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RASCUNHO (dados)
Exequente: Estado ABC
Local: Capital do Estado ABC
Tributo: ICMS
Situação: Substituição Tributária
Já pagou: Alfa já pagou
O que o cliente quer? Restituir a
diferença de tributo a maior.
PEÇA? Petição Inicial de Ação de
Repetição de Indébito Tributário.
Normas? CTN, art. 165‐168,
subsidiariamente o CPC/2015.
ESTRUTURA DA PEÇA:
Endereçamento:
Exmo(a) Sr(a) Dr(a) Juiz(a) de Direito
da Vara Cível/Vara de Fazenda
Pública da Capital do Estado ABC
(espaço)
Qualificação:
Requerente: Supermercado
Beta,...PJDP, sede (...) CNPJ (...)
através de seu ADVOGADO, com
escritório (...) vem respeitosamente,
propor AÇÃO DE REPETIÇÃO DE
INDÉBITO contra
Requerido: ESTADO ABC, através de
sua PGE, com sede a (...).
Requer o ora exposto, com base nas
razões de fato e de direito que a
seguir passa a expor.
DOS FATOS
Descrever a situação‐problema (ou
repetir a descrição do problema,
conforme dado pela prova).
DO DIREITO
Processuais:
1) O tributo já foi pago, conforme
guias em anexo.
2) O tributo foi pago a maior que o
devido, o que autoriza a
repetição de indébito (CTN, art.
165).
3) Não precisa de prévio pedido
administrativo, e nem prévio
protesto (CTN, art. 165).
4) Legitimidade ativa de Beta: LC
87, art. 10 c/c CTN, art. 166. O
ICMS é tributo indireto, onde
cabe ao contribuinte de fato
pleitear a restituição do
indébito.
Material:
Na substituição tributária, segundo o
STF, caso o fato gerador real ocorra
em valor inferior ao fato gerador
presumido, cabe à parte que pagou o
indébito o direito a diferença.
NÃO COLOCA PEDIDO DE TUTELA
DO PEDIDO
Em face do exposto, vem a autora
requerer o que segue:
1) Receba a presente petição
inicial, posto que preenche
todos os requisitos legais e
processuais cabíveis.
2) Ordene a citação da requerida
para, querendo, contestar a
presente ação, sob pena de
revelia.
3) Defira a produção de todas as
formas de prova admitidas em
Direito.
4) Julgue ao final procedente a
presente ação para:
a. Declarar o pagamento
maior que o devido por parte
da requerente;
b. Condenar o requerido a
restituir o indébito, acrescido
de correção monetária e juros,
nos termos do CTN, art. 161, §
1º c/c 167, § único.
c. Condenar a todos os ônus
sucumbenciais, tais como
ressarcimento de custas e
despesas processuais e
condenar em honorários de
advogado, fixados nos termos
do CPC/2015 (art. 85).
5) Valor da Causa: R$ .....
NTPD
ADVOGADO
Cidade, Data e OAB
AULA 2
Questão 1, Item A:
O adicional não é devido. Isso
porque, em primeiro lugar, o
adicional de IPVA que foi criado
constitui sanção por ato ilícito, pois
exige tributo de contribuintes
infratores. Esta previsão viola o
conceito legal de tributo, segundo o
qual o tributo não pode ser sanção
por ato ilícito, conforme preceitua o
artigo 3º do CTN. Em segundo lugar, o
Estado violou a competência da
União para criar impostos residuais,
segundo a qual somente o Ente
Federal pode instituir novos tributos
além dos permitidos na CRFB.
Item B:
O meio adequado seria a exceção de
pré‐executividade. Segundo a súmula
393 do STJ, quando o contribuinte
responde execução fiscal e quer
discutir: a) matéria conhecível de
ofício pelo Juízo; ou b) matéria que
possa ser provada de plano,
exclusivamente por meio de
documentos, poderá se opor à
execução por intermédio de exceção,
que constitui uma simples petição
dentro da própria execução fiscal. A
exceção dispensa prévia garantia do
Juízo, o que corresponde a
necessidade de Caio neste caso.
QUESTÃO 2, ITEM A:
Não é válida a exigência da alíquota,
pois o IPI observa, obrigatoriamente,
a anterioridade mínima (ou
nonagesimal) de que trata o artigo
150, inciso III, alínea “c” da CRFB,
embora não seja obrigado a observar
a anterioridade de exercício, por
constituir exceção nos termos do
mesmo artigo, em seu parágrafo 1º.
No caso citado, não foi observado o
período mínimo de 90 dias, o que
torna a exigência inconstitucional.
QUESTÃO 2, ITEM B:
Sim. Segundo a súmula vinculante 50
do STF, a alteração do prazo de
recolhimento de tributo não se
sujeita ao princípio das
anterioridades (CRFB, art. 150, III, “b”
e “c”).
QUESTÃO 3 – ITEM A
É devido o IPI. Segundo o artigo 46,
inciso I do CTN, é devido IPI no
desembaraço aduaneiro de produto
de procedência estrangeira, como
ocorreu no presente caso. Segundo a
jurisprudência do STF, é devida a
incidência mesmo nos casos de
importação realizada por consumidor
final para uso próprio.
QUESTÃO 3, ITEM B
É devido o ICMS na importação. A lei
que instituiu o ICMS neste caso é de
2003, e foi publicada com base no
artigo 155, §2º, IX, “a” da CRFB, em
sua redação estabelecida pela EC
33/2001. Segundo a CRFB, a partir de
2001, qualquer importação, até
mesmo por pessoa física como
consumidor final, sofre a incidência
do ICMS. Neste mesmo sentido vai a
jurisprudência pacífica do STF
(Súmula Vinculante 48).
QUESTÃO 4, ITEM A
Sim. De acordo com a Lei 8397,
artigos 1º e 2º, a tentativa do
devedor em colocar seus bens em
nome de terceiros é hipótese que
autoriza o ajuizamento de medida
cautelar fiscal, ainda que não
realizado o lançamento.
QUESTÃO 4, ITEM B
Não. Segundo a Lei 8397, a partir da
data em que a exigência se torna
irrecorrível em instância
administrativa (ou quando se dá a
constituição definitiva do crédito) a
União teria o prazo de 60 dias para
ajuizar a execução fiscal e, no caso
concreto, o fez além deste prazo.