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Introdução
Esta publicação é [...] um ato ousado, pois não estamos analisando teorias,
revisando literaturas mais sim nos expondo À socialização de um conhecimento
que foi construído a partir de experiências concretas, com a certeza de que
encerra contradições e licitações próprias de seu tempo e de suas autoras.
Revela, ainda, nosso compromisso com a competência profissional e nossas
preocupações com os rumos da profissão na década em que vivemos as
angústias de um fim de século.
Este livro, como produção teórica, também é fruto deste contexto e se ancora
nesta conjuntura para emoldurar suas reflexões e propostas.
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Capítulo 1 – A atenção a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual
[...] quando se ouve falar em violência ou abuso sexual contra criança, é comum
observar-se associações diretas com a classe social ou situação socioeconômica
e algumas indiretas relacionadas ao formato da família.
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Nestes documentos são qualificados como abuso ou maltrato as seguintes ações:
• abandono ou tratamento negligente, diante das necessidades biopsicossociais da criança;
• violência física ou lesão física definia;
• tortura, coação, punição cruel ou privação da liberdade;
• violência mental, humilhação ou difamação moral;
• incentivo ou coação para que a criança se dedique a qualquer atividade ilegal como o uso
ou tráfico de drogas e o envolvimento em pornografia;
• exploração sexual, incluídos a prostituição e o envolvimento em materiais pornográficos ou
outros de natureza sexual;
• seqüestro, venda ou tráfico de crianças, para qualquer fim ou sob qualquer forma;
• estimulação sexual (carícias inapropriadas em partes consideradas íntimas), em suas
variadas manifestações: exibicionismo, masturbação, contatos genitais incompletos, entre
outros;
• realização ou tentativa de penetração oral, anal ou genital, incluído o incesto.
As crianças são [...] vítimas de abuso sexual a partir dos quatro anos.
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O abuso sexual representa para a criança uma experiência má, algo ruim e sujo,
que ela deseja esquecer, eliminar. Ao tentar nega-lo, abriga-o dentro de si como
um segrego mau. Esta atitude pode lhe custar uma regressão a etapas já
ultrapassadas em seu desenvolvimento.
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Tendo em conta os aspectos acima, de acordo com as particularidades de cada caso, são
prováveis as seguintes conseqüências:
• estados depressivos;
• desejo de morte podendo chegar à tentativa de suicídio;
• regressão da linguagem e do comportamento;
• distúrbios do sono (terror noturno, sono agitado, insônia ou sonolência excessiva);
• baixa expressiva no rendimento escolar;
• erotização das relações de afeto ou apego;
• sociopatias residuais (delinqüência, consumo de drogas, criminalidade);
• perturbação emocional;
• psicose;
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Como a escola é o lugar em que cada vez mais os sintomas da violência contra a
criança são expressos, aproximar estes cursos, oficinas e teatros de seu
ambiente, acessando-os não só aos alunos como também aos funcionários e
professores.
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Estudos revelam que a questão do fracasso escolar não está apenas associada à
aprendizagem, mas também à evasão escolar, ao abandono temporário da escola,
a problemas e conflitos familiares, à disparidade entre a série cursada e a idade
do aluno e ao histórico de repetências sucessivas.
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Na escola, o assistente social é o profissional que se preocupa em promover o
encontro da educação com a realidade social, através da abordagem totalizante
das dificuldades e necessidades infanto-juvenis.
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[...], vale destacar que as ações sociais voltadas à facilitação do sucesso escolar
dos alunos não têm apenas um fim em si mesmas. A atenção do assistente social
orienta-se não só à superação dos problemas socioeconômicos, rupturas
familiares e situações traumáticas relacionadas a maus tratos e abuso.
OBS: Inclusão digital pode ser aplicada no espaço escolar como ação motivadora
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Interdisciplinaridade: o que é?
Não há [...] uma única definição na qual o termo possa ser enquadrado
consensualmente. Entretanto, há um único sentido para sua existência: a busca
do saber como uno para preservar a integralidade do pensamento e das
complexidades humanas.
[...], a temática relevante é a compreensão de que se atinge a interdisciplinaridade
por sucessivas aproximações, buscando a superação de estágios limitados de
significado, intensidade e abrangência acerca da realidade que se quer conhecer
e transformar. Ela não se institui pelo discurso ou definição, mas no processo
complexo de construção coletiva, de encontros, de parcerias. Não há verdades
absolutas, sendo que nenhuma disciplina é capaz de explicar o mundo
isoladamente. A verdade do conhecimento é uma procura e não uma posse
(JAPIASSU, 1975:149).
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Participação: como se dá
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Vale dizer que a prática educativa pode ter significativa influência na definição do projeto de vida dos sujeitos
do processo de desenvolvimento que condicionam e limitam as manifestações
sociais, culturais e políticas das classes populares”.
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Para que a escola cumpra com suas funções políticas é fundamental que ela
identifique que tipo de homem está se dedicando a formar. Podem ser cidadãos
ou massas de manobra, sujeitos críticos e políticos, ou dependentes, passivos e
conformados.
Para que a escola desempenhe o seu papel político desenvolvendo o senso crítico
e o cidadão, é preciso que esteja me sintonia com a realidade da comunidade em
que se insere, respeitando a realidade social, cultural e econômica dos alunos e
partindo dela para empreender as atividades sócio-pedagógicas a eles voltadas.
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Ainda que a passos lentos, o Serviço Social tem alcançado as escolas tanto da
esfera pública como privada.
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Responder a esse desafio significa para o Serviço Social ultrapassar seus limites
históricos e politicamente determinados, e conquistar efetivamente mais espaço
social, a escola.
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Neste [...] mercado de trabalho, regido pelas tendências neoliberais onde a mão-
de-obra assume a característica flexível e polivalente, estão as escolas
particulares, que cada vez mais optam pela prestação de serviços profissionais
especializados.
[...] no encontro da realidade com a educação, nos mostrou os desafios deste final
de século afetam tanto pobres (escola pública) quanto os ricos (escola particular).
O que varia são as respostas e as formas de enfrentamento que cada classe tem
ao seu alcance ou de que se utiliza para “resolver” os mesmos problemas:
dificuldades de aprendizagem, comportamento violento, indisciplina, apatia
generalizada, experiências precoces envolvendo drogas e sexualidade.
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As dificuldades são muitas. Apesar delas, e também por causa delas, temos o
compromisso de contribuir para o dever histórico do Serviço Social, visitando
todas as fontes que possam nos apontar trilhas ainda não percorridas.
[...] apesar das contradições, equívocos e indagações, o desafio não está apenas
posto. Ele está sendo assumido pela profissão, com o rigor da crítica, o que torna
apta a dialogar com a pós-modernidade.