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ACEP – ASSOCIAÇÃO CULTURAL E

EDUCATIVA DE PRIMAVERA

Maria Clara Carvalho Nº


Matheus Kasai Nº 25
Roberta Rendon Nº 26
Marcella Portugal Nº 31
Stephanie Dias Nº

GILBERTO FREYRE E AS RAÍZES IBÉRICAS DA CULTURA


BRASILEIRA

Primavera
2010
ACEP – ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA DE
PRIMAVERA

Maria Clara Carvalho Nº


Matheus Kasai Nº 25
Roberta Rendon Nº 26
Marcella Portugal Nº 31
Stephanie Dias Nº

GILBERTO FREYRE E AS RAÍZES IBÉRICAS DA CULTURA


BRASILEIRA

Trabalho apresentado para Avaliação


em sala referente ao 3º e 4º Bimestre,
na disciplina de Sociologia do 1º ano
do Ensino Médio.

Professora: Juliana.

Primavera
2010
INTRODUÇÃO

Diferente da atitude de Sergio Buarque de Holanda surgiu em um novo


contexto um novo autor que se destaca nesse conjunto de escritores do Brasil,
por valorizar justamente a tradição de nossas raízes ibéricas. Sergio Buarque
em seu livro Raízes Ibéricas fornece indicações importantes para compreender
o sentido de certas posições políticas daquele momento dominado pela
descrença no liberalismo tradicional e a busca de novas soluções novas seja
no integralismo, socialismo ou comunismo. O seu conteúdo teórico prendia-se
a nova historia social dos franceses, a sociologia da cultura dos alemães.
Sergio Buarque em Raízes Ibéricas criticava a orientação metodológica do ripo
naturalista ou positivista como Oliveira e Alberto Torres dos que tiravam
argumentos para uma visão hierárquica e autoritária da sociedade, nesse livro
se admirava uma admirável metodologia dos contrários pelo jogo dialético entre
eles. A visão de um determinado aspecto da realidade histórico é obtida no
sentido forte do termo pelo enfoque simultâneo dos dois, um suscita o outro,
ambos se interpretam aproveita o critério tipológico de Max Weber modificando
na medida em que focalizam pares “não pluralidade de tipos o que lhe permite
deixar de lado o modo descritivo para tratá-los de forma dinâmica ressaltando
principalmente a sua interação no processo histórico”. Sergio Buarque de
Holanda analisa os fundamentos do nosso destino histórico, as “raízes”
aludidas pela metáfora do título, mostrando a sua manifestação nos aspectos
mais diversos, trabalho e aventura; método e capricho; rural e urbano;
burocracia e caudilhismo; norma impessoal e impulso afetivo - são pares
Sergio destaca no modo de ser ou na estrutura social política para analisar e
compreender o Brasil e os brasileiros, assim esta obra trouxe elementos que
fundamentaram um reflexão sobre tudo porque o seu método repousa sobre
um jogo de oposições e contrastes que impede o dogmatismo e abre campo
para a meditação do tipo dialético
DESENVOLVIMENTO

GILBERTO FREYRE E AS RAÍZES IBÉRICAS DA CULTURA BRASILEIRA.

Gilberto Freyre realizou uma vasta obra de interpretação da cultura


brasileira, muito especialmente no entendimento das relações sociais nas
regiões agrárias do Brasil, nas quais o patriarcalismo rural e o paternalismo
senhorial são faces determinantes da realidade. Além do estudo da própria
identidade do Brasil e do brasileiro, o conjunto de sua obra, na sua vastidão e
diversidade, retrata a terra, a vida, as coisas, os animais, os fatos do cotidiano,
a casa, a moda. São dele, pioneiramente, os mais sérios e aprofundados
estudos sobre o Nordeste e o Trópico, interessando-lhe, sobretudo, o homem
situado nesses espaços geográficos, considerando todas as circunstâncias
dessa localização e avaliando as conseqüências daí decorrentes. Em 1933,
após exaustiva pesquisa em arquivos nacionais e estrangeiros, Gilberto Freyre
publica Casa-Grande & Senzala, um livro que revoluciona os estudos no
Brasil, tanto pela novidade dos conceitos quanto pela qualidade literária.
Gilberto Freyre foi buscar nos diários dos senhores de engenho e na vida
pessoal de seus próprios antepassados a história do homem brasileiro. As
plantações de cana em Pernambuco eram o cenário das relações íntimas e do
cruzamento das três raças: índios, africanos e portugueses. Duas importantes
inversões de ótica de Gilberto Freyre foram que ao invés da raça ou da biologia
ele caracterizou os comportamentos sociais apartir da cultura e substituiu o
estado que é o núcleo da nacionalidade por sociedade. Gilberto Freyre
acreditava que a introdução de negros eram incentivadores de novos padrões
culturais aonde muitas vezes mais elevados do que os conhecimentos
indígenas e dos europeus. Em relação a questão racial e a mestiçagem muitos
autores percebiam com o obstáculo o progresso porem Gilberto Freyre
observava isso de forma positiva, os negros eram agentes que introduziam
padrões culturais mais elevados do que os recebidos por indígenas e
europeus, ou seja o negro foi agente colonizador ao lado do portugueses.

Freyre defendia a idéia de que os grupos étnicos se adaptavam a


diferentes espaços e culturas e com isso transmitia os conhecimentos
adquiridos aos herdeiros. Ele interpretou o papel da eugenia par ao
melhoramento da sociedade brasileira. As participações dos negros, das
mulheres escravas no espaço domesticam possibilitou que eles escolhessem
os mais preparados para a ocupação de funções. O patriarcalismo predominou
no Brasil e não separou os negros e os brancos, e sim a aproximação em que
outras sociedades não ocorreram. Esse patriarcalismo quanto a escravidão,
segundo Freyre, mais brando, menos violento tendo a singularidade da cultura
brasileira e tornando uma sociedade sem preconceito racial.

O abrangemento do regime escravocrata foi possível por ação das


famílias que dividiram dominantes e dominados, brancos e não-brancos,
reduzindo a distancia entre a casa grande e a senzala. Sendo assim, a
formação do povo brasileiro seria a historia da própria família patriarcal. O
equilíbrio entre esses extremos evidenciaram uma cultura política e de
conciliação, onde a expressão da competência da família senhorial seria não
permitir que momentos de crises desembocassem uma ruptura social profunda.
Para Freyre, a abolição da escravatura, a republica, a urbanização, o
progresso, o desenvolvimento e etc , foram significamente uma decadência dos
valores patriarcais e não significaram um equilíbrio sociológico, ocorrendo o
contrario onde aumentaram as distancias físicas e morais entre ricos e pobres,
brancos e negros, como exemplo na continuação do livro Casa Grande e
Senzala, em Os Sobrados e Mucambos, aonde a integração predominou entre
senzala e casa grande expressando o símbolo & entre os opulentos sobrados
nordestinos e mucambos desaparecem no novo mundo ou seja, no mundo pós-
escravista desfazendo a integração que havia entre os senhores de engenho
‘&’ as camadas subalternas. Por outro lado, profundas transformações não
chegariam a romper com essa cultura da conciliação, pois para Gilberto Freyre
a ‘’casa-grande’’ não desapareceu, mas continuou influenciando, como
nenhuma outra força, a formação social do brasileiro, agora no espaço urbano.
CONCLUSÃO

Etnia e cultura, raça e cultura. Ambas se igualaram no momento em que


se debateu a superioridade ou a inferioridade de um povo. No Brasil colonial os
negros eram inferiores, devido à escravidão e, junto a ela, por conseqüência, a
cultura negra. Contrário a isso se chega à conclusão de que a cultura africana
é superior à cultura européia por sua diversidade, apesar da realidade atual da
época dita anteriormente. Portanto, quando as culturas européias e africanas
entraram em convivência nos primeiros séculos de Brasil, apesar do
sentimento de superioridade ao enfrentar o diferente, o que havia era uma
troca de valores, de costumes, de crenças, comuns a ponto de perceberem
consciente ou inconscientemente. Para Freyre essa mistura de etnias junto
com o negro, considerou-o como fator de influencia no aprendizado e nas
características social sendo assim o aparecimento de novas raças. Para ele
essa convivência eventual com o negro gerava uma conciliação harmoniosa
em lugares onde residiam o escravo e seu chefe patriarcal, a união permitia
que momentos de crise não desembocassem em rupturas sociais profundas.
BIBLIOGRAFIA

Disponível em: <http://www.slideshare.net/jorgemiklos/srgio-buarque-de-


holanda-razes-do-brasil> Acesso em 28 de Setembro de 2010.

Disponível em: <http://vivabrazil.com/vivabrazil/gilberto_freire.htmcz>. Acesso


em 28 de Setembro e 2010.

Disponível em: <http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/casa/index01.html>.


Acesso em 28 de Setembro de 2010.

Disponível em:
<http://www.tvcultura.com.br/aloescola/estudosbrasileiros/casagrande/index.ht
m> Acesso em 28 de Setembro de 2010.

Disponível em:
<http://www.pobrevirtual.com.br/default/resumodelivrosdesc.php?
rec_codigo=311> Acesso em 28 de Setembro de 2010.

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