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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA - PERÍODO: 2018.1
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA AMÉRICA – PROFESSOR: YURI HOLANDA
ESTUDANTES: JULIMAR MELLO, SAMYLLA PEREIRA E RODRIGO HERNANDEZ

“HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS: DAS ORIGENS AO SÉCULO XXI”


LEANDRO KARNAL ET AL.

O livro “História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI” foi escrito por
Leandro Karnal, Sean Purdy, Luiz Estevam Fernandes e Marcus Vinícius de Morais, todos
grandes sabedores da história norte-americana. Karnal, na introdução da obra, aborda a visão
de como os Estados Unidos transmitem um grande amor e ódio consigo mesmos e ao redor do
mundo, construindo, portanto, muitas relações que são discutidas com o decorrer do livro.

Karnal continua o conteúdo explanando a relação de que os Estados Unidos apresentam


um grande desconhecimento do outro, do resto do mundo, como estranhar um simples fast-food
da mesma matriz do seu país, até algo que ocasionou fracassos em certas finalidades do poder,
como o objetivo norte-americano na Guerra do Vietnam, por exemplo. Vale destacar as
comparações entre Brasil e Estados Unidos que Leandro Karnal exemplifica. O intuito do autor
com essas passagens é não enunciar os Estados Unidos em uma visão do bem ou mal, mas sim
enfatizar todos esses fatos, questionamentos, e análises do que tange esse país que é de forte
relevância mundial. Com todo esse feito, a introdução e o início da primeira parte do livro
(ambas devidamente se associando) dão a analisar, por meio de todos esses fatores, que, para
entender os Estados Unidos e sua interação com o mundo, deve-se, portanto, entender a sua
história.

Prosseguindo a primeira parte do livro, ela se objetiva, de fato, na conjuntura das 13


Colônias até a independência do que viria a ser Estados Unidos da América. Assim, Karnal
explica a situação que a Inglaterra, futura metrópole, vivenciava. Entre a Guerra dos 100 Anos
(1337- 1453) e a Guerra das Rosas (1455-1485), a Inglaterra via a refletir o que era ser nação,
provocando novas visões no seu povo. As rupturas provenientes desses eventos fariam ascender
novos grupos socias e, principalmente, novos grupos religiosos, como os luteranos, calvinistas
e anglicanos. A ideia de ir à américa, inicialmente destinadas apenas para saques dos galeões
espanhóis, seria, nesse caso, uma estratégia inglesa de mandarem esses grupos reivindicadores
do seu território para o Novo Mundo, tendo em vista a grande conturbação e instabilidade da
nação inglesa, e evitar, consequentemente, mais insurreições populares na Inglaterra. Nesse
aspecto, a Rainha Elizabeth I, em 1584, autoriza os processos de ida à nova terra.

Os primeiros anos de ida às futuras 13 colônias foram difíceis e fracassados, mas,


posteriormente conseguiu-se efetivar esses processos gradativamente. Diante dos processos, as
colônias, já estabelecidas, tinham certa autonomia e também certas relações dependentes com
a metrópole inglesa. Os êxodos de novos colonos, e consequentemente, novos habitantes para
a nova região crescia progressivamente, enaltecendo o “povo escolhido por Deus”. Os nativos,
com os vários conflitos ou não, estavam inseridos também no conjunto social das colônias, e
posteriormente, negros, holandeses, alemães e outros. O índio e o negro, para Karnal, vão
fundamentar grandes debates quanto o entendimento norte-americano.

As Colônias do Norte e do Sul, embora, em certa medida, contidas com seus feitos para
a sua autonomia, tinham forte contato comercial e exportador com a metrópole. Por
conseguinte, houvera um grande aumento nas taxas inglesas, juntamente com outros fatores
(conflitos, abusos de poder, perseguições) onde prejudicavam a prosperidades das colônias,
desdobrando revoltas e mecanismos para uma tentativa de independência das colônias, diante
da tamanha insatisfação do Novo Mundo com a Inglaterra.

Dessa forma, a Independência das 13 colônias (1776-1783), influenciada pelo ideias


iluminista e pensamento de John Locke, acarretaria o rompimento dessas atitudes inglesas sob
as colônias. Em 1776, com o Congresso da Filadélfia, a Declaração da Independência fora
implantado por Thomas Jefferson, mas anteriormente e posteriormente da efetivação autônoma
das colônias, onde as mesmas se entrelaçaram em guerras, revoltas e eventos que constituía
todas as relações entre as duas facetas em confronto. O término resultou na vitória das colônias,
com uma notável ajuda espanhola e francesa, que desta última estimularia para sua Revolução
em 1789. As 13 colônias serão, oficialmente: Estados Unidos da América, a primeira nação que
se tornou independente na história.

A segunda parte da obra é escrita por Luís Estevam Fernandes e Marcus Vinicius de
Morais. É preciso entender que a guerra contra a Inglaterra havia unido as colônias, mas sem
ter criado, de fato, uma nação homogênea e bem integrada. Além disso, os conflitos liderados
pelo Império francês, de certo modo, forneceriam para os Estados Unidos uma grande
oportunidade diplomática no que se diz respeito aos territórios europeus da América e à
expansão geográfica.

Nesse sentido, cada conquista territorial foi antecipada pela ocupação de colonos. A
Marca para o Oeste (1865) esteve imbuída de um sentimento religioso-nacionalista, que
considerava a escolha divina fazer dos Estados Unidos uma nação poderosa, capaz de levar seus
ideais de liberdade e democracia para os demais povos. Diante dessa expansão territorial,
tornava-se extremamente necessário resguardar os interesses locais obtidos das grandes
potencias europeias.

Ademais, é justamente nessa perspectiva que James Monroe – ao assumir a presidência


– governou os Estados Unidos (1803): “A América para os americanos”. O objetivo principal
era evitar a interferência das potências europeias e também reservar para si uma área de
influencia onde pudessem exercer a sua hegemonia. Por outro lado, as divergências políticas
entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos se acentuavam com os territórios
conquistados, uma vez que ambos disputavam a hegemonia de seus modelos socioeconômicos
nos estados anexados.

Por meio disso, tal acontecimento, por sua vez, tivera seu ápice nas eleições de 1860. A
Vitória do nortista Abraham Lincoln, considerado o abolicionista, desencadearia uma guerra
entre nortistas e sulista com mais de 600 mil mortos nas batalhas.

A terceira parte do livro, escrita pelo canadense Sean Purdy, e aborda sobre os
acontecimentos ocorridos ao longo de todo o século XX e início do século XXI. Os Estados
Unidos entre os anos de 1900 e 1920 se tornariam a nação com maior poder econômico do
mundo, tendo expandido suas fábricas e consequentemente, ampliando sua produção industrial.
Contudo, os salários dos operários destas indústrias eram miseráveis. Purdy afirma que houve
um movimento sindical, porém, alguns fatores formaram empecilhos contra uma organização
sindical mais forte, como as divisões ideológicas entre negros e brancos. Com a expansão da
economia, muitos imigrantes chegaram à América em buscas de melhores condições de vida.
Todavia, muitos viveram em precárias condições.

Mais à frente, o autor coloca que “o principal desejo dos diversos movimentos
progressistas – um Estado nacional intervencionista – foi realizado durante a Primeira Guerra
Mundial”. Mas, ao ingressar na guerra para ajudar Reino Unido França e Rússia contra a
Alemanha, a repressão e o autoritarismo reinaram no país.
Após o crescimento econômico dos anos de 1920, ocorreu a grande depressão no final
da década abalando todo o país. “Os americanos nunca haviam enfrentado tanta pobreza”. Entre
os anos de 1933 e 1934, o presidente Roosevelt implantou o New Deal, que se trava de um
programa para a recuperação da economia. Contudo, a política do New Deal não recuperou
plenamente a economia.

Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos conseguiu para si não só o título
de maior potência econômica, mas também o de maior potência militar do mundo. Durante a
década de 1950 os salários de muitos trabalhadores melhoraram “em troca do controle
conservador da economia e sociedade”, tendo como base uma política contra o comunismo.

A Guerra fria resultou de tensões entre os Estados Unidos e União Soviética, acerca da
divisão dos poderes entre a Alemanha, que saiu derrotada da Segunda Guerra Mundial. Essa
disputa acabaria tornado proporções mundiais, incidindo em vários países.

Década de 1960 mudaria de forma indelével o cenário mundial, o movimento pelos


direitos civis, a Guerra do Vietinã, o movimento Hippie, a Contracultura e a liberdade sexual,
abalaram as estruturas americanas.

Já ao longo da década de 1980, deu-se a “era do neoliberalismo”. O presidente Ronald


Reagan (um ex-astro de Hollywood), implantou uma política conservadora. Reagan acreditava
que para que o país pudesse prosperar, as empresas deveriam funcionar livres de impostos e
com o mercado livre, assim, este não era a favor de programas sociais que assistissem os
trabalhadores pobres.

Ao final, Sean Purdy aborda o atentado de 11 de setembro de 2001, realizado pelo grupo
terrorista Al-Qaeda, em Nova York e Washington. Para o autor, estes ataques mostraram os
problemas de âmbito político e econômico com raízes no século XX.

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