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939-620 201310A++tcpCO2+Handbook+pt Low PDF
939-620 201310A++tcpCO2+Handbook+pt Low PDF
ISBN 978-87-91026-09-6
939-620. 201310A.
www.radiometer.pt
0459
Técnicas complementares
Escolha do local de aplicação e temperatura do sensor . . . . . . . . 101
Introdução à monitorização
transcutânea
As técnicas de medição do dióxido de carbono e do oxigénio
transcutâneos começaram a ser desenvolvidas na década de
1970. Desde então, os grandes avanços verificados traduzem-
se em melhorias significativas na tecnologia e nas aplicações
práticas. Atualmente, a monitorização da tensão dos gases
transcutâneos é valiosa não só para o estado respiratório e
ventilatório dos neonatos, como também é extremamente
importante para os cuidados ventilatórios das crianças e dos
adultos com insuficiência respiratória crónica. Este progresso
acompanhou a evolução dos cuidados hospitalares. A tendên-
cia manifesta-se em duas direções: no sentido de um aumento
da aplicação da ventilação não invasiva em situação aguda e a
longo prazo, e no sentido do uso mais frequente de técnicas
4 como a ventilação a jato de alta frequência (VJAF), a venti-
lação oscilatória de alta frequência (VOAF), e outras modali-
dades terapêuticas inovadoras para os cuidados agudos. Jun-
tas, estas mudanças conduziram ao aumento da necessidade
de prestar uma atenção constante ao estado do dióxido de
carbono (CO2). A monitorização transcutânea do CO2 vai ao
encontro destes requisitos de forma não invasiva.
CO2 O2
O2
CO2
CO2 O2
O2 CO2
O2
O2
Terminação Terminação
arterial capilar O2 CO2 venosa capilar
O2
CO2
CO2
8
FIG. 1: Monitorização transcutânea (TC) da pCO2/O2
O calor do sensor faz dilatar os capilares e aumentar o fluxo de sangue local e a
difusão de CO2/O2 através da pele para o sensor. As tcpCO2/tcpO2 são medidas
eletroquimicamente dentro do sensor.
O2: CO2:
92 mmHg 59 mmHg
O2: CO2:
145 mmHg 55 mmHg
O2: CO2:
100 mmHg 40 mmHg
Medição do oxigénio
O oxigénio cutâneo passa através da membrana do sensor e
atinge o cátodo de platina. Aí é reduzido em resultado do
processo de geração de corrente:
11
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Medições combinadas de tcpCO2 e SpO2
Metodologia da SpO2
Um sensor oxímetro de pulso contém, tipicamente, dois dío-
12 dos emissores de luz (LED), um de luz vermelha e outro de
luz infravermelha. A luz passa através do tecido irrigado com
sangue para um fotodetetor no outro lado do dedo, do lóbulo
da orelha, do pé ou de um dedo do pé, ou é refletida pelos
ossos e outras estruturas. Quanto mais sangue existir a ab-
sorver a luz no momento da medição, menos luz atinge o
fotodetetor [7].
Espectro Espectro
LED Vermelho LED IV
13
Comprimento onda
Esta relação pode ser usada com algumas restrições para esti-
mar a pO2 a partir da SpO2. A posição da curva de dissociação
é, contudo, desviada quer para a esquerda, quer para a di-
reita, por alterações no pH, na temperatura, no 2,3 DPG, no
nível da pCO2 e pela presença de disemoglobinas.
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
p50
0.2
0.1 pO2
20 40 60 80 mmHg
0 2 4 6 8 10 12 kPa
sO2
1.0 15
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0 pO2kPa
0 5 10 15 20 25
90
80
70
18 O2 %/min
60
28 O2 %/min
1min
50
tcpCO2/SpO2 combinadas
SpO2 dedo padrão
capilares arterializados
artérias
lóbulo da orelha
veias
pinça de fixação
18
Aplicação prática
O local ideal para a medição TC é uma zona da pele sobre uma
camada capilar homogénea sem grandes veias nem cicatrizes
ou pilosidade. A aplicação do sensor diretamente sobre um
osso ou uma cicatriz pode originar resultados erróneos devido
à perfusão deficiente dessas áreas. O edema grave também
pode levar a resultados não fiáveis devido à redução do fluxo
sanguíneo causada pela compressão dos capilares e a um
percurso de difusão maior. Para mais informação, consulte a
secção sobre os locais de medição na página 26.
O sensor
O sensor tem de estar em contacto com a pele através de um
meio líquido ou em gel para evitar a formação de bias com o
ar atmosférico entre o tecido e o sensor. Se existirem bolhas de
20 ar, estas afetarão a medição, resultando em níveis de oxigénio
muito altos e de dióxido de carbono muito baixos. Para mais
informação, consulte a secção sobre como aplicar um sensor
TC na página 78.
mmHg 90%
pCO2
80
pCO2 alveolar
Tempo de tcpCO2
70 registo
60
50
40
30
20
0 50 100 150 200 250 Tempo (seg.)
Tempo de atraso
Tempo de resposta
Ressonância Magnética
Para minimizar o risco de um campo eletromagnético interferir
22 na medição TC, o monitor TC tem de estar sempre colocado
a uma distância segura do equipamento de RM. Consulte o
manual do utilizador dos TCM para calcular o comprimento
relevante da extensão do cabo do sensor para a medição TC
durante a realização da RM.
Vasoconstrição
Não existe consenso sobre a fiabilidade das tcpCO2/tcpO2 no
caso da vasoconstrição epidérmica causada por agentes vaso-
constritores, toxinas nos pacientes com sépsis, hipotermia ou
elevada resistência vascular cutânea, como se vê nos pacientes
com hipotensão hipovolémica ou cardiogénica e com débito
cardíaco baixo. Alguns estudos documentaram que substâncias
vasoativas como dopamina, tolazolina, isoproterenol, nitroprus-
siato, aminofilina, hidralazina, epinefrina, dobutamina, fenile-
frina e norepinefrina não afetam as medições das tcpCO2/
tcpO2 [20,21,22, 23].
Num estudo coexistente, que confirma que as catecolaminas
referidas não afetam as medições TC, os autores concluem
que "contudo, em casos de vasoconstrição profunda da pele
ou choque, a correlação entre a tcpCO2 e a PaCO2 é baixa*”.
Nestas situações, uma tcpO2 baixa pode ser o primeiro aviso
do desenvolvimento de um choque hipotenso [22,24*,25].
Temperatura da pele
Tem-se observado um bias relativamente grande da tcpCO2
para a PaCO2 em situações de hipotermia definidas como pa-
cientes com temperatura retal inferior a 36 °C (97 °F) [24].
Pigmentação
A medição das tcpCO2/tcpO2 baseia-se na medição ele-
troquímica da difusão de dióxido de carbono e de oxigénio
através da pele. Como a técnica TC não usa a luz, ao contrário
do que acontece com a medição da SpO2, pode ser usada
em pacientes de todas as raças sem que haja qualquer bias
causado por diferentes níveis de pigmentação da pele [21].
A idade influencia a respiração
O processo de envelhecimento está associado ao aumento do
risco de hipercapnia por insuficiência respiratória nos pacientes
com pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva ou exacer-
bação da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). O au-
mento da PaCO2 pode estar relacionado com a diminuição da
força dos músculos respiratórios e do desempenho do sistema
respiratório relativos à idade, e com uma resposta mais fraca
do centro respiratório, entre outros. Um estudo sobre a tcp-
CO2 realizado com doentes com problemas respiratórios com
idades entre 66-97 anos mostrou uma grande correlação entre
a PaCO2 e um bias baixo. Os autores dizem que “o limite de
acordo era compatível com o uso clínico (8,3-8,5 mmHg/1,1
kPa)”. Verificou-se também que o calor (43°C) era bem tolerado
pelos pacientes mais idosos, mesmo após até 8 horas de registo
no mesmo local de medição [27].
Condições de operação
Recomendam-se condições padrão para obter resultados
fiáveis:
• Temperatura ambiente entre 5-40 °C
• Humidade relativa entre 20-80 %.
Notas
25
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Escolha dos locais de medição
27
Mudança do local de medição
Como o sensor é aquecido, poderá ocorrer hiperemia local da
pele que pode desaparecer dentro de 5-15 minutos. No en-
tanto, em pacientes com a pele delicada, esta hiperemia local
pode durar até 24 horas ou mais. Se o sensor ficar no mesmo
sítio muito tempo existe o risco de queimadura. Portanto, é
necessário mudar o locar de medição com regularidade. Para
mais informação consulte a secção sobre a escolha da tem-
peratura de medição na página 29.
(*Alguns médicos não usam este local pelo risco de reações cutâneas)
especialmente nos bebés muito prematuros. A mudança pode
ser feita aplicando-se dois ou três anéis de fixação na criança e
ir mudando a posição do sensor entre eles. Não se esqueça de
secar o líquido de contacto no centro do anel de fixação e de
voltar a encher o centro antes de tornar a usar. Desta forma irá
perturbar a criança o menos possível. No entanto, os anéis de
fixação devem ser retirados a cada 12-24 horas, dependendo
do estado da pele [19].
Notas
28
19. Myers CS. Measured results: pulse oximetry is proving the simple solution
to many COPD disease management programs’ success. The Journal for
Respiratory Care Practitioners 1996; Aug./Sep.: RT 83-86.
Escolha da temperatura de medição
(As tcpCO2/tcpO2 podem ser obtidas com temperaturas baixas como 37-38,5 °C, mas
os valores medidos não refletem com fiabilidade os gases no sangue arterial, por isso as
temperaturas de medição baixas só são usadas em situações especiais de investigação.)
29
Redução do risco de reações da pele
Para reduzir o risco de queimaduras é necessário mudar o local
de medição com regularidade e/ou usar o sensor com a tempera-
tura mais baixa. Pode obter-se uma boa correlação da medição
escolhendo uma temperatura inicial elevada entre 43-45 °C du-
rante os primeiros 5 minutos; esta função é automática nalguns
monitores. Assim aumenta-se a dilatação localizada dos capilares
e a difusão de gases através da estrutura lipídica da pele. É isto
que acontece também depois da temperatura voltar a ser auto-
maticamente baixada ao usar a função Smart Heat [3].
• Choque
• Tensão arterial muito baixa
• Vasoconstrição sistémica distinta
• Pele muito sensível
Recém-nascidos e crianças
Nas unidades de neonatos e crianças é comum definir a tem-
peratura do sensor de pCO2/tcpO2 entre 42,5-43 °C durante
2-4 horas, ou 44 °C durante no máximo 2 horas. Para recém-
nascidos muito prematuros, a temperatura mais baixa de 42
°C pode ser a escolha ideal [28,29].
Adultos
Nos adultos, a temperatura e o tempo de medição ótimos para as
tcpCO2/tcpO2 estão entre 44-45 °C durante até 4 horas. Contu-
do, quando houver a necessidade de períodos de medição mais
longos e só de tcpCO2 a literatura recomenda frequentemente
temperaturas de cerca de 43 °C, dependendo do estado da pele
do paciente. Muitos laboratórios do sono definem a temperatura
entre 42-43 °C [30].
Um estudo mostrou que a temperatura do sensor a 43 °C era
bem tolerada durante 5-8 horas de monitorização contínua [30].
Notas
31
Ventilação
A ventilação pode causar um pneumotórax, embora seja
provável que com um diagnóstico precoce o paciente me-
lhore. Infelizmente, muitas vezes este diagnóstico é realizado
demasiado tarde. Um estudo mostrou que o tempo médio
entre o início dos sinais e o diagnóstico é de 127 minutos.
Uma tcpCO2 elevada sem qualquer alteração na oxigenação
pode ser um indicador desta situação. Como as tcpCO2/tcpO2
34 seguem continuamente as alterações nas pressões parciais do
dióxido de carbono e do oxigénio apenas com um atraso re-
duzido, passou a ser possível uma intervenção rápida [28,36].
Hiperoxia em crianças
Nos neonatos prematuros, a hiperoxia reduz o fluxo de sangue
cerebral durante horas depois do estado da oxigenação se ter
normalizado. Também tem um efeito tóxico nos pulmões e
poderá causar retinopatia. A monitorização da tcpO2 é um
método de deteção precoce da hiperoxia, que pode não ser
detetada através da medição transcutânea da SpO2 [28,43,29].
Diretrizes clínicas sobre as medições TC
A relevância da monitorização transcutânea está substanciada
pelas diretrizes da American Association for Respiratory Care
(AARC) e pelas National Clearinghouse Guidelines (EUA).
36 Diretrizes da AARC e
National Clearinghouse Guidelines
Segundo as diretrizes práticas da AARC, a monitorização
transcutânea dos gases no sangue dos pacientes recém-
nascidos e pediátricos deverá ser usada:
Notas
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Pediatria
Suporte respiratório
A monitorização transcutânea dos gases no sangue é uma
ajuda importante para detetar a necessidade da ventilação
assistida e fazer a sua orientação. Também é uma ajuda na
deteção de complicações como obstruções no equipamento
de ventilação ou nas vias respiratórias superiores.
Apneia obstrutiva do sono e outros distúrbios
do sono relacionados com a respiração
Em pediatria, durante a polissonografia de avaliação da apneia
obstrutiva do sono (AOS) e da hipoventilação relacionada com
o sono pode usar-se a tcpCO2, bem como a pCO2 de expiração.
Vários estudos mostraram que as trocas gasosas durante o sono
são monitorizadas corretamente com as tcpO2/tcpCO2 em crian-
ças com DPOC. A tcpCO2 é particularmente útil em crianças que
não toleram tubos nasais de colheita ou com obstrução parcial
grave ou moderada das vias aéreas, taquipneia ou espaço morto
fisiológico aumentado, em que a pCO2 de expiração subestima
o nível de pCO2 arterial. Tem-se observado que a tcpCO2 propor-
ciona uma estimativa correta da PaCO2 num grande intervalo de
valores de dióxido de carbono em pacientes pediátricos jovens e
mais velhos com insuficiência respiratória [23,51,52,53].
Asma
A OMS estima que 300 milhões de pessoas (crianças e adul- 41
tos) sofrem de asma. Em 2005 morreram de asma 2 550 000
pessoas. A asma é a doença crónica mais comum nas crianças
e os casos têm vindo a aumentar. Um exemplo: nos EUA, de
1980 a 1994, a prevalência de asma aumentou mais de 160%
nas crianças com menos de 5 anos e em 1998 foi diagnosti-
cada a mais de 9 milhões de crianças e jovens com menos de
18 anos. Nestes pacientes poderá ser necessário fazer provas
da função respiratória [54,55].
Medições da função respiratória
Pode usar-se uma redução de 20% na tcpO2 como o único
indicador de uma reação brônquica num teste de provocação
com um agente histamínico em crianças pequenas acordadas.
As alterações de ventilação avaliadas pelas medições da tcp-
CO2 tornam possível distinguir entre uma redução da pressão
parcial do oxigénio devido a uma reação prematura “falsa”
resultante da hipoventilação e uma reação brônquica “verda-
deira” [56].
Notas
43
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Bloco operatório, unidades de cuidados
intensivos e de cuidados intermédios
Descobriram o seguinte:
Ventilação de um pulmão
Vários fatores podem influenciar a diferença entre a PaCO2
e a pCO2 de expiração durante a anestesia torácica. Mui-
tos pacientes sujeitos a cirurgia torácica apresentam algum
grau de disfunção pulmonar pré-operatória e um historial de
tabagismo. A ventilação de um pulmão é usada muitas vezes
para melhorar a exposição cirúrgica durante os procedimentos
torácicos. No entanto, a ventilação de um pulmão impede o
equilíbrio da ventilação/perfusão. Diversos estudos concluíram
que os pacientes sob ventilação de um pulmão eram signifi-
cativamente melhor monitorizados pela tcpCO2 do que pela
pCO2 de expiração [68,69].
Nos últimos anos tem-se usado cada vez mais novas drogas
anestésicas e técnicas de intervenção avançadas. Durante a
50
sedação moderada em colonoscopia, por exemplo, alguns pa-
cientes podem de forma não intencional ser sedados até ao
nível de anestesia geral. Estes pacientes podem desenvolver
depressão respiratória ou obstrução das vias aéreas. Em dois
estudos sobre pacientes submetidos a colonoscopias, usou-se
as SpO2, tcpCO2 e pCO2 de expiração para monitorizar o es-
tado do paciente. Devido à administração de oxigénio suple-
mentar, o oxímetro de pulso não mostrou precocemente sinais
de hipoventilação, mas a monitorização da tcpCO2 indicou
uma hipoventilação prolongada. Concluiu-se que durante a
sedação moderada, a monitorização da tcpCO2 poderia fazer
uma melhor vigilância da ventilação que a pCO2 de expiração,
embora a obstrução das vias aéreas tenha sido indicada mais
cedo pela pCO2 de expiração [60,65].
Endoscopia
Um ensaio aleatório e controlado avaliou a capacidade de
deteção da retenção de dióxido de carbono puramente
por observação clínica ou oximetria de pulso em pacientes
a receber suplementação de oxigénio. Foram seguidos 395
pacientes com estes dois métodos e com a monitorização
da tcpCO2 durante a Colangio-Pancreatografia Retrógrada
Endoscópica (CPRE). Nem a observação clínica, nem a
técnica de vigilância da SpO2 detetaram com fiabilidade a
retenção de dióxido de carbono. Concluiu-se que a moni-
torização adicional da tcpCO2 evitou de forma mais eficaz
a retenção do dióxido de carbono. Em 10 % dos pacientes
que receberam oxigénio suplementar, a SpO2 não indicou 51
dessaturação, embora a tcpCO2 tenha aumentado mais
de 20 mmHg. Além disto, a monitorização da tcpCO2
facilita uma sedação média ligeiramente mais profunda
e uma duração significativamente mais curta da sedação
desadequada. As doses globais de drogas sedativas e anal-
gésicas foram as mesmas independentemente da técnica
de vigilância escolhida. Isto mostrou que a monitorização
transcutânea da pressão parcial do dióxido de carbono
proporcionava de maneira mais precisa a titulação e o
controlo dos tempos destas drogas durante a CPRE [77].
Notas
52
4. Hill KM, Klein DG. Transcutaneous carbon dioxide monitoring. Crit Care
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Enfermarias ou laboratórios de medicina
pulmonar/respiratória
DPOC
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é a principal
causa de morbidade respiratória. A Comissão Europeia para
a Saúde Pública caracteriza a DPOC como a principal causa
de morbidade crónica e os Institutos Nacionais de Saúde dos
EUA classificam-na como a quarta principal causa de morte
no país [78].
2L/min 15L/min
100% O2 37% O2 Vt
62 100 140
120
60 98
tcpCO2 (mmHg)
100
58 96 Pulso (BPM) 55
SpO2 (%)
80
56 94 60
1 min 40
54 92
tcpCO2
SpO2
Pulso
EN3D
HSLVµGLR
57
Ventilação de um pulmão
Vários estudos mostraram que a monitorização transcutânea
da tensão do dióxido de carbono faculta uma estimativa mais
exata da PaCO2 durante a ventilação de pulmão único (VPU)
do que a medição da pCO2 de expiração. A tabela seguinte,
tirada de um destes estudos, mostra uma diferença signifi-
cativamente maior entre a pCO2 de expiração e a PaCO2 em
comparação com a diferença entre a tcpCO2 e a PaCO2 em
pacientes com uma hora de VPU em anestesia torácica.
Tempo Diferença em mmHg
relativa à PaCO2
Minutos de VPU pCO2 de expiração tcpCO2
15 6,1 ± 4,6 * 0,0 ± 2,5
30 5,3 ± 4,1 * 0,0 ± 2,4
45 5,5 ± 3,7 * 0,2 ± 2,3
60 6,3 ± 4,1 * 1,3 ± 2,6
Valores expressos como diferença ± SD (*diferença significativa P < 0,05) [72].
Testes respiratórios
Em relação aos pacientes com asma, alguns médicos pensam
que a medição da hiper-reatividade bronquial não específica 59
causada por agentes broncoconstritores inalados proporciona
uma investigação importante e é uma ajuda no diagnóstico.
Notas
21. Bendjelid K, Schütz N, Stotz M et al. Transcutaneous pCO2 monitoring in
critically ill adults: Clinical evaluation of a new sensor. Crit Care Med 2005;
33, 10: 2203-06.
22. Janssens J-P, Howarth-Frey C, Chevrolet J-C et al. Transcutaneous pCO2 to
monitor noninvasive mechanical ventilation in adults: Assessment to a new
transcutaneous pCO2 device. Chest 1998; 113: 768-73.
27. Janssens J-A, Laszlo A, Uldry C et al. Non-invasive (transcutaneous) monitor-
ing of pCO2 (tcpCO2) in older adults. Gerontology 2005; 51: 174-78.
36. Wilson J, Russo P, Russo JA et al. Noninvasive monitoring of carbon dioxide
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cutaneous techniques. J Intensive Care Med 2005; 20, 5: 291-95.
61. Cox M, Kemp R, Anwar S. et al. Non-invasive monitoring of CO2 levels in
patients using NIV for AECOPD. Thorax 2006: 61: 363-4.
67. Sivasothy P, Smith IE, Shneerson JM. Mask intermittent positive pressure
ventilation in chronic hypercapnic respiratory failure due to chronic obstruc-
tive pulmonary disease. Eur Respir J 1998; 11: 34-40.
68. Tobias JD. Noninvasive carbon dioxide monitoring during one-lung ventila-
tion: End-tidal versus transcutaneous techniques. Journal of Cardiothoracic
and vascular Anesthesia. 2003; 17, 3: 306-08.
69. Oshibuchi M, Cho S, Hara T et al. A comparative evaluation of transcutane-
ous and end-tidal measurements of CO2 in thoracic anesthesia. Anesth
analg 2003; 97: 776-79.
76. Rowley D, Walsh BK, Young BS et al. Evaluation of a new digital transcuta-
neous tcpCO2 & SpO2 combination sensor and its correlation to ABG PaCO2.
AARC 51st International Respiratory Congress, Program from the open
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86. Fontana GA, Cardellicchio S, Camiciottoli G et al. Changes in transcutane-
ous oxygen partial pressure as an index of response to inhaled methacholine
in asthmatic patients. Chest 1993; 103,5: 1375-80.
61
Laboratórios do sono
Apneia do sono
A apneia do sono afeta pessoas em todo o mundo. Segundo
estimativas da OMS, estão afetadas 5-20 milhões de pes-
soas na Europa e 15-20 milhões nos EUA, e 11% dos norte-
americanos com apneia obstrutiva do sono também sofrem de
DPOC. Se não forem tratados, estes pacientes sofrem de so-
nolência diurna excessiva e têm o seu desempenho cognitivo
afetado. O risco de causar acidentes de trafego e de sofrer de
doenças cardiovasculares aumenta. A monitorização contínua
não-invasiva dos níveis e das tendências da SpO2 provou ser
crucial nos laboratórios do sono no diagnóstico e tratamento
destes pacientes. Em conformidade, a monitorização da tcp-
CO2 é útil para detetar a hipoventilação [76,77, 78].
62
Episódios de hipoventilação
Para evitar hipoventilações potencialmente perigosas ou ven-
tilação noturna não otimizada, em ambientes clínicos é útil
fazer a medição das tcpCO2/SpO2 combinadas usando venti-
lação não invasiva por pressão positiva. Episódios de hipoven-
tilação que durem apenas 30 segundos são detetáveis pela
monitorização da tcpCO2 [76,78].
22:00 23:00 00:00 1:00 2:00 3:00 4:00 5:00 6:00
100 spO2 (%)
75
50
tcpCO2
52 (mmHg)
48
44
120 Pulso
(bpm)
80
40
Fibrose quística
Os pacientes com fibrose quística avançada podem desenvolver
hipoxia e hipercapnia durante o sono, particularmente durante
o sono REM. Descobriu-se que nestes pacientes os níveis eleva-
dos de PaCO2 estavam associados com a dessaturação relacio-
nada com o sono e com o aumento da tcpCO2 nos períodos de
transição do sono NREM para REM [88].
Notas
64
76. Rowley D, Walsh BK, Young BS et al. Evaluation of a new digital transcuta-
neous tcpCO2 & SpO2 combination sensor and its correlation to ABG PaCO2.
AARC 51st International Respiratory Congress, Program from the open
forum no. 1. 2005; OF-05-106: 69.
77. Chaouat A, Weiltzenblum E, Krieger J et al. Association of chronic obstruc-
tive pulmonary disease and sleep apnea syndrome. Am J Respir Crit Care
Med 1995; 151, 1: 82 –86.
78. O´Donoghe Fj, Chatcheside PG, Ellis EE et al. Sleep hypoventilation in hyper-
capnic chronic obstructive pulmonary disease: Prevealence and associatiod
factors; Eur Respir J 2003; 21. 977 -84.
81. Bloch KE. Tosca - Selected case reports. Adipositas-hypoventialtion syn-
drome. 2005; Patient 1: figure 2: 5. (Linde Medical Sensors AG, Austrasse
25,
Ch-4051, Basel, Switzerland)
82. Teschler H, Stampa J, Ragette R et al. Effect of mouth leak on effectiveness
of nasal bilevel ventilatory assistance and sleep architecture. Eur Respir J
1999; 14: 1251-57.
86. Mullory E, McNicholas WT. Ventilation and gas exchange during sleep and
exercise in severe COPD. Chest 1996; 109, 2: 387-94.
88. Milross MA, Piper AJ, Norman M et al. Predicting sleep-disordered breathing
in patients with cystic fibrosis. Chest 2001; 120: 1239-45.
89. Piper AJ, Sullivan CE. Effect of long-term nocturnal nasal ventilation on
spontaneous breathing during sleep in neuromuscular and chest wall disor-
ders. Eur Respir J 1996; 9: 1515-22.
65
Hospitais e laboratórios veterinários
Animais
Embora a monitorização transcutânea tenha sido original-
mente desenvolvida para uso humano, a literatura mostra
vários exemplos do seu uso em animais. Antes da realização
da medição TC, é necessário preparar a pele para otimizar
as condições de difusão dos gases. Assim, aconselha-se a
remoção do pelo e da camada superior de células cutâneas
mortas. Não usar nenhum tipo de químico para depilar para
não afetar as medições. Em animais grandes, como porcos, al-
guns autores recomendam que se prepare a pele friccionando-
a cuidadosamente com lixa de areia depois de depilar [90].
67
Notas
90. Hartmann M, Montgomery A, Jönsson K et al. Tissue oxygenation in hemor-
rhagic shock measured as transcutaneous oxygen tension, subcutaneous
oxygen tension, and gastrointestinal intramucosal pH in pigs. Critical care
Medicine 1991; 19,2: 205-10.
91. Ramos-Cabrer P, Weber R, Wiedermann D et al. Continuous noninvasive
monitoring of transcutaneous blood gases for a stable and persistent BOLD
contrast in fMRI studies in the rat. NMR in Biomed 2005; 18: 440-46.
92. Rocbat MC, Pope ER, Payne JT et al. Transcutaneous oxygen monitoring for
predicting skin viability in dogs. Am J Vet Res 1993; 53, 3: 468-75.
68
68
Uso dos monitores TCM4/40,
TCM TOSCA e TCM CombiM
Breve descrição dos monitores TCM4/40/TOSCA/CombiM
Esta secção do manual descreve de forma breve como traba-
lhar com os monitores TCM4/40, TCM TOSCA e TCM Com-
biM. Para mais informação, por favor consulte os manuais do
utilizador destes monitores.
Medições
Durante a monitorização, os resultados podem ser vistos
como resultados numéricos correntes, curvas e tabelas de
tendências. O monitor armazena dados de até 48 horas de
monitorização. É possível imprimir os dados ou enviá-los para
um computador externo.
69
Estrutura do menu dos monitores
TCM4/40, TCM TOSCA e TCM CombiM
Config.
Continua na página 72
Siga os passos para ativar/desativar a SmartCal:
1. Prima Config. > Calibração > SmartCal.
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
a opção "SmartCal ON/OFF".
3. Use as teclas com as setas pretas para
escolher a opção ON ou OFF.
4. Use a tecla com a seta azul para selecionar
a opção "Duração SmartCal".
5. Use as teclas com as setas pretas para
escolher o período da SmartCal.
6. Prima OK.
Nota: Embora a opção esteja ativada, é
necessário premir Calibrar para iniciar um
novo período de SmartCal.
Nota: Se a SmartCal não estiver ativada, a
calibração é manual premindo Calibrar.
SmartHeat A função SmartHeat no TCM4/40 aumenta a
72 temperatura do sensor 1 °C. A temperatura
máxima é de 45 °C atingida cinco minutos
após tirar o sensor da câmara de calibração,
proporcionando valores de tcpO2/tcpCO2
8-12 minutos após a aplicação do sensor no
paciente. Siga os passos para ativar/desativar o
SmartHeat:
1. Prima Config. > Parâmetro > pCO2 ou
pO2.
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
a opção "SmartHeat".
3. Use as teclas com as setas pretas para
escolher a opção ON ou OFF.
4. Prima OK.
Nota: A definição desta opção é comum para
a pCO2 e a pO2.
Ajustar limites 1. Prima Config. > Parâmetro > pCO2 ou pO2.
do alarme de (Em alternativa prima apenas o
pCO2 e pO2 parâmetro requerido)
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
as opções "Alarme sup./inf.”.
3. Use as teclas com as setas pretas para
ajustar os valores.
4. Prima OK.
Ajustar limites 1. Prima Config. > Parâmetro > SpO2/Pulso.
do alarme de (Em alternativa prima Parâmetro)
SpO2 e pulso 2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
as opções de "SpO2alarme sup./inf." e
"Pulso alarme sup./inf.".
3. Use as teclas com as setas pretas para
ajustar os valores.
4. Prima OK.
Definir os 1. Prima Config. > Parâmetro > SpO2/
SatSeconds* Pulso para o TCM40. 73
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
a opção "SatSeconds".
3. Use as teclas com as setas pretas para
ajustar o valor.
4. Prima OK.
Veja a descrição da função SatSeconds no
Manual do utilizador do TCM4/40.
Silenciar alar- Prima Alarme silêncio para silenciar o alarme
me de todos durante 2 minutos.
parâmetros Siga os passos para desativar o alarme con-
tinuamente:
1. Prima Config. > Parâmetro > pCO2 ou
pO2 ou SpO2/Pulso.
Continua na página 74
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
o alarme de "pCO2", "pO2", "SpO2"
ou Pulso.
3. Use as teclas com as setas pretas para
definir a opção para ON ou OFF.
4. Prima OK.
Símbolos O significado dos símbolos do alarme na vista
Normal é o seguinte:
Alarme desligado (off)
Alarme ligado (on)
Crono O cronómetro é ativado quando o sensor é
aplicado no paciente. Esta função pode ser
usada para indicar quando tem de mudar o
sensor de sítio, quando dar medicação ou
o fim de um período de monitorização. O
cronómetro faz a contagem decrescente em
intervalos de 1 minuto e ao atingir zero é vista
74 a mensagem "Fim da programação" no ecrã.
Siga os passos para ajustar a Programação:
1. Prima Config. >Parâmetro >pCO2 ou pO2.
2. Use a tecla com a seta azul para selecionar
a opção "Programação".
3. Use as teclas com as setas pretas para
definir o crono.
4. Prima OK.
Nota: Se o aquecimento for definido para OFF
na configuração, o aquecimento do sensor é
desligado quando o cronómetro atinge zero e
o TCM4/40 para a monitorização; se definido
para ON, o aquecimento continua.
Nota: A definição desta opção é comum para
a pCO2 e pO2.
Marcar um Prima Evento > OK para marcar um evento
evento (por exemplo, dar medicação). O número do
evento é adicionado às vistas Normal e Tabela
e Curva de Tendências.
Vistas Para ver os dados no formato pretendido,
prima Config. > Normal ou Tabela Tendên-
cias ou Curva Tendências > OK.
Na vista de Tabela de Tendências, são apresen-
tados os valores atuais e os históricos. Na vista
de Curva de Tendências é possível mudar os
valores superiores e inferiores dos intervalos
com as teclas com as setas junto ao
parâmetro.
Cursor na Cur- Na vista de Curva de Tendências prima Cursor
va Tendências para ver o cursor no ecrã.
Os valores do cursor (pCO2, pO2, Potência,
SpO2, Pulso, Hora e Data) são vistos na parte
inferior direita do ecrã e os valores atuais 75
na parte superior direita do ecrã. Quando o
cursor é levado totalmente para a esquerda,
o eixo do tempo muda e é possível recuar no
tempo.
Estado do gás Quando existir 10 % ou menos de gás na
garrafa, o nível do gás é apresentado numa
barra durante a calibração. Recomenda-se a
substituição da garrafa quando a barra
aparecer.
Trocar gás 1. Desenrosque a garrafa usada rodando-a
para a esquerda.
2. Retire a tampa branca de proteção da
garrafa nova e enrosque a garrafa rodan-
do-a o máximo possível para a direita.
Bateria Se o monitor estiver a trabalhar com energia
da bateria, a carga restante é indicada no
topo do ecrã através dos seguintes símbolos:
Fatores de conversão
1 mmHg = 1 Torr = 0,133322 kPa [93]
77
Como aplicar os sensores tc
Álcool
Papel
79
80
6. Rode o sensor até à melhor
posição. Certifique-se que
o cabo do sensor tem folga
e que não vai ser forçado
durante a monitorização.
Oriente o cabo para evitar
o estrangulamento. Para ga-
rantir a correta fixação, rode
o sensor cuidadosamente
um quarto de volta.
Calibração
Quando calibrar
A Radiometer recomenda a realização de uma calibração
nos monitores TCM4/40:
• antes de cada período de monitorização
• ao mudar de local de medição
• a cada 4 horas (TCM4/40*) ou a cada 8-12 horas
(TCM/TOSCA/CombiM)*)
• sempre que a membrana do sensor for trocada
Calibração in vivo
A calibração in vivo é um ajuste dos valores iniciais das tcp- 81
CO2/tcpO2 aos valores iniciais dos gases no sangue arterial.
É feita movendo os valores TC vistos para cima ou para baixo
dos níveis de PaO2/CO2 medidos inicialmente. Para fazer uma
calibração in vivo, selecione-a na configuração. Colha uma
amostra de sangue arterial no início do período estável da
monitorização e prima a tecla dos gases no sangue. Quando
a amostra estiver analisada, os valores dos gases no sangue
medidos têm de ser digitados no monitor TC.
83
Limpeza
Limpeza
Limpe as seguintes partes com suavidade com um pano macio
humedecido com antissético cutâneo, por ex., álcool a 70 %:
• cabeça do sensor
• cabo
Limpar o exterior
Quando limpar o monitor:
• Desligue o monitor
• Use um pano ligeiramente humedecido com água e sabão
84 ou um detergente suave
• Não use produtos ou panos de limpeza abrasivos para não
danificar a cobertura
• Não use substâncias à base de etanol ou detergentes agres-
sivos; o uso prolongado pode fragilizar o plástico e originar
fissuras
Desinfeção
Mergulhe o sensor e o cabo numa solução aquosa de 2-3 %
de dialdeídos ativos.
Advertência: Não mergulhe o conector do sensor na
solução de desinfeção; se o fizer, o sensor poderá falhar.
85
Manutenção dos sensores
86
*No entanto, num estudo, os autores referem que a troca mais frequente da mem-
brana (i.e., após um máximo de duas vezes 8 horas contínuas de registo ou quando
a calibração é invulgarmente longa) a concordância entre os valores da PaCO2 e da
tcpCO2 aumenta ainda mais [27].
3. Retire as membranas usadas.
Note que são duas se for um
sensor de tcpCO2/O2
combinadas.
4. Limpar a superfície do
sensor: absorva a solução
eletrolítica usada com o
papel de limpeza fornecido.
87
5. Esfregue duas ou três vezes
com cuidado a superfície de
medição do sensor com o
papel de limpeza, para reti-
rar a fina película de prata
que se precipitou no sensor.
6. Deite duas gotas de solução
eletrolítica na superfície do
sensor.
Nota: Certifique-se que a
solução cobre totalmente
a superfície do sensor sem
bolhas de ar.
7 • Ponha a unidade de
membranas numa super-
fície dura e estável.
• Devagar, vire o sensor
até ficar com a face de
medição para baixo. Se a
solução eletrolítica pingar,
volte ao passo cinco.
• Insira a cabeça do sensor
na abertura da unidade
de membranas.
88
Trocar a membrana no sensor E5480
91
6. Feche a tampa do sistema de
troca e pressione até ouvir
o estalido que indica que a
nova unidade de membrana
está colocada. Abra a tampa,
retire o sensor e rejeite o
sistema de troca.
7. Limpe o excesso de eletrólito
na lateral do sensor.
A CALIBRAR
38 mmHg 9. Levante a patilha da câmara
CAL - Gás de calibração e insira o
0% 100% máximo possível o sensor
com a superfície virada
para baixo. Solte a patilha.
A mensagem "A calibrar o
92 sensor" aparece. Quando a
calibração terminar aparece
a mensagem "Pronto a
usar". O sensor já está
pronto para as medições.
Lista de abreviaturas
94
Técnicas complementares
Em seguida apresentamos um resumo das diferentes técnicas
que complementam a monitorização transcutânea.
Oximetria de pulso
A oximetria de pulso permite monitorizar a oxigenação sis-
témica. A técnica é comum e fácil de usar. Movimentos como
tremores podem interromper o sinal da SpO2. O local não
deve ter feridas, cicatrizes ou marcas de nascença. A medição
nos dedos das mãos ou dos pés em pacientes com má circu-
lação periférica também pode ser problemática. Pigmentação
cutânea e verniz das unhas podem originar desvios. A maioria
dos oxímetros são exatos dentro do intervalo de ±3-5 %, e
são considerados não fiáveis abaixo de 70 %. Devido à for-
ma plana da CDO em níveis altos, não é possível estimar a
PaO2 para detetar hiperoxia. As leituras da SpO2 podem não
ser exatas devido a níveis elevados de carboxiemoglobina, al-
terações no pH, temperatura, 2,3-DPG e pCO2, ou níveis de
hemoglobina anormais. Considerando estes fatores, a técnica
é valiosa, barata e fácil de usar. No entanto, a SpO2 indica a-
penas o nível do oxigénio e não do dióxido de carbono. O des-
mame da ventilação mecânica, a redução do volume corrente
na síndrome da insuficiência respiratória aguda e a gestão de
pacientes com edema cerebral requerem a monitorização da
tensão do dióxido de carbono [98,9,40,19,21].
tcpCO2
A monitorização da tcpCO2 (e para os neonatos, também
a monitorização da tcpO2) proporciona informação quase
instantânea e contínua sobre a circulação periférica e a
capacidade de eliminar o dióxido de carbono do sistema
cardiopulmonar (e levar oxigénio aos tecidos).
A técnica estima com exatidão a PaCO2 em caso de disfunção
cardiorrespiratória. O monitor pode ser movido, acompanhan-
do o paciente. Contudo, o sensor necessita de aquecimento e
de calibração periódica, o local de medição deverá mudar com
frequência e a membrana do sensor tem de ser trocada regu-
larmente. Por outro lado, a TC é não-invasiva, fácil de usar,
não implica intubação e a calibração demora pouco tempo.
A medição do dióxido de carbono transcutâneo durante as
VJAF/VOAF é recomendada pelos fabricantes dos equipamen-
tos usados nestas técnicas. As tendências da tcpCO2 podem
validar ou limitar a necessidade de tecnologia de monitori-
zação mais cara e mais arriscada, como é o caso das colheitas
arteriais [4,21,102].
Resumo
98 Todas as técnicas têm vantagens e desvantagens. Para
alguns pacientes, a técnica transcutânea não invasiva é
a mais simples e a melhor. Permite fazer a importante
monitorização contínua e não invasiva dos pacientes com
doença cardiorrespiratória (em qualquer idade). Noutros
segmentos, a melhor maneira de monitorizar pode ser
pela combinação de uma ou mais técnicas (TC, GSA, SpO2
oupCO2 de expiração). Por exemplo, quando a monitori-
zação do dióxido de carbono transcutâneo combinada
com a oximetria de pulso reforça a medição intermitente e
invasiva dos gases no sangue arterial. No geral, estas qua-
tro técnicas complementam-se, em vez de se excluírem,
ao tentarem atingir o importante objetivo de otimizar o
estado ventilatório e respiratório do paciente.
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Escolha do local de aplicação e da temperatura do sensor
Neonatologia/Pediatria
Menos de Mais de
1–3 anos 3–16 anos
2000 g 2000 g
Testa e face
Lóbulo orelha
LOCAL DE APLICAÇÃO DO SENSOR
Pescoço
Tórax
Costas
Antebraço
Abdómen
100
Nádegas
Perna medial
prox.
40 ºC/104 ºF
TEMPERATURA DO SENSOR
41 ºC/106 ºF
42 ºC/108 ºF
43 ºC/109 ºF
44 ºC/111 ºF
45 ºC/113 ºF
tc Sensor 92
(SpO2/CO2)
tc Sensor E5260
(CO2)
tc Sensor 54
(CO2)
tc Sensor E5250
(O2)
tc Sensor 84
(O2/CO2)
101
*Advertência de choque