Você está na página 1de 10

Anúncios

REPORT THIS AD

Candomblé

O Mundo dos Orixás

Feeds: Artigos Comentários

Àjàlá Mopin – O modelador de Orí

Agosto 29, 2012 por Fernando D'Osogiyan

Afùwàpé, aquele que soube escolher o melhor Orí

Orí é a cabeça que norteia todos os seres-humanos e “Apéré” é seu suporte, por essa razão, sempre que
louvamos Orí, evocamos também o seu suporte “Orí Apéré-oooooo!”, bem como o Orí Inú (encéfalo)
“Orí Inú-oooo!” .

Acreditamos que “Àjàlá Mopin” é a Divindade à qual Olodúnmarè atribuiu a responsabilidade de


“modelar” o Orí das pessoas. Muito embora Àjàlá seja habilidoso na “arte de moldar cabeças”, por
vezes ele comete erros e então surgem os “Orí Buruku”, que são as “cabeças defeituosas”. Cremos que
mesmo antes do nascimento, escolhemos nosso Orí, pedindo-lhe junto à Àjàlá Mopin. Essa
“solicitação” é denominada “Àkúnlèyàn”, nesse momento o indivíduo “acorda” a sua permanência no
Àyé, dentre outros aspectos de sua vontade. Isto posto, Àjàlá Mopin dá a pessoa aquilo que os yorùbás
chamam de “Akúnlègbà”, que é na verdade uma espécie de “mola propulsora” para que os “desejos
acordados” sejam realizados. Por fim, Àjàlá Mopin, concede “Àyànmò” que é a parte do destino que
mesmo através da mediação dos Òrìsàs não será jamais alterada. Ou seja, “Àkúnlèyàn” e “Akúnlègbà”
podem sofrer alterações ao longo da vida. Essas alterações são possibilitadas por meios de oferendas,
as quais são vislumbradas através do oráculo ou pela “fala” dos Òrìsàs, entretanto, aquilo que fora
determinado em “Àyànmò” jamais sofrerá mudanças.

A afirmação de que nós mesmos escolhemos nosso Orí é fundamentada através de um Itán, publicado
por Abimbola, o qual diz que Ifá foi consultado para “Orísèékú”, “Orílèémèrè” e “Afùwàpé”. Quando
eles foram escolher seus respectivos Orí junto à Àjàlá Mopin, o grande moldador de cabeças, Ifá
determinou que eles fizessem sacrifícios de modo que escolhessem um bom Orí para o seus destinos.
Orísèékú e Orílèémèrè ignoraram a recomendação de Ifá e, somente Afùwàpé fez o que lhe fora
designado. Como consequência, Afùwàpé teve muita sorte e prosperidade em sua vida, haja vista que,
graças aos sacrifícios realizados, ele escolheu o “Orí certo” (Orí Réré). No entanto, Orísèékú e
Orílèémèrè, que não seguiram a determinação de Ifá não tiveram a mesma sorte.

Abaixo, transcrevemos uma variante do Itán de Ifá, respeitante a saga de Orísèékú, Orílèémèrè e
Afùwàpé rumo à Terra.

“Ifá foi consultado para Orísèékú, o filho de Ògún, para Orílèémèrè, o filho de Ìjá e para Afùwàpé, o
filho de Òrúnmìlà, no dia que eles iam para a casa de Olódúnmarè escolher suas cabeças. Orísèékú,
Orílèémèrè e Afùwàpé eram amigos, um dia eles se reuniram e decidiram que iriam para a Terra e lá,
eles se estabeleceriam e seriam prósperos, sendo que, para eles, a Terra seria um lugar melhor do que o
céu.

Eles pediram conselho aos Àgbàlágbà (anciões), que disseram que antes deles viajar, eles deveriam ir
até Àjàlá escolher suas cabeças. Eles foram advertidos assim: “quando vocês forem, vocês não devem
virar à direita, e nem ir diretamente para a casa de Àjàlá, até mesmo se um de vocês ouvir a voz do pai,
vocês não devem ir diretamente para a casa de Àjàlá”. Orísèékú, Orílèémèrè e Afùwàpé, prometeram
aos Àgbàlágbà que atenderiam as advertências. Depois de caminhar por muito tempo, eles
encontraram Afabéré-Gúnyán (“aquele que bate inhames com uma agulha pequena”). Eles disseram:
“Pai, nós o saudamos”! O pai respondeu: “obrigado”! Orísèékú, Orílèémèrè e Afùwàpé questionaram
como chegar até a casa de Àjàlá. Afabéré-Gúnyán disse que eles tinham que terminar de bater o
inhame dele primeiro, depois ele mostraria como chegar até lá. Afùwàpé levou a agulha dele e
começou a bater os inhames com isto, durante três dias. Quando ele terminou de bater, Afabéré-
Gúnyán disse que eles podiam ir, que depois de caminhar mais um pouco, eles deveriam virar à
direita, onde encontrariam o Oníbodè (guardião). Eles deveriam perguntar ao Oníbodè como chegar
até a casa de Àjàlá.

Depois de caminharem por algum tempo, eles chegaram, Orísèékú, o filho de Ògún, ficou imóvel, ele
ouviu a voz do pai dele, solicitando-o para guerra. Então, Orísèékú pegou suas armas para ajudar seu
pai. Orílèémèrè e Afùwàpé o advertiram, dizendo que eles não deveriam ouvir nem mesmo aos seus
pais, conforme orientação dos Àgbàlágbà. Eles então, continuaram sua viajem até a casa de Àjàlá.
Após terem caminhado por um longo período, eles ouviram Òrúnmìlà, que golpeava o Opon Ifá com
seu Iroke, fazendo um grande barulho. Afùwàpé, seu filho, ficou imóvel. Então, os outros dois
companheiros exigiram que ele não parasse. Afùwàpé disse que ele não iria até ver o pai dele. Eles o
fizeram lembrar da advertência, mas Afùwàpé, recusou abruptamente, insistindo que ele tinha que ver
seu pai. Afùwàpé foi até Òrúnmìlà, enquanto Orísèékú e Orílèémèrè prosseguiram a viajem. Quando
Òrúnmìlà viu Afùwàpé, ele lhe perguntou aonde ia. Afùwàpé disse que ele ia para a Terra. Òrúnmìlà,
então, foi consultar o oráculo para o filho. O destino que se apresentou foi Ogbèyónú. O Oráculo disse:
“Òrúnmìlà, seu filho vai fazer uma viagem para a Terra, para ele escolher uma cabeça boa, ele deverá
fazer sacrifícios”. O que ele deve sacrificar, questionou Òrúnmìlà. “Ele deve oferecer duas bolsas de sal
e doze mil búzios”. Òrúnmìlà ofereceu todos os materiais e o sacrifício foi realizado. As duas bolsas de
sal e os doze mil búzios foram dados a Afùwàpé. Eles falaram que Afùwàpé procedesse na viagem.
Quando Afùwàpé saiu da casa de Òrúnmìlà, ele nem não viu Orísèékú nem Orílèémèrè, eles já tinham
ido embora.

Quando Orísèékú e Orílèémèrè alcançaram o Oníbodè, perguntaram-lhe como chegar à casa de Àjàlá.
O Oníbodè disse que a casa de Àjàlá era muito longe, senão fosse por isso, ele os levaria até lá. Eles
ficaram com muita raiva e perguntaram para outras pessoas, até conseguirem chegar à casa de Àjàlá.
Quando lá chegaram, eles não o encontraram e esperaram por dois dias, como Àjàlá não retornou, eles
resolveram falar com as pessoas que moravam lá. Disseram que eles haviam vindo escolher suas
cabeças, sendo que estavam indo para a Terra. As pessoas da casa mostram-lhes muitas cabeças
disponíveis na “loja de Àjàlá”. Quando Orísèékú entrou, ele escolheu uma cabeça feita recentemente
que ainda não havia sido “levada ao forno”. Quando Orílèémèrè entrou, ele escolheu, sem perceber,
uma cabeça defeituosa. Orísèékú e Orílèémèrè vestiram suas cabeças de barro e foram rumo à Terra.
Restando poucos dias para chegarem, uma forte chuva caiu sobre Orísèékú e Orílèémèrè, essa chuva
perdurou por muito tempo e as cabeças deles, começaram a se desfazer, ficando apenas um pequeno
plano e assim eles chegaram. Na Terra, eles trabalharam muito, no entanto, eles perdiam tudo o que
ganhavam e esse cenário se manteve por uns dez anos, sem qualquer sinal de melhora. Eles
resolveram, então, consultar Ifá que através do oráculo disse que tudo que estava acontecendo, era em
função das cabeças ruins que eles haviam escolhido e perguntou: “Quando vocês estavam vindo para
Terra, vocês foram atingidos pela chuva?” Eles responderam: Sim, nós fomos! Ifá disse: “Quando vocês
estavam vindo para Terra, vocês escolheram cabeças ruins! Vocês escolheram cabeças que ainda não
haviam sido levadas ao forno. Vocês foram atingidos pela chuva e as cabeças ruins que vocês
escolheram, ficaram danificadas, em pedaços, por isso, tudo o que vocês ganham, vocês perdem, sendo
que tudo o que vocês conseguirem, será para restabelecer a forma de suas cabeças”…

Afùwàpé também continuou sua viagem à Terra, depois de ter caminhado por algum tempo, ele
chegou até o Oníbodè e lhe perguntou como fazer para chegar à casa de Àjàlá. O Oníbodè disse que
lhe mostraria depois, primeiro, ele iria preparar sua comida. Assim, Afùwàpé se sentou e
pacientemente ajudou o Oníbodè. Quando Afùwàpé estava ajudando acender o fogo, ele notou que o
Oníbodè estava colocando cinzas na sopa. Ele disse: “você está colocando cinzas na sopa”. O Oníbodè
disse que isso era o que ele sempre comeu. Afùwàpé colocou na sopa, um pouco do sal, que havia
trazido consigo e pediu que o Oníbodè provasse aquilo. O Oníbodè ficou impressionado com o gosto
e, implorou mais daquela iguaria à Afùwàpé, que concordou, dando-lhe as duas bolsas de sal. Quando
eles terminaram de preparar a sopa, Oníbodè se levantou, conduzindo Afùwàpé até a casa de Àjàlá.
Quando estavam chegando, eles ouviram alguém gritar. Oníbodè disse que aquele barulho vinha da
casa de Àjàlá e que ele não estava em casa, sendo que aquele barulho era provocado por um credor à
sua procura e, sempre que o credor aparecia, Àjàlá se escondia.

O Oníbodè disse à Afùwàpé que se ele tivesse dinheiro, ele deveria ajudar Àjàlá a pagar suas dívidas.
Quando Afùwàpé chegou à casa de Àjàlá, ele achou o credor gritando, relinchando como um cavalo.
Afùwàpé indagou quanto Àjàlá lhe devia. O credor disse que eram doze mil búzios (nesse aspecto,
cabe lembrar que àquela época, os búzios eram moedas correntes). Afùwàpé pegou os doze mil búzios,
que havia trazido consigo, e pagou o credor de Àjàlá, quitando toda a sua dívida. Quando o credor foi
embora, Àjàlá saltou do teto, onde havia se escondido e, cumprimentou Afùwàpé. Ele perguntou se
Afùwàpé achou alguém na casa. Afùwàpé disse: “Sim, achei! Essa pessoa disse que você lhe devia
doze mil búzios, então, eu paguei toda a sua dívida”. Àjàlá, muito contente, agradeceu Afùwàpé e lhe
perguntou o que ele vinha fazer em sua casa. Afùwàpé disse que ele tinha vindo escolher uma cabeça,
pois estava à caminho da Terra. Àjàlá pediu-lhe que viesse depois de certo tempo. Passado o tempo
pedido por Àjàlá, Afùwàpé retornou e foi escolher sua cabeça. Àjàlá lançou uma vara férrea em muitas
cabeças e todas ficavam em pedaços. “Está vendo Afùwàpé, essas cabeças não são boas”! Após muitas
cabeças em pedaços, Afùwàpé escolheu uma. Quando Àjàlá lançou a vara de ferro, a cabeça deu um
salto, caiu no chão e ficou rodando sem se desfazer. Àjàlá disse que aquela sim era uma boa cabeça e
deu à Afùwàpé, que a fixou, dirigindo-se rumo à Terra.

Quando Afùwàpé estava chegando na Terra, uma forte chuva caiu sobre sua cabeça, a chuva era tão
forte e intensa que Afùwàpé quase ficou surto, no entanto, sua cabeça permanecia firme, igual quando
havia sido retirada da casa de Àjàlá. Ao chegar na Terra, Afùwàpé começou a comerciar, ele fez
bastante lucro, ele construiu uma casa e enfeitou sua porta. Ele teve muitas esposas, ele teve muitos
filhos. Depois de algum tempo, ele recebeu o honroso título de Orísanmí. Orísèékú, o filho de Ògún e
Orílèémèrè, o filho de Ìjá, lamentaram-se à Afùwàpé. “Onde você escolheu sua cabeça? Porque não nos
falou onde escolheria sua cabeça?”. Afùwàpé, por sua vez, disse que eles haviam escolhido suas
cabeças, todos em um mesmo lugar, o que os diferenciavam era, o destino”.

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!


Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó
Texto: Casa do Òsùmàrè – BA

Anúncios

REPORT THIS AD

REPORT THIS AD
AdChoices
PUBLICIDADE
Tweetar

Publicado em Candomblé | 23 comentários

23 Respostas

RICARDO GUEDES em Agosto 29, 2012 às 1:15 pm


maravilhoso um luxo de grande sabedoria ..parabéns……incodiamambo…..

Roney Angelus em Agosto 29, 2012 às 5:01 pm


Texto riquíssimo. Obrigado por ter partilhado conosco!
Mas me responda, as oferendas (Bori) que fazemos são capazes de mudar os rumos de
nosso destino? É possível alcançar-se o sucesso (material,emocional, espiritual) através de
oferendas?

roneyangelus@hotmail.com

Fernando D'Osogiyan em Agosto 29, 2012 às 5:34 pm


Roney,

Claro que sim, um Orí bem cuidado e com suas obrigações anuais em dia, forte e cheio de
energia positiva, estará muito mais propenso a reconhecer as oportunidades que se apresentam em
nosso caminho, caberá a nós não disperdiçarmos e correr atrás.

Axé.

Fabio Alves em Agosto 30, 2012 às 2:28 am


Gostei

Fabio Alves em Agosto 30, 2012 às 2:35 am


Gostei da qualidade da escrita e da simplicidade com que se expressa. E possivel termos um
orixa dono do nosso ori, revelado pelo jogo dos buzios e assentarmos um outro em
decorrencia da fe? Havera conflito?
Fernando D'Osogiyan em Agosto 30, 2012 às 12:58 pm
Fabio,

É possível sim, e não haverá conflito algum com tanto que a pessoa que tenha assentado
tenha conhecimento dos caminhos e sentimentos que se apresentam.

Axé.

bizziboy em Agosto 31, 2012 às 1:24 am


Boa Noite a todos!
Belíssimo texto!!! Muito Obrigado!!!
Uma dúvida, é verdade que Ajalá tem filhos, mas que nesses casos, faz-se Oxalufã?
Motumbá!

Fernando D'Osogiyan em Agosto 31, 2012 às 12:38 pm


bizziboy,

Ajalá não tem filhos, sua função é no Orun. Orixás fufun são conciliadores…rsrs

Abs, axé.

Da Ilha em Setembro 1, 2012 às 3:07 am


Bàbá Fernando mo jùbá.
Um belo poema do Odù Ogbè’Ògúnda, onde nos revela a fonte e forma de se confeccionar
um destino, a cosmogonia Yorùbá nos remete ao eterno ir e vir do espirito (Orí) e este
transito tem escolhas que foram feitas e devem ser cumpridas e é Àjàla quem os molda.
Como diz Abimbola, O Destino deve ser perseguido incansavelmente.

Ire o.

Fernando D'Osogiyan em Setembro 1, 2012 às 1:46 pm


Adupé amigo,

Já conversamos muito a respeito, realmente as idas e vindas da “energia”, que será outra
vez manipulada, é o constante abí- ikú no destino dos seres humanos, Babá Ajalá é o arquiteto
responsável. Muitos confundem com reencarnação as idas e vindas, o que foge completamente a
lógica do próprio Odù Ogbè Ògúndá.

Olorún súre fún o.

Àse.

Luiz L. Marins em Setembro 3, 2012 às 5:35 pm


Axé à todos!

Orí é uma complexa que comporta muitos significados.


Esta variaçao do mito aqui apresentada é interessante, mas devido, talvez, à falta de espaço, alguns
detalhes omitidos são importantes demais, e vale a pena serem lembrados.

No mito original recolhido por Abimbola, os tres amigos já possuem Orí (cabeça), e vão à casa de
Ajala buscar seu Orí (destino). Há uma grande confusão filosófica neste ponto.

O lésèlésè (poema) diz na linha 82, que Òrúnmìlà toca a cabeça de Afùwàpé com os instrumentos
de Ifá:

“Ó fi kan Afùwàpé lórí”


“E tocou a cabeça de Afùwàpé com eles”

No verso n. 255, após Afùwàpé receber o Orí das mãos de Ajala, ele o fixa em sua cabeça (Orí),
confirmando nossa afriamção anterior.

“Ní Afùwàpé bá gbé e karí”


“Afùwàpé então fixou-o sobre sua cabeça”

Cabe ressaltar que, segundo Abimbola, Ajala não é considerado pelos iorubás uma divindade
(1971), tal qual é apresentado nas religiões afro-brasileiras, mas este detalhe não invalida o mito.

Grato pela oportunidade, espero ter contribuído com este maravilhoso tema.

Fontes:

ABIMBOLA, Wande – Ifa, an exposition of Ifa Literary Corpus, p. 120, 124, 127, 131, 1976.

ABIMBOLA, Wande – A concepção Iorubá da Personalidade Humana, p. 9

(http://culturayoruba.wordpress.com/a-concepcao-ioruba-da-personalidade-humana/)

RICARDO GUEDES em Setembro 3, 2012 às 6:37 pm


NOTA DEZ

Da Ilha em Setembro 3, 2012 às 9:45 pm


Luiz Mo jùbá, gosto muito e admiro seu trabalho.
Considero Abimbola uma boa fonte, porém, não é única.
Quando você se refere, no texto, a tocar ou fixar os instrumentosd de Ifá, devemos observar
que existe uma enorme diferença.
Pois um está se referindo a benção e o outro ao caminho da inicação, que com certeza estarão
ligados a suas escolhas enquanto espírito se preparando para uma experiência humana.

Com muito respeito.

Iré gbogbo, arikú Bàbá.

Fernando D'Osogiyan em Setembro 4, 2012 às 12:30 pm


Amigos,

A muita informação truncada pelo Abimbola quando começa a se referir a Ifá tocar a cabeça
com Ajalá modelador de Orí., ele se perde nas entrelinhas.
Ajalá é um Orixá funfun sim e muito reverenciado nas cerimônias de Eborí com cântigos
apropriados.

Axé.

RICARDO GUEDES em Setembro 4, 2012 às 8:12 pm


MARAVILHOSO COMENTÁRIO.SIMPLIS E CERTO.ASÉ….

luizlmarins em Setembro 7, 2012 às 8:18 pm


Àse !

Vale lembrar que o ìtàn foi recitado a Abimbola pelo Babalaô Aworinde Awotunde, Ile
Olobedu, de Osogbo. A coleta de campo foi realizada na Bode Thomas Street, Surulere, Lagos, em
13 de Dezembro de 1968. (Sixteen Greats Poems of Ifa)

Abimbola transcreveu literalmente para o Iorubá, e depois para o Ingles. A informação de texto
puro, cujos conceitos coloquei em evidencia no post anterior, é uma informação do babalaô, e não
do Abimbola.

Naturalmente, cada pessoa tem interpretação livre, de acordo com suas convicções, conceitos, ritos
e fé.De minha parte, procurei apenas colaborar, informando o “texto puro” em sua fonte original.

Não tenho conhecimento que este ìtàn tenha sido etnograficamente registrado antes da data
mencionada, portanto, qualquer citação posterior terá, evidentemente, Abimbola como fonte.

Ìlera!

FILHA em Janeiro 23, 2013 às 8:07 pm


MOTUMBÁ BÀBÁ FERNANDO!O ORÍ PODE SER ASSENTADO,SE PODE EM SEU IGBÁ
LEVA OTÁ?AGRADEÇO A RESPOSTA!AXÉ.

Fernando D'Osogiyan em Janeiro 24, 2013 às 12:29 am


Filha,

Chama-se Igbá Orí o assentamento dó Orí e leva Otá claro.

Axé.

Erick Wolff em Julho 14, 2015 às 2:22 am


Boa noite aos mais velhos, e boa noite aos mais novos, se me permitem eu quero postar aqui
um artigo muito bom;

Luiz L. Marins, A Reafricanização filosófica de Altair Togun, p. 39


http://olorun.com.br/site1/?view=magazine_more&id=24&b=1

Erick Wolff em Julho 14, 2015 às 2:34 am


E ainda no tema Okuta no Bori, segue uma fala do Chief Aikulola Fawehinmi.
“Ao perguntar sobre o Ilé-Orí na Tradição Yorùbá, se deveria ou não conter Òkúta, ele foi
muito claro, que não tem e que não faz parte do mesmo.

mas nao por isso vai pensar que o “iba ori” do brasil e igual ao ile ori de nos de orisa da nigeria. sao
bastante diferentes tambem. se e pedra que poem dentro do “iba ori” no brasil, isso nao que
cuestao de nos. e uma das praticas do brasil que nao pertenece a nos, mas se respeita.”

link – http://iledeobokum.blogspot.com.br/2011/06/erick-wolff8-sao-paulo-07062011-outro.html

Da Ilha em Julho 14, 2015 às 10:04 pm


Erick não esqueça que existem dezenas de maneiras de se montar um igba Ori, a verdade
não é absoluta nem mesmo na Nigéria.
Temos vários itens que são tabus em algumas regiões e em outras não são e assim
sucessivamente.
A verdade não é absoluta, principalmente dentro da metafísica.

Ire

Derek em Outubro 20, 2015 às 2:29 am


O senhor Ajalá é feito ? Pergunto pois tenho um conhecido que diz que essa e a qualidade
de seu Oxalufan .
Desde já, agradeço a atenção.

Da Ilha em Outubro 20, 2015 às 11:21 am


Derek eu juro que não sei de onde nascem essas histórias.
Àjàlá não tem filhos iniciados, não é e nunca foi qualidade / caminhos de Osalá.
A mesma confusão se dá quando dizem que alguém raspou para uma qualidade
RARÍSSIMA de Osalá, chamada Osalá Orunmilá.

Ire

Comments RSS

Site no WordPress.com.

WPThemes.

Você também pode gostar