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FOZ DO IGUAÇU - PR
2012
GEAN VITOR GONÇALVES PINTO
Relatório de trabalho de
conclusão de curso apresentado ao Curso
de Engenharia Elétrica da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Batista Machado
FOZ DO IGUAÇU
2012
2
012
3
___________________________________________________________
Orientador de TCC: Prof. Msc. Waldimir Batista Machado
Professor da UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu
_____________________________________________________
Prof. Msc. Sandro Battistella
Professor da UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu
_______________________________________________
Prof. Msc. José Guilherme Rodrigues Filho
Professor da UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu
_________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Zanelato Pantaleão
Coord. de TCC Curso de Eng. Elétrica
UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Angela e Ogenilson, que sempre me
apoiaram e me deram forças para que eu pudesse realizar meus objetivos.
6
AGRADECIMENTOS
RESUMO
campus, oferecem boas condições para que o sistema seja implantado e atenda as
expectativas de suprimento de energia.
Foram levadas em consideração hipóteses como a interligação com a rede da
concessionária local e a utilização de baterias para o armazenamento da energia,
analisando a maneira mais eficiente para a instalação do sistema.
ABSTRACT
The constant growth of electricity demand makes that new generation techniques
are developed. Environmental issues increasingly reinforce the concept of sustainable
development, and photovoltaic electricity generation fits perfectly in this context.
This research is focused on verifying viability of a photovoltaic generation
system, in order to supply the demand during part of the day, or even becomes the
campus of UNIOESTE Foz do Iguaçu self-sufficient in electricity production, so
limiting spending on demand contracts with the local power utility.
The the city of Foz do Iguaçu receives a high level of solar radiation due to its
geographical location, along with the large open area available on campus, provide good
conditions for the system to be implemented and meets the expectations of power
9
supply.
Hypotheses were considered as interconnection with the local utility grid and
use batteries for energy storage, analyzing the most efficient way to install the system.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15
1.2 Justificativas.......................................................................................... 16
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 63
1 INTRODUÇÃO
A crescente demanda de energia no mundo faz com que uma grande importância
seja dada à exploração de fontes limpas e renováveis.
Fontes como carvão, petróleo, gás, além de finitas, são altamente nocivas ao
meio ambiente. Cada vez mais debate-se sobre como manter o desenvolvimento de uma
maneira sustentável, para que haja um equilíbrio entre crescimento da economia e
preservação dos recursos naturais.
A tecnologia na área de exploração de fontes alternativas de energia tem
evoluído de maneira significativa nos últimos anos, possibilitando um aproveitamento
em larga escala desses recursos.
A energia solar é uma alternativa bastante viável para suprir esta demanda de
energia limpa, devido ao fato de estar disponível em todo o planeta e de forma
inesgotável. Uma forma de aproveitamento dessa energia é a captação através de painéis
fotovoltaicos, dispositivos que convertem a energia dos raios emitidos pelo Sol em
energia elétrica.
1.2 Justificativas
1.3 Objetivos
O objetivo desse projeto é realizar um estudo de viabilidade da implantação de
um sistema de geração de energia fotovoltaica no campus da UNIOESTE – Foz do
Iguaçu.
O foco principal é transformar o campus da UNIOESTE – Foz do Iguaçu em
uma instituição autossustentável em geração e consumo de energia elétrica através da
energia solar fotovoltaica, ainda que este seja um ideal, ao menos se almeja uma
redução significativa dos gastos com energia elétrica.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O Sol
E = m c2 (2.1)
Vê-se que é produzida energia equivalente a 3,96 x 10-5 ergs por cada núcleo de
hélio formado.
A radiação solar é a maior fonte de energia para o planeta Terra, sendo um fator
determinante do tempo e do clima. Cerca de 99,97% da energia utilizada no sistema
Terra-Atmosfera é emitida pelo sol, influenciando diretamente diversos processos no
planeta, como aquecimento, evaporação e a fotossíntese.(AYOADE, 1996)
Uma forma abundante de energia disponível no planeta terra é proveniente do
sol. Segundo CRESESB (2006) anualmente chega à atmosfera terrestre cerca de
20
(2.2)
a (2.3)
A constante solar consiste na taxa de energia solar recebida por unidade de área,
no limite exterior da atmosfera terrestre em um plano perpendicular aos raios solares,
quando o sol está em sua distância média da Terra.
Segundo CRESESB (2006) dados recentes da WMO (World Meteorological
Organization) indicam um valor médio de 1.367 W/m² para a constante solar
extraterrestre. Este valor varia entre periodicamente devido a orbita elíptica da
Terra, que no afélio encontra-se a uma distância de 1.521 x 105 km do Sol, e no periélio
a 1.471 x 105 km.
23
Essa declinação faz com que em determinada época do ano a luz solar incida
com maior intensidade sobre o hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com
maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. O
solstício é o período em que o dia tem maior duração no ano. Do mesmo modo ocorre
em determinada época que a luz solar incidente é igual para os dois hemisférios,
caracterizando o equinócio. O equinócio é a ocasião onde o dia e a noite possuem
mesma duração.
Figura 3 - Órbita da Terra em torno do Sol, com seu eixo N-S inclinado [CEPEL,2004]
24
Figura 4 - Fração da radiação solar que incide na superfície terrestre [COMETTA, 1978].
Figura 5 - Variação da absorção dos raios solares pela atmosfera, com a variação do sol
sobre o horizonte [CEPEL,2004].
Seria suficiente para cálculos técnicos, citar o valor de 1000 W/m² para a
potência radiante que atinge uma superfície normal à direção dos raios solares com céu
claro ao meio dia.
A potência solar emitida também se altera de acordo com as atividades solares,
26
Tabela 3 - Valores médios anuais de radiação solar incidente sobre a terra, fora da
atmosfera e sobre a superfície, com atmosfera clara em kWh/m².dia
Latitude 0” 10” 20” 30” 40” 50” 60” 70” 80” 90”
Fora da atmosfera 10,20 10,06 9,61 8,92 8,02 6,91 5,63 4,87 4,43 4,24
Sobre a superfície 6,63 6,57 6,42 6,10 5,49 4,69 3,76 3,22 2,84 2,64
FONTE: (COMETTA,1978)
2.3.1 Heliógrafo
2.3.2 Piranômetros
2.3.3 Pireliômetro
1
http://photovoltaics.sandia.gov/docs/PVFEffIntroduction.htm (acessado em 08/09/2012).
2
http://www.scienzagiovane.unibo.it/english/solar-energy/3-photovoltaic-effect.html (acessado
em 08/09/2012).
30
(3.1)
(3.2)
Este arranjo não é muito utilizado, a não ser em ocasiões especiais, pois a tensão
gerada pelo módulo é da magnitude de 0,4 V não podendo carregar as baterias que são
usualmente de 12 V.
32
(3.3)
(3.4)
Deve ser dada cuidadosa atenção às células a serem reunidas, devido às suas
características elétricas.
A incompatibilidade destas características leva a módulos “ruins”, porque as
células de maior fotocorrente e fotovoltagem dissipam seu excesso de potência nas
células de desempenho inferior. Em consequência, a eficiência global do módulo
fotovoltaico é reduzida.
Se por acaso algumas das células estiver encoberta, devido à ligação em série a
potência de saída do módulo se reduzirá drasticamente. Para que toda a corrente do
módulo não seja limitada somente por uma célula de pior desempenho, conecta-se um
diodo de passo ou de bypass, a fim de gerar um caminho alternativo para a corrente
limitando a dissipação de calor na célula defeituosa. (CRESESB, 2006)
Geralmente o diodo de passo é utilizado em um agrupamento de células, visando
o menor custo, como indicado na Figura 10.
33
Figura 10 - Possível ligação para um diodo bypass entre células (VERA, 2004).
Silício Monocristalino
fabricação, esta tecnologia apresenta sérias barreiras para redução de custos, mesmo em
grandes escalas de produção.” (CEPEL, 1999, p.44).
Silício Policristalino
Silício amorfo
São as que apresentam o custo mais reduzido, contudo seu rendimento também é
inferior em relação aos outros tipos de células. Estas células são obtidas por meio da
deposição de camadas muito finas de silício ou outros materiais semicondutores sobre
superfícies de vidro ou metal.
Ainda não se sabe qual tecnologia em estudo terá mais sucesso futuramente, o
que se pode dizer é que todas têm potencialidade de gerar produtos de baixo custo se
produzidos em grande escala (CEPEL, 1999).
Uma das desvantagens do uso desse tipo de célula é a baixa eficiência em
relação às células mono e policristalinas de silício, em segundo essas células sofrem um
processo de degradação logo nos primeiros meses de operação, reduzindo assim a
eficiência ao longo da vida útil.
O processo de fabricação simples e barato, a possibilidade de fabricação de
células com grandes áreas e o baixo consumo de energia na produção são itens que
compensam essas deficiências.
36
Figura 17 - Efeito causado pela temperatura da célula na curva IxV (para 1000 W/m²) em
um módulo fotovoltaico de silício monocristalino (CRESESB,2006)
(3.8)
(3.9)
Onde:
nominal baixa para a maioria das aplicações, na maioria dos casos uma
bateria é constituída por diversas células associadas em série ou paralelo,
formando níveis de tensão e capacidade adequados (SERRÃO, 2012, p.14).
As principais características das baterias em geral, são expressas por uma série
de termos relacionados a seguir.
A eficiência dos inversores tende a ser mais baixa quando estes operam abaixo
de sua potencia nominal (CEPEL, 1999).
Os sistemas isolados são aqueles que não possuem conexão alguma com a rede
de distribuição elétrica. Em geral esses sistemas utilizam baterias para o armazenamento
de energia. Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento, onde a energia
elétrica é consumida no momento da geração por cargas CC.
Em sistemas que necessitam de armazenamento de energia em baterias, usa-se
54
Esta etapa do projeto visa quantificar a radiação solar global incidente sobre os
módulos fotovoltaicos, de forma que possa ser calculada a energia gerada.
A partir do software Google Earth, obtivemos a latitude aproximada de
25,547777° Sul e uma longitude de 54,588055° Oeste para o Campus da UNIOESTE-
FOZ.
Foi dada entrada desses dados no sistema Sundata (www.cresesb.cepel.br) que
gerou o gráfico da Figura 30, que expressa a radiação solar incidente no município de
Foz do Iguaçu para um ângulo de inclinação igual à latitude do local durante os meses
do ano.
58
Consumo [kWh]
60.000
50.000
40.000
30.000
10.000
0
jun/10
jan/10
out/09
dez/09
abr/10
jul/10
ago/10
nov/09
mar/10
mai/10
set/09
fev/10
a a (4.0)
Portanto:
A= 3437,07 m²
Considerando que cada painel possua 1m² de área, serão necessários 3.500
painéis para fornecer a energia demandada pela carga.
Os painéis seriam dispostos nos telhados dos blocos de sala de aula e coberturas
das passarelas já existentes, assim a estética do edifício não é afetada e nenhuma área
útil é ocupada.
O Campus de Foz do Iguaçu é composto por 11 blocos de aulas, cada um
medindo 35m x 10m, quatro corredores de 100m x 4m e o bloco da administração, que
mede 45m x 15m. O edifício da biblioteca foi desconsiderado por ter o telhado muito
irregular, dificultando a colocação dos painéis.
A área total disponível para instalação dos módulos é 6125m², mas somente a
área da cobertura dos blocos de salas de aula já seria suficiente para suprir toda a
geração, sendo a área total dos blocos 3.850m² e a área necessária para atender a
demanda de 3500m².
= 10.640 R$/mês
Levando em conta somente o custo dos módulos, seria suficiente para pagar a
conta de energia elétrica durante 25 anos, inviabilizando a instalação do sistema.
3
Produto disponível no endereço (http://minhacasasolar.lojavirtualfc.com.br) acessado em
08/10/2012.
4
Valor em moeda local Brasileira, obtido no endereço
(http://minhacasasolar.lojavirtualfc.com.br) acessado em 08/10/2012, sujeito a variações.
5
Tarifa estabelecida pela COPEL – Companhia Paranaense de Energia Elétrica, disponível em
http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Ftarifas%2Fpagcopel2.nsf%2Fv
erdocatual%2F23BF37E67261209C03257488005939EB
63
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS