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Pesquisa personaliza
As manifestações que vêm ocorrendo em todo o Brasil colocam algumas perguntas importantes
para os pro ssionais e pesquisadores da área de comunicação. Entre elas por quê?, como?,
quem?
Então, nestes apontamentos, outra hipótese precisa ser colocada: a de que o direito de se A convite do Farol Jornalismo e da Abraji, jornalistas e
comunicar tornou-se acessível a amplos setores da população. Como é sabido, as manifestações pesquisadores brasileiros projetam a pro ssão para o
começaram e vêm se reproduzindo a partir de chamadas feitas no Facebook, às quais milhares de novo ano. Saiba mais
pessoas aderem e passam a reproduzir em suas redes pessoais, tornando-se centenas de
milhares de con rmações de presenças. A mobilização para o ato do dia 17 em São Paulo, por
Para críticos, objetivo do Escola sem
exemplo, teve 276 mil presenças virtuais e cerca de 65 mil presenças físicas na rua.
Partido é reescrever história da ditadura
Agência Pública
A era do paradoxo
Parlamentares e especialistas ligados à educação
Uma pesquisa feita pela Scup, uma empresa de monitoramento das mídias sociais, divulgada pelo consideram projeto “estratégico” para governo, que
teria como meta impor versão dos militares sobre
Estado de S.Paulo, revela que cerca de 236 mil itens foram publicados e reproduzidos, gerando 79
golpe de 1964 e regime militar. Saiba mais
milhões de compartilhamentos de fotos, vídeos e notícias feitos em cinco dias – de 12 (quarta-
feira) a 17 de junho (segunda-feira). O levantamento mostrou que as tags “o gigante acordou”,
“vem pra rua” e “acorda, brasil” dominaram o Twitter, Facebook e YouTube. Abraji protesta contra limitações ao
trabalho de jornalistas na cobertura da
Assim, indicativos de respostas para a última questão já podem ser colocados. Quem? Três posse presidencial
aspectos chamam a atenção ao se observar os acontecimentos deste momento histórico. Em
Abraji
primeiro lugar uma “geração digital”: os nascidos desde o nal da década de 1980, que agora são
os jovens, com idade entre 18 e 25 anos. Em segundo, uma “geração internet”: as pessoas que Um governo que restringe o trabalho da imprensa
ignora a obrigação constitucional de ser transparente.
vivem no período de uso público da tecnologia de rede (desde 1995). E, em terceiro, uma “geração
Os brasileiros receberão menos informações sobre a
online”: as pessoas, principalmente da chamada classe “C”, que passaram pelo processo de posse presidencial por causa das limitações impostas
inclusão digital nos últimos três ou cinco anos e que, atualmente, se comunicam pelas redes à circulação de jornalistas em Brasília. Saiba mais
sociais. Ou seja: as ruas estão repletas de jovens, conectados, pertencentes majoritariamente à
classe média, o que indica a apropriação do uso da tecnologia de rede e, com isso, pela primeira
vez no Brasil, o exercício do direito de comunicar, com todas as implicações e consequências Carlos A. Scolari: ecologia dos meios de
próprias dos momentos de profundas mudanças na sociedade – uma delas, o acesso à disputa comunicação, alfabetização transmídia e
efetiva de hegemonia na esfera pública. redesign das interfaces
Revistas USP
O número de 79 milhões de compartilhamentos signi ca milhões de cidadãos trocando
Entrevista com CARLOS A. SCOLARI. Saiba mais
informações, argumentando e demonstrando os fatos com imagens e dados. Mais do que a
constituição de “esferas públicas”, como tem sido re etido nos últimos dias, portanto, é preciso
referir-se ao conceito mesmo de esfera pública. E aí, cabe reconhecer que chegou o momento de
dar um passo adiante em relação à de nição da imprensa – feita por Habermas, no livro Mudança Mais vistos
estrutural na esfera pública – como instrumento “por excelência” da esfera pública. Hoje pode ser
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dito que a imprensa também, é claro. Bolsonaro x imprensa:
ataques, fake news,
http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/_ed752_redes_sociais_imprensa_e_esfera_publica/ 1/3
09/01/2019 Redes sociais, imprensa e esfera pública | Observatório da Imprensa
Em tempo: Vale citar, a título de, digamos, curiosidade preocupante, o fato de que as tags seletividade, desrespeito,
predominantes nas manifestações (em outros tempos chamadas de “palavras de ordem”) foram cerceamento
reproduzidas de campanhas publicitárias de grandes corporações empresariais globais: “Vem pra
rua” é o conceito do vídeo da Fiat, feito pela agência Leo Burnett Tailor Made, e “O gigante
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acordou” foi disseminado pela campanha da Johnnie Walker, criada pela Neogama/BBH. Claro, O Boicote do PT à posse não
vivemos a era do paradoxo. foi um ato de coragem
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A construção de inimigos
Maria Lúcia Becker é professora do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta
Grossa, jornalista, mestre em Multimeios e doutora em Ciências da Comunicação
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09/01/2019 Redes sociais, imprensa e esfera pública | Observatório da Imprensa
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Carta Capital
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