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Quando definimos planejamento como sendo a seleção dos

objetivos e dos caminhos para atingi-los estamos automaticamente


respondendo às seguintes perguntas:

 O que fazer?

 Como fazer?

 Quando fazer?

 Quem deve fazer?

O planejamento tanto é resultado de um processo decisório como também um


realimentador deste processo. Quando elaborado de maneira sistemática, propicia a
redução da incerteza e aumenta a probabilidade de consecução dos objetivos
propostos. Podemos dizer também que, por meio do planejamento a empresa procura
atingir uma situação de eficiência, eficácia e efetividade:

 Eficiência: fazer de maneira correta;


 Eficácia: fazer o certo;
 Efetividade: ser permanente.

Para melhor entendimento do processo de planejamento, podemos dividi-lo em


oito etapas:

1. Conhecimento das Oportunidades - conscientização da posição da empresa e


de sua atuação, graças a um diagnóstico realista do mercado, dos concorrentes,
dos clientes e da própria empresa.

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2. Definição de objetivos - a partir dos objetivos da organização, que determinam
a alocação dos principais esforços, podem ser definidos também os objetivos
das divisões, departamentos, seções etc. São as respostas para aonde chegar,
o que fazer e quando fazer.
3. Estabelecimento de premissas - as premissas são as hipóteses do planejamento
e compreendem tanto o ambiente externo quanto o ambiente interno.
4. Identificação de caminhos - busca de caminhos alternativos e seleção daqueles
que representam maiores possibilidades de êxito.
5. Comparação de alternativas - análise das alternativas selecionadas, com
relação à probabilidade de obtenção de resultados, frente às premissas
propostas. Tanto podem objetivar mínimos custos quanto máximos lucros.
6. Escolha de alternativas - é o exato ponto da tomada de decisão.
7. Formulação de planos de apoio - são os planos necessários para sustentar a
execução do plano principal, tais como: compra de materiais, de
equipamentos, contratação de mão de obra, treinamento gerencial,
desenvolvimento de produtos etc.
8. Elaboração de orçamento - é a quantificação do planejamento decorrente do
somatório de receitas e despesas, desembolsos e recebimentos, e da apuração
do lucro final. Compreende várias partes, tais como orçamento de vendas, de
produção, de despesas operacionais, de investimentos etc.

Como o planejamento é uma função de todo administrador, ele abrange a


totalidade da empresa, por isso podemos estabelecer três tipos de planejamento em
função do seu alcance, hierarquia e níveis de decisão:

1. Planejamento estratégico - é de responsabilidade da alta direção, pois diz


respeito aos objetivos de longo prazo que afetam totalmente a empresa e visa
atingir uma otimização, na relação empresa x ambiente.
2. Planejamento tático - é derivado do planejamento estratégico e tem por
objetivo a otimização de determinadas áreas de resultado, sendo de
responsabilidade de níveis organizacionais inferiores.

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3. Planejamento operacional - corresponde a um conjunto de partes do
planejamento tático, representado pelos planos de ação ou planos
operacionais.

Pode-se dizer que a base do planejamento é a tomada de decisões. Todos sabem,


também, que a maior parte do tempo de trabalho de um administrador é ocupada
pelo processo de tomada de decisões, quer sejam elas para escolher um tipo de
investimento ou para dar um simples telefonema. Quanto maior o nível de
responsabilidade, maior a diversidade de decisões a serem tomadas. Na verdade, não
é necessário ser um administrador para se tomar decisões, todos nós fazemos isto
durante todo o tempo. Podemos, então, estabelecer quais os passos para a seleção
racional de uma alternativa:

 Definições do problema;

 Identificação das alternativas;

 Avaliação das alternativas

 Escolha de uma alternativa.

As decisões empresariais podem ser classificadas em três categorias distintas,


relacionadas ao processo de conversão de recursos:

1. Decisões estratégicas - dizem respeito aos problemas externos da empresa, tais


como mercado, compostos de produtos etc. e devem ser tomadas
considerando-se uma limitação geral de recursos.

2. Decisões operacionais - visam maximizar o processo de conversão de recursos,


como por exemplo: a fixação de preços, a alocação de recursos, níveis de
estoque etc. São elas que absorvem a maior parte da atenção da empresa.

3. Decisões administrativas - ocupam-se com a estruturação de recursos, tais


como: relações de autoridade e responsabilidade, fluxos de informações,

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localização das instalações, fontes de matérias-primas, financiamentos,
treinamento e desenvolvimento gerencial.

Estas três classes de decisões são interdependentes e uma classe gera a


necessidade das demais, na mesma ordem que foi apresentada. Em uma empresa, a
maioria dos seus membros se preocupa com uma variedade de problemas
operacionais e, normalmente, menos com os problemas estratégicos, visto que estes
são mais difíceis de identificar, e na maioria das vezes permanecem escondidos sob os
problemas operacionais.
O estudo da tomada de decisões também destaca dois tipos distintos de
comportamento das pessoas, frente a este processo:

 O comportamento reativo, no qual predomina o estímulo, seguido de uma


reação;
 O comportamento proativo, em que a ação é favorecida.

Discutem-se muito as consequências destes dois tipos de comportamento,


porém o comportamento proativo parece ser mais adequado ao processo competitivo,
em vista da rapidez com que as mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais
são adotadas no atual estágio da humanidade, dando vantagens a quem sai na frente.
Por outro lado, a preocupação da empresa com o problema estratégico só se dá
quando surge um estímulo gerador. Caso contrário, as atenções serão concentradas
em decisões administrativas ou operacionais. Os administradores mais agressivos
tenderão ao comportamento proativo.

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Resumo do Módulo I

Ao concluirmos a primeira unidade do primeiro módulo, temos a


clareza de que a Administração é um conjunto de princípios, normas e
funções, cuja finalidade é ordenar e controlar os fatores de produção,
para se obter determinado resultado. E em uma empresa, a tarefa
básica do administrador é gerenciar recursos humanos e o ambiente no
qual eles atuam, para que os objetivos preestabelecidos possam ser
atingidos, da melhor maneira possível.
É de suma importância destacar que não há uma maneira ideal
de planejar, organizar, liderar ou controlar, visto que o trabalho do
administrador depende das circunstâncias e das peculiaridades de cada
situação.
A segunda unidade desde módulo também deve deixar claro o
que é uma empresa, sendo esta uma organização, cuja finalidade é
atingir objetivos próprios e identificáveis. Durante muito tempo, as
empresas estabeleciam como principal objetivo o lucro, porém outros
surgiram para substituí-lo, como a sobrevivência a longo prazo e a
maximização do valor de mercado da empresa. Além disto, os objetivos
de uma empresa podem ser econômicos ou sociais.
A unidade final deste módulo demonstra a importância do
planejamento e das decisões, dentro do conceito administrativo, onde o
planejamento tanto é resultado de um processo decisório, como também
um realimentador deste mesmo processo. Quando elaborado de maneira
sistemática, o planejamento propicia a redução da incerteza e aumenta a
probabilidade de consecução dos objetivos propostos. Podemos dizer
que a base do planejamento é a tomada de decisões. Todos sabem,
também, que a maior parte do tempo de trabalho de um administrador é
ocupada pelo processo de tomada de decisões, quer sejam elas para
escolher um tipo de investimento, ou para dar um simples telefonema.

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