Você está na página 1de 3

Natal – conceito e diversos significados ao longo da história até à

atualidade
Antes de debater o conceito de Natal, parece-me incisivo apresentar a
etimologia desta palavra. Do latim natalis que deriva do verbo nascor origina a
palavra natal, em português. Portanto, de acordo com a etimologia acima
exposta, o mesmo vocábulo refere-se ao nascimento de alguém que nasceu. Por
exemplo, a expressão “cidade natal” indica a cidade onde um determinado
indivíduo nasceu.
Num contexto europeu, o mesmo significado traduz-se, em inglês,
Christmas, que evoluiu de Christes maesse ('Christ's mass') que quer dizer missa
de Cristo.
Natal (com inicial maiúscula) é o nome da festa religiosa cristã que
celebra o nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. O dia de
Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 (século
IV) através do Papa Júlio I, sendo mais tarde oficializado como feriado.

Apesar da Bíblia (coleção de textos religiosos de valor sagrado para a


religião cristã) não apresentar uma data para o nascimento de Cristo, o Natal
passou a ser celebrado de forma a substituir a festa pagã da Saturnália (festa em
honra ao Deus Saturno), que por tradição era festejado entre o dia 17 e o dia 25
de dezembro. A comemoração do Natal em substituição dessa celebração foi uma
tentativa de facilitar a aceitação do cristianismo entre os pagãos.
Embora tradicionalmente seja um dia santificado cristão, o Natal é
amplamente comemorado por muitos não-cristãos, sendo que alguns dos seus
costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs
ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca
de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma
refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de
Natal, luzes e guirlandas, azevinho e presépios. Além disso, o Pai Natal é uma
figura mitológica popular em muitos países, associada com os presentes para
crianças.
Significados de Natal
Árvore de Natal – Cristã ou pagã?
Nos dias de hoje, a árvore de Natal é, sem dúvida, um dos símbolos mais
populares desta festividade. Mas afinal, qual a origem deste símbolo tão popular
nos dias de hoje? Não se sabe, ainda, a verdadeira origem da árvore de Natal. No
entanto há várias referências que relatam uma forte ligação com as tradições
nórdicas e da europa central.
De acordo com a História, refere-se que a importância da árvore surge no
segundo e o terceiro milénio antes de Cristo (a. C.) onde uma grande variedade
de povos indo-europeus, que se expandiam pela Europa e Ásia, considerava uma
expressão de energia de fertilidade da Mãe Natureza e por isso lhes rendiam
culto. O carvalho, por exemplo, foi, em muitos casos, considerado a rainha das
árvores. No entanto no inverno quando as suas folhas caíam, os povos antigos
costumavam colocar diferentes enfeites de forma a atrair o espírito da natureza
que se pensava que tinha desaparecido devido às condições sanzonais do
inverno.
Outra referência narra que a àrvore de Natal surgiu por volta do ano
1530, na Alemanha, com Martinho Lutero.
De acordo com a lenda, Lutero caminhava pela floresta e ficou encantado
com a visão de um pinheiro coberto de neve e sob o brilho das estrelas no céu.
Quando chegou em casa, tentou reproduzir para seus familiares a linda imagem
que tinha visto, usando galhos de um pinheiro, algodões (para simbolizar a neve)
e algumas velas e outros adereços, imitando as estrelas.

Outra versão alega que as árvores de Natal, da forma como são


conhecidas atualmente, surgiram na Alemanha entre o século XVI e XVIII. A
tradição só chegou nos Estados Unidos e a outros países europeus no século XIX.

Originalmente, a árvore era decorada com rosas feitas a partir de papel


colorido, maçãs e fios prateados. Já no séc. XVIII a árvore começou a ser decorada
com velas. As maçãs representavam o episódio bíblico de Adão e Eva. Hoje em
dia, as maçãs foram substituídas pelas bolas coloridas, as velas foram trocadas
pelas luzes. Só os fios prateados se mantêm.
Os significados são, naturalmente, de origem cristã: As luzes representam
a luz divina e a importância do conhecimento, os enfeites vermelhos têm a ver
com o sangue derramado por Cristo, a estrela no topo remete para o nascimento
de Jesus e as fitas celebram a união da família.

E por que razão a árvore de Natal é um pinheiro e não outra árvore de


outra espécie? A explicação é simples: é uma das poucas árvores que, mesmo
durante um inverno rigoroso, mantém as folhas verdes.

Você também pode gostar