do ângulo ψr e ψo.
O tempo de condução das chaves (∆ts) e dos diodos (∆td) pode ser
calculado com o uso de (2.58) e (2.59).
π − ψo
∆t s = (2.58)
wo
ψr
∆t d = (2.59)
wo
E. Tensão no Capacitor
Dividindo a equação (2.29) por V1, e substituindo (2.42) e (2.43),
obtém-se (2.60).
v (t) ⎡ q [1 − q cos(ψr )]⎤ (1 + q) (1 − q) (2.60)
vCr (t) = Cr = − ⎢1 + ⎥ cos(wo t) + sen(ψr ) sen(wo t) + (1 − q)
V1 ⎣ q − cos (ψ r ⎦
) q − cos(ψr )
∫ iS (t) dt
1
I S med = (2.65)
Ts
0
Substituindo (2.62) em (2.65), e resolvendo-se a integral, obtém-se
(2.66).
I S med z
= s o [A [1 − cos (π − ψ o )] + B sen (π − ψ o )] (2.66)
f f
I S med =
V1 2π
∫ [iS (t)]
1 2 dt
I S ef = (2.67)
Ts
0
1 f 2π 1 wo fs
Sendo: fs = , s = , =
Ts f o w o Ts Ts 2π fo
Substituindo (2.62) em (2.67), e resolvendo-se a integral, obtém-se
(2.68).
⎡ 2⎛ sen2(π − ψo ) ⎞ 2⎤
⎢ A ⎜ (π − ϕo ) − ⎟ + 2AB(sen(π − ψo )) ⎥
IS z ⎝ 2 ⎠
ISef = ef = s o ⎢ ⎥
f f
(2.68)
V1 4π ⎢ ⎛ sen2 (π − ψ ) ⎞ ⎥
⎢+ B ⎜(π − ϕo ) +
2 o
⎟ ⎥
⎣⎢ ⎝ 2 ⎠ ⎦⎥
q [1 − q. cos (ψ r )] (1 + q) (1 − q)
Onde: A =1+ , B= sen (ψ r )
q − cos (ψ r ) q − cos (ψ r )
∫ iD (t) dt
1
I D med = (2.70)
Ts
0
Substituindo (2.61) em (2.70), e resolvendo-se a integral, obtém-se
(2.71).
I D med z f f ⎡ (1 + q ) (1 − q) ⎤
I D med = = s o⎢ ⎥ [1 − cos (ψ r )] (2.71)
V1 2π ⎣ q − cos (ψ r ) ⎦
∆t D
∫ [i D (t)]
1 2 dt
I D ef = (2.72)
Ts
0
I D ef =
I D ef z
=
f s f o ⎡ (1 + q ) (1 − q ) ⎤
2⎡
⎢ψ r −
[sen (ψ r )]2 ⎤⎥
⎢ ⎥ (2.73)
V1 2π ⎣ q − cos (ψ r ) ⎦ ⎢⎣ 2 ⎥⎦
I Lr ef = I Cr ef =
I Cr ef z
V1
= 2 (ISef )2 + (I D ef )2 (2.74)
∫ V1 iS (t) dt
1
PVo′ = (2.77)
Ts
0
Substituindo (2.62) em (2.77), obtém-se (2.78).
PVo′ z fs fo ⎧⎪⎡ q[1− qcos(ψr )]⎤ ⎡(1+ q)(1− q)⎤ ⎫⎪
PVo′ = = ⎨⎢1+ ⎥[1− cos(π − ψo)] + ⎢ ⎥ sen(ψr )sen(π − ψo)⎬ (2.78)
V1 2 π ⎪⎩⎣ 1− cos(ψr ) ⎦ ⎣ q − cos(ψr ) ⎦ ⎪⎭
I DR ef =
I DR ef z
V1
= (ISef )2 + (I D ef )2 (2.81)
A. Ângulos ψr e ψo
Os ábacos dos ângulos ψr e ψo são traçados nesta seção. O ângulo
ψr é obtido algebricamente pela expressão (2.82) e o ângulo ψo é
calculado com a expressão (2.83).
⎡ (1 + q) (1 - q) sen (ψ r ) ⎤ ⎛ π ⎞
arc tan ⎢ ⎥ − ⎜⎜ ϕ r + π − ⎟ = 0 (2.82)
⎣ (1 - q) [q − cos (ψ r )] + (1 + q) [q (1 − cos (ψ r ) )]⎦ ⎝ µo ⎟
⎠
⎡ (1 + q) (1 − q ) sen (ψ r ) ⎤
ψ o = arc tan ⎢ ⎥ (2.83)
⎣ (1 − q) [q − cos (ψ r )] + (1 + q ) [q (1 − cos (ψ r ) )]⎦
200 o
µ o = 0,5
ψr
o
150
0,65
0,7
o 0,75
100
0,8
0,85
0,87
o
50
o
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.13 – Ângulo ψr em função do ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
ψo 0,85
o 0,80
60
0,75
0,70
o
40
0,65
o
20
o µ o = 0,5
0
o
20
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
Fig. 2.14 –Ângulo ψo, em função do ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
B. Característica de Saída
A característica de saída foi traçada utilizando-se a expressão (2.84).
A corrente média na fonte Vo′ está parametrizada em função da relação
(z/V1). Observa-se na Fig. 2.15 que para uma determinada relação de
freqüências (µo=fs/ff), na ocorrência de um curto-circuito na carga (q=0),
a corrente de curto-circuito fica limitada. Ou seja, este conversor pode ser
auto-protegido contra curto-circuito na carga, se for apropriadamente
projetado.
µ ⎛ ⎛ (1 + q ) (1 − q ) ⎞ ⎞
I′o med = o ⎜ [A (1 − cos ( π − ψ o ) ) + B sen ( π − ψ o )] + ⎜⎜ ⎟⎟ (1 − cos (ψ r ) )⎟ (2.84)
⎜
π ⎝ ⎟
⎝ q − cos (ψ r ) ⎠ ⎠
q
0,8
0,6
0,4
µ o = 0,50 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,87
0,2
0
0,5 1 1,5 2 2,5 3
I ′o med
Fig. 2.15 – Característica de saída.
0,6 0,80
0,75
0,4 0,70
0,65
µ o = 0,5
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 2.16 – Corrente média nas chaves em função do ganho estático q,
tendo µo como parâmetro.
I S ef 0,87
0,85
1,5
0,80
1
0,75
0,70
0,65
0,5 µ o = 0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.17 – Corrente eficaz nas chaves em função do ganho estático q,
tendo µo como parâmetro.
0,8
I D med
0,6
0,87
0,85
0,4
0,80
0,75
0,70
0,2
0,65
µ o = 0,50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.18 – Corrente média nos diodos em anti-paralelo com as chaves em
função do ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
0,87
I DR med
0,85
0,80
0,75
0,70
0,5
0,65
µ o = 0,50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.19 – Corrente média nos diodos da ponte retificadora em função do
ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
VC0 0,87
5
0,85
4
0,80
0,75
3
0,70
0,65
2 µ o = 0,50
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 2.20 - Tensão de pico no capacitor, em função do ganho estático q,
tendo µo como parâmetro.
f s max = 40 ×10 3 Hz
Portanto:
V 400
Vo′ = i q = × 0,6 = 120V
2 2
N1 Vo′ 120
= = = 2,4
N 2 Vo 50
N2 1
I ′o med = I o = 10 × = 4,16667A
N1 2,4
ψ o = 0,713 rad
Lr
I′o med
Cr
I′o med =
V1
2
L r ⎛⎜ I ′o med V1 ⎞⎟
2
⎛ 2,5 × 200 ⎞
= = ⎜⎜ ⎟⎟ = 14400
C r ⎜ I ′o med ⎟ ⎝ 4,16667 ⎠
⎝ ⎠
Com a relação de freqüências (µo) e com a freqüência de
chaveamento, calcula-se a freqüência de ressonância e uma segunda
relação para Lr e Cr:
f s max 40 × 10 3
fo = = = 45977,0115 Hz
0,87 0,87
1
wo = = 288882,7586 rad / s
Lr Cr
L r C r = 11,98276 × 10 −12
Assim:
C r = 28,9976 × 10 −9 F
L r = 413,233 × 10 −6 H
ψr
= 6,078 × 10 − 6 s
1,756
∆t D = =
w o 288882,75
As condições iniciais e os esforços nos semicondutores são então
calculados, de acordo com as expressões apresentadas na seção 2.3.3.
q
0,8
0,6
0,4
µ o = 0,50 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,87
Região de
Operação
0,2
0
0,5 1 1,5 2 2,5 3
I′o med
Fig. 2.21 - Região de operação.
V (N N ) T 50 × 2,4 25 × 10 −6
L T1 = o 1 2 s = × = 1 × 10 − 3 H
I Lp 4 0,6864 4
2 2
⎛N ⎞ ⎛ 1 ⎞
L T 2 = L T1 ⎜⎜ 2 ⎟⎟ = 1 × 10 − 3 × ⎜⎜ ⎟⎟ = 173,6 × 10 − 6 H
⎝ N1 ⎠ ⎝ 2, 4 ⎠
A indutância de dispersão para um coeficiente de acoplamento de
0,98, corresponde a 2% de Lt1, ou seja, 20µH.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.23 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
v ab ( V ) i Lr ( A )
iS1
iD2
iS2
iD1
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.24 – (a) Tensão vab e (b) corrente no indutor, nas chaves e seus diodos em
anti-paralelo.
v S2
i S2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.25 – (a) Detalhe da comutação nas chaves e (b) corrente na fonte Vo′ .
vCr (V)
v ab ( V )
i Lr (A)
iD1 iS2
iD2 iS1
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.27 - (a) Tensão vab e (b) tensão no capacitor, corrente no indutor, nas
chaves e seus diodos em anti-paralelo.
v S1
i S1 × 20
v S2
i S2 × 20
t (s)
Fig. 2.28 - Detalhe da comutação nas chaves.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.29 – (a) Tensão de saída e (b) corrente de saída.
Po (W) v Lt1 (V)
v Lt2 (V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.30 – (a) Potência de saída e (b) tensão nos
enrolamentos do transformador.
V′o (V)
t (s)
Fig. 2.31 - Dinâmica da tensão de saída com condições iniciais nulas
e com uma variação de carga de 50% em 3ms.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.32 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
A
iS1
iD2
iS2
iD1
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.33 – (a) Tensão vab e (b) corrente no indutor, nas chaves e
seus diodos em anti-paralelo.
v S1
i S1 × 20
v S2
i S2 × 20
t (s)
Fig. 2.34 - Detalhe da comutação nas chaves.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.35 – (a) Tensão de saída e (b) corrente de saída.
v Lt2 (V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.36 – (a) Potência de saída e (b) tensão nos enrolamentos do
transformador.
TABELA I
Simulação com Simulação com Simulação com
Calculado Fonte de Transformador Transformador
Tensão Vo′ k=0.999999 k=0.99
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.37 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
v ab ( V ) i Lr ( A )
A
iS1
iD2
A
iS2
iD1
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.38 – (a) Tensão vab e (b) corrente no indutor, nas chaves e seus diodos em
anti-paralelo.
I ′o (A)
v S1
i S1 × 20
v S2
i S2 × 20
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.39 – (a) Detalhe da comutação nas chaves e (b) corrente na fonte Vo′ .
S1 S3 D1 D3
Lr Cr
+ a c
V1 iLr + - Vo
- b vCr b
S2 S4
D2 D4
b b
4
Vo′ p = Vo′ (2.86)
π
1
zs = j w s Lr + (2.87)
j ws Cr
2
⎛ 1 ⎞
z s 2 = ⎜⎜ − w s L r ⎟⎟ (2.88)
⎝ ws Cr ⎠
I Lp Vo′
z s I Lp
V1
Fig. 2.42 - Diagrama fasorial.
V1p
2
= Vo′ p
2
(
+ z s I Lp 2 ) (2.89)
4 ⎛w w ⎞ I Lp
1 − q 2 = ⎜⎜ o − s ⎟z
⎟ V (2.90)
π ⎝ ws wo ⎠ 1
Sabe-se que:
I′o med = 0,637 I Lp (2.91)
s
z I ′o med 1 − q2
I ′o med = s = (2.92)
s V1 π ⎛ wr ws ⎞
⎜ − ⎟
4 ⋅ 0,637 ⎜⎝ w s w r ⎟
⎠
Na Fig. 2.43 é apresentado o ábaco da característica de saída
utilizando-se a expressão simplificada (2.92). A característica de saída
obtida na análise simplificada é bastante semelhante à obtida através da
análise feita no domínio do tempo. Pode-se utilizar a análise simplificada
q
0,8
0,6
0,4
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
I ′o med s
Fig. 2.43 - Característica de saída simplificada.
O erro cometido pelas simplificações feitas é calculado como mostra
a equação (2.93). Um gráfico do erro percentual é apresentado na Fig.
2.44.
I′o med − I ′o med
ε% = s 100% (2.93)
I ′o med
ε%
80
60
µ o = 0,50
40
0,65
0,87
0,85
20 0,80
0,75
0,70
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
Fig. 2.44 - Erro percentual em função de q, tendo µo como parâmetro.
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
+ - iLr
+
vCr S 2 D2
Vi /2
-
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
- + iLr
+
vCr S 2 D2
Vi /2
-
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
- + iLr =0
+
vCr S 2 D2
Vi /2
-
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
-
vCr+ iLr
+ S 2 D2
Vi /2
-
+ S1 D1
Vi /2
-
Cr Lr V'o
a b
+ - iLr =0
vCr S 2 D2
+
Vi /2
-
Vi di ( t )
= L r Lr + v Cr ( t ) + Vo′ (2.94)
2 dt
dv Cr ( t )
i L r (t ) = C r (2.95)
dt
(V i 2) − Vo′
= s L r I Lr (s) + v Cr (s) (2.96)
s
Vi 1
Definindo-se: V1 = , wo =
2 Lr Cr
z1 ( t ) = V1 − Vo′ − (V1 − Vo′ + VC1 ) cos ( w o t ) + j (V1 − Vo′ + VC1 ) sen ( w o t ) (2.104)
(I p2) t
vCr
(VC0 )
(VC1 )
- (VC1 )
- (VC0 )
vS1
iS1
vS2
i S2
t
comando
S1
t
comando
S2
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t
0 TS /2 TS
Fig. 2.51- Formas de onda básicas.
R1
0
− VC1 V1− Vo′ VC0
0 VCr
Fig. 2.52 - Plano de fase da primeira etapa.
B. Segunda Etapa
⎧i L ( t1 ) = 0
Seja as seguintes condições iniciais: ⎨ r
⎩v Cr ( t1 ) = VC0
Do circuito equivalente obtém-se as expressões (2.107) e (2.108):
di L r ( t )
V1 = − L r + v Cr ( t ) − Vo′ (2.107)
dt
dv Cr ( t )
i Lr ( t ) = −C r (2.108)
dt
w o ∆t D = π (2.116)
Lr
i Lr
Cr
-Ip2
v Cr
Fig. 2.53 - Plano de fase da segunda etapa.
R1
0 v Cr
Fig. 2.54- Plano de fase da primeira e segunda etapa.
Substituindo (2.106) em (2.125), obtém-se a expressão de VC1, dada
por (2.127).
VC1 = − VC1 − V1 + Vo′ + V1 + 3 Vo′ (2.126)
VC0 = 2 V1 (2.131)
A partir das relações anteriores, obtém-se (2.132) e (2.133).
R 1 = V1 + Vo′ (2.132)
I p 2 = I p2 z = R 2 = V1 − Vo′ (2.135)
Lr Cr
Io
iLr
+
V
- o
Portanto:
V + Vo′
I p1 = 1 (2.136)
z
V − Vo′
I p2 = 1 (2.137)
z
TS /2 TS
− I p2 t
∆t S ∆t D
I′o
A2
A1
t1 t2 t
V + Vo′
A1 = 1 (2.139)
π fo z
∆t D
− I p2
A2 = ∫ I p 2 sen ( w o t ) dt = [cos (w o ∆t D ) − cos (0)] (2.140)
wo
0
2 (A1 + A 2 ) 2 V1
I′o med = = 2 fs (2.143)
Ts π fo z
I ′o med z 4 fs
I ′o med = = (2.145)
V1 π fo
I S pico z
I S pico = = 1+ q (2.146)
V1
∫ ISpico sen (w o t) dt
1
IS med = (2.147)
Ts
0
I D pico z
I D pico = = 1− q (2.151)
V1
∫ I D pico sen (w o t) dt
1
I D med = (2.152)
Ts
0
Resolvendo-se a integral obtém-se (2.153).
I D med z 1− q fs
I D med = = (2.153)
V1 π fo
I DR med z
I DR med = = I S med + I D med (2.157)
V1
I DR ef =
I DR ef z
V1
= (ISef )2 + (I D ef )2 (2.158)
A. Característica de Saída
A característica de saída, parametrizada em função da relação z/V1,
foi traçada utilizando-se a expressão (2.145). Observa-se que para uma
determinada relação de freqüências (µo=fs/fo), a corrente média de saída
independe do ganho estático, ou seja, tem-se uma característica de fonte
de corrente ideal, como está representado na Fig. 2.57.
1
q
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
I ′o med
Fig. 2.57 – Característica de saída.
I S med
0,3
0,5
0,25
0,4
0,2
0,3
0,15
0,2
0,1
µ o = 0,1
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.58 - Corrente média nas chaves, em função do ganho estático q,
tendo µo como parâmetro.
0,8
I S ef
0,6
0,5
0,4
0,3
0,4
0,2
µ o = 0,1
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.59 - Corrente eficaz nas chaves, em função do ganho estático q,
tendo µo como parâmetro.
I D med
0,15
0,5
0,4
0,1
0,3
0,2
0,05
µ o = 0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.60 - Corrente média nos diodos em anti-paralelo com as chaves, em
função do ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
0,4
I DR med
0,5
0,3
0,4
0,2
0,3
0,2
0,1
µ o = 0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 2.61 - Corrente média nos diodos da ponte retificadora, em função do
ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
C r = 28,9976 × 10 −9 F
L r = 413,233 × 10 −6 H
f o = 45977 ,0115 Hz
Vo′ 120
q= = = 0,6
Vi 2 400 2
N1 Vo′ 120
= = = 2,4
N 2 Vo 50
Definindo-se uma freqüência de chaveamento mínima de 20KHz, a
relação de freqüências é fs/fo=0,435. Nesta freqüência a potência de saída
é de 111,36W. Para reduzir a potência, seria necessário entrar na faixa
audível de freqüência.
O tempo de condução das chaves e dos diodos em anti-paralelo com
as chaves são calculados de acordo com as expressões (2.102) e (2.116).
Como se pode observar, estes tempos dependem apenas dos componentes
ressonantes (Lr e Cr).
I DR pico = 2,681A
1
Fig. 2.62- Circuito simulado.
i Lr ( A )
v Cr ( V )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.63 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
v S2
i S2×50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.64 – (a) Tensão vab e (b) detalhe da comutação nas chaves.
I ′o (A)
t (s)
Fig. 2.65 – Corrente na fonte Vo′ .
v Cr ( V ) i Lr ( A )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.66 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
i S1× 50
v S2
i S2× 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 2.67 – (a) Tensão vab. e (b) detalhe da comutação nas chaves.
I ′o (A)
t (s)
Fig. 2.68 – Corrente na fonte Vo′ .
3.1 INTRODUÇÃO
O conversor série ressonante estudado no Cap. II é conveniente para
as aplicações onde se desejam características de saída de fonte de
corrente. Nesse conversor porém, a tensão no capacitor ressonante pode
atingir valores bem maiores do que o da fonte de alimentação. Uma
alternativa para evitar este problema é interromper o ciclo ressonante
através do grampeamento da tensão do capacitor ressonante. Na Fig. 3.1 é
apresentado este conversor. Como se pode observar, dois diodos (DG1 e
DG2) são adicionados ao conversor série ressonante, proporcionando o
grampeamento da tensão do capacitor ressonante no valor da fonte de
alimentação (Vi/2). O conversor opera em condução descontínua de
corrente em uma ampla faixa de variação da freqüência de chaveamento,
até próximo da freqüência de ressonância. Além disso, a característica
externa fica modificada em relação ao conversor série ressonante
convencional.
D1 D2 +
+ S1 Io
Vi /2 - DG1
Cr .
Lr
a . Co Ro Vo
- b Lt2
+ Lt1 iLr
vCr
+ D G2 S2 D3 D4
Vi /2 -
-
Fig. 3.1 - Conversor série ressonante com grampeamento
da tensão do capacitor ressonante.
3.2 ETAPAS DE FUNCIONAMENTO
Para facilitar os estudos teóricos, todos os componentes ativos e
passivos serão considerados ideais, e o filtro de saída é substituído por
uma fonte de tensão constante ideal, cujo valor é igual ao valor da tensão
de carga. O conversor está referido ao lado primário do transformador, a
tensão induzida no primário é denominada Vo′ e a corrente no primário
I′o .
+ DG1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
+v - iLr
Cr
+ S2
Vi /2 - D G2
2a Etapa (t1,t2)
Quando a tensão no capacitor atinge Vi/2, o diodo D1 entra em
condução, pois a tensão sobre o mesmo é zero. Com a entrada em
condução de D1, a tensão no capacitor mantém-se constante e a corrente
no indutor ressonante decresce de forma linear. Na Fig. 3.3 tem-se a
representação desta etapa, que termina quando a corrente no indutor
ressonante atinge zero, bloqueando D1.
+ DG1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
- + i Lr =0
vCr
+ S2
Vi /2 - D G2
+ DG1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
-
vCr
+ iLr
+ S2
Vi /2 - D G2
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 105
Ressonante
5a Etapa (t4, t5)
Quando a tensão no capacitor ressonante atinge -Vi/2, o diodo D2
entra em condução, pois a tensão sobre o mesmo é zero. A tensão no
capacitor fica grampeada em -Vi/2, e a corrente no indutor ressonante
decresce de forma linear. Esta etapa está representada na Fig. 3.6 e
termina quando a corrente no indutor atinge zero, instante em que o diodo
D2 bloqueia.
+ DG1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
+ - iLr
vCr
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 3.6 - Quinta etapa.
+ DG1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
+ - i Lr=0
vCr
+ S2
Vi /2 - D G2
3.4 EQUACIONAMENTO
Nesta seção são obtidas as expressões de vCr(t) e iLr(t), para os
diferentes intervalos de tempo. Por ser o circuito simétrico, será analisado
apenas meio período de operação.
A. Primeira Etapa
⎧v Cr ( t 0 ) = − Vi 2
As condições iniciais para a primeira etapa são: ⎨
⎩i L r ( t 0 ) = 0
Do circuito equivalente obtém-se as expressões (3.1) e (3.2).
Vi di ( t )
= L r Lr + v Cr ( t ) + Vo′ (3.1)
2 dt
dv Cr ( t )
i L r (t ) = C r (3.2)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (3.1) e (3.2),
obtém-se (3.3) e (3.4).
(V i 2) − Vo′
= s L r I Lr (s) + v Cr (s) (3.3)
s
Vi
I Lr (s) = s C r v Cr (s) + C r (3.4)
2
Vi 1
Seja: V1 = e wo =
2 Lr Cr
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 107
Ressonante
i Lr
(I1 )
-(I1 )
vCr
(Vi /2)
-(Vi /2)
vS1
(Vi )
iS1
t
vS2
(Vi )
iS2
comando t
S1
comando t
S2
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t
Fig. 3.8 - Formas de onda básicas.
Vo′
Dividindo-se (3.6) e (3.7) por V1 e definindo-se q = ; obtém-se
V1
(3.8) e (3.9):
v (t)
v Cr ( t ) = Cr = −(2 − q ) cos ( w o t ) + 1 − q (3.8)
V1
i L r (t) z
i Lr (t) = = ( 2 − q ) sen ( w o t ) (3.9)
V1
1 = −( 2 − q ) cos ( w o t ) + 1 − q (3.10)
⎛ q ⎞
w o (t1 − t 0 ) = π − arc cos⎜⎜ ⎟⎟ (3.11)
⎝2−q⎠
A corrente no indutor no final desta etapa é dada por (3.12).
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 109
Ressonante
i L r ( t1 ) z ⎡ ⎛ q ⎞⎤
I1 = = ( 2 − q ) sen ⎢π − arc cos⎜⎜ ⎟⎟⎥ (3.12)
V1 ⎣ ⎝ 2 − q ⎠⎦
I1 = 2 1 − q (3.13)
z1 ( t ) = v Cr ( t ) + j i L r ( t ) (3.14)
z1 ( t ) = (1 − q ) − (2 − q ) e − j w o t (3.16)
B. Segunda Etapa
⎧v Cr ( t1 ) = V1
As condições iniciais para esta etapa são: ⎨
⎩i L r ( t1 ) = I1
Do circuito equivalente obtém-se as expressões (3.17) e (3.18):
V′
i L r ( t ) = I1 − o (t − t1 ) (3.17)
Lr
v Cr ( t ) = V1 (3.18)
0 = 2 1 − q − q w o (t 2 − t 1 ) (3.21)
2 1− q
w o (t 2 − t 1 ) = (3.22)
q
z 2 ( t ) = v Cr ( t ) + j i L r ( t ) (3.23)
[
z 2 ( t ) = 1 + j I1 − q w o (t − t1 ) ] (3.24)
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 111
Ressonante
Lr I1
i Lr
Cr
θ
0
1− q
− I1
-1 0 1
vCr
Fig. 3.9 - Plano de fase.
f s max
f o 0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 3.10 –Relação entre a máxima freqüência de chaveamento e a freqüência
de ressonância em função do ganho estático q.
⎛ t1 t2 ⎞
2 ⎜ ⎟
I ′o med = ∫ ∫
⎜ i Lr ( t ) dt + i Lr ( t ) dt ⎟
Ts ⎜ ⎟
(3.28)
⎝to t1 ⎠
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 113
Ressonante
2 ⎡ 2 (1 − q) ⎤
I′o med = ⎢2 + ⎥ (3.29)
w o Ts ⎣ q ⎦
1 1 fs
Seja: = .
w o Ts 2π f o
I ′o med z 2 1 fs
I ′o med = = (3.30)
V1 π q fo
PVo′ Lr Cr 2 fs
PVo′ = = (3.31)
V12 π fo
I′o ef
ISef = I D ef = (3.34)
2
t1 t2
∫ i Lr (t) ∫ i Lr (t)
2 2 2
I′o ef = dt + dt (3.35)
Ts
t0 t1
1 f s ⎡ (2 − q )2 ⎡ ⎛ q ⎞⎤ ⎛ 8 8⎞ ⎤
I′o ef = ⎢ ⎢π − arc cos ⎜⎜ ⎟⎟⎥ + ⎜⎜ q + − ⎟⎟ 1 − q ⎥ (3.36)
π f o ⎣⎢ 2 ⎣ ⎝ 2 − q ⎠⎦ ⎝ 3q 3 ⎠ ⎦⎥
ISef z 1 fs ⎡ (2 − q) 2 ⎡ ⎛ q ⎞⎤ ⎛ 8 8⎞ ⎤ (3.37)
ISef = = I D ef = ⎢ ⎢π − arc cos ⎜⎜ ⎟⎟⎥ + ⎜⎜ q + − ⎟⎟ 1 − q ⎥
V1 2.π f o ⎢⎣ 2 ⎣ ⎝ 2 − q ⎠⎦ ⎝ 3q 3 ⎠ ⎥⎦
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 115
Ressonante
3.9.2 Correntes de Pico, Média e Eficaz nos Diodos
Grampeadores
I DG pico z
I DG pico = = I1 = 2 1 − q (3.38)
V1
t2
∫ i Lr (t) dt
1
I DG med = (3.39)
Ts
t1
I DG med z 1 (1 − q ) f s
I DG med = = (3.40)
V1 π q fo
t2
∫ i Lr (t)
1 2 dt
I DG ef = (3.41)
Ts
t1
I DG ef z 4 (1 − q) fs
I DG ef = = 1− q (3.42)
V1 3π q fo
q
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 µ o = 0,8
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
I′o med
Fig. 3.11 - Característica de saída.
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 117
Ressonante
0,5
I D med
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 3.12 – Corrente média nas chaves e nos diodos retificadores, em função do
ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
I Sef
0,8
I D ef
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 µ o = 0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 3.13 – Corrente eficaz nas chaves e nos diodos retificadores, em função do
ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
I DG med
0,4
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 3.14 – Corrente de média nos diodos grampeadores, em função do ganho
estático q, tendo µo como parâmetro.
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 119
Ressonante
S1
Cr D1
V'o Lr
+
Vi -
D2 S2
(a)
S1
D1
V'o Lr
+
Vi -
D2 S2
Cr
(b)
S1
D1 Cr
V'o Lr
+
Vi
-
D2 S2
(c)
3.15 - Variações topológicas do conversor série ressonante com grampeamento
da tensão no capacitor ressonante.
Vi = 400V
Vo = 50V
Io = 10A
Po = 500W
f s = 100 × 10 3 Hz
N1 Vo′ 160
= = = 3,2
N 2 Vo 50
f 100 × 10 3
fo = s = = 200 × 10 3 Hz
µo 0,5
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 121
Ressonante
L r C r = 6,3325 × 10 −13
Do ábaco de característica externa, obtém-se o valor parametrizado
da corrente média na fonte Vo′ :
I′o med Lr Cr
I′o med = = 0,4
V1
Io 10
I′o med = = = 3,125A
N1 N 2 3,2
Com o valor de I′o med tem-se uma segunda relação para Lr e Cr:
Lr
= 25,6
Cr
Logo:
C r = 31,085 × 10 −9 F
L r = 20,372 × 10 −6 H
1 ⎡ ⎛ q ⎞ 2 1− q ⎤ −6
∆t s = ⎢π − arc cos ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎥ = 2,72 × 10 s
wo ⎢⎣ ⎝2−q⎠ q ⎥⎦
∆t DG =
[(2 ) ] = 0,8897 × 10− 6 s
1− q q
wo
Os esforços nos semicondutores são então calculados de acordo com
as expressões apresentadas na seção 3.9.
3
+ DG1 6 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
2
a 8 b 4
5
- + iLr
vCr
+ S2
Vi /2 - D G2 7
1
Fig. 3.16 - Circuito simulado.
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 123
Ressonante
3.13.1 Operação com Potência Nominal
A listagem do arquivo de dados simulado, para potência nominal, é
apresentada a seguir.
v.1 2 1 200 0 0
v.2 3 2 200 0 0
v.3 6 7 160 0 0
cr.1 8 2 31.085n -200
t.1 3 4 0.1 1M 100k 0 0 1 0 2.72u
t.2 4 1 0.1 1M 100k 0 0 1 5u 7.72u
d.1 8 3 0.1 1M
d.2 1 8 0.1 1M
d.3 5 6 0.1 1M
d.4 8 6 0.1 1M
d.5 7 5 0.1 1M
d.6 7 8 0.1 1M
lr.1 4 5 20.372u
.simulacao 0 1m 0 0 1
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.17 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
I ′o (A)
v ab ( V )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.18 – (a) Tensão vab e (b) corrente na fonte Vo′ .
v S1 i D1 × 20
i S1× 20
v D1
v S2 i D2 × 20
i S2 × 20
v D2
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.19 – (a) Detalhe da comutação nas chaves e (b) detalhe da comutação nos
diodos grampeadores.
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 125
Ressonante
Tabela I
Calculado Simulado
I ′o (A) 3,108 3,066
I S med (A) 1,554 1,533
I Sef (A) 3,369 3,317
IS pico (A) 9,375 9,272
I DG med (A) 0,311 0,259
I DG ef (A) 1,21 1,048
I DG pico (A) 6,988 6,003
v Cr ( V ) i Lr ( A )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.20 – (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor.
v ab ( V ) I ′o (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.21 – (a) Tensão vab e (b) corrente na fonte Vo′ .
Cap. III – Conversor Série Ressonante com Grampeamento da Tensão do Capacitor 127
Ressonante
i D1 × 40
v S1
i S1× 20
v D1
i D2 × 20
v S2
i S2 × 20
v D2
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 3.22 – (a) Detalhe da comutação nas chaves e (b) detalhe da comutação nos
diodos grampeadores.
Tabela II
Calculado Simulado
I′o (A) 0,622 0,583
I S med (A) 0,311 0,259
I S ef (A) 1,499 1,374
ISpico(A) 9,375 9,274
I DG med (A) 0,062 0,02046
I DG ef (A) 0,538 0,24
I DG pico (A)
6,988 2,81
4.1 INTRODUÇÃO
O conversor série ressonante estudado no Capítulo III, tinha como
características comutação suave e grampeamento da tensão no capacitor.
Porém devido à circulação de energia reativa proveniente do circuito
ressonante, as perdas em condução eram grandes. Além disso, a
característica mais indesejável, que é a modulação em freqüência, não foi
eliminada. Como a potência de saída é proporcional à freqüência, para
valores fixos das tensões de entrada e de saída, uma variação de potência
de 10% a 100% equivale a uma variação na freqüência de chaveamento
de 10% a 100%, o que é inaceitável devido ao ruído audível.
Neste capítulo é estudado o conversor série ressonante com
grampeamento da tensão do capacitor ressonante operando com
freqüência de chaveamento constante (controle PWM - modulação por
largura de pulso) e comutação sob corrente nula. O controle da potência
transferida para a carga é feito através da variação da razão cíclica D,
correspondente ao tempo de condução das chaves S3 e S4, como
mostrado na Fig. 4.1. Desta forma, consegue-se um controle de potência
com freqüência de chaveamento constante, que tem como vantagem a
otimização dos componentes magnéticos. Este conversor opera em
condução descontínua de corrente. Os esforços de corrente nos
semicondutores ainda são elevados devido à operação em condução
descontínua (valores de pico de corrente elevados).
S1 +
+ D1 D2 Io
Vi /2 - DG1
Cr .
.
Lr
a b Lt2 Co R o Vo
- + Lt1 iLr
S4 vCr S3
+ S2
Vi /2 - DG2 D3 D4
-
-
Fig. 4.1 - Conversor série ressonante com grampeamento da tensão do capacitor
ressonante, modulação por largura de pulso e comutação sob corrente nula.
+ D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
+ - iLr
S4 vCr S3
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.2 - Primeira etapa.
+ D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
S4 S3 iLr
vCr S2
+
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.3 - Segunda etapa.
+ D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
- + iLr
S4 vCr S3 S2
+
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.4 - Terceira etapa.
+ D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
S4 -vCr+ S3 iLr
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.5 - Quarta etapa.
+
D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
- +
S4 vCr S3
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.6 - Quinta etapa.
D G1
+ S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a - b
+ iLr
S4 vCr S3
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.7 - Sexta etapa.
+
D G1 S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
S4 vCr S3 iLr
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.8 - Sétima etapa.
D G1
+ S1
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
-
S4 +vCr S3 iLr
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.9- Oitava etapa.
D G1 S1
+
Vi /2 -
Cr V'o Lr
a b
+ - iLr
S4 vCr S3
+ S2
Vi /2 -
D G2
Fig. 4.10 - Nona etapa.
4.4 EQUACIONAMENTO
Nesta seção são obtidas as expressões da corrente no indutor e
tensão no capacitor, para os diferentes intervalos de tempo. Por ser o
circuito simétrico, será analisado apenas meio período de operação.
A. Primeira Etapa
⎧i L ( t 0 ) = 0
As condições iniciais da primeira etapa são: ⎨ r
⎩v Cr ( t 0 ) = − V1
Do circuito equivalente da primeira etapa obtém-se as expressões
(4.1) e (4.2):
di L r ( t )
V1 = L r + Vo′ + v Cr ( t ) (4.1)
dt
dv Cr ( t )
i L r (t) = C r (4.2)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (4.1) e (4.2),
obtém-se (4.3) e (4.4).
t
-(I1 )
- (I3 )
- (I2 )
vCr
(Vi /2)
- (Vi /2)
vS1
(Vi )
iS1
vS2
(Vi )
iS2
t
comando
S1
comando t
S2
comando t
S3
comando t
S4
t 0 t1 t 2 t3 t 4 t5 t 6 t 7 t8 t 9 t 10 t
TS /2 TS
Fig. 4.12 - Formas de onda básicas.
(V1 − Vo′ ) w o 2 s V1
v Cr (s) =
(
s s2 + wo 2
) (s 2 + w o 2 )
− (4.5)
i (t) z
i Lr ( t ) = Lr = (2 − q) sen ( w o t ) (4.9)
V1
1 ⎛ 1− q ⎞
∆t1 = arc cos ⎜⎜ ⎟⎟ (4.10)
wo ⎝2−q⎠
A corrente no final desta etapa é dada por (4.11).
I1 = 3 − 2q (4.11)
V1− Vo′
i Lr ( t ) = I1 + (t − t 1 ) (4.13)
Lr
Normalizando as expressões (4.12) e (4.13) obtém-se (4.14) e
(4.15).
v (t)
v Cr ( t ) = Cr =0 (4.14)
V1
i (t ) z
i Lr ( t ) = 1 = I1 + (1 − q ) w o ( t − t1 ) (4.15)
V1
C. Terceira Etapa
⎧i ( t ) = I 2
As condições iniciais para a terceira etapa são: ⎨ Lr 2
⎩v Cr ( t 2 ) = 0
Do circuito equivalente da terceira etapa obtém-se as expressões
(4.18) e (4.19).
dv Cr ( t )
i Lr ( t ) = C r (4.19)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (4.18) e (4.19),
obtém-se (4.20) e (4.21).
V1 − Vo′
= s L r I Lr (s) − L r I 2 + v Cr (s) (4.20)
s
(V1 − Vo′ ) w o 2 I L w 2
v Cr (s) =
(
s s2 + wo2 ) (+ 2 r o
s2 + wo2 ) (4.22)
i (t) z
i Lr ( t ) = Lr = (1 − q) sen ( w o t ) + I 2 cos ( w o t ) (4.26)
V1
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ 1− q ⎟ ⎜ q ⎟
w o ∆t 3 = π − arc cos ⎜ ⎟ − arc cos ⎜ ⎟ (4.27)
⎜ I 2 + (1 − q) 2 ⎟ ⎜ I 2 + (1 − q ) 2 ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
A corrente no final desta etapa é dada por (4.28).
2
I3 = I 2 + (1 − q ) 2 − q 2 (4.28)
D. Quarta Etapa
⎧i ( t ) = I 3
As condições iniciais para esta etapa são: ⎨ Lr 3
⎩v Cr ( t 3 ) = V1
Do circuito equivalente da quarta etapa obtém-se as expressões
(4.29) e (4.30):
v Cr ( t ) = V1 (4.29)
V′
i Lr ( t ) = I 3 − o (t − t 3 ) (4.30)
Lr
= I 3 − q w o (t − t 3 )
i (t ) z
i Lr ( t ) = Lr (4.32)
V1
2
I2
Lr I3
i Lr
Cr I1 θ
1
r1 θr
φ θo r2
0
1-q
-1
− I1
− I3
− I2
-2
-2 -1 0 1 2
v Cr
Fig. 4.13 - Plano de fase.
0,6
0,4
0,2
D=0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 4.14 –Relação entre a máxima freqüência de chaveamento e a freqüência
de ressonância em função do ganho estático q,
tendo a razão cíclica como parâmetro.
⎛ t1 t2 t3 t4 ⎞
2⎜ ⎟
∫ ∫ ∫ ∫
I′o med = ⎜ i L r ( t ) dt + i L r ( t ) dt + i L r ( t ) dt + i L r ( t ) dt ⎟
T⎜ ⎟
(4.36)
⎝t0 t1 t2 t3 ⎠
Resolvendo-se as integrais obtém-se (4.37).
I ′o med z 21 f s (1 − q ) π D 2 3 − 2q
I ′o med = = + + D (4.37)
V1 πq fo 2q f s f o q
2
IS1,2 = I DR pico = r2 = I 2 + (1 + q ) 2 (4.38)
pico
I′o med
IS1,2 = I DR med = (4.40)
med 2
IS1,2
med
z 1 1 f s (1 − q ) π D 2 3 − 2q
I S1,2 = = I DR med = + + D (4.41)
med V1 π q fo 4q f s f o 2q
I S1,2
ef
z I′o ef
IS1,2 = = I DR ef = (4.42)
ef V1 2
sendo:
⎡1 ⎛ 1 − q ⎞ (1 − q ) 1 ⎛ I 3 − I 3 ⎞⎤
⎢ ( 2 − q ) arc cos ⎜⎜ ⎟⎟ −
2
3 − 2q + ⎜ 2 1 ⎟⎥
1 fs ⎢2 ⎝2−q⎠ 2 3 (1 − q ) ⎝ ⎠⎥
I ′o ef = ⎢ ⎥
π 2 3
(( ) )
fo ⎢ r2 I3 ⎥
+
⎢ 2 ( w ∆
o 3t ) +
1
q I 3 − I 2 + I 2 + ⎥
⎣ 2 3q ⎦
2
r2 = I 2 + (1 − q ) 2
IS3,4 z πD
pico
IS3,4 = = 3 − 2q + (1 − q ) (4.44)
pico V1 fs fo
∫ i Lr (t) dt
1
IS3,4 = (4.45)
med T
s
t1
t2
∫ i Lr (t)
1 2
IS3,4 = dt (4.47)
ef Ts
t1
I DG pico z
I DG pico = = I3 (4.49)
V1
∫ i L r (t ) dt
1
I DG med = (4.50)
Ts
t3
t4
∫
1 2
I DG ef = i L r ( t ) dt (4.52)
Ts
t3
3
I DG ef z 1 f s I3
I DG ef = = (4.53)
V1 2π f o 3q
q
D=0,8
0,7
0,8 0,6
0,5
0,4
0,6
0,3
0,4
0,2
0,2
0,1
0
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
q
D=0,8
0,8 0,7
0,6
0,5
0,6
0,4
0,3
0,4
0,2
0,2
0,1
0
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
(b) I ′o med
q
D=0,8
0,8 0,7
0,6
0,5
0,6
0,4
0,3
0,4
0,2
0,2 0,1
0
0 0,5 1 1,5 2
(c) I ′o med
q
D=0,8
0,8
0,7
0,6
0,5
0,6
0,4
0,3
0,4
0,2
0,1
0,2
0
0
0 0,5 1 1,5 2
(d) I ′o med
q
D=0,8
0,8 0,7
0,6
0,5
0,6 0,4
0,3
0,2
0,4
0,1
0
0,2
0
0 0,5 1 1,5 2
(e) I ′o med
Fig. 4.15 – Característica de saída, tendo a razão cíclica como parâmetro e
para: (a) µo=0,1, (b) µo=0,15, (c) µo=0,3, (d) µo=0,5, (e) µo=0,8.
IS1,2
med
8
I DR med
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(a) q
10
IS1,2
med
8
I DR med
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(b) q
IS1,2
med
8
I DR med
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(c) q
10
IS1,2
med
8
I DR med
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(d) q
Fig. 4.16 – Corrente média normalizada nas chaves principais (S1 e S2) e diodos
retificadores, em função do ganho estático q, tendo a razão cíclica como
parâmetro e para: (a) µo=0,1, (b) µo=0,3, (c) µo=0,5, (d) µo=0,8.
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(a) q
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(b) q
IS1,2
ef
I DR ef 1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(c) q
IS1,2
ef
I DR ef 1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(d) q
Fig. 4.17 – Corrente eficaz normalizada nas chaves principais (S1 e S2) e diodos
retificadores, em função do ganho estático q, tendo a razão cíclica como
parâmetro e para: (a) µo=0,1, (b) µo=0,3, (c) µo=0,5, (d) µo=0,8.
IS3,4
med
5
D=0,8
4
0,7
3
0,6
2 0,5
0,4
1 0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(a) q
2,5
IS3,4
med
2
D=0,8
0,7
1,5
0,6
1 0,5
0,4
0,5 0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(b) q
IS3,4
med
D=0,8
1,5
0,7
0,6
1
0,5
0,4
0,5
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(c) q
1,5
IS3,4
med
D=0,8
1 0,7
0,6
0,5
0,5 0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(d) q
Fig. 4.18 – Corrente média normalizada nas chaves auxiliares (S3 e S4), em
função do ganho estático q, tendo a razão cíclica como parâmetro e para:
(a) µo=0,1, (b) µo=0,3, (c) µo=0,5, (d) µo=0,8.
IS3,4
ef
10
D=0,8
8
0,7
6
0,6
0,5
4
0,4
0,3
2
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(a) q
IS3,4
ef
4
D=0,8
3
0,7
0,6
0,5
2
0,4
0,3
1 0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(b) q
IS3,4
ef
2,5
D=0,8
0,7
2
0,6
1,5 0,5
0,4
1
0,3
0,2
0,5
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(c) q
2,5
IS3,4
ef
2
D=0,8
0,7
1,5
0,6
0,5
0,4
1
0,3
0,2
0,5 0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(d) q
Fig. 4.19 – Corrente eficaz normalizada nas chaves S3 e S4, em função do ganho
estático q, tendo a razão cíclica como parâmetro e para:
(a) µo=0,1, (b) µo=0,3, (c) µo=0,5, (d) µo=0,8.
I DG med
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(a) q
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(b) q
I DG med
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 D=0,8
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(c) q
I DG med
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,60,7 D=0,8
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(d) q
Fig. 4.20 – Corrente média normalizada nos diodos grampeadores, em função
do ganho estático q, tendo a razão cíclica com parâmetro e para:
(a) µo=0,1. (b) µo=0,3, (c) µo=0,5, (d) µo=0,8.
f s = 40 × 10 3 Hz
f 40 × 103 Hz
Assim: f o = s = = 400 × 103 Hz
µo 0,1
A partir da característica de saída mostrada na Fig. 4.15 (a), escolhe-
se uma região de operação onde a variação da corrente média de saída
com a razão cíclica apresenta maior linearidade. Adotou-se:
q = 0,8
Assim:
400 N V ′ 160
Vo′ = q V1 = 0,8 × = 160V e 1 = o = = 3,2
2 N 2 Vo 50
Com o valor de fo, obtém-se uma relação para Lr e Cr.
I′o med Lr Cr
I′o med = = 1,3
V1
Io 10
I′o med = = = 3,125
N1 N 2 3,2
Determina-se então outra relação para o indutor e capacitor
ressonantes:
Lr
= 83,2 .
Cr
−9 −6
Logo, C r = 4,782 × 10 F e L r = 33,1 × 10 H .
Definidos o ganho estático q e a razão cíclica D, pode-se calcular a
máxima freqüência de chaveamento para garantir a condução descontínua
e portanto a comutação suave nos semicondutores. Da equação (4.35),
obtém-se:
f s max
= 0,483 e f s max = 193,236 × 10 3 Hz .
fo
Calcula-se então o intervalo de tempo da primeira e segunda etapas:
⎛ 1− q ⎞
⎟⎟ = 0,5584 × 10 − 6 s
1
∆t1 = arc cos ⎜⎜
wo ⎝2−q⎠
I o min = 1A
I o min 1
I′o min = = = 0,3125A
N1 N 2 3,2
∆t 2 = D min s = 0,4 × 10 − 6 s
T
2
3
+ 5 S1
Vi /2 - DG1
Cr V'o Lr
8
a 7 4 b
2
Sa
+ S2
Vi /2 - DG2
6
1
Fig. 4.21 - Circuito simulado.
v Cr ( V ) i Lr (A )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.22 – (a) Tensão no capacitor ressonante e (b) corrente no indutor
ressonante.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.23 – (a) Tensão vab e (b) corrente na fonte Vo′ .
i DG1 × 20
vS1
i S1 x 20 vDG 1
i DG2 × 20
vS2
i S2 x 20 v DG 2
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.24 – (a) Detalhe da comutação nas chaves S1 e S2 e (b) detalhe da
comutação nos diodos grampeadores.
vCr ( V ) i Lr ( A )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.25 – (a) Tensão no capacitor ressonante e (b) corrente no indutor
ressonante.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.26 – (a) Tensão vab e (b) corrente na fonte Vo’.
v S1 i DG1× 80
i S1 × 40 v DG1
i DG 2 × 80
vS 2
i S 2 × 40 v DG 2
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 4.27 – (a) Detalhe da comutação nas chaves S1 e S2 e (b) detalhe da
comutação nos diodos grampeadores.
Tabela II
Calculado Simulado
5.1 INTRODUÇÃO
Os conversores que utilizam um circuito série ressonante para tornar
suas comutações suaves podem ser classificados em dois grupos:
• os que operam com freqüência de chaveamento abaixo da
freqüência de ressonância;
• os que operam com freqüência de chaveamento acima da
freqüência de ressonância.
Nos capítulos anteriores estudou-se os conversores operando com
freqüência de chaveamento abaixo da freqüência de ressonância. Neste
capítulo será estudado o conversor série ressonante operando com
freqüência de chaveamento acima da freqüência de ressonância.
A topologia a ser estudada é apresentada na Fig. 5.1. As chaves têm
seu bloqueio comandado e entrada em condução sob tensão nula,
caracterizando um comportamento dual ao tiristor. Tem-se assim,
comutação por zero de tensão (ZVS).
Dependendo do tipo de chave a ser utilizada, a técnica de
chaveamento ZVS permite a incorporação da capacitância intrínseca à
chave ao processo de comutação, ao contrário da comutação ZCS, que
não aproveita tal capacitância e causa a perda da energia armazenada na
capacitância intrínseca, ε = (1 2) C V 2 , dissipada na chave na entrada em
condução da mesma.
+
+
Vi /2 C1 D1 S1 Io
-
Cr Lr .
a . b
Lt1 - Lt2 Co R o Vo
+ i Lr
+
VCr
Vi /2 C2 D2 S2
-
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
- + i Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
- + i Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
- + i Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
- + i Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
+ - i Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
+
Vi /2 C1 D1 S1
-
V'o Cr Lr
a b
+ - i
Lr
VCr
+
Vi /2 C2 D2 S2
-
5.4 EQUACIONAMENTO
Nesta seção são obtidas as expressões de vCr(t) e iLr(t), para os
diferentes intervalos de tempo. Por ser o circuito simétrico, será analisado
apenas meio período de operação.
A. Primeira Etapa
⎧i ( t ) = 0
Sejam as seguintes condições iniciais: ⎨ Lr 0
⎩v Cr ( t 0 ) = − VC0
di Lr ( t )
V1 = L r + v Cr ( t ) + Vo′ (5.1)
dt
- (I1 )
vCr
(VC0 )
(V C1 )
- (V C1 )
- (VC0 )
vS1
(Vo′ )
iS1
t
vS2
iS2
comando t
S1
comando t
S2
t0 t1 t 2 t 3 t4 t5 t6 t
di L r (t )
e1 = L r + VCr (t ) + E (5.1)
dt
dv Cr ( t )
i Lr ( t ) = C r (5.2)
dt
i L r (t) =
i L r (t) z
V1
( )
= 1 − q + VC0 sen ( w o t ) (5.9)
( )
v Cr ( t ) + j i L r ( t ) = (1 − q) − 1 − q + VC0 (cos ( w o t ) − j sen ( w o t ) ) (5.14)
( )
v Cr ( t ) + j i Lr ( t ) = (1 − q ) − 1 − q + VC0 e − j w o t (5.15)
O centro fica situado no eixo horizontal, na posição 1− q , e o raio é
(
dado pela expressão − 1 − q + VC0 . )
B. Segunda Etapa
Considera-se para efeito de simplificação que nesta etapa não há
variação dos estados de corrente no indutor e tensão no capacitor. Eles
são portanto representados pelas expressões (5.16) e (5.17).
i Lr ( t ) ≅ I1 (5.16)
v Cr (t ) ≅ VC1 (5.17)
C. Terceira Etapa
⎧i ( t ) ≅ I1
Seja as seguintes condições iniciais: ⎨ Lr 2
⎩v Cr ( t 2 ) ≅ VC1
Do circuito equivalente obtém-se as expressões (5.18) e (5.19):
di ( t )
V1 = − L r Lr − v Cr ( t ) − Vo′ (5.18)
dt
i L r (t ) =
i L r (t ) z
V1
( )
= − 1 + q + VC1 sen ( w o t ) + I1 cos ( w o t ) (5.26)
( )
VC0 = −1 − q + 1 + q + VC1 cos ( γ ) + I1 sen ( γ ) (5.28)
( )
v Cr ( t ) + j i Lr ( t ) = − (1 + q) + 1 + q + VC1 cos ( w o t ) − j sen ( w o t ) +
(5.30)
+ I1 sen ( w o t ) + j I1 cos ( w o t )
[( ) ]
v Cr ( t ) + j i Lr ( t ) = − (1 + q ) + 1 + q + VC1 + j I1 e − j w o t (5.31)
(1 + q + VC1 )2 + I1 2 .
5.5 PLANO DE FASE RESULTANTE
O plano de fase resultando para um ciclo de operação é apresentado
na Fig. 5.9.
A partir do plano de fase podem ser obtidas as normalizações para
VC0, VC1 e I1 e os tempos de condução das chaves.
Da equação (5.8), tem-se (5.32) e (5.33)
(
v Cr ( t ) = VC1 = (1 − q) − 1 − q + VC0 cos (θ) ) (5.32)
Lr
i Lr I1
Cr
− I1
q (1 − q) [1 − cos (θ)]
VC1 = (5.35)
q + cos (θ)
v Cr ( t ) = 1 − q +
(q 2 − 1) cos ( w o t ) (5.38)
q + cos (θ)
i Lr ( t ) =
(1 − q 2 ) sen ( w o t ) (5.39)
q + cos (θ)
v Cr (t ) = −1 − q + 1 + q
[1 + q cos(θ)] cos(w 1− q2
o t) + sen (w o t ) (5.40)
q + cos (θ) q + cos (θ)
⎡ q [1 + cos (θ)]⎤ 1− q2
i Lr ( t ) = ⎢− 1 − ⎥ sen ( w o t ) + . cos ( w o t ) (5.41)
⎣ q + cos (θ) ⎦ q + cos (θ)
⎛ ⎞
γ = w o (t 3 − t 2 ) = arc tan ⎜
I1 ⎟ (5.42)
⎜ V +1+ q ⎟
⎝ C1 ⎠
Substituindo (5.35) e (5.37) em (5.42), obtém-se (5.43).
I′ (t ) z d v Cr ( t ) Lr 1
I′o ( t ) = o = Cr (5.47)
V1 dt C r V1
d v Cr ( t ) 1 d v Cr ( t )
I′o ( t ) = Lr Cr = (5.48)
dt wo dt
∫ ∫ d vCr
1
I′o ( t ) dt = (5.49)
wo
t0 − VC0
I ′o (t 3 − t 0 ) =
1
wo
[
VC0 − − VC0 ( )] (5.50)
2 fs
I′o med = VC0 (5.51)
π fo
0,8
0,6
0,4
0,2
1,6
1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 µ o = 1,05
0
0 2 4 6 8 10
I′o med
Fig. 5.10 - Característica de saída.
Cr Lr
I′o
∆V
v ab Vo′
Vab
∆V
γ
Vo′
Fig. 5.12 - Diagrama fasorial das tensões.
4
Vab1 = Vab (5.54)
π
A queda de tensão no capacitor e indutor ressonantes é dada por
(5.55).
4
Dividindo (5.59) por Vab 2 obtém-se (5.60).
π
2 ⎛ 2 2
⎛ V′ ⎞ w L r C r − 1 I′o ⎞
1 = ⎜⎜ o ⎟⎟ + ⎜ ⎟ (5.60)
⎝ Vab ⎠ ⎜ w Cr Vab ⎟
⎝ ⎠
0,8
0,6
0,4
0,2
1,6
1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 µ o = 1,05
0
0 2 4 6 8 10 12
I′o med
Fig. 5.13 - Característica de saída aproximada.
5
I1
I ′o med
4
0
1 1,2 1,4
(a )
1,6 1,8
µo 2
5
I1
I ′o med
4
0
1 1,2 1,4
( b)
1,6 1,8
µo 2
5
I1
I ′o med
4
0
1 1,2 1,4
(c )
1,6 1,8
µo 2
I S pico z
IS pico = = 1 − q + VC0 (5.65)
V1
t1 ∆t1
∫ ∫ (1 − q + VC0 )sen (w o t ) dt
1 1
IS med = i L r ( t ) dt = (5.66)
Ts Ts
t0 0
IS med =
I S med z
=
(1 − q + VC0 ) f s [1 − cos (θ)] (5.67)
V1 2π fo
t1 ∆t1
IS ef =
I Sef z
=
(1 − q + VC0 ) fs 1 ⎡
θ−
sen (2θ) ⎤
(5.69)
V1 2 ⎢
fo π ⎣ 2 ⎥⎦
I D pico z
I D pico = = I1 (5.70)
V1
t3 ∆t 3
I D med =
I D med z
V1
f 1
= s
f o 2π
[( )
1 + q + VC1 (cos ( γ ) − 1) + I1 sen ( γ ) (5.72) ]
t3 ∆t 3
IDef =
IDef z
=
fs 1 ⎡
fo 4π ⎢⎣
( )
2 ⎛ sen(2γ) ⎞
1+ q + VC1 ⎜ γ − ( ) 2 ⎛ sen(2γ) ⎞⎤
⎟ + I1 1+ q + VC1 (cos(2γ) −1) + I1 ⎜ γ +
2 ⎠⎥⎦
⎟ (5.74)
V1 ⎝ 2 ⎠ ⎝
I DR pico z
I DR pico = = 1 − q + VC0 (5.75)
V1
⎡ ∆t 1 ∆t 3 ⎤
1 ⎢
I DR ef = ∫i Lr ( t ) dt + i Lr ( t ) dt ⎥
∫ (5.77)
Ts ⎢ ⎥
⎣⎢ 0 0 ⎦⎥
IDRef =
IDRef z ⎧f 1 ⎡
=⎨ s (
⎢ 1 − q + VC0 )2 ⎛⎜ θ − sen2(2θ) ⎞⎟ + (1 + q + VC1)2 ⎛⎜ γ − sen22γ) ⎞⎟ +
V1 ⎩ fo 4π ⎣ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ (5.78)
1
( ) 2⎛
+ I1 1 + q + VC1 (cos (2γ) − 1) + I1 ⎜ γ +
sen (2γ) ⎞⎤ ⎫ 2
⎟⎥ ⎬
⎝ 2 ⎠⎦ ⎭
14
VC0 µ o = 1,05
12
10
1,1
6
4
1,2
2 1,3
1,4
1,5 1,6
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
I S med µo = 1,05
2,5
1,5
1,1
1,2
0,5 1,3
1,4
1,6
1,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 5.16 – Corrente média parametrizada nas chaves, em função do ganho
estático q, tendo µo como parâmetro.
6
I Sef
µ o = 1,05
5
3
1,1
1,2
1 1,3
1,4
1,6
1,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 5.17 - Corrente eficaz parametrizada nas chaves, em função do ganho
estático q, tendo µo como parâmetro.
I D med
µ o = 1,05
2
1,5
1,1
1
1,2
0,5
1,3
1,4
1,5 1,6
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 5.18 - Corrente média parametrizada nos diodos em anti-paralelo com as
chaves, em função do ganho estático q, tendo µo como parâmetro.
I DR med
µ o = 1,05
4
1,1
2
1,2
1
1,3
1,4
1,5 1,6
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 5.19 – Corrente média parametrizada nos diodos, em função do ganho
estático q, tendo µo como parâmetro.
Vo′ N
= 1 = 2,4
Vo N 2
Para potência nominal de 500W escolhe-se uma relação
µo=fs/fo=1,1, pois caso se deseje baixar a potência basta elevar esta
relação sem que seja necessário grandes valores de fs/fo. Adota-se
f o = 20KHz .
Calcula-se então a freqüência de chaveamento:
f s = f o µ o = 20 × 10 3 × 1,1 = 22KHz
Com o valor de fo, obtém-se uma relação para Lr e Cr.
1
= 2π × 20KHz
Lr Cr
Do ábaco de característica externa da Fig. 5.10, obtém-se o valor
parametrizado da corrente média na fonte Vo′ :
I′o med = 3,25
I′o med Lr Cr
I′o med =
V1
Com o valor de I′o med tem-se uma segunda relação para Lr e Cr:
Lr
= 156
Cr
Logo:
C r = 51nF
L r = 2,2414mH
θ = 118,2 o
θ 2,06 rad
∆t1 = = = 16,393µs
w o 2π × 20KHz
Os esforços nos semicondutores são então calculados de acordo com
as expressões apresentadas na seção 5.9. Os resultados estão dados a
seguir.
I S med = 2,673A I Sef = 3,023A I S pico = 6,486A
I1min ∆t 2 0,85 × 1 × 10 −6
C eq = = = 4,25nF
V1 200
C1 = C 2 = 2,125nF
v.1 2 1 200 0 0
v.2 3 2 200 0 0
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 5.21 – (a) Tensão no capacitor ressonante e (b) corrente no indutor
ressonante.
v S1 i D1 × 20
i S1 × 20
v D1
v S2 i D 2 × 20
i S2 × 20
v D2
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 5.22 – (a) Tensão e corrente nas chaves e (b) tensão e corrente nos diodos
em anti-paralelo com as chaves.
i S1 × 20 i S2 × 20
t (s) t (s)
Fig. 5.23 - Detalhe do bloqueio nas chaves.
I ′o ( A )
v ab ( V)
t (s ) t (s )
(a) (b)
t (s ) t (s)
(a) (b)
Fig. 5.25 – (a) Corrente na fonte Vo′ para µo=1,5 (fs=30,675KHz) e (b) para
µo=1,75 (fs=35,787KHz).
t (s )
Fig. 5.26 – Corrente na fonte Vo′ para µo=2,0 (fs = 40,899KHz).
6
I1
I ′o med
4
0
1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
fs fo
Fig. 5.27 - Corrente de comutação e corrente média na fonte Vo′ ,
em função da relação fs/fo para q=0,6.
6.1 INTRODUÇÃO
O conversor em ponte completa (FB-ZVS-PWM) a ser estudado
neste capítulo é apresentado na Fig. 6.1. Este não utiliza capacitor
ressonante. Assim a freqüência de ressonância é igual a zero. Por isto a
denominação “Não Ressonante”. Todas as etapas de funcionamento são
regidas por equações lineares, o que simplifica naturalmente o
entendimento e o projeto do conversor.
Uma grande vantagem deste conversor é que a freqüência de
operação é fixa, empregando a modulação por largura de pulso. As
comutações das chaves são do tipo ZVS (Zero Voltage Switching -
comutação sob tensão nula), o que praticamente eliminas as perdas no
chaveamento. Além disso a tensão nos semicondutores fica limitada à
tensão de entrada Vi.
S1 D1 C1 C2 D2 S2 Io +
Lr .
+ a c . b
Vi L t2 Co R o Vo
L t1
- S3 D3 C3 i Lr C4 D4 S4
-
Fig. 6.1 - Conversor em ponte completa, não ressonante, modulado por largura
de pulso e com comutação sob tensão nula.
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I o′
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
Lr c
V′o
+ a b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
6.4 EQUACIONAMENTO
6.4.1 Etapas de Operação e Condições Iniciais
Nesta seção são obtidas as equações que caracterizam as etapas de
operação necessárias e as condições iniciais, para a obtenção da
característica de saída e esforços nos semicondutores.
A. Quarta Etapa
Do circuito elétrico equivalente da quarta etapa, obtém-se a equação
(6.1).
di Lr ( t )
Vi − Vo′ = L r (6.1)
dt
∆T
- (Vi)
vcb
(Vi )
- (Vi)
i Lr
(I 3)
(I 1)
t
-(I 1)
-(I 3)
vS1
(I 3)
iS1
t
vS2
(I 3)
iS2
(I 1) (I 1)
t
comando
S1
t
comando
S2
t
comando
S3
t
comando
S4
t0 t1 t 2 t 3 t 4 t5 t 6 t7 t8 t 9 t 10 t
TS /2 TS
Fig. 6.12 - Formas de onda básicas para CCM.
B. Sexta Etapa
Do circuito elétrico equivalente da sexta etapa, obtém-se a equação
(6.3).
di Lr ( t )
− Vo′ = L r (6.3)
dt
Integrando a equação (6.3) de t5 a t6, obtém-se (6.4).
t6 I1
∫ Vo′ dt = −L r ∫ di (6.4)
t5 I3
C. Terceira Etapa
Do circuito elétrico equivalente da terceira etapa, obtém-se a
equação (6.7).
di Lr ( t )
− (Vi + Vo′ ) = L r (6.7)
dt
Integrando a equação (6.7) de t2 a t3, obtém-se (6.8).
t3 0
− (Vi + Vo′ ) dt = L r
∫ ∫ dt (6.8)
t2 I1
V + Vo′
I1 = i ∆t 32 (6.10)
Lr
D. Condições Iniciais
Pela simetria do conversor, sabe-se que: ∆t 3−2 = ∆t 8−7 ,
∆t 4−3 = ∆t 9−8 , ∆t 1−0 = ∆t 6−5 .
Definindo-se ∆T como o tempo durante o qual a tensão vab é igual
a tensão da fonte (±Vi), e sabendo-se que isto só ocorre se duas chaves ou
dois diodos conduzem, tem-se (6.11) e (6.12).
∆T = ∆t 8−7 + ∆t 9−8 (6.11)
Ts
≅ ∆T + ∆t 6−5 (6.12)
2
Isolando-se ∆t 6−5 na expressão (6.12) chega-se à (6.13).
T
∆t 6−5 = s − ∆T (6.13)
2
O ganho estático q e a razão cíclica D são definidos por (6.14) e
(6.15).
V′
q= o (6.14)
Vi
2 ∆T
D= (6.15)
Ts
Substituindo (6.2), (6.9) e (6.13) em (6.6), obtém-se (6.16)
I′oC
(I 3)
( A 3 / 2)
(I 1) ( A1 / 2) ( A 2 / 2)
t0 t1 t 3 t4 t 6 t8 t9
t2 t5 t7 t 10 t
TS
Fig. 6.13 - Corrente na carga em CCM.
2 I 3 ∆t 4−3
A1 = (6.24)
Ts 2
Vi
A1 = ( 1 − q) (D + q) 2 (6.25)
16 L r f s
2 (I1 + I 3 ) ∆t 6−5
A2 = (6.26)
Ts 2
Substituindo (6.15) em (6.12) obtém-se a expressão (6.27) para
∆t 6−5 :
( 1 − D) [( 1 + q) (D − q) + ( 1 − q ) ( D + q )]
Vi
A2 = (6.28)
8 fs Lr
2 I1 ∆t 8−7
A3 = (6.29)
Ts 2
Substituindo (6.22) e (6.19) em (6.29), obtém-se na expressão (6.30)
a área A 3 .
Vi
A3 = (1 + q) (D − q ) 2 (6.30)
16 f s L r
∆T ∆ t2 t
TS
Fig. 6.14 - Corrente na carga em DCM.
Quando duas chaves estão conduzindo, tem-se (6.33).
di Lr ( t ) L r I Lp
Vi − Vo′ = L r = (6.33)
dt ∆T
Substituindo (6.15) em (6.33) obtém-se (6.34).
V − Vo′ D Ts
I Lp = i (6.34)
Lr 2
Quando uma chave e um diodo estão conduzindo, tem-se (6.35).
di Lr ( t ) − I Lp
Vo′ = − L r = −L r (6.35)
dt ∆t 2
Isolando ILp chega-se à (6.36).
Vo′ ∆t 2
I Lp = (6.36)
Lr
Igualando-se (6.34) e (6.36), obtém-se (6.37).
E ∆t 2 Vi − Vo′
I Lp = = ∆T (6.37)
Lr Lr
2 ⎡ I Lp ∆T I Lp ∆t 2 ⎤
I ′o Dmed = ⎢ + ⎥ (6.39)
Ts ⎣⎢ 2 2 ⎦⎥
Substituindo (6.38) em (6.39), tem-se em (6.40) a corrente média de
saída.
1 − q Vi D 2
I ′o Dmed = (6.40)
q Lr 4 fs
Normalizando a equação (6.40), obtém-se (6.41).
I ′o Dmed 8 L r f s ⎛1− q ⎞
I ′o Dmed = = 2 D 2 ⎜⎜ ⎟⎟ (6.41)
Vi ⎝ q ⎠
Em condução descontínua, ∆t 8−7 = 0 , logo se escreve (6.42).
∆t 8 − 7 D − q
= =0 (6.42)
Ts 4
Rescrevendo (6.42) tem-se (6.43).
D=q (6.43)
Substituindo (6.43) em (6.41), obtém-se a equação (6.44), que
representa a fronteira entre condução contínua e descontínua.
I ′o Dmed
q2 − q + =0 (6.44)
2
∫
1 t
I S1,3 (q ) = I3 dt (6.46)
med C Ts ∆t 4 − 3
0
I S1,3 4 fs Lr
med C ( 1 − q) (D + q) 2
I S1,3 (q ) = = (6.47)
med C Vi 8
⎛ ∆t 9−8 ∆t1−0 ⎞
I S2,4
med C
(q ) =
1 ⎜
⎜
Ts ⎜
I 3∫
t
∆t 9−8
dt + I 3 + I1 − I 3 ∫
t
dt
∆t 1−0 ⎟
⎟
⎟ ( ) (6.48)
⎝ 0 0 ⎠
IS2,4 (q) =
IS2,4
medC
4 f s Lr
= +
(
(1− q)(D + q) 2 D − q 2 (1− D) )
(6.49)
medC Vi 8 2
∆t 4−3 2
⎛ t ⎞
∫
1
I S1,3 (q ) = ⎜ I3 ⎟ dt (6.50)
ef C ⎜ ∆t ⎟
Ts
0
⎝ 4−3 ⎠
( )
IS2,4 4f L (1− q)2 (D + q)3 2
ef C s r 2
IS2,4 (q) = = + (1− D) D − q2 (6.53)
ef C Vi 12 3
I D 2,4 4 fs Lr
pico C
I D 2,4 (q ) = = I1 = ( 1 + q ) (D − q ) (6.55)
pico C Vi
A corrente média e a corrente eficaz nos diodos D1 e D3 são
calculadas integrando-se a corrente no indutor na primeira etapa, como
mostram as expressões (6.56) e (6.60). A corrente média e a corrente
eficaz nos diodos D2 e D4 são calculadas integrando-se a corrente no
indutor na terceira etapa, como mostram as expressões (6.58) e (6.62).
I D1,3 (q) =
I D1,3
medC
4 f s Lr
=
( +
)
(1− D) D − q 2 (1+ q) (D − q) 2
(6.57)
medC Vi 2 8
∆t 3− 2
⎛ ⎞
⎜ I1 − I1
∫
1
I D 2,4 (q ) = t ⎟ dt (6.58)
med C Ts ⎜ ∆t 3−2 ⎟
0 ⎝ ⎠
∆t 1−0
⎡ (
I1 − I 3 ) t ⎤⎥ 2 dt
∫
1
I D1,3 (q ) = ⎢I 3 + (6.60)
ef C Ts ⎢ ∆t1− 0 ⎥⎦
0 ⎣
Resolvendo a integral chega-se à (6.61).
ID1,3 (q) =
ID1,3
ef C
4 fs Lr
=
(1 − q2 )(D2 − q2 )(1 − D) + 2 q2 (1 − D)3 + (1 + q)2 (D − q)3 (6.61)
ef C Vi 2 3 12
∆t 3− 2 2
⎛ ⎞
⎜ I1 − I1
∫
1
I D 2,4 (q ) = t ⎟ dt (6.62)
ef C Ts ⎜ ∆t 3−2 ⎟
0 ⎝ ⎠
I D 2,4 4 fs Lr
ef C ( 1 + q) (D − q) D−q
I D 2,4 (q ) = = (6.63)
ef C Vi 2 3
I DR pico C 4 f s L r
I DR pico C (q) = = I 3 = ( 1 − q) (D + q) (6.64)
Vi
I DR med C 4 f s L r D ( 2 − D) − q 2
I DR med C (q) = = (6.66)
Vi 4
⎡ ∆t 4 − 3 2 ∆t 6 − 5 2 ∆t 8 − 7 2 ⎤ (6.67)
I DR ef C (q ) =
1 ⎢
Ts ⎢ ∫
⎛ I3 t ⎞
⎜
⎜ ∆t
⎟ dt +
⎟ ∫
⎛
( )
⎜ I 3 + I1 − I 3
⎜
t ⎞
⎟ dt +
∆t 6 − 5 ⎟⎠ ∫
⎛ I t
⎜ I1 − 1
⎜ ∆t 8 − 7
⎞ ⎥
⎟ dt
⎟ ⎥
⎢⎣ 0 ⎝ 4 − 3 ⎠ ⎝ ⎝ ⎠ ⎥
0 0 ⎦
IDRef C (q) =
IDRef C 4 fs Lr
Vi
=
( 1− q)2 (D + q)3 ( 1+ q)2 (D − q)3 ( 1 − D) ⎡
12
+
12
+
2 ⎢
( )(
⎢ 1− q2 D2 − q2 + )
4 q2 (D −1)2 ⎤
3
⎥
⎥⎦
(6.68)
⎣
∫ I Lp ∆T dt
1 t
I S1,3 (q ) = (6.70)
med D Ts
0
Resolvendo a integral obtém-se (6.71).
I S1,3 (q ) 4 f s L r
med D D 2 ( 1 − q)
I S1,3 (q ) = = (6.71)
med D Vi 2
⎛ ∆T ∆t 2 ⎞
1 ⎜ ⎟
∫ ∫
t t
I S2,4 (q ) = ⎜ I Lp dt + I Lp − I Lp dt ⎟ (6.72)
med D Ts ⎜ ∆T ∆t 2 ⎟
⎝ 0 0 ⎠
Resolvendo a integral tem-se (6.73).
I S2,4 4 fs Lr
med D D 2 (1 − q)
I S2,4 (q ) = = (6.73)
med D Vi 2q
∆T 2
⎛ t ⎞
∫
1
I S1,3 (q ) = ⎜ I Lp ⎟ dt (6.74)
ef D Ts ⎝ ∆T ⎠
0
Resolvendo a integral chega-se à (6.75).
I S1,3 4 fs Lr
ef D D
I S1,3 (q ) = = 2 D ( 1 − q) (6.75)
ef D Vi 6
∆t 2 2
⎛ ⎞
⎜ I + I Lp t ⎟ dt
∫
1
I D1,3 (q ) = (6.81)
ef D Ts ⎜ Lp ∆t 2 ⎟
0 ⎝ ⎠
I D1,3 4 fs Lr
ef D D ( 1 − q)
I D1,3 (q ) = = 2 D ( 1 − q) (6.82)
ef D Vi 6 q
⎡ ∆T 2 ∆t 2 2 ⎤
1 ⎢ ⎛ t ⎞ ⎛ ⎞
⎟⎟ dt ⎥ (6.86)
∫ ∫
t
I DR ef D (q ) = ⎜ I Lp ⎟ dt + ⎜⎜ I Lp − I Lp
Ts ⎢ ⎝ ∆T ⎠ ⎝ ∆t 2 ⎠
⎥
⎢⎣ 0 0 ⎥⎦
Resolvendo a integral tem-se (6.87).
I DR ef D 4 f s L r D
I DR ef D (q) = = 2 D (1 − q) (6.87)
Vi 6q
q
limite entre CCM e DCM
0,8
0,6
DCM CCM
0,4
0,2
I S1,3med C
0,1
0,75
0,5
0,05
0,25
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.16 – Corrente média parametrizada nas chaves S1 e S3, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
I S2,4med C
0,15
0,1
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 6.17 – Corrente média parametrizada nas chaves S2 e S4, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
0,35
I S1,3ef C 1,0
0,3
0,25
0,75
0,2
0,15
0,5
0,1
0,25
0,05
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.18 – Corrente eficaz parametrizada nas chaves S1 e S3, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
I S2,4ef C
0,6
0,4
0,75
0,5
1,0
0,2
0,25
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.19 – Corrente eficaz parametrizada nas chaves S2 e S4, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
0,2
I D1,3med C
0,75
0,15
0,5
1,0
0,1
0,25
D=0,125
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.20 – Corrente média parametrizada nos diodos D1 e D3, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
0,15
1,0
0,1
0,75
0,05
0,5
0,25
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 6.21 – Corrente média parametrizada nos diodos D2 e D4, em CCM, em
função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
0,25
1,0
I DR med C
0,2 0,75
0,5
0,15
0,1
0,25
0,05
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.22 – Corrente média nos diodos retificadores, em CCM, em função do
ganho estático q, tendo D como parâmetro.
1,0
I S1,3med D
0,4
0,3
0,75
0,2
0,5
0,1
0,25
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
q 1
Fig. 6.23 – Corrente média nas chaves S1 e S3, em DCM, em função do ganho
estático q, tendo D como parâmetro.
I S2,4med D
0,8
I DR med D
0,6
0,4
0,2
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
Fig. 6.24 – Corrente média nas chaves S2 e S4, e nos diodos retificadores, em
DCM, em função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
I S1,3ef D
0,8
1,0
0,6
0,75
0,4
0,5
0,2
0,25
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
Fig. 6.25 – Ganho estático q em função da corrente eficaz nas chaves S1 e S3,
em DCM, tendo D como parâmetro.
I S2,4ef D
0,8
I DRef D
0,6
0,4
0
0 0,2 0,4 0,6 q 1 0,8
Fig. 6.26 – Corrente eficaz nas chaves S2 e S4, e nos diodos retificadores, em
DCM, em função do ganho estático q, tendo D como parâmetro.
I D1,3med D
0,8
0,6
0,4
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 q 1
Fig. 6.27 – Corrente média nos diodos D1 e D3, em DCM, em função do ganho
estático q, tendo D como parâmetro.
0,6 0,5
0,25
0,4
D=0,125
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
I1
(S2 ,S 4 )
0,8
0,6
0,4
0,2
D=0,125
I Lp
(S1 ,S 3 ) 1,0
1,5
0,75
0,5
0,5
0,25
D=0,125
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
q
Fig. 6.29 – Corrente de comutação nas chaves S1 e S2, em DCM, em função do
ganho estático q, tendo a razão cíclica D como parâmetro.
Como:
I ′o med max 8 f s L r
I ′o med max =
Vi
Obtém-se então o valor da indutância Lr, como segue.
0,84 × 400
Lr =
3,125 × 8 × 40 × 10 3
L r = 336 × 10 −6 H
As condições iniciais, os intervalos de duração das etapas e os
esforços nos semicondutores são então calculados de acordo com as
expressões apresentadas na seção 6.4.
D crit = 0,417
Portanto:
I ′o med min Vi 0,5 × 400
I ′o med min = =
8 fs Lr 8 × 40 × 10 3 × 336 × 10 −6
I ′o med min = 1,86A
I1 min = 0,1771A
I ′o med D = 0,084A
D min = 0,167
As condições iniciais, os intervalos de duração das etapas e os
esforços nos semicondutores são então calculados de acordo com as
expressões apresentadas na seção 6.4.
Lr c 4
V′o
+ 3 a b 7
Vi
- S3 D3 C3 i Lr C4 D4 S4
6
1
Fig. 6.30 - Circuito simulado.
6.8.1 Operação com Potência Nominal
A listagem do arquivo de dados simulado, para potência nominal, é
apresentada a seguir.
v.1 2 1 400 0 0
v.2 5 6 160 0 0
c.1 2 3 222p 0
c.2 2 7 222p 0
c.3 3 1 222p 0
c.4 7 1 2220 0
t.1 2 3 0.1 1M 40k 0 0 1 1u 12.5u
t.2 2 7 0.1 1M 40k 0 0 1 13.5u 25u
vcb (V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.31 – (a) Tensões vab e vcb e (b) corrente no indutor em CCM.
iS1 × 20
iS1 × 20
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.32 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) da chave S1 em CCM.
vS2 vS2
iS2 × 20
iS2 × 20
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.33 - Detalhe da entrada em condução (a) e do bloqueio (b) de S2 em CCM.
vab (V ) i Lr (A)
vcb (V )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.34 – (a) Tensões vab e vcb e (b) corrente no indutor em DCM.
Calculado Simulado
I ′o D (A) 0,311 0,327
ILp(A) 1,491 1,502
I S1,3 (A)
med 0,062 0,0626
I S1,3 (A) 0,242 0,249
ef
I S1,3 (A) 1,491 1,49
pico
I D1,3 (A) 0,093 0,088
med
I D1,3 (A) 0,305 0,29
ef
I D1,3 (A) 1,491 1,381
pico
I DR med (A) 0,156 0,163
vS1 vS1
iS1 × 50
iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.35 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) da chave S1 em DCM.
iS2 × 50
t (s)
Fig. 6.36 - Detalhe da comutação da chave S2 em DCM.
S1 D1 C1 C2 D2 S2
1µ F
Lr c
V′o La Circuito
+ a b
Auxiliar
Vi
- S3 D3 C3 i Lr C4 D4 S4
de Comutação
1µ F
Vi 400
La ≥ = = 3,5 × 10 − 3 H
8 f s I La pico 8 × 40 × 10 3 × 0,36
Adotou-se:
L a = 4 × 10 −3 H
vcb ( V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.38 – (a) Tensões vab e vcb e (b) corrente no indutor em DCM, com
circuito auxiliar de comutação.
t (s)
Fig. 6.39 - Corrente no indutor auxiliar de comutação.
vS1 vS1
iS1×50
iS1× 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.40 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) da chave S1, em
DCM, com circuito auxiliar de comutação.
v S2 vS2
iS2 ×50
iS2 ×50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 6.41 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) da chave S2, em
DCM, com circuito auxiliar de comutação.
Calculado Simulado
7.1 INTRODUÇÃO
O conversor que será estudado neste capítulo é muito importante.
Este é conhecido na literatura internacionalmente como conversor
FB-ZVS-PWM, iniciais das palavras Full-Bridge, Zero-Voltage-
Switching, Pulse-Width-Modulated.
O circuito é semelhante ao estudado no capítulo anterior, porém
com filtro LC na saída, a exemplo do que é utilizado no conversor em
ponte completa tradicional.
O indutor do filtro reduz muito a ondulação na corrente após o
retificador de saída. Para efeito de estudo, ele é usualmente substituído
por uma fonte de corrente ideal. A conseqüência disso é uma redução das
perdas de condução totais do conversor, com um significativo aumento
do rendimento, em relação ao conversor anterior, com filtro capacitivo na
saída.
O circuito de potência do conversor FB-ZVS-PWM está
representado na Fig. 7.1.
S1 D1 C1 C2 D2 S2 Lo
Io +
+ a b T D5 D6
. .
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4 Co R o Vo
D7 D8 -
Lr c
i Lr
Fig. 7.1 - Conversor em ponte completa, PWM, ZVS, com filtro LC na saída.
Ro – resistência de carga,
t
S2
t
S3
t
S4
t
vab
(Vi )
TS /2 TS
∆T t
- (Vi )
Fig. 7.2 – Sinais de comando e tensão vab.
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
a
Lr c
+ b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
a
Lr c
+ b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
S1 D1 C1 C2 D2 S2
I′o
Lr
+ a c b
Vi
- S3 D3 C3 C4 D4 S4
∆T
- (Vi)
Vo'
(Vi)
t
i Lr
(I′o)
- (I′o)
vS1
iS1
(I′o) (Vi)
t
vS2
iS2
(I′o) (Vi)
(I′o)
t
comando
S1
t
comando
S2
t
comando
S3
t
comando
S4
t0 t1 t 2 t 3 t 4 t5 t 6 t 7 t 8 t 9 t 10 t 11 t 12
t
TS
Fig. 7.15 - Formas de Onda Básicas.
Ts
≅ ∆T + ∆t 7−6 (7.2)
2
A razão cíclica D é definida pela expressão (7.3):
2 ∆T
D= (7.3)
Ts
A variação linear da corrente no indutor Lr provoca uma redução na
razão cíclica efetiva na carga. Na Fig. 7.14 pode se observar que na
terceira, quarta, nona e décima etapas, quando a corrente no indutor
ressonante varia linearmente, a ponte de diodos fica em curto-circuito, ou
seja, a tensão na carga é zero. Assim sendo, a transferência de potência
ocorre apenas na quinta e décima primeira etapas. Definindo-se a razão
cíclica efetiva (Def) responsável pela transferência de potência, obtém-se
então a duração da quinta e décima primeira etapas, de acordo com a
expressão (7.4):
Ts
∆t 5−4 = D ef (7.4)
2
Se considerarmos que durante a segunda etapa (etapa ressonante) a
corrente no indutor praticamente não varia, ou seja, que a corrente inicial
na terceira etapa é I′o , a duração da terceira etapa será igual a duração da
quarta etapa. Assim tem-se (7.5).
∆t 3− 2 ≅ ∆t 4−3 (7.5)
T
∆t 1−0 = ( 1 − D) s (7.7)
2
Do circuito elétrico equivalente da quarta etapa de funcionamento,
tem-se (7.8).
di L r ( t )
Vi = L r (7.8)
dt
Aplicando-se a transformada de Laplace, e isolando-se a corrente no
indutor obtém-se (7.9).
Vi
i L r (s) = (7.9)
s2 Lr
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace à equação (7.9) chega-
se à expressão (7.10) para a corrente no indutor.
Vi
i L r (t ) = t (7.10)
Lr
Esta etapa termina quando a corrente no indutor é igual a I ′o , cuja
duração é dada por (7.11).
I′ L
∆t 4−3 = o r (7.11)
Vi
Substituindo-se as expressões (7.4), (7.5) e (7.11) em (7.1), obtém-
se uma relação entre a razão cíclica e a razão cíclica efetiva, dada por
(7.12).
T 2 I′ L T
∆T = D s = ∆t 3−2 + ∆t 4−3 + ∆t 5−4 = o r + D ef s (7.12)
2 Vi 2
D ef = D − I ′o (7.15)
⎛ 4 I′ L f ⎞
Vo′ med = ⎜⎜ D − o r s ⎟⎟ Vi (7.17)
⎝ Vi ⎠
Vo′ med
q= = D − I ′o (7.18)
Vi
( )
I S1,3 med 1
I S1,3 med = = 4 D − 3 I ′o (7.21)
I ′o 8
⎛ ∆t 43 ∆t 54 ∆t1− 0 ⎞
1⎜ ⎟ ⎡ − 3 (D − Def ) + 4 ⎤ (7.22)
∫ ∫ ∫
t
IS2, 4 med = I′ dt + I ′ dt + I ′
o ⎟ = I′o ⎢
dt
Ts ⎜⎜ ⎥
o o
∆t 43 ⎟ ⎣ 8 ⎦
⎝ 0 0 0 ⎠
( )
I S2,4 med 1
I S2,4 med = = 4 − 3 I ′o (7.23)
I ′o 8
⎡ ∆t 43 2 ∆t 54 ⎤
⎛ t ⎞ I′ D + 5 D ef
∫ ∫
1 ⎢
I S1,3 ef = ⎜⎜ I ′o ⎟⎟ dt + I ′o 2 dt ⎥ = o (7.24)
Ts ⎢ ⎝ ∆t 43 ⎠ ⎥ 2 3
⎣ 0 0 ⎦
I S1,3 ef 1 5
I S1,3 ef = = 2 D − I′o (7.25)
I′o 2 3
I S2,4 ef 1 5
I S2,4 ef = = 2− I ′o (7.27)
I ′o 2 3
I D1,3 med 1⎡ I ′o ⎤
I D1,3 med = = ⎢1 − D + ⎥ (7.30)
I ′o 2 ⎣⎢ 2 ⎦⎥
I D 2,4 med I′
I D 2,4 med = = o (7.32)
I ′o 8
⎡ ∆t1−0 ∆t 32 2 ⎤
⎛ ⎞ − 2 (D + D ef ) + 3 (7.33)
∫ ∫
1 ⎢ t
I D1,3 ef = ′ 2
I o dt + ⎜⎜ I ′o − I ′o ⎟⎟ dt ⎥ = I ′o
Ts ⎢ ⎝ ∆ t 32 ⎠ ⎥ 6
⎣ 0 0 ⎦
I D1,3 ef 3 − 4 D + 2 I ′o
I D1,3 ef = = (7.34)
I ′o 6
∆t 43 2
⎛ ′ ⎞ D − D ef
⎜ I ′o − I o
∫
1
I D 2,4 ef = t ⎟ dt = I ′o (7.35)
Ts ⎜ ∆t 43 ⎟ 6
0 ⎝ ⎠
I D1,3 ef I ′o
I D 2, 4 ef = = (7.36)
I ′o 6
I DR ef 2 − I ′o
I DR ef = = (7.40)
I ′o 2
L a2
+ S1 D1 C1 C2 D2 S2
+
Vi /2 V′o I′o
-
L a1 a
Lr c b
S3 D3 C3 i Lr C4 D4
+ S4
Vi /2 - -
Fig. 7.16 - Conversor em Ponte Completa, ZVS, PWM, com saída em fonte de
corrente, com circuito auxiliar de comutação.
⎧ v C 2 ( 0) = 0
⎪
⎨v C4 (0) = Vi
⎪i (0) = I ′
⎩ Lr o
di L r ( t )
Lr + v C2 (t ) = 0 (7.42)
dt
v C 2 ( t ) + v C 4 ( t ) = Vi (7.43)
dv C2 ( t )
i C2 ( t ) = C 2 (7.44)
dt
dv C4 ( t )
i C4 ( t ) = C 4 (7.45)
dt
dv C2 ( t ) dv ( t )
i L r (t ) = C 2 + C 4 C4 − I La 2 pico (7.46)
dt dt
dv C2 ( t )
i L r ( t ) = (C 2 + C 4 ) − I La 2 pico (7.47)
dt
dv C2 ( t )
i L r (t) = C − I La 2 pico (7.48)
dt
Aplicando-se a transformada de Laplace às equações (7.48) e (7.42),
tem-se (7.49) e (7.50).
( ) (
v C 2 (s) s 2 L r C + 1 = L r I La 2 pico + I ′o ) (7.51)
1
Definindo-se wo = , tem-se a expressão (7.52).
Lr C
Lr
Sendo z= .
C
i L r (t ) =
(I La2 pico + I′o ) cos (w t ) − I La 2 pico
o (7.54)
wo2
A partir das equações (7.53) e (7.54) verifica-se que o indutor Lr
tem fundamental importância nesta comutação. Um pequeno valor de
indutância Lr implica em elevados valores de corrente no indutor La2.
Entretanto, na escolha do valor da indutância Lr, deve-se considerar que a
mesma provoca uma perda de razão cíclica na carga.
v C1 ( t ) + v C3 ( t ) = Vi (7.58)
As correntes nos capacitores C1 e C3 são dadas por (7.59) e (7.60).
dv C1 ( t )
i C1 ( t ) = C1 (7.59)
dt
dv C3 ( t )
i C3 ( t ) = C 3 (7.60)
dt
dv C1 ( t ) dv ( t )
I La1pico = C1 + C 3 C3 − I ′o (7.61)
dt dt
dv C1 ( t )
I La1pico = C − I ′o (7.62)
dt
(I La1pico + I′o )
v C1 (s) = (7.64)
s2 C
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace à equação (7.64)
obtém-se a expressão (7.65) para a tensão no capacitor C1.
(I La1pico + I′o )
v C1 ( t ) = t (7.65)
C
A duração desta etapa é definida pela equação (7.66):
C Vi
∆t 1 =
( I ′o + I La1pico ) (7.66)
Para garantir que esta comutação ocorra sob tensão nula, mesmo
quando a corrente da carga I′o for igual a zero, em um tempo máximo
dado por ∆t1máx, a corrente ILa1pico deve ser dada por (7.67).
C Vi
I La1pico ≥ (7.67)
∆t 1max
A comutação das chaves S1 e S3 é menos crítica que a comutação
das chaves S2 e S4. Portanto, a corrente ILa1pico é geralmente menor do
que ILa2pico.
q
D=0,9
0,8
0,8
0,7
0,6
0,6
0,5
0,4
0,4
0,3
0,2
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I′o
Fig. 7.17 – Característica de Saída.
f s = 40 × 103 Hz
Po min = 50 W
Portanto:
I 10
I ′o med = o = = 3,125A
n 3,2
I′ V 0,15 × 400
Lr = o i =
4 f s I ′o 4 × 40 × 10 3 × 3,125
L r = 120 × 10 −6 H
Será utilizado o mesmo valor de capacitores empregados no
Capítulo VI, ou seja:
Portanto:
C = 444 × 10 −12 F
Definindo-se um tempo de comutação máximo de
− 9
300 × 10 segundos, calcula-se a corrente de pico no indutor La1.
Vi 400
L a2 = = = 2,78 × 10 −3 H
8 f s I La2 pico 8 × 40 × 10 3 × 0,45
(
Vo′ med = D nom − I ′o Vi )
160 = (D nom − 0,15) × 400
Assim:
D nom = 0,55
25 × 10 −6
∆t 1−0 = ∆t 7−6 = (1 − D nom ) = (1 − 0,55)
Ts
= 5,625 × 10 −6 s
2 2
Ts 25 × 10 −6
∆t 4 −3 = ∆t 10− 9 = ( D nom − D ef ) = (0,55 − 0,4) × = 0,9375 × 10 − 6 s
4 4
T 25 × 10 −6
∆t 5−4 = ∆t 11−10 = D ef s = 0,4 × = 5 × 10 −6 s
2 2
Assim:
D min = 0,415
D min Ts 0,415 × 25 × 10 −6
∆T = = = 5,188 × 10 −6 s
2 2
25 × 10 −6
∆t 1−0 = ∆t 7−6 = (1 − D min ) = (1 − 0,45)
Ts
= 7,313 × 10 −6 s
2 2
Ts 25 × 10 −6
∆t 4 − 3 = ∆t 10− 9 = ( D min − D ef min ) = ( 0,415 − 0,4) × = 0,0938 × 10 − 6 s
4 4
T 25 × 10 −6
∆t 5−4 = ∆t 11−10 = D ef min s = 0,4 × = 5 × 10 −6 s
2 2
∆t 3− 2 = ∆t 4 − 3 = 0,0938 × 10 −6 s
L a2
2
5
+ S1 D1 C1 C2 D2 S2
+
Vi /2 V′o I′o
-
8
L a1 3 a
Lr c b 7
C3 i Lr
4
+ S3 D3 C4 D4 S4
Vi /2 - -
6
1
Fig. 7.18 - Conversor simulado.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.19 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída V o′ .
i Lr (A) i La1(A)
i La2(A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.20 – (a) Corrente no indutor Lr e (b) corrente nos indutores auxiliares.
iS1 × 50 iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.21 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
vS2 vS2
iS2 × 50 iS2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.22 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
Calculado Simulado
Vo′ med (V) 160 150
I S1,3 med (A)
0,684 0,74
I S1,3 ef (A)
1,44 1,58
I S1,3 pico (A)
3,125 3,71
I S2, 4 med (A) 1,387 1,394
I S2, 4 ef (A) 2,067 2,094
I S2,4 pico (A)
3,125 3,51
I D1,3 med (A) 0,82 0,84
I D1,3 ef (A) 1,338 1,67
I D1,3 pico (A) 3,125 3,69
I D 2, 4 med (A) 0,0586 0,052
I D 2, 4 ef (A) 0,494 0,32
I D 2,4 pico (A) 3,125 2,57
I DR med (A) 1,5625 1,563
I DR ef (A) 2,125 2,15
I DR pico (A) 3,125 3,125
Po (W)
500 468,7
vab ( V) Vo′ (V )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.23 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída V o′ .
i Lr (A) i La1(A)
i La2(A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.24 – (a) Corrente no indutor Lr e (b) corrente nos indutores auxiliares.
iS1 × 50 iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.25 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
vS2 vS2
iS2 × 50 iS2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 7.26 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
Calculado Simulado
Vo′ med (V) 160 147.73
I S1,3 med (A) 0,0473 0,126
I S1,3 ef (A) 0,119 0,297
I S1,3 pico (A)
0,3125 0,896
I S2, 4 med (A) 0,139 0,156
I S2, 4 ef (A) 0,207 0,277
I S2,4 pico (A) 0,3125 0,736
I D1,3 med (A) 0,103 0,16
I D1,3 ef (A) 0,164 0,314
I D1,3 pico (A) 0,3125 0,894
I D 2, 4 med (A) 0,006 0,0057
I D 2, 4 ef (A) 0,05 0,049
I D 2,4 pico (A) 0,3125 0,765
I DR med (A) 0,1563 0,1563
I DR ef (A) 0,213 0,2192
I DR pico (A) 0,3125 0,3125
Po (W)
50 46,18
Fig. 8.1 - Conversor três-níveis, PWM, ZVS com saída em fonte de corrente.
S1
D1 C1
D5 +
S2 Vi /2
D2 C2 + V′o -
a i Lr L r I′o b
S3 +
D3 C3 - Vi /2 - +
Vi /2
S4 + D6 -
D4 C4 - Vi /2
S1 +
D1 C1 - Vi /2
D 5 +
S2 Vi /2
D2 C2 -
i Lr L r I′o
a b
S3 +
D3 C3
- Vi /4 +
-
Vi /2
S4 + D6
D4 C4
- Vi /4
Fig. 8.4 - Terceira etapa.
S1 +
D1 C1 - Vi /2
D 5 +
S2 Vi /2
D2 C2 -
i Lr L r
I′o
a b
S3
D3 C3 +
Vi /2
S4 D6 -
D4 C4
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 283
5a Etapa (t4, t5)
No instante t4, quando as tensões nos capacitores C3 e C4 atingem
zero, os diodos D3 e D4 são polarizados diretamente e entram em
condução. A corrente no indutor decresce linearmente. Durante esta etapa
as chaves S3 e S4 devem ser comandadas a conduzir. Na Fig. 8.6 tem-se a
representação desta etapa.
S1 +
D1 C1 - Vi /2
D 5 +
S2 Vi /2
+ -
D2 C2 - Vi /2 I′o
a b
S3 i Lr L r
D3 C3 +
Vi /2
S4 D6 -
D4 C4
S1 +
D1 C1 - Vi /2
D 5 +
S2 Vi /2
+ -
D2 C2 - Vi /2 I′o
a b
S3 i Lr L r
D3 C3 +
Vi /2
S4 D6 -
D4 C4
S1 +
D1 C1 - Vi /2
D 5 +
S2 Vi /2
+ -
D2 C2 - Vi /2 I′o
a b
S3 i Lr L r
D3 C3 +
Vi /2
S4 D6 -
D4 C4
S1 +
D1 C1 -
D5 +
S2 Vi /2
+ -
D2 C2 - I′o
a b
S3 i Lr L r
D3 C3 +
Vi /2
S4 D6 -
D4 C4
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 285
9a Etapa (t8, t9)
No instante t8, quando a tensão no capacitor C4 atinge Vi/2, o diodo
D6 é polarizado diretamente, entrando em condução. Durante esta etapa a
fonte de corrente I ′o é curto-circuitada pelos diodos retificadores de
saída. Esta etapa está representada na Fig. 8.10.
S1 +
D1 C1 - Vi /4
D 5 +
S2 Vi /2
+ -
D2 C2 - Vi /4 I′o
a b
S3 i Lr L r
D3 C3 +
-
Vi /2
S4 D
D4 C4 + Vi /2 6
-
Fig. 8.10 - Nona etapa.
S1
D1 C1
D5 +
S2 Vi /2
D2 C2 -
i Lr L r I′o
a b
S3
D3 C3 +
-
Vi /2
S4 + D6
D4 C4
- Vi /2
Fig. 8.11 - Décima etapa.
S1
D1 C1
D5 +
S2 Vi /2
D2 C2 -
i Lr Lr I′o
a b
S3 +
D3 C3
- Vi /2 +
Vi /2
S4 D6 -
+
D4 C4
- Vi /2
Fig. 8.12 - Décima primeira etapa.
S1
D1 C1
D5 +
S2 Vi /2
D2 C2 -
i Lr Lr I′o
a b
S3 +
D3 C3
- Vi /2 +
Vi /2
S4 D6 -
+
D4 C4
- Vi /2
Fig. 8.13 - Décima segunda etapa.
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 287
8.3 FORMAS DE ONDA BÁSICAS
As formas de onda mais importantes, com indicação dos intervalos
de tempo correspondentes, para as condições idealizadas descritas na
Seção 8.2, estão representadas na Fig. 8.14.
8.4 EQUACIONAMENTO
8.4.1 Característica de Saída
Pela simetria do conversor, sabe-se que: ∆t 1−0 = ∆t 7 −6 ,
∆t 3 − 2 = ∆t 9 − 8 , ∆t 2−1 = ∆t 4−3 = ∆t 8−7 = ∆t 10 −9 .
Se considerarmos que durante a quarta etapa (etapa ressonante) a
corrente no indutor praticamente não varia, ou seja, que a corrente inicial
na quinta etapa é I ′o , a duração da quinta etapa será igual à duração da
sexta etapa. Assim: ∆t 5− 4 = ∆t 6−5 = ∆t 11−10 = ∆t 12 −11 .
Definindo-se ∆T como o tempo em que a tensão vab é igual a
tensão da fonte (±Vi/2), obtém-se (8.1) e (8.2):
∆T = ∆t 5− 4 + ∆t 6−5 + ∆t 7 −6 = ∆t 1−0 + ∆t 11−10 + ∆t 12 −11 (8.1)
Ts
≅ ∆T + ∆t 3− 2 (8.2)
2
A razão cíclica (D) é definida pela expressão (8.3):
2 ∆T
D= (8.3)
Ts
A variação linear da corrente no indutor provoca uma redução na
razão cíclica efetiva na carga. Como é mostrado na Fig. 8.14, na quinta,
sexta, décima primeira e décima segunda etapas, quando a corrente no
indutor varia linearmente, a ponte de diodos fica em curto-circuito,
mantendo a tensão de saída igual a zero. Assim sendo, a transferência de
potência ocorre apenas na primeira e sétima etapas. Pode-se então definir-
se uma razão cíclica efetiva (Def) responsável pela transferência de
potência, obtendo-se então a duração da primeira e sétima etapas, dada
por (8.4).
- (Vi)
∆T
Vo'
(Vi)
i Lr t
(I′o)
- (I′o)
vS1
iS1
(I′o) (Vi /2) (I′o)
(Vi /4)
vS2 t
iS2
(I′o) (Vi /2)
(I′o)
(Vi /4)
comando
t
S1
t
comando
S2
comando t
S3
comando t
S4
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9 t 10 t 11 t 12
t
TS /2
TS
Fig. 8.14 - Formas de onda básicas.
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 289
Ts
∆t1−0 = D ef (8.4)
2
A duração da quinta e da terceira etapa de funcionamento é dada por
(8.5) e (8.6).
T
∆t 5−4 = (D − D ef ) s (8.5)
4
T
∆t 3−2 = ( 1 − D) s (8.6)
2
Analisando-se a décima segunda etapa de funcionamento, obtém-se
(8.7).
Vi di ( t )
= L r Lr (8.7)
2 dt
Aplicando-se a transformada de Laplace e isolando-se a corrente no
indutor, obtém-se (8.8).
Vi 2
i Lr (s) = (8.8)
s2 Lr
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace à equação (8.8),
obtém-se a expressão (8.9) para a corrente no indutor.
V 2
i Lr ( t ) = i t (8.9)
Lr
Esta etapa termina quando a corrente no indutor é igual a I ′o , cuja
duração é dada por (8.10).
I′ L
∆t 12−11 = o r (8.10)
Vi 2
Substituindo-se as expressões (8.4) e (8.10) em (8.1), obtém-se uma
relação entre a razão cíclica e a razão cíclica efetiva, dada por (8.11).
T 2 I′ L T
∆T = D s = ∆t 5−4 + ∆t 6−5 + ∆t 7−6 = o r + D ef s (8.11)
2 Vi 2 2
Isolando-se a razão cíclica efetiva em (8.11) tem-se (8.12).
⎛ 4 I′ L f ⎞ Vi
Vo′ med = ⎜⎜ D − o r s ⎟⎟ (8.16)
⎝ Vi 2 ⎠ 2
Vo′ med
q= = D − I ′o (8.17)
Vi 2
I′ t
v C3 ( t ) + v C 4 ( t ) = Vi − o (8.19)
1,5 C
Sendo: C = C1 = C 2 = C 3 = C 4 .
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 291
A comutação mais crítica ocorre na quarta etapa, quando a tensão no
capacitor C2 varia de zero a Vi/2 e a tensão no capacitor C3 mais a tensão
no capacitor C4 variam de Vi/2 a zero. Se a tensão no capacitor C2 não
atinge Vi/2, a comutação não será suave. A tensão no capacitor C2 pode
ser representada pela equação (8.20):
Lr
v C2 ( t ) = I ′o sen ( w o t ) (8.20)
1,5 C
1
Onde: wo =
L r 1,5 C
O valor de pico da equação (8.20) é dado por (8.21).
Lr V
VC2pico = I ′o = i (8.21)
1,5 C 2
Assim, a corrente mínima, para assegurar a comutação suave, é
mostrada na equação (8.22).
V 1,5 C
I min = i (8.22)
2 Lr
I Spico
I Spico = =1 (8.23)
I ′o
⎛ ∆t12−11 ∆t1−0 ⎞
1 ⎜ ⎟ D + 3 D ef
∫ ∫
t
I S1,4med = ⎜ I ′
o dt + I o ⎟ = I ′o
′ dt (8.24)
Ts ⎜ ∆t 12−11 ⎟ 8
⎝ 0 0 ⎠
( )
I S1,4med 1
I S1,4med = = 4 D − 3 I ′o (8.25)
I ′o 8
( )
I S2,3med 1
I S2,3med = = 4 − 3 I ′o (8.27)
I ′o 8
I S1,4 ef 5 I ′o
I S1,4 ef = = 2D − (8.29)
I ′o 3
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 293
Substituindo (8.14) em (8.30) tem-se (8.31).
I S2,3ef 6 − 5 I ′o
I S2,3ef = = (8.31)
I ′o 12
I D1,2,3,4pico
I D1,2,3,4pico = =1 (8.32)
I ′o
∆t 5− 4
⎛ ′
⎜ I ′o − I o
⎞ (D − D ef )
∫
1
I D1,2,3,4 med = t ⎟ dt = I ′o (8.33)
Ts ⎜ ∆t 5 − 4 ⎟ 8
0 ⎝ ⎠
I D1,2,3,4med I′
I D1,2,3,4med = = o (8.34)
I ′o 8
∆t 5− 4 2
⎛ ′ ⎞ D − D ef
⎜ I ′o − I o
∫
1
I D1,2,3,4 ef = t ⎟ dt = I ′o (8.35)
Ts ⎜ ∆t 5 − 4 ⎟ 6
0 ⎝ ⎠
I D5,6pico
I D5,6pico = =1 (8.37)
I ′o
∆t 3− 2
∫ I′o dt
1
I D5,6med = (8.38)
Ts
0
I D5,6med ( 1 − D)
I D5,6med = = (8.39)
I ′o 2
∆t 3− 2
∫ (I′o )
1 2 dt
I D5,6ef = (8.40)
Ts
0
I D5,6ef ( 1 − D)
I D5,6ef = = (8.41)
I ′o 2
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 295
8.4.6 Correntes de Pico, Média e Eficaz nos Diodos
Retificadores
A corrente de pico nos diodos retificadores, igual à corrente da
carga, é dada por (8.42).
I DR pico
I DR pico = =1 (8.42)
I ′o
I DR med 1
I DR med = = (8.43)
I ′o 2
I DR ef 2 − I ′o
I DR ef = = (8.45)
I ′o 4
q
D=0,9
0,8
0,8
0,7
0,6
0,6
0,5
0,4
0,4
0,3
0,2
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I′o
Fig. 8.15 – Característica de Saída.
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 297
0,5
I S1,4med
D=0,9
0,4
0,8
0,7
0,3
0,6
0,5
0,2
0,4
0,3
0,1
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.16 – Corrente média nas chaves S1 e S4, em função da corrente de saída
normalizada, tendo a razão cíclica como parâmetro.
0,5
I S2,3med
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.17 – Corrente média nas chaves S2 e S3, em função da corrente
de saída normalizada.
D=0,9
I S1,4ef
0,8
0,7
0,6
1 0,5
0,4
0,3
0,2
0,5
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.18 – Corrente eficaz nas chaves S1 e S4, em função da corrente de saída
normalizada, tendo a razão cíclica como parâmetro.
I S2,3ef
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.19 – Corrente eficaz nas chaves S2 e S3, em função da corrente
de saída normalizada.
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 299
0,02
I D1,2,3,4med
0,015
0,01
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.20 – Corrente média nos diodos em anti-paralelo com as chaves, em
função da corrente de saída normalizada.
0,5
D=0,9
I D5,6med
0,8
0,4
0,7
0,6
0,3
0,5
0,4
0,2
0,3
0,2
0,1
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 8.21 – Corrente média nos diodos D5 e D6, em função da corrente de saída
normalizada, tendo a razão cíclica com parâmetro.
I ′ (V 2) 0,1 × 200
Lr = o i =
4 f s I ′o 4 × 40 × 10 3 × 3,125
L r = 40 × 10 −6 H
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 301
V 1,5 C1, 2,3,4 1,5 × 222 × 10 −12
I min = i = 200 × = 0,577 A
2 Lr 40 × 10 −6
Portanto, é possível obter-se comutação suave até aproximadamente
93W. Abaixo desta potência tem-se comutação dissipativa, tolerada uma
vez que as perdas por condução são menores.
Para a potência nominal calcula-se então a razão cíclica:
(
Vo′ med = D nom − I ′o ) V2i
160 = (D nom − 0,1) × 200
Assim:
D nom = 0,9
∆T = 11,25 × 10 −6 s ∆t 1− 0 = 10 × 10 −6 s ∆t 5− 4 = 0,625 × 10 −6 s
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 303
d.3 2 3 0.1 1M
d.4 1 2 0.1 1M
d.5 6 4 0.1 1M
d.6 2 6 0.1 1M
d.7 7 8 0.1 1M
d.8 6 8 0.1 1M
d.9 9 7 0.1 1M
d.8 9 6 0.1 1M
lr.1 3 7 40u 3.125
.simulacao 0 1m 0 0 1
i Lr (A)
vab (V)
Vo′ (V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 8.23 – (a) Tensões vab e Vo′ e (b) corrente no indutor Lr.
iS1 × 20 iS1 × 20
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 8.24 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
vS3 vS3
iS3 × 20 iS3 × 20
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 8.25 - Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S3.
Cap. VIII – Conversor Três Níveis, PWM, ZVS com Saída em Fonte de Corrente 305
Tabela I
Calculado Simulado
Vo′ med (V) 160 157
I S1,4 (A) 1,29 1,28
med
I S1,4 (A) 3,99 2,03
ef
I S1,4 pico (A) 3,125 3,126
I S2,3 (A) 1,445 1,43
med
I S2,3 (A) 2,12 2,11
ef
I S2,3 (A) 3,125 3,126
pico
I D1,2,3,4 (A) 0,04 0,034
med
I D1,2,3,4 (A) 0,403 0,28
ef
I D1,2,3,4 (A) 3,125 3,04
pico
I D5,6 (A) 0,156 0,15
med
I D5,6 (A) 0,699 0,67
ef
I D5,6pico (A) 3,125 3,12
CONVERSOR MEIA-PONTE,
MODULADO POR LARGURA DE
PULSO, COM COMUTAÇÃO SOB
TENSÃO NULA (ZVS) E COM
COMANDO ASSIMÉTRICO
9.1 INTRODUÇÃO
O conversor CC-CC meia-ponte, assimétrico, ZVS, PWM é
apresentado na Fig. 9.1.
Se considerarmos que a indutância Lr é a indutância de dispersão do
transformador tem-se o conversor meia ponte convencional. Nesta
estrutura verifica-se que, se a cada comutação a energia armazenada em
Lr for empregada para efetuar a transição de estado dos capacitores em
paralelo com as chaves, é possível obter-se comutação sob tensão nula.
Entretanto, esta é obtida apenas com razão cíclica unitária, ou seja, finda
a transição de estado, novo interruptor deve imediatamente entrar em
condução, enquanto a tensão sobre o mesmo é próxima de zero. Ao
diminuir-se a razão cíclica, surgem intervalos durante os quais ambos os
interruptores permanecem bloqueados, não se obtendo mais a comutação
suave.
O comando assimétrico, que consiste na habilitação dos
interruptores durante tempos complementares em um período de
chaveamento, possibilita manter os intervalos de condução
independentemente da razão cíclica. Desta maneira, à exceção dos
pequenos intervalos de tempo destinados às comutações, sempre um
interruptor se encontra ativo. Garante-se, desta maneira, a comutação
ZVS.
S1 D1
Ce1 C1
(D)
+ N1 Lr
Vi b a
- iLr
N2 N2 S2 D2 C2
Ce2 Dr2 (1-D)
Dr1
Lo
+
Co Vo
-
Fig. 9.1 - Conversor meia-ponte, PWM, ZVS com comando assimétrico.
Os capacitores Ce1 e Ce2 apresentam valores médios diferentes
devido ao comando assimétrico. Se considerarmos o conversor
funcionando no modo contínuo, em regime permanente e com uma razão
cíclica genérica D, a tensão média sobre o interruptor S2 é igual a D Vi .
Uma vez que a queda de tensão média em indutores e transformadores
em regime permanente é igual a zero, obtém-se (9.1) e (9.2):
VCe 2 = D Vi (9.1)
VCe1 = ( 1 − D) Vi (9.2)
Pode-se limitar a faixa de investigação do conversor em 0 ≤ D ≤ 0,5,
uma vez que seu comportamento para D ≥ 0,5 é o mesmo que para
D≤0,5, invertendo-se os papéis de S1-C1 e S2-C2.
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- i Lr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 I ′o Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- i Lr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 I ′o Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm iLm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 I ′o Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm iLm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 I ′o Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 I ′o Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 Io′ Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 Io′ Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 Io′ Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 Io′ Vo′
-
-
+ S1 D1 C1
Ce1
-
+ Lm i Lm Lr
Vi b a
- iLr
+
+ S2 D2 C2
Ce2 Io′ Vo′
-
-
9.4 EQUACIONAMENTO
9.4.1 Etapas de Operação
Nesta seção são obtidas as equações que caracterizam cada uma das
etapas de operação.
A. Primeira Etapa
As condições iniciais são dadas pelas expressões abaixo:
⎧i Lr ( t 0 ) = I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 0 ) = 0
⎨
⎪v ab ( t 0 ) = ( 1 − D) Vi
⎪Vo′ ( t 0 ) = ( 1 − D) Vi
⎩
Do circuito elétrico equivalente da primeira etapa obtém-se (9.3) e
(9.4).
i Lr ( t ) = I ′o + i Lm = 2 ( 1 − D) I ′o (9.3)
Vo′ ( t ) = ( 1 − D) Vi (9.4)
B. Segunda Etapa
As condições iniciais para esta etapa são dadas pelas expressões
abaixo:
⎧i Lr ( t1 ) = I′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t1 ) = 0
⎨
⎪v ab ( t1 ) = ( 1 − D) Vi
⎪Vo′ ( t1 ) = ( 1 − D) Vi
⎩
- (VCe2) t
V′o
(VCe1)
(VCe2)
t
i Lr
(I′o)
t
i Lm
ILm med
t
vS1
(Vi )
iS1
t
vS 2
(Vi )
iS2
t
i Ce1
i Ce2
comando
S1
t
comando
S2
t1 t6
t0 t 2 t 4 t5 t 7 t 9 t10 t
t3 (1 − D) TS t8
TS
Fig. 9.12 – Formas de onda básicas.
2 ( 1 − D) I′o
v C1 ( t ) = t (9.6)
C1 + C 2
2 ( 1 − D) I ′o
v C2 ( t ) = Vi − t (9.7)
C1 + C 2
C. Terceira Etapa
As condições iniciais são as seguintes:
⎧i Lr ( t 2 ) = I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 2 ) = ( 1 − D) Vi
⎨
⎪v ab ( t 2 ) = 0
⎪Vo′ ( t 2 ) = 0
⎩
Do circuito elétrico equivalente da terceira etapa obtém-se (9.8),
(9.9) e (9.10).
i Lr ( t ) = 2 ( 1 − D) I ′o cos ( wt ) (9.8)
v C1 ( t ) = ( 1 − D) Vi + 2 ( 1 − D) z I ′o sen ( wt ) (9.9)
v C 2 ( t ) = D Vi − 2 ( 1 − D) z I ′o sen ( wt ) (9.10)
1
w= (9.11)
L r C s eq
Onde; C s eq = C1 + C 2 e C1 = C 2 .
D. Quarta Etapa
Com as seguintes condições iniciais,
⎧i Lr ( t 3 ) ≅ I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 3 ) = Vi
⎨
⎪v ab ( t 3 ) = − D Vi
⎪Vo′ ( t 3 ) = 0
⎩
D Vi
i Lr ( t ) ≅ 2 ( 1 − D) I ′o − t (9.13)
Lr
E. Quinta Etapa
Com as seguintes condições iniciais,
⎧i Lr ( t 4 ) = 0
⎪
⎪v C1 ( t 4 ) = Vi
⎨
⎪v ab ( t 4 ) = − D Vi
⎪⎩Vo′ ( t 4 ) = 0
D Vi
i Lr ( t ) = − t (9.14)
Lr
⎧i Lr ( t 5 ) = − I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 5 ) = Vi
⎨
⎪v ab ( t 5 ) = − D Vi
⎪Vo′ ( t 5 ) = − D Vi
⎩
Vo′ ( t ) = D Vi (9.15)
i Lr ( t ) = − I ′o + i Lm = −2 D I ′o (9.16)
G. Sétima Etapa
Com as seguintes condições iniciais:
⎧i Lr ( t 6 ) = − I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 6 ) = Vi
⎨
⎪v ab ( t 6 ) = − D Vi
⎪Vo′ ( t 6 ) = − D Vi
⎩
A partir do circuito elétrico equivalente da sétima etapa, obtém-se
(9.17), (9.18) e (9.19).
i Lr ( t ) = − I ′o + i Lm = −2 D I ′o (9.17)
2 D I′o
v C1 ( t ) = Vi − (9.18)
C1 + C 2
2 D I ′o
v C2 ( t ) = (9.19)
C1 + C 2
⎧i Lr ( t 7 ) = − I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 7 ) = ( 1 − D) Vi
⎨
⎪v ab ( t 7 ) = 0
⎪Vo′ ( t 7 ) = 0
⎩
Assim, a partir do circuito elétrico equivalente da oitava etapa
obtém-se (9.20), (9.21) e (9.22).
i Lr ( t ) = −2 D I ′o cos ( wt ) (9.20)
v C1 ( t ) = ( 1 − D) Vi − 2 D z I ′o sen ( wt ) (9.21)
v C 2 ( t ) = D Vi + 2 D z I ′o sen ( wt ) (9.22)
I. Nona Etapa
Seja as seguintes condições iniciais:
⎧i Lr ( t 8 ) ≅ − I ′o + i Lm
⎪
⎪v C1 ( t 8 ) = 0
⎨
⎪v ab ( t 8 ) = ( 1 − D) Vi
⎪Vo′ ( t 8 ) = 0
⎩
Assim, do circuito elétrico equivalente da nona etapa obtém-se
(9.23).
( 1 − D) Vi
i Lr ( t ) ≅ −2 D I ′o + t (9.23)
Lr
J. Décima Etapa
Finalmente, com as condições iniciais seguintes,
( 1 − D) Vi
i Lr ( t ) = t (9.24)
Lr
2 I ′o L r
∆t s = (9.26)
( 1 − D) Vi
Durante o intervalo ∆td, o circuito é representado pela expressão
(9.27).
D Vi
2 I ′o = ∆t d (9.27)
Lr
2 I′o L r
∆t d = (9.28)
D Vi
vLr
[(1 − D)Vi ]
- (DVi ) t
∆ts ∆td
i Lr
(I′o + i Lm)
(-I′o + i Lm ) t
V′o
[(1 − D)Vi ]
(DVi )
D TS t
TS
Fig. 9.13 – Tensão e corrente em Lr durante um período de funcionamento.
Vo′ med =
1
{( 1 − D) Vi ( D.Ts − ∆t s ) + D Vi [( 1 − D) Ts − ∆t d ]} (9.30)
Ts
Vo′ med ⎡ 4 I′ L f ⎤
q= = ⎢ 2 D ( 1 − D) − o r s ⎥ (9.31)
Vi ⎣ Vi ⎦
Como pode se observar na equação (9.31), devido à queda de tensão
no indutor ressonante, existe uma perda de razão cíclica proporcional `a
corrente de saída dada pelo termo
( o r s i)
4 I ′ L f V . Definindo-se a corrente de saída parametrizada como
mostrado em (9.32), obtém-se (9.33).
4 I ′o L r f s
I′o = (9.32)
Vi
[
q = 2 D ( 1 − D) − I ′o ] (9.33)
Na Fig. 9.14 é traçado o ábaco da característica de saída do
conversor, no qual pode-se observar a dependência da tensão média de
saída com a corrente de carga.
A partir da expressão (9.33), admitindo-se uma indutância de
comutação igual a zero, obtém-se a expressão (9.34).
q = 2 D ( 1 − D) (9.34)
Representando-se q versus D, como é mostrado na Fig. 9.15, obtém-
se a característica de transferência.
A característica de transferência revela que para cada valor de q há
dois valores de D que igualam a expressão (9.34). Por isto, é importante
limitar o valor de D em 0,5.
q
0,4 D = 0,5
0,4
0,3
0,3
0,2
0,2
0,1
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 9.14 – Característica de saída do conversor PWM-ZVS
com comando assimétrico
0,6
q
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
D
Fig. 9.15 – Característica de transferência do conversor PWM-ZVS
com comando assimétrico.
I S1 = 2 ( 1 − D) I ′o (9.36)
⎛ C e2 ⎞
I Vi( D) = I Ce 2 = 2 ⎜⎜ ⎟ ( 1 − D) I ′o
⎟ (9.38)
⎝ C e1 + C e 2 ⎠
I S2 = 2 D I ′o (9.39)
I S2 = I Ce1 − I Ce 2 (9.40)
⎛ C e1 ⎞
I Vi( 1− D) = I Ce1 = 2 ⎜⎜ ⎟ D I ′o
⎟ (9.41)
⎝ C e1 + C e 2 ⎠
C e1 1 − D
= (9.42)
C e2 D
S1 D1
+ Lm iLm Lr
Vi
- i Lr
+
iS
+ S2 D2
Ceq - Io′ Vo′ Cseq
-
D Ts
Po
C eq = (9.46)
f s ∆VCeq Vi
C e1 = ( 1 − D) C eq (9.47)
C e 2 = D C eq (9.48)
t
-(I′o )
i Lm
(I1 ) ∆ i Lm
ILmmed
-(I2 ) t
v Lm
[(1 − D)Vi ]
t
- (DVi )
i Ceq
(I′o + I1 )
(I′o )
t
-(I′o )
- (I′o + I2 )
D TS (1 − D) TS
Fig. 9.17 – Formas de onda envolvidas na análise da corrente magnetizante.
I s med = (2 D − 1) I ′o (9.50)
Mas I Ceq = 0.
med
I Lm med = ( 1 − 2 D) I ′o (9.52)
i S1 D = i S2 ( 1 − D) (9.53)
Sabe-se que a corrente nas chaves são dadas por (9.54) e (9.55).
i S1 = I ′o + i Lm (9.54)
i S2 = I ′o − i Lm (9.55)
Substituindo (9.52) em (9.54) e (9.55), tem-se (9.56) e (9.57).
i S1 = 2 ( 1 − D ) I ′o (9.56)
i S2 = 2 D I ′o (9.57)
Portanto a corrente média nas chaves é calculada conforme (9.58) e
(9.59):
∫ 2 (1 − D) I′o dt = Ts 2 (1 − D) I′o D Ts
1 1
I S1med = (9.58)
Ts
0
( 1− D) Ts
∫ 2 D I′o dt = Ts 2 D I′o (1 − D) Ts
1 1
I S2 med = (9.59)
Ts
0
I S1,2
I S1,2 = med = 2 D ( 1 − D)
(9.60)
med I ′o
∫ [2 (1 − D) I′o ]
1 2 dt
I S1ef = (9.61)
Ts
0
I S1ef
I S1ef = = 2 ( 1 − D) D (9.62)
I ′o
( 1− D) Ts
∫ [2 D I′o ]
1 2 dt
I S2 ef = (9.63)
Ts
0
I S2 ef
I S2 ef = = 2D 1− D (9.64)
I ′o
0,6
I S1, 2 med
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
D
Fig. 9.18 – Corrente média parametrizada nas chaves principais
em função da razão cíclica D.
I S1ef I S2 ef
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
D
Fig.9.19 – Corrente eficaz parametrizada nas chaves principais,
em função da razão cíclica D.
∆i Lm Vi
I 2 = I Lm med − = ( 1 − 2 D) I ′o − Ts D ( 1 − D) (9.67)
2 2 Lm
As correntes disponíveis para a comutação das chaves S1 e S2 são
apresentadas nas expressões (9.68) e (9.69).
Vi
I ′o + I1 = 2 I ′o ( 1 − D) + Ts D ( 1 − D) (9.68)
2 Lm
Vi
I ′o + I 2 = 2 I ′o ( 1 − D) − Ts D ( 1 − D) (9.69)
2 Lm
Como já era esperado, a corrente disponível para a comutação da
chave S2 é menor que a da chave S1. A situação crítica pode ser definida
através do balanço da energia entre o indutor e o capacitor equivalente,
como mostra (9.70).
C s eq Vi V Ts
I o′ crit = + i D (9.71)
Lr 2 (1 - D) L m 4
i Cs eq ( t ) = (i La + 2 D I ′o ) cos( w t ) (9.74)
2 z I o′ crit
D crit = 1 − (9.80)
Vi
Vi ⎛ f s ⎞ Vi Vo′
I o′ crit 2 + ⎜ − 1⎟ I ′o crit + =0 (9.82)
2z ⎝w ⎠ 8 z2
⎡ 2 ⎤
V
I o′ crit = i ⎢⎛⎜ 1 - f s ⎞⎟ ± ⎛⎜ 1 − f s ⎞⎟ − 2 Vo′ ⎥ (9.83)
4z ⎢⎝ w ⎠ ⎝ w⎠ Vi ⎥
⎣ ⎦
A raiz inferior da equação (9.83) corresponde à operação com
D > 0,5. Assim a expressão da corrente de carga crítica com circuito
auxiliar de comutação é dada por (9.84).
⎛ ⎞
⎜ ⎟
Vi ⎛ f s ⎞ ⎜ 2 Vo′ ⎟
I o′ crit = ⎜1 - ⎟ ⎜1 + 1 - ⎟ (9.84)
4 z ⎝ w⎠ ⎜ ⎛ fs ⎞
2
⎟
⎜ Vi ⎜ 1 - ⎟ ⎟
⎝ ⎝ w⎠ ⎠
Vi = 400V
Po = 500W
Vo = 50V
Io = 10A
f s = 40 × 103 Hz
n = 3,2
I 10
I ′o = o = = 3,125A
n 3,2
I′ V 0,05 × 400
Lr = o i = = 40 × 10 −6 H
4 f s I o′ 4 × 40 × 10 × 3,125
3
I S1ef = 2,405A
I S2 ef = 1,733A
D crit = 0,313
I S1ef = 1,44A
I S2 ef = 0,972A
1 1
w= = = 5,6 × 10 6 rad / s
−6 −12
L r C seq 40 × 10 × 2 × 400 ⋅ 10
z = w L r = 5,6 × 10 6 × 40 × 10 −6 = 223,61Ω
⎛ ⎞
⎜ ⎟
400 ⎛ 40 × 10 3 ⎞ ⎜ 2 × 160
⎟
I ′o crit = × ⎜1 − ⎟ × ⎜1 + 1 − ⎟ = 0,64A
4 × 223,61 ⎜⎝ 5,6 × 10 6 ⎟ ⎜
⎠ ⎜ ⎛ 40 × 10 3 ⎞⎟
400 × ⎜1 − ⎟⎟
⎜ ⎜ 5,6 × 10 6 ⎟⎟
⎝ ⎝ ⎠⎠
Adotou-se: L a = 1 × 10 −3 H
Calculando-se a corrente na indutância La para situação nominal e
escolhendo-se ∆VCa = 20V , calcula-se Ca1 e Ca2.
I La max 1,4
C a1 = C a 2 ≥ = = 0,176 × 10 − 6 F
8 f s ∆VCa 3
8 × 40 × 10 × 20
Adotou-se: C a1 = C a2 = 0,18 × 10 −6 F
I S1ef = 0,49A
I S2 ef = 0,31A
2
Pólo
+ S1 D1 C1 Ressonante
Ce1 Ca1
-
+ Lm i Lm Lr La
Vi b 3 a 7
8
- 5 4 iLr
+
+ S2 D2
Ce2 Io′ Vo′ Ca2
- C2
-
6
1
Fig. 9.21 Circuito Simulado.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.22 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída V o′ .
i Lr (A) i Lm (A )
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.23 – (a) Corrente no indutor ressonante e (b) corrente na indutância
magnetizante.
VCe2(V)
i Ce1 (A)
i D2 (A)
i Ce2 (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.24 – (a) Tensão nos capacitores Ce1 e Ce2 e (b) corrente nos
diodos D1 e D2.
vS1 vS1
iS1 × 50 iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.25 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
vS2 v S2
iS2 × 50
iS2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.26 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.27 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída V o′ .
i Lr (A)
i Lm (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.28 – (a) Corrente no indutor ressonante e (b) corrente na indutância
magnetizante.
Tabela II
Calculado Simulado
Vo′ med (V) 160 153,6
VCe1med (V) 275 275,5
VCe 2 med (V) 125 124,5
I S1,2 (A) 0,8 0,788
med
I S1ef (A) 1,44 1,37
I S2 ef (A) 0,972 1,009
VCe2(V)
i Ce1 (A)
i D2 (A)
i Ce2 (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.29 – (a) Tensão nos capacitores Ce1 e Ce2 e (b) corrente nos
diodos D1 e D2.
vS1 vS1
iS1 × 50
iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.30 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
v S2 vS2
iS2 × 50 iS2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.31 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.32 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída V o′ .
i Lr (A) i Lm (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.33 – (a) Corrente no indutor ressonante e (b) corrente na indutância
magnetizante.
VCe2 (V)
i Ce1 (A)
iD2 (A)
i Ce2 (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.34 – (a) Tensão nos capacitores Ce1 e Ce2 e (b) corrente nos
diodos D1 e D2.
i La (A)
VCa1 (V)
VCa2 (V)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.35 – (a) Tensão nos capacitores Ca1 e Ca2 e (b) corrente no indutor
auxiliar La.
vS1 vS1
i S1× 50
i S1× 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.36 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
i S2× 50
i S2× 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 9.37 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
10.1 INTRODUÇÃO
Seja o conversor Forward convencional mostrado na Fig. 10.1.
Tr D2 Lo
+
D3 Co Ro Vo
+ N3 N1 N2 -
Vi Ld
-
D
D1 S1
C R
Tr D3 Lo
+
D4 Co Ro Vo
+ -
Vi S2 D2 L
- + d
C3 -
S1 D1
Fig. 10.2 – Conversor Forward com grampeamento ativo.
Com o decorrer do tempo, percebeu-se que agrupando-se
capacitores de valores adequados C1 e C2 em paralelo com S1 e S2
respectivamente, e com um valor adequado da indutância de dispersão, o
circuito poderia beneficiar-se de comutação suave do tipo ZVS dos
interruptores S1 e S2. A versão final do circuito assim descrito está
representada na Fig. 10.3. A indutância Lr, daqui em diante denominada
indutância de comutação ou indutância ressonante, inclui a indutância de
dispersão em série com uma indutância externa, adicionada quando
necessária.
D3 D4
i Lr S2 D2
Lr Lm
a b +
C3 - VC3
+ iLm S1 D1
Vi
-
10.4 EQUACIONAMENTO
10.4.1 Tensão Sobre o Capacitor de Grampeamento C3
Como pode ser observado na Fig. 10.13, a tensão vab, igual à tensão
na indutância magnetizante, deve ter valor médio igual a zero, que é
calculado como mostrado na equação (10.1).
⎡D Ts ( 1− D) Ts ⎤
1 ⎢
Vab med = ∫ Vi dt + ∫ (Vi − VC3 ) dt ⎥ = 0 (10.1)
Ts ⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 ⎥⎦
Vi D Ts = − ( Vi − VC3 ) (1 − D) Ts (10.2)
VC3 1
VC3 = = (10.3)
Vi 1− D
t
(Vi − VC3 )
Vo
(Vi)
i Lr t
(I′o)
∆ t1 t
∆ t2
∆ t3
i Lm
(I1 )
∆ i Lm t
-(I 2)
ii
( I′o + I 1 )
(I3 )
t
-(I2 )
i C3
( I′o + I 1 )
t
-(I 2)
S1 vS1
(VC3)
iS1
S2 t
vS2
(VC3)
iS2
comando t
S1
comando t
S2
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t 6 t7 t8 t
D TS
TS
Fig. 10.13 – Formas de onda básicas.
VC3
8
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
D
Fig. 10.14 – Tensão média no capacitor C3, em função da razão cíclica D.
∆t 2
∫ Vi dt = Ts Vi ∆t 2
1 1
Vo′ med = (10.4)
Ts
0
∆t 2 = D Ts − ∆t1 (10.5)
I′ L
∆t1 = o r (10.6)
Vi
I′ L f
Onde I′o = o r s .
Vi
Como pode-se observar na equação (10.7), existe uma perda de
razão cíclica proporcional à corrente de carga devido à queda de tensão
no indutor Lr, fenômeno este já observado nos capítulos 8, 9 e 10.
Na Fig. 10.15 foi traçado o ganho estático em função da corrente de
saída parametrizada, tendo a razão cíclica D como parâmetro. Pode-se
observar claramente a queda da tensão média de saída com o aumento da
carga.
1
q
D = 0,9
0,8
0,8
0,7
0,6
0,6
0,5
0,4
0,4
0,3
0,2
0,2
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I′o
Fig. 10.15 – Característica de saída.
∫ I′o dt
1
I S1med = (10.9)
Ts
0
IS1med
IS1med = = D − I′o (10.10)
I′o
∆t 2
∫ I′o
1 2 dt
I S1ef = (10.11)
Ts
0
IS1ef
IS1ef = = D − I′o (10.12)
I′o
I S1ef 0,8
0,8 0,7
0,6
0,5
0,6 0,4
0,3
0,4 0,2
0,1
0,2
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
I ′o
Fig. 10.16 – Corrente eficaz na chave S1 em função da corrente de carga
parametrizada, tendo a razão cíclica D como parâmetro.
f L I ′ 2 ( 1 − D)
I Lm = s r o (10.14)
2 Vi D
I Lm fs L r I′o (1 − D)
= (10.15)
I′o 2 Vi D
∆i Lm
I 2 = I Lm + (10.17)
2
f L I ′ 2 ( 1 − D) Vi D
I2 = s r o + (10.18)
2 Vi D 2 Lm fs
I2 +
C2
- +
+ - VC3
- C1
dVC1 dVC2
+ =0 (10.20)
dt dt
Seja, C1 = C 2 = C .
dVC1 dV
C + C C2 = 0 (10.21)
dt dt
i C1 = −i C 2 (10.23)
Sendo i C1 + i C 2 = I 2 .
I
i C1 = 2 (10.24)
2
Para que a comutação ocorra, C1 deve ser completamente
descarregado durante o tempo de comutação ∆tc. Portanto obtém-se
assim a expressão (10.25):
I ∆t
VC3 = 2 c (10.25)
2 C
Com esta expressão, determina-se o tempo morto mínimo requerido,
conhecidos os demais valores.
Po = 500W
Vo = 50V
Io = 10A
f s = 40 × 103 Hz
Adotando-se uma relação de transformação de 3,2 tem-se:
I′ V 0,05 × 400
Lr = o i = = 160 × 10 −6 H
f s I o′ 3
40 × 10 × 3,125
De acordo com a equação (10.7), definidos o ganho estático e a
perda de razão cíclica, calcula-se então a razão cíclica nominal.
D nom = 0,45
A tensão média no capacitor C3 pode então ser calculada:
Vi 400
VC3 = = ≅ 728V
1 − D nom 1 − 0,45
A capacitância C3 é considerada muito grande, de forma a poder ser
representada por uma fonte de tensão constante, o que simplifica a análise
matemática. Porém, um valor excessivamente grande prejudicaria o
comportamento dinâmico do conversor. Assim, para fins de projeto, esta
capacitância é escolhida de modo que a metade do período de
ressonância, formada pelo capacitor de grampeamento e a indutância
ressonante Lr, seja maior que, pelo menos, três vezes o máximo intervalo
de bloqueio de S1. Então, tem-se (10.26) e (10.27).
Tc = 2π L r C3 (10.26)
Tc
= 3 ( 1 − D nom ) Ts (10.27)
2
Adotou-se C 3 = 1,1 × 10 −6 F .
A corrente média na indutância magnetizante é calculada como
segue.
f L I′ 2 (1 − Dnom ) 40 × 103 × 160 ⋅ 10−6 × 3,1252 × (1 − 0,45)
ILm = s r o = = 0,095A
2 Vi Dnom 2 × 0,45 × 400
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 10.19 – (a) Tensão vab e (b) tensão de saída Vo′ .
i Lr (A)
i Lm (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 10.20 – (a) Corrente no indutor ressonante e (b) corrente na indutância
magnetizante.
Vo′ (V)
i C3 (A)
i Lr (A)
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 10.21 – (a) Tensões de saída Vo′ e vab e corrente no indutor ressonante,
(b) tensão e corrente no capacitor C3.
vS1 vS1
iS1 × 50 iS1 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 10.22 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S1.
vS2 vS2
iS2 × 50 iS2 × 50
t (s) t (s)
(a) (b)
Fig. 10.23 – Detalhe da entrada em condução (a) e bloqueio (b) de S2.
Bibliografia 375
COLLIN, IVAN EIDT - “Conversor CC-CC Meia-Ponte ZVS-PWM:
Análise, Projeto e Experimentação” - Dissertação de Mestrado,
Dezembro de 1994, UFSC.
DUARTE, CLÁUDIO MANOEL DA CUNHA - “Conversores CC-CC
ZVS-PWM com Grampeamento Ativo” - Tese de Doutorado, 1997,
UFSC.
MARTINS, DENIZAR CRUZ – “Programa PROSCES” – Programa
registrado na secretaria de Informática e Automação, Coordenação
Geral de Software, Serviços e Aplicações da Informática. Registro
número 33483-9, processo número 3698/97-9, versão 0.1 – Abril/1994.