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Estudo de fills - parte 1

Por Batera.com.br

Introdução

O Fill, também conhecido como passagem, repique, virada, evolução, e outros


tantos nomes, é uma pequena combinação de notas usadas para enfatizar as
diferentes partes de uma peça musical.

Você já deve saber que, como baterista, sua função na banda, não é somente
manter o andamento. O baterista anuncia todas as variações que ocorrem na
música, como por exemplo, a entrada de um solo, a passagem da estrofe para o
refrão, a entrada do(a) vocalista, etc. Para isso, ele não vai ficar gritando: “Vai
cantor, é aqui que entra” ou “Ei Zé; começa o solo”. É aí que entra em ação esta
FERRAMENTA chamada Fill.

Muito bem. Já sabemos o que é um Fill, mas que tipo de Fill eu devo fazer? Isso
vem com a experiência e o bom senso do baterista. A maioria dos iniciantes (e
muitos iniciados) entra fritando tudo na hora de fazer o Fill. De duas uma - ou ele
nunca parou para pensar a respeito, simplesmente desce a mão e boa, ou está
louco para mostrar a velocidade que consegue chegar.

Pesquisar

Cada estilo musical possui suas particularidades, sua sonoridade, suas frases, sua
pegada. Não há uma receita básica ou um Fill exato para cada caso. O que
podemos fazer é ouvir o máximo possível de estilos musicais diferentes, pesquisar
o maior número de bateristas que pudermos, verificar aqueles que são os mais
requisitados em gravações e observar como eles se comportam em diferentes
situações. Quando tocamos ritmos que tem sua origem na percussão como, por
exemplo, o Samba ou a Salsa, devemos ouvir as variações feitas pela percussão e
aproximar nossas frases (fills) desse contexto.

Contagem

Primeiro devemos reconhecer o ponto exato onde colocamos o Fill. Para isso,
devemos estar aptos a contar todos os tempos do compasso (em VOZ ALTA).
Pratique o exercício abaixo:
Temos o mesmo exercício só que desta vez vamos tocar na caixa. Note que o Fill
“vem avançando” e ocupando o lugar do ritmo; primeiro no tempo quatro, depois
nos tempos três e quatro, depois dois, três e quatro e finalmente um, dois, três e
quatro. Quanto mais “longo” for o Fill, mais “curto” será o ritmo:

Agora que você sabe exatamente onde está cada tempo, pode preenchê-lo com a
figura que quiser. Vamos mostrar aqui uma tabela com todas as figuras vistas até
agora. Note que este exercício consiste em fazer o maior número de combinações
possíveis entre as figuras. Ainda não estamos pensando em frases com sentido
musical, são somente combinações de células rítmicas. Primeiro precisamos ter o
domínio sobre a leitura e execução perfeita de cada célula, antes de perceber o que
ela representa musicalmente.
Nota: Inicialmente, há uma tendência de acelerar o andamento quando se executa
o Fill. Para corrigir isso, é necessário praticá-lo com ajuda de um metrônomo e
contando os tempos em voz alta. Você pode usar também um CD com suas
músicas favoritas, tornando o estudo mais agradávelcasas de Repetição

Vamos aproveitar os exercícios de Fill para conhecermos um novo sinal de


repetição. As Casas de Repetição são usadas quando temos diferentes finais para
um mesmo contexto. Por exemplo:

Exercícios

Este é um exercício para você usar todas as combinações da tabela vista acima.
Procure se familiarizar com o maior número possível de combinações.

Fill no 4º tempo

Fill no 3º e 4º tempo

Fill no 2º, 3º e 4º tempo


Fill em todos os tempos

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