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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 07
Olá pessoal!
Na aula de hoje vamos estudar o tema Controle da Administração
Pública, tendo como base o seguinte sumário:
SUMÁRIO
CONCEITO
CLASSIFICAÇÕES
Espécies de controle
Controle Controle de
Controle interno Controle prévio
administrativo legalidade
Controle
Controle Judicial
posterior
QUANTO AO ALCANCE
1 A CGU só não atua sobre a Presidência e Vice-Presidência da República, o Ministério das Relações
Exteriores, o Ministério da Defesa, incluindo os comandos militares, e a Advocacia-Geral da União, os quais
possuem Secretarias de Controle Interno (Ciset) próprias (órgãos setoriais do sistema de controle
interno).
2 A CGU é um órgão ligado diretamente à Presidência da República. O seu titular é um Ministro de Estado.
QUANTO AO ÓRGÃO
QUANTO AO MOMENTO
QUANTO À NATUREZA
Verifica a
conformidade
do ato com o
ordenamento Controle de
Exercido pela própria Administração
jurídico legalidade interno
Verifica a conveniência e
oportunidade de atos discricionários
Privativo da própria Administração
Controle de mérito
Controle exercido
pela Administração
sobre suas próprias
condutas
Hierárquico Autotutela
Controle
administrativo Tutela
Não hierárquico
Órgãos especializados
de controle (ex: CGU)
5Lembre-se que não há relação de hierarquia entre a administração direta e a indireta, mas apenas
vinculação.
DIREITO DE PETIÇÃO
Pedido de reconsideração
Recurso
7 § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de
cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
8 Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
A situação do administrado
pode ser agravada?
9As bancas gostam de tentar confundir o candidato dizendo que a responsabilidade é subsidiária. NÃO É!
A responsabilidade é SOLIDÁRIA.
10Art. 75. As normas estabelecidas nesta Seção [art. 70 a 75] aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais
e Conselhos de Contas dos Municípios.
11 Veja bem: no que couber , ou seja, podem ocorrer alterações nas normas locais, levando-se em
consideração as especificidades de cada região, desde que não sejam incompatíveis com o modelo
estabelecido para a esfera federal.
Art. 70 (...)
Natureza da
O que será fiscalizado Exemplo
fiscalização
á à àP à L à àT à à
Processos
fim de verificar se a distribuição dos livros está
Operacional administrativos e
beneficiando os destinatários da forma e na
programas de governo
medida desejada pelo Programa.
Foco da
Característica Exemplo
fiscalização
16. (Cespe – TCDF 2014) O controle legislativo é tanto político quanto financeiro.
O controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e
respectivas comissões. Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais
as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução
orçamentária e financeira.
Comentário: Afirmativa correta. Trata-se da comissão permanente
12 ADIn 687
13Diversamente, os demais Tribunais de Contas do País são compostos por sete Conselheiros (CF, art. 75,
parágrafo único).
19. (Cespe – TCE/RS 2013) Cabe ao TCE/RS julgar as contas a serem prestadas
anualmente pelo governador do estado e pelos prefeitos municipais, nos termos da
Lei Orgânica do TCE/RS.
Comentário: O Tribunal de Contas não julga as contas do Chefe do Poder
Executivo. Apenas emite parecer prévio. Quem julga é o Poder Legislativo,
nas respectivas esferas de governo, ou seja, Congresso Nacional (Presidente
da República), Câmara Legislativa (Governador de DF), Assembleias
Legislativas (Governadores dos Estados) e Câmaras Municipais (Prefeitos dos
Municípios).
Gabarito: Errado
22. (CGU – AFC 2012 – ESAF) As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o)
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Senado Federal.
e) Supremo Tribunal Federal.
Comentário: O art. 71, II da CF, que trata do julgamento das contas de
gestão, preceitua:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
23. (Cespe – TRT10 2013) Ao Tribunal de Contas da União não cabe julgar as
contas dos administradores de sociedades de economia mista e empresas públicas,
visto que a participação majoritária do Estado na composição do capital não
transmuda em públicos os bens dessas entidades.
Comentário: Por disposição constitucional expressa (CF, art. 70, caput)
as entidades da administração indireta estão sujeitas ao controle externo. Há
uma decisão antiga do STF que retirava as sociedades de economia mista
Salvo por sua determinação, não podem ser cancelados pela autoridade
administrativa concedente, os atos originários ou de alterações, relativos a
aposentadoria, reformas e pensões, já registrados pelo Tribunal de Contas,
ao apreciar-lhes a legalidade, no uso da sua competência constitucional.
16 MS 22.934/DF
31. (Cespe – TCU 2010) No caso de o diretor de órgão público não atender à
determinação do TCU para anular um ato, competirá ao próprio TCU sustar a
execução do ato impugnado.
Comentário: O item está correto. Verificada a ilegalidade de ato
administrativo, o TCU determina ao órgão ou entidade que, no prazo de até 15
dias, adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, o que
pode envolver a correção ou a anulação do ato (CF, art. 71, IX). Caso o
responsável não adote as providências no prazo determinado, aí sim
competirá ao próprio TCU sustar a execução do ato impugnado, comunicando
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (CF, art. 71, X).
Gabarito: Certo
17 MS 23.550/DF
Art. 72. A comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1º, diante de
indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não
programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade
governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos
necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a
comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no
prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comissão, se julgar que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao
Congresso Nacional sua sustação.
33. (Cespe – TCU 2007) Considere que uma lei federal dispense concurso público
para o provimento do cargo de consultor legislativo do Senado. Nesse caso, quando
o TCU for apreciar essas nomeações, deixará de aplicar a lei, julgando com
fundamento na Constituição Federal. Esse controle feito pelo tribunal é denominado
controle abstrato da constitucionalidade.
Comentário: A primeira parte do quesito, que diz que o TCU deverá
deixar de aplicar a lei, está correta. A referida lei, ao dispensar o concurso
público para provimento do cargo de consultor do Senado, flagrantemente
afronta o disposto no art. 37, II da Constituição Federal, o qual estabelece a
necessidade de aprovação prévia em concurso para a investidura em cargo
ou emprego público. Portanto, o TCU deve afastar a incidência da lei
inconstitucional ao apreciar as nomeações dos consultores, decidindo apenas
com base na própria Constituição Federal. Assim, a nomeação de um
consultor sem concurso deveria ser considerada ilegal pelo TCU, mesmo se a
Administração do Senado invocar a referida lei como fundamento para sua
defesa.
Não obstante, a parte final do quesito está errada, pois esse tipo de
controle de constitucionalidade exercido pelo TCU opera efeitos somente no
34. (Cespe – TCE/PE 2004) Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode
afastar a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos tribunais de
contas dos estados e dos municípios é vedada essa prerrogativa.
Comentário: Os Tribunais de Contas apenas podem “apreciar” a
constitucionalidade de leis e atos normativos, mas não “declarar” uma lei ou
ato inconstitucional. Tal prerrogativa é extensiva aos tribunais de contas dos
estados e dos municípios. Por exemplo: se, ao examinar determinado ato de
gestão praticado por um de seus jurisdicionados com base em lei federal, o
TCE/PE avaliar que a aludida lei federal não condiz com a Constituição, deve
afastar sua incidência no caso concreto, independentemente da origem da lei,
sob de pena de sua decisão também afrontar a Constituição.
Gabarito: Errado
35. (Cespe – TCDF 2012) Embora os TCs não detenham competência para
declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles
podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de
normas jurídicas com a CF, deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de
atos que considerem inconstitucionais.
Comentário: É verdade que os TCs não possuem competência para
declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos em abstrato. Eles
apenas possuem competência para apreciar a constitucionalidade no caso
concreto, com efeitos entre as partes. Isso significa que, se entender que
determinada lei ou norma é contrária à Constituição, o TC deixa de aplica-la
no caso concreto. Mas a lei ou o ato normativo não deixa de existir ou de
produzir efeitos fora do caso apreciado pelo Tribunal. A banca considerou
correta a questão, não obstante a expressão “providenciando a sustação de
atos que considerem inconstitucionais” possa dar a entender que o TC
suspende os efeitos da norma de forma geral, o que não é verdade.
Gabarito: Certo
****
(...)
36. (Cespe – TCDF 2012) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício
com vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos
administrativos necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
Comentário: O controle judicial deve ser necessariamente provocado, ou
seja, não existe controle judicial de ofício, daí o erro do quesito.
Gabarito: Errado
37. (Cespe – MIN 2013) É vedado o controle prévio pelo Poder Judiciário de atos
38. (Cespe – TJRO 2012) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta,
dentre outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao
controle judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
Comentário: O item está errado. Não há predominância entre as formas
de controle. Tanto o controle judicial como o administrativo, o parlamentar ou
o exercido pelos Tribunais de Contas derivam do sistema de freios e
contrapesos que rege a Administração Pública, o qual assegura a harmonia
entre os Poderes.
Gabarito: Errado
MANDADO DE SEGURANÇA
18 STF MS 24.167
Súmula 632 – STF: "É constitucional lei que fixa prazo de decadência
para impetração de mandado de segurança".
19Se o MS for impetrado contra uma omissão, os 120 dias começarão a contar da data em que se esgotar o
prazo fixado para a Administração editar o ato; se não existir um prazo legal expresso previsto para a
Administração atuar, não cabe falar em decadência, ou seja, o MS poderá ser impetrado a qualquer tempo,
enquanto persistir a omissão.
20 STF MS 27.188/DF
21 STF - MS 21.274, STF.
22 STF - MS 30.822.
Súmula 630 – STF: "A entidade de classe tem legitimação para o mandado
de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma
parte da respectiva categoria".
AÇÃO POPULAR
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
Chama atenção o fato de que a ação popular pode ser proposta por
qualquer cidadão (não é qualquer pessoa física!).
Para os efeitos desse tipo de ação, cidadão é o brasileiro, nato ou
naturalizado, ou o português equiparado, no gozo dos direitos
políticos, ou seja, que tem a possibilidade de, ao menos, votar nos
processos eleitorais. Maria Sylvia Di Pietro explica que, “a rigor, basta a
qualidade de eleitor, uma vez que o artigo 1, §3º, da Lei 4.717/65 exige
que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, seja feita com o título
eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
Dessa forma, nem uma pessoa jurídica e nem mesmo o
Ministério Público são legitimados para propor ação popular, ante a falta
de previsão para tanto.
Patrimônio
Público
Meio
ambiente
A ação civil pública está prevista no art. 129 da CF, nos seguintes
termos:
(...)
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto
nesta Constituição e na lei.
esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica,
à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos
ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
“não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos
beneficiários podem ser individualmente determinados”.
Preponderantemente Preponderantemente
mandamental desconstitutiva
Preponderantemente Subsidiariamente
condenatória condenatória
Por fim, é oportuno registrar que a ação civil pública é utilizada para
apurar e sancionar os atos de improbidade administrativa. Mais
precisamente, a ação judicial de improbidade prevista na Lei 8.429/1992 –
a qual será estudada em aula específica – tem sido considerada uma
espécie de ação civil pública.
40. (Cespe – MPTCDF 2013) O STF poderá, apenas após ação judicial, acolher
reclamação administrativa, anular o ato administrativo e determinar que outro seja
praticado.
Comentário: A questão trata das Súmulas Vinculantes, que são
enunciados pacificados na jurisprudência do STF de observância obrigatória
pelos demais tribunais do Judiciário, no exercício da função judicial, e
também pela Administração Pública, no exercício da função administrativa.
Caso um ato administrativo ou uma decisão judicial contrariem algum
enunciado de Súmula Vinculante, o prejudicado poderá interpor reclamação
perante o Supremo Tribunal Federal que, se considera-la procedente, anulará
o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida. É o que diz o art. 103-A da Constituição Federal:
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que,
julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da
súmula, conforme o caso.
CONTROLE SOCIAL
Propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público e à
moralidade administrativa (CF, art. 5º, LXXIII);
*****
Pessoal, com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Vamos
agora resolver algumas questões de prova.
42. (FCC – TCE/CE 2015) Cláudio Sarian Altounian, na obra intitulada “Obras
públicas: licitação, contratação, fiscalização e utilização”, aduz que “O controle da
aplicação de recursos públicos é de extrema relevância para o crescimento do país,
tanto que a matéria foi alçada ao texto constitucional na Seção IX” (Da Fiscalização
Contábil, Financeira e Orçamentária) do Capítulo VII (Da Administração Pública).
Afirma, ainda, o mesmo autor, que “apenas a atuação integrada de todas as esferas
de controle assegurará uma eficiente aplicação dos recursos públicos na execução
de obras”. Em relação à fiscalização da aplicação dos recursos públicos, é correto
afirmar:
a) Caracteriza-se como atividade de controle apenas quando a atividade for exercida
pelos próprios órgãos e entidades executores da despesa pública.
b) Os gestores dos contratos administrativos não exercem atividade de fiscalização,
motivo pelo qual não integram o sistema de controle administrativo interno.
c) É exercida pelo Poder Executivo sobre suas próprias atividades, pelo que se
caracteriza como controle interno, e pelo Poder Legislativo, por intermédio das
Cortes de Contas, hipótese em que se caracteriza como controle externo e
fundamenta-se no poder hierárquico.
d) É atividade que integra o controle administrativo, exercido pelo Poder Executivo e
pelos órgãos de administração dos demais Poderes sobre suas próprias atividades.
e) Os Tribunais de Contas quando julgam as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos exercem controle externo de
natureza judiciária.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Além dos próprios órgãos e entidades executores da
despesa pública, a atividade de controle também pode ser exercida por órgãos
especializados de controle interno, como também por órgãos de controle
externo, como as Casas Legislativas e os Tribunais de Contas. Ademais, o
Poder Judiciário também exerce controle sobre os executores da despesa
pública, sem falar no controle social, realizado por todos os cidadãos.
b) ERRADA. Os próprios gestores dos contratos administrativos exercem
sim atividades de fiscalização, razão pela qual eles integram o sistema de
controle administrativo interno. Exemplo de atividades de controle realizadas
pelos próprios gestores são: revisão de atos de subordinados, controle de
45. (FCC – TCE/SP 2015) O controle da Administração pública pode ser definido
como o poder-dever de fiscalização e correção exercido pelos órgãos aos quais é
conferido, com o objetivo de garantir a conformidade de atuação com os princípios
impostos pelo ordenamento jurídico. Nesse contexto, o controle dos aspectos de
conveniência e oportunidade subjacentes à prática de atos administrativos
discricionários
a) é próprio do poder de tutela a que se submetem as entidades integrantes da
Administração Indireta.
b) está presente no controle interno e constitui expressão da autotutela.
c) é decorrência da hierarquia e somente pode ser exercido por autoridade superior
àquela que praticou o ato.
d) é vedado em sede de controle interno, que admite apenas a verificação de
aspectos de legalidade.
e) é passível de ser exercido no âmbito do controle externo, salvo para verificação
de economicidade.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. O poder de tutela constitui um controle finalístico, que tem
por fim assegurar que as entidades da administração indireta não se afastem
dos fins para os quais foram criadas, e deve ser exercido nos limites da Lei. O
controle dos aspectos de conveniência e oportunidade não é próprio do poder
46. (FCC – CGM São Luís 2015) A Prefeitura de São Luís realizou licitação para a
aquisição de cestas básicas para distribuição, pelo setor de assistência social, a
pessoas carentes do Município. O TCE/MA apreciou a legalidade dessa despesa
para fins de registro, tendo apontado irregularidades que culminaram com a
aplicação de multa ao Prefeito. Esse caso contrariou a Constituição do Estado do
Maranhão porque
a) a aquisição de cestas básicas para a assistência social não depende de licitação.
50. (FCC – TCM/RJ 2015) É cediço que o controle jurisdicional dos atos
administrativos diz respeito à legalidade, não cabendo ao Poder Judiciário imiscuir-
se nos critérios de conveniência e oportunidade que balizam a edição do ato e que
constituem o mérito do mesmo. Vale dizer, o Poder Judiciário deve respeitar os
limites legais da discricionariedade administrativa, o que, com base naquela
permissa, é correto afirmar:
a) Apenas os atos vinculados são passíveis de revisão pelo Poder Judiciário, que,
com base na Teoria dos Motivos Determinantes, avalia a presença dos requisitos de
validade do ato.
b) O Poder Judiciário pode revogar ato discricionário, quando a autoridade usa o
poder discricionário para atingir fim diverso daquele determinado em lei, ou seja,
quando identificado desvio de poder.
c) No âmbito de abrangência do controle externo exercido pelo Poder Judiciário
insere-se a verificação dos pressupostos de fato indicados nos motivos que levaram
à prática do ato discricionário.
d) Quando a discricionariedade administrativa estiver pautada em aspectos técnicos,
a escolha praticada com base na valoração desses aspectos passa a se caracterizar
como vinculada, permitindo ao Poder Judiciário a ampla avaliação dos critérios de
conveniência e oportunidade adotados pela Administração.
54. (ESAF – AFT 2010) O estudo do tema 'controle da administração pública' nos
revela que:
a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens
ou valores públicos, aí incluído o Presidente da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus
atos, mas não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle
transversal de um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal
de Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos
administrativos.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. O dever de prestar contas acerca da arrecadação e da
utilização dos recursos públicos constitui um dos pilares do Estado
Democrático de Direito. Afinal, trata-se da utilização de recursos arrecadados
compulsoriamente da sociedade, os quais, em tese, deveriam ser aplicados em
benefício de todos. Na Administração Pública, o dever de prestar contas é
bastante amplo, abrangendo desde o Presidente da República até pessoas
físicas que, sem ter qualquer vínculo formal com a Administração, sejam de
alguma forma responsáveis pela aplicação de recursos públicos (ex:
beneficiários de bolsa de estudo do Governo) ou por provocar dano ao erário
(ex: licitante que frauda licitação e vende para a Administração produtos acima
do valor mercado). É isso que prescreve o art. 70, parágrafo único da CF:
61. (ESAF – CGU 2012) A respeito dos instrumentos para o exercício do controle
externo da Administração Pública Federal, à disposição do Ministério Público da
União e do Tribunal de Contas da União, assinale a opção correta.
a) O inquérito civil público e a ação civil pública caracterizam-se como instrumentos
à disposição do Ministério Público Federal.
b) A Prestação de Contas, a Tomada de Contas Especial, a auditoria e a
interpelação judicial caracterizam-se como instrumentos à disposição do Tribunal de
Contas da União.
c) A Recomendação e o Termo de Ajustamento de Conduta caracterizam-se como
instrumentos à disposição do Tribunal de Contas da União.
d) O inquérito policial federal, o inquérito civil público e a auditoria caracterizam-se
como instrumento à disposição do Ministério Público da União.
e) A Tomada de Contas Especial e a Ação Civil Pública caracterizam-se como
instrumentos à disposição do Tribunal de Contas da União.
Comentários:
62. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da
administração pública.
a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de
recurso administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
Bons estudos!
Erick Alves
(...)
É por isso que entendo revestir-se de integral legitimidade constitucional a
atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio na teoria dos poderes
implícitos, permite ao Tribunal de Contas da União, adotar as medidas
necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno
exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria
Constituição da República.
*****
Externo: exercido por um ente que não integra a mesma estrutura organizacional
do órgão fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo).
Quanto ao
Interno: exercido por órgão especializado, porém pertencente à mesma estrutura
alcance
do fiscalizado (Ex: CGU).
CONTROLE ADMINISTRATIVO:
Hierárquico = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc.
Anulação refere-se a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a
controle de mérito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos.
Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)
Direito de petição:
Representação: denúncia de irregularidades à Administração;
Reclamação administrativa: contra atos da Adm. que afetem os direitos do administrado;
Pedido de reconsideração: solicitação de reexame de um ato administrativo pela mesma
autoridade que o editou;
Recurso hierárquico próprio: pedido de reexame do ato dirigido à autoridade
hierarquicamente superior à que proferiu o ato;
Recurso hierárquico impróprio: dirigido à autoridade que não se insere na mesma
estrutura hierárquica do agente que proferiu o ato. Só quando houver previsão em lei.
CONTROLE JUDICIAL:
Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do
Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente
provocado. Controle a posteriori (regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no
mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas
não revogar o ato.
Legitimados:
Partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
Mandado de em funcionamento há pelo menos um ano.
segurança
coletivo Não é necessária autorização expressa dos associados.
Pode ser impetrado para defender parte dos associados.
Não beneficia o impetrante de MS individual que tenha o mesmo objeto, a menos que
haja desistência da ação individual no prazo de 30 dias da impetração da ação coletiva.
CONTROLE LEGISLATIVO:
Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem orçamentária primária dos recursos.
Apreciar as contas anuais prestadas pelo Presidente O parecer prévio é conclusivo, mas não vinculante. O
da República, mediante parecer prévio. julgamento é a cargo do Congresso Nacional.
Julgar as contas dos responsáveis por recursos Examina e julga contas de gestão. Única atribuição na
públicos e dos causadores de prejuízo ao erário. qual o TCU profere um julgamento.
Realizar inspeções e auditorias, por iniciativa própria Em qualquer unidade da administração pública direta
ou por solicitação do Congresso Nacional. e indireta, de todos os Poderes.
1. (Cespe – TCE/ES 2012) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário é realizar o
controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem para o
melhor interesse da sociedade.
3. (Cespe – TJ/RO 2012) O abuso de poder é conduta comissiva, que afronta, dentre
outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao controle
judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
11. (FCC – TCE/PR 2011) Nos termos previstos na Constituição Federal, os responsáveis
pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de
a) demissão a bem do serviço público.
b) responsabilidade subsidiária.
c) responsabilidade solidária.
d) exoneração.
e) suspensão.
12. (Cespe – MPTCDF 2013) Em relação ao controle externo exercido pelo Congresso
Nacional, a fiscalização financeira diz respeito ao acompanhamento da execução do
orçamento e da verificação dos registros adequados nas rubricas orçamentárias.
13. (Cespe – AFT 2013) O controle da administração realizado pelo Poder Legislativo com
o auxílio do TCU abrange o denominado controle de economicidade, pelo qual se verifica se
o órgão público procedeu da maneira mais econômica na aplicação da despesa, atendendo
à adequada relação de custo-benefício.
16. (Cespe – TCDF 2014) O controle legislativo é tanto político quanto financeiro. O
controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de suas casas e respectivas
comissões. Há comissões permanentes e temporárias, entre as quais as CPIs. No caso do
DF, cabe precipuamente à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara
Legislativa (CLDF) fiscalizar a execução orçamentária e financeira.
18. (Cespe – TCDF 2012) De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência
desse tribunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatório sintético a esse
respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro relator — antes de se pronunciar
sobre o mérito das contas — ordena a citação dos responsáveis.
21. (Cespe – TCE/ES 2012) Uma das incumbências do tribunal de contas do estado é a
emissão de parecer prévio sobre as contas de prefeito municipal, que deverá ser aprovado
ou rejeitado pela câmara municipal, sempre por maioria absoluta. Sendo divergente a
posição dos vereadores, o parecer do tribunal deixará de prevalecer por decisão de três
quartos dos membros da câmara municipal.
22. (CGU – AFC 2012 – ESAF) As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o)
a) Congresso Nacional.
b) Câmara dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Senado Federal.
e) Supremo Tribunal Federal.
23. (Cespe – TRT10 2013) Ao Tribunal de Contas da União não cabe julgar as contas dos
administradores de sociedades de economia mista e empresas públicas, visto que a
participação majoritária do Estado na composição do capital não transmuda em públicos os
bens dessas entidades.
24. (Cespe – TCE/RS 2013) Considere que o titular de um órgão do governo estadual
tenha nomeado determinado cidadão para o cargo de chefe do seu gabinete. Nesse caso, o
TCE/RS não precisa apreciar, para fins de registro, a referida nomeação.
26. (Cespe – TCDF 2014) A concessão de pensão por morte de servidor do governo
federal e os reajustes de seu valor, ainda que não alterem o fundamento legal do ato
concessório, deverão ser apreciados pelo TCU.
27. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) De acordo com o entendimento do STF, seria
constitucional lei ordinária estadual que determinasse que todos os contratos celebrados
entre o governo do estado e as empresas particulares dependessem de registro prévio no
tribunal de contas estadual.
29. (Cespe – TCU 2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse tribunal competência para aplicar
sanções aos responsáveis quando constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de
irregularidade de contas, por se tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional.
30. (Cespe – TCE/ES 2009) O TCU, no exercício de sua missão constitucional de auxiliar
o Congresso Nacional no controle externo, tem competência para determinar a quebra de
sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.
31. (Cespe – TCU 2010) No caso de o diretor de órgão público não atender à
determinação do TCU para anular um ato, competirá ao próprio TCU sustar a execução do
ato impugnado.
32. (Cespe – TCU 2011) No caso de irregularidade em contrato administrativo, este será
sustado diretamente pelo Congresso Nacional, que terá de solicitar, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis. Nessa situação, se, no prazo de noventa dias, o Congresso
Nacional permanecer inerte ou se o Poder Executivo não adotar as medidas que lhe sejam
solicitadas, caberá ao TCU emitir decisão.
33. (Cespe – TCU 2007) Considere que uma lei federal dispense concurso público para o
provimento do cargo de consultor legislativo do Senado. Nesse caso, quando o TCU for
apreciar essas nomeações, deixará de aplicar a lei, julgando com fundamento na
Constituição Federal. Esse controle feito pelo tribunal é denominado controle abstrato da
constitucionalidade.
34. (Cespe – TCE/PE 2004) Somente o Tribunal de Contas da União (TCU) pode afastar
a aplicação de uma lei federal por inconstitucionalidade. Aos tribunais de contas dos estados
e dos municípios é vedada essa prerrogativa.
35. (Cespe – TCDF 2012) Embora os TCs não detenham competência para declarar a
inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles podem, no caso
concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF,
deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem
inconstitucionais.
36. (Cespe – TCDF 2012) Caso não seja empregado o mínimo de recursos destinados a
saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício com vistas a garantir —
mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos necessários para o
direcionamento dessa parcela do orçamento.
37. (Cespe – MIN 2013) É vedado o controle prévio pelo Poder Judiciário de atos a cargo
da administração pública.
39. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O mandado de segurança é uma das mais
importantes ações judiciais de controle dos atos da administração pública. Quando o ato for
praticado por autoridade no exercício de competência delegada, o mandado de segurança
caberá contra a autoridade delegante.
40. (Cespe – MPTCDF 2013) O STF poderá, apenas após ação judicial, acolher
reclamação administrativa, anular o ato administrativo e determinar que outro seja praticado.
41. (FCC – TCM/GO 2015) Quanto ao sistema de controle incidente sobre a atuação
administrativa, a Administração pública está sujeita à
a) autotutela administrativa que é levada a efeito pela própria administração, e, também,
pelos Tribunais de Contas.
b) controle interno e à controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Legislativo, por intermédio do Tribunal de Contas e o segundo pelo Poder Judiciário.
c) controle interno e à controle externo de seus atos, este último, via de regra, efetivado
pelos Poderes Legislativo e Judiciário e alicerçado nos mecanismos de controles recíprocos
entre os Poderes.
d) controle externo de seus atos, que, via de regra, é alicerçado nos princípios hierárquico e
disciplinar.
e) controle interno e à controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Judiciário, mediante provocação, e o segundo pelo Legislativo de ofício, por intermédio do
Tribunal de Contas.
42. (FCC – TCE/CE 2015) Cláudio Sarian Altounian, na obra intitulada “Obras públicas:
licitação, contratação, fiscalização e utilização”, aduz que “O controle da aplicação de
recursos públicos é de extrema relevância para o crescimento do país, tanto que a matéria
foi alçada ao texto constitucional na Seção IX” (Da Fiscalização Contábil, Financeira e
Orçamentária) do Capítulo VII (Da Administração Pública). Afirma, ainda, o mesmo autor,
que “apenas a atuação integrada de todas as esferas de controle assegurará uma eficiente
aplicação dos recursos públicos na execução de obras”. Em relação à fiscalização da
aplicação dos recursos públicos, é correto afirmar:
a) Caracteriza-se como atividade de controle apenas quando a atividade for exercida pelos
próprios órgãos e entidades executores da despesa pública.
b) Os gestores dos contratos administrativos não exercem atividade de fiscalização, motivo
pelo qual não integram o sistema de controle administrativo interno.
c) É exercida pelo Poder Executivo sobre suas próprias atividades, pelo que se caracteriza
como controle interno, e pelo Poder Legislativo, por intermédio das Cortes de Contas,
hipótese em que se caracteriza como controle externo e fundamenta-se no poder
hierárquico.
44. (FCC – Sefaz/PE 2015) Suponha que determinados dirigentes de uma autarquia
estadual tenham praticado atos de gestão em desacordo com as finalidades institucionais da
entidade, atendendo a solicitações de natureza política. Com a substituição desses
dirigentes, bem assim dos agentes políticos do Estado, pretendeu-se rever tais atos, os
quais já haviam sido, inclusive, objeto de apontamentos pelos órgãos de controle interno e
externo, bem como questionados judicialmente em sede de Ação Popular. Considerando os
mecanismos de controle aos quais se submete a Administração pública,
a) apenas se presente ilegalidade caberá a revisão dos atos em sede administrativa, o que
não afasta também o controle judicial.
b) descabe a revisão dos atos no âmbito da autarquia, incidindo, contudo, o controle
hierárquico a ser exercido pelo ente instituidor, bem assim o controle judicial nos aspectos
de legalidade.
c) descabe o controle judicial acerca dos critérios de conveniência e oportunidade para a
edição dos atos de gestão, que somente podem ser anulados, por tais motivos, pela própria
Administração.
d) é cabível a revisão ou anulação dos atos pela própria Administração, inclusive pela
Secretaria Tutelar da autarquia, com base no poder de tutela, bem como o controle da
legalidade desses atos no âmbito judicial.
e) o controle da legalidade e do mérito dos referidos atos de gestão cabe à própria entidade
e, apenas em caráter subsidiário, à Secretaria Tutelar e ao Poder Judiciário.
45. (FCC – TCE/SP 2015) O controle da Administração pública pode ser definido como o
poder-dever de fiscalização e correção exercido pelos órgãos aos quais é conferido, com o
objetivo de garantir a conformidade de atuação com os princípios impostos pelo
46. (FCC – CGM São Luís 2015) A Prefeitura de São Luís realizou licitação para a
aquisição de cestas básicas para distribuição, pelo setor de assistência social, a pessoas
carentes do Município. O TCE/MA apreciou a legalidade dessa despesa para fins de
registro, tendo apontado irregularidades que culminaram com a aplicação de multa ao
Prefeito. Esse caso contrariou a Constituição do Estado do Maranhão porque
a) a aquisição de cestas básicas para a assistência social não depende de licitação.
b) a aquisição e distribuição de cestas básicas a pessoas carentes não é ação controlada
pelo TCE/MA.
c) não cabe a multa aplicada pelo TCE/MA em processos de análise de procedimento
licitatório.
d) a aquisição de cestas básicas não é ato sujeito a registro.
e) não é finalidade da Prefeitura a distribuição de cestas básicas à população carente.
47. (FCC – TRT9 2015) As atividades desempenhadas pela Administração pública não
estão imunes a controle, o que é inerente, inclusive, ao princípio da separação de poderes.
Contrapondo o controle exercido pelos Tribunais de Contas e a teoria do ato administrativo,
a atuação daquelas Cortes de Contas
a) é expressão do controle interno dos atos da Administração pública, restrito aos aspectos
financeiros, o que abrange não só a análise contábil, de receitas e despesas, mas também
verificações da oscilação patrimonial dos entes.
b) é acessória e dependente do controle do Poder Legislativo, que atua em maior
abrangência e profundidade nas matérias exemplificativas constantes da Constituição
Federal, examinando não só os aspectos de legalidade dos atos administrativos, mas
também o núcleo essencial dos atos discricionários.
c) envolve também análise de mérito da atuação da Administração pública, pois abarca
exame de economicidade, o que implica avaliar a relação entre as opções disponíveis e o
benefício delas decorrentes.
49. (FCC – CGM São Luís 2015) Para a construção de um porto organizado de cargas
em região com relevantes características ambientais, a empresa estatal responsável pela
exploração do serviço público apresentou, perante o órgão ambiental competente, pedido de
licenciamento. Após a expedição da Licença Prévia, cumpriu a empresa o necessário para
obtenção da Licença de Instalação, que, expedida, autorizou o início das obras, precedida
de licitação. Iniciadas as obras, o Ministério Público ingressou com Ação Civil Pública,
invocando nulidades no processo de licenciamento, em especial no que se refere ao ponto
de lançamento do esgoto da obra. Foi deferida a liminar, determinando a suspensão das
obras e a nulidade do processo de licenciamento, com inauguração de novo procedimento
para as correções necessárias no projeto. No que concerne ao caso concreto descrito, a
empresa estatal
a) pode questionar judicialmente a decisão, tendo em vista que uma vez expedidas as
licenças, que se consubstanciam em atos administrativos, o Poder Judiciário não pode
suspendê-los ou anulá-los.
b) pode questionar a decisão judicial, tendo em vista que não acarretaria prejuízos promover
as correções no mesmo processo de licenciamento, aproveitando os atos e providências
que não contivessem vícios.
c) deve impugnar a decisão judicial, tendo em vista que o Judiciário exacerbou os limites do
controle que exerce sobre a função administrativa, âmbito em que tramita o processo de
licenciamento ambiental.
50. (FCC – TCM/RJ 2015) É cediço que o controle jurisdicional dos atos administrativos
diz respeito à legalidade, não cabendo ao Poder Judiciário imiscuir-se nos critérios de
conveniência e oportunidade que balizam a edição do ato e que constituem o mérito do
mesmo. Vale dizer, o Poder Judiciário deve respeitar os limites legais da discricionariedade
administrativa, o que, com base naquela permissa, é correto afirmar:
a) Apenas os atos vinculados são passíveis de revisão pelo Poder Judiciário, que, com base
na Teoria dos Motivos Determinantes, avalia a presença dos requisitos de validade do ato.
b) O Poder Judiciário pode revogar ato discricionário, quando a autoridade usa o poder
discricionário para atingir fim diverso daquele determinado em lei, ou seja, quando
identificado desvio de poder.
c) No âmbito de abrangência do controle externo exercido pelo Poder Judiciário insere-se a
verificação dos pressupostos de fato indicados nos motivos que levaram à prática do ato
discricionário.
d) Quando a discricionariedade administrativa estiver pautada em aspectos técnicos, a
escolha praticada com base na valoração desses aspectos passa a se caracterizar como
vinculada, permitindo ao Poder Judiciário a ampla avaliação dos critérios de conveniência e
oportunidade adotados pela Administração.
e) Quando aspectos de legalidade do ato administrativo são questionados judicialmente, a
Administração fica impedida de revogar os referidos atos por critérios de conveniência e
oportunidade.
51. (FCC TRT3 2015) A Administração pública exerce, em relação aos administrados,
uma série de atos decorrentes de prerrogativas e poderes inerentes à função executiva. Em
contrapartida, esses atos estão sujeitos a controle, interno e externo, a fim de garantir as
melhores práticas em termos de gestão pública, para aumento de produtividade, ganho de
eficiência e respeito às garantias e direitos individuais. Também por isso
a) o controle exercido pelo Tribunal de Contas sobre os atos praticados pela Administração
pública possui extensão demasiadamente maior, representando a única ferramenta
repressiva eficaz de limitação das atividades administrativas, tal como a Administração
pública o faz em relação aos administrados quando do exercício de seu poder de polícia.
b) o poder de polícia exercido pela Administração pública possui expresso fundamento na
legislação vigente, de modo que deve guardar pertinência com os limites do que lhe autoriza
a norma, razão pela qual seu controle está adstrito ao exame de legalidade, para garantir a
observância dos princípios constitucionais, direitos e liberdades individuais.
52. (ESAF – APO 2015) As opções a seguir correspondem a meios de controle dos atos
administrativos previstos na Constituição Federal, exceto:
a) Ação Popular, que objetiva a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao
Patrimônio Público, à moralidade Administrativa, ao Meio Ambiente e ao Patrimônio
Histórico e Cultural.
b) Ação de Improbidade Administrativa, que visa proteger o patrimônio público, o meio
ambiente e outros direitos difusos e coletivos; é ajuizada pelo Ministério Público.
c) Habeas Corpus, que visa proteger o direito de locomoção sempre que alguém ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder.
d) Habeas Data, que visa proteger o direito a informações relativas à pessoa do impetrante,
constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de cará ter
público.
e) Mandado de Injunção, utilizado sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
53. (ESAF – PGFN 2015) O Prefeito do Município X decidiu construir, defronte à sede da
Prefeitura, um monumento em homenagem a seu avô, fundador da universidade local. A
obra teria 20 metros e seria esculpida em mármore e aço. A associação de pais de crianças
portadoras de necessidades especiais ajuizou ação civil pública para impedir a construção
do monumento, sob a alegação de que os recursos envolvidos na aludida homenagem
seriam suficientes para a reforma e adaptação de acessibilidade das escolas municipais, de
forma a proporcionar o pleno acesso de pessoas com deficiência. Os procuradores do
município argumentaram que a construção do monumento visa a preservar a memória da
cidade, bem como que a alocação de recursos seria ato discricionário do Prefeito. Diante do
relatado e com base na jurisprudência atual sobre o controle jurisdicional da administração
pública, assinale a opção correta.
54. (ESAF – AFT 2010) O estudo do tema 'controle da administração pública' nos revela
que:
a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens ou
valores públicos, aí incluído o Presidente da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus atos, mas
não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle transversal de
um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de
Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos administrativos.
61. (ESAF – CGU 2012) A respeito dos instrumentos para o exercício do controle externo
da Administração Pública Federal, à disposição do Ministério Público da União e do Tribunal
de Contas da União, assinale a opção correta.
a) O inquérito civil público e a ação civil pública caracterizam-se como instrumentos à
disposição do Ministério Público Federal.
b) A Prestação de Contas, a Tomada de Contas Especial, a auditoria e a interpelação
judicial caracterizam-se como instrumentos à disposição do Tribunal de Contas da União.
c) A Recomendação e o Termo de Ajustamento de Conduta caracterizam-se como
instrumentos à disposição do Tribunal de Contas da União.
d) O inquérito policial federal, o inquérito civil público e a auditoria caracterizam-se como
instrumento à disposição do Ministério Público da União.
62. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos tribunais
superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração pública.
a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de recurso
administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da competência de
controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e
pensões, não se submete ao prazo decadencial estabelecido na Lei n.o 9.784/1999,
iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial.
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito,
devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que tiver proferido
a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas dos autos à
autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de cinco dias.
*****
2) a 3) E 4) E 5) E
1) E
7) E 8) E 9) C 10) E
6) E
12) E 13) C 14) E 15) E
11) c
17) E 18) E 19) E 20) E
16) C
22) c 23) E 24) C 25) C
21) E
27) E 28) C 29) E 30) E
26) E
32) C 33) E 34) E 35) C
31) C
37) E 38) E 39) E 40) E
36) E
42) d 43) d 44) d 45) b
41) c
47) c 48) c 49) b 50) c
46) d
52) b 53) a 54) a 55) e
51) d
57) e 58) c 59) b 60) b
56) c