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DE SÃO PAULO
Leia abaixo algumas dicas de grandes empresários, voluntários da ONG Endeavor, para
empreendedores, nas áreas de estratégia, governança corporativa, gestão, assuntos
jurídicos, recursos humanos, entre outros tópicos.
Deve-se evitar, por exemplo, atuar apenas em nichos muito específicos. Isso porque,
nesses casos, mesmo se a companhia detenha 100% do mercado, a receita gerada vai
ser pequena. É preciso ampliar a atuação para outros segmentos e procurar se fundir
com empresas complementares. Esse tipo de segmentação excessiva acontece, muitas
vezes, porque o empreendedor está iludido quanto ao tamanho do mercado em que
pretende atuar.
Em geral, o empreendedor se apaixona pelo negócio e não age de forma muito racional
ou factual. E é preciso ter equilíbrio: aliar intuição à racionalidade.
Sob esse aspecto, a companhia precisa estar bem estruturada financeiramente para
suportar adversidades.
Cada caso é um caso, mas, em uma visão geral, o empresário precisa prever, antes de
fazer seu plano de investimento, de onde virão os recursos. E não pode contar com
possibilidades remotas."
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É preciso ter um certo desapego para poder crescer. O negócio não pode depender
apenas de um empreendedor. O empreendedor tem de se preparar para dar um salto
de profissionalismo. Tem de criar condições para o negócio funcionar sem ele e se
perpetuar. Para isso, ele precisa se questionar se o negócio tem continuidade, ou se foi
apenas uma oportunidade pontual. Uma estrutura que independe do empreendedor dá
mais segurança para qualquer sócio minoritário.
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Um dos maiores erros de quem está começando é achar que os sócios vão sempre se
entender. O empreendedor é um sonhador e não tem tempo para ser pessimista. Mas,
como advogado, minha função é alertar que as coisas podem dar errado. Na hora de se
associar com alguém, é preciso escrever no contrato o que fazer quando as coisas
derem errado. Se for um sócio investidor, é preciso estudar bem o que ele vai pedir e
ver o que dá e que é inaceitável. A disciplina de saída do negócio pelos sócios tem de
ficar bem clara.
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Quando a empresa cresce, ela demanda mais capital de giro. É preciso ter sempre uma
folga de caixa para aguentar os imprevistos. Quem fracassa geralmente fracassa não
por incompetência, mas por inexperiência, por fazer um investimento fora da medida.
É preciso ser paranoico com custo desde o começo pois custo é um negócio danado, fica
escondido debaixo de muita coisa.
Se lá no começo você aluga uma sala errada, isso pode representar um errinho de custo
de R$ 5 mil a 10 mil por mês. Empresa que está começando tem de ser simples, não ter
cortina, secretária, o dono é que tem de fazer o cafezinho. Mas às vezes a pessoa quer
fazer um pouco de pose e isso é um erro.
Nós seres humanos somos um milhão de vezes mais criativos para gastar do que pra
ganhar. Nenhum de nós teria dificuldade pra gastar US$ 1 milhão em uma semana em
Nova York. Agora, vai ganhar US$ 10 mil em uma semana em NY? Não é fácil.
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Já fui empreendedor e hoje sou investidor. Tenho um modo de ver que é fruto das duas
experiências. Os empresários precisam ver o próprio negócio não só por um olhar
emocional, mas também racional --mais próprio de quem investe.
Além disso, o negócio precisa ter barreira de entrada. Ou seja, tem de ter um tamanho
grande o suficiente para impedir que a concorrência monte uma estrutura semelhante e
acabe com ele. Isso se constrói com tecnologia diferenciada, uma marca de apelo, boa
escala e com clientes cativos.
Outra questão importante é entender que o capital é amigo e não inimigo. Sócios e
investidores fazem parte da vida de empresas bem-sucedidas.
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