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___________________________________________ISSN 1983-4209 - Volume 07– Número 02 – 2012

COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS: UM ESTUDO


ETNOBOTÂNICO NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA–AL

Daiana Wilma da Silva Lós¹, Rubens Pessoa de Barros², Jhonatan David Santos das Neves³

RESUMO - O objetivo desse trabalho foi conhecer a diversidade de plantas medicinais


comercializadas em feiras livres do município de Arapiraca e as informações sobre o uso de plantas
medicinais, a partir das indicações atribuídas pelos vendedores. A utilização de plantas medicinais
atualmente é uma prática comum, o interesse por tais plantas é resultado do seu potencial
terapêutico e econômico. As feiras livres de Arapiraca-AL, nordeste do Brasil, são vistas como um
fator de integração econômica do agreste alagoano. O município possui 9 (nove) feiras cadastradas
pela prefeitura localizadas nos bairros mais populares da cidade. Esta pesquisa foi realizada em 5
(cinco) feiras livres de Arapiraca no período de maio a agosto de 2011, realizou-se 21 entrevistas
semi-estruturadas aos raizeiros em suas respectivas bancas. Foram identificadas 103 espécies,
distribuídas em 47 famílias. As famílias mais representativas foram a Fabaceae (21 espécies), a
Lamiaceae (6 espécies) e Asteraceae, Cucurbitaceae, (5 espécies), Euphorbiaceae e Apiaceae (04
espécies), as demais com menor valor. A forma de utilização das plantas mais citada foi o chá
(66%). As partes das plantas mais utilizadas para o preparo foram as folhas e as sementes (24%). Os
resultados da importância relativa foram 23 (vinte e três) espécies de plantas medicinais que
apresentaram grande versatilidade quanto aos seus usos, com importância relativa - IR>1. Foram
mencionadas 15 categorias de uso classificadas de acordo com a Organização Mundial da saúde -
OMS, a indicação terapêutica que atingiu o valor máximo do fator de consenso dos infomantes (FCI
= 1) foi a categoria relacionada a doenças da pele e do tecido subcutâneo.

Unitermos: Raizeiros. Importância relativa. Consenso dos informantes.

MARKETING OF MEDICINAL PLANTS: AN ETHNOBOTANICAL STUDY IN


THE STREET MARKETS IN ARAPIRACA-AL

Daiana Wilma da Silva Lós¹, Rubens Pessoa de Barros², Jhonatan David Santos das Neves³
ABSTRACT - The research aimed to evaluate and explore the diversity of medicinal plants
commercialized in street markets in the city of Arapiraca and information about the use of
medicinal plants, from the indications given by the sellers. The use of medicinal plants is currently a
common practice; interest in such plants is the result of their therapeutic and economic potential.
The street markets of Arapiraca-AL, northeastern Brazil, are seen as a factor of economic
integration in the harsh Alagoas. The city has nine (9) street markets registered by the city hall
located in the most popular neighborhoods. This research was performed in 5 (five) street markets
of Arapiraca from May to August 2011, fulfilled 21 semi-structured interviews with herbalists in
their stalls. We identified 103 species in 47 families. The most representative families were
Fabaceae (21 species), the Lamiaceae (6 species) and Asteraceae, Cucurbitaceae, (5 espécies),
Apiaceae, Euphorbiaceae (04 species), other families with the less value. The manner of using of
the before mentioned plants is more tea (66%). The most used parts of the plants to prepare were
the sheets and the seeds (24%). The relative importance of the results were 23 (twenty three)
species of medicinal plants that were very versatile as their uses, with relative importance - IR>1.
¹Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Alagoas – Uneal/Campus I. Arapiraca. Brasil.
(daiana__02@hotmail.com). ; ² Professor. Assistente do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade
Estadual de Alagoas – Uneal/Campus I. Arapiraca. Brasil. (pessoa.rubens@gmail.com).; ³Graduando em Ciências
Biológicas pela Universidade Estadual de Alagoas – Uneal/Campus I. Arapiraca. Brasil.
(jhonataneducador@yahoo.com.br).
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Were mentioned 15 categories of using classified according to word health organization - WHO, the
indication that reached a maximus factor consensus of informants (FCI = 1) was the category
related to diseases of the skin and subcutaneous tissue.
Uniterms: Herbalists. Relative importance. Consensus of the informants.

INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2008), plantas medicinais são todas
aquelas que contêm em um ou mais de seus órgãos substâncias que podem ser utilizadas com
propósitos terapêuticos ou que sejam precursoras de semi-síntese químico farmacêutica. Ainda
nesse sentido, Morgan (1994), afirma que toda planta que contém um ou mais princípios ativos em
sua composição e que são úteis à saúde dos seres humanos, são consideradas plantas medicinais.
A etnobotânica por ser considerada de natureza interdisciplinar permite agregar
colaboradores de diferentes ciências (Ming et al., 2002). Segundo Albuquerque (2002), a
etnobotânica é basicamente entendida como a disciplina científica que se ocupa da inter-relação
entre plantas e populações humanas e vem ganhando prestígio cada vez mais pelas suas implicações
ideológicas, biológicas, ecológicas e filosóficas. As plantas medicinais teem sido a base dos
principais produtos para a saúde desde a antigüidade, como mostra os dados da Organização
Mundial de Saúde (2008), de que cerca de 70% a 80% da população mundial utiliza estas plantas ou
preparações destas no que se refere à atenção primária de saúde.
O Brasil, com uma área territorial extensa de 8.5 milhões de quilômetros quadrados e vários
biomas apresenta uma grande diversidade de solos e climas que favorece a riqueza e variedade de
tipos de vegetação e espécies vegetais distribuídas nos diversos ecossistemas brasileiros (Dias,
1995).
Segundo Martins et al. (2000), no Brasil, a utilização de plantas no tratamento de doenças,
apresenta fundamentalmente influências da cultura indígena, africana e, naturalmente européia. Os
índios utilizavam a fitoterapia dentro de uma visão mística em que o pajé ou feiticeiro da tribo fazia
uso de plantas entorpecentes para sonhar com o espírito que revelaria a erva ou o procedimento a
ser seguido para cura do enfermo e também, pela observação de animais que procuram
determinadas plantas quando doentes.
Até o século XX, o Brasil, era essencialmente rural, era amplo o uso da flora medicinal.
Com o processo de urbanização e inicio da industrialização, a utilização das plantas medicinais teve
um declínio, pois houve um aumento ao acesso a medicamentos sintéticos, e a pouca comprovação
das propriedades terapêuticas das plantas tornou o conhecimento e uso de plantas medicinais
sinônimo de atraso tecnológico e muitas vezes charlatanismo (Lorenzi e Matos, 2008). Entretanto,
os raizeiros, presentes principalmente em feiras livres, têm uma importância fundamental no
processo de manutenção das ervas medicinais.
As feiras livres teem sua origem relacionada ao renascimento da atividade comercial na
passagem da Idade Média para a Moderna sendo vista como uma instituição destinada a trocas
comerciais. Isso se deu devido a formação de um excedente de produtos rurais para que se pudesse
proporcionar ao comércio as riquezas necessárias para a sua expansão (Mundorf, 2004). Neste
sentido, Sousa (2004), reafirma que as principais causas da origem das feiras livres foram a
existência de excedentes de produção e a necessidade de um espaço físico no qual se pudessem
reunir os produtores para comercializar esses excessos, trocando-os por mercadorias que eles não
produzissem.
As feiras livres de Arapiraca, cuja origem remota ao ano de 1884. É vista ainda como fator
de integração socioeconômica do agreste alagoano, que abrange outras cidades como Campo
Grande, Coité de Nóia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Limoeiro de
Anadia, São Sebastião e Taquarana. De todas essas cidades, Arapiraca possui um maior potencial
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socioeconômico sendo mais desenvolvido e atende comercialmente não só a região do Agreste, mas
ainda o Sertão e o Baixo São Francisco (FENAE AGORA, 2004).
No Brasil, atualmente feira livre constitui uma modalidade de mercado varejista ao ar livre,
de periodicidade semanal, organizada como serviço de utilidade pública pela municipalidade e
voltada para a distribuição local de gêneros alimentícios e produtos básicos. Em Arapiraca-AL as
concepções e objetivos das feiras livres são convergentes com as demais feiras do país
(Mascarenhas, 2008).
O presente trabalho teve como objetivo conhecer o processo de comercialização e a
diversidade de plantas medicinais comercializadas em feiras livres do município de Arapiraca-AL,
num contexto etnobotânico, analisando as informações acerca do consenso dos informantes quanto
às propriedades terapêuticas a partir das indicações atribuídas pelos vendedores locais associados ao
uso dessas plantas.

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização do local
O estudo foi realizado nas feiras livres do Município de Arapiraca-AL, que possui
aproximadamente 214.006 habitantes, distribuídos em uma área territorial de 356,179 km² e com
uma densidade demográfica de 600,84 habitantes por km² (IBGE, 2010).
É o segundo maior município de Alagoas, destaca-se como importante centro comercial da
região agreste atendendo comercialmente não só ao Agreste, mas ao Sertão e ao Baixo São
Francisco (IBGE, 2010), conforme figura 1.

Figura 1. Mapa de alagoas destacado o município de Arapiraca, local da pesquisa.

Dentre as nove feiras cadastradas pela prefeitura de Arapiraca, foram selecionadas para
esta pesquisa apenas cinco feiras, devido ao fato de que normalmente eram encontrados os mesmos
feirantes comercializando em várias feiras da cidade. As feiras selecionadas foram: a tradicional, a
da fumageira, a da Rua São Paulo, a do bairro Brasília e a do bairro Itapoã, localizadas em
diferentes bairros.
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Coleta de Dados
No período de maio a agosto de 2011 foram visitadas cinco feiras livres. Foi realizado um
censo com os feirantes de plantas medicinais. Nestas visitas procurou-se entrevistar todos os
raizeiros das feiras em estudo, que aceitaram participar da pesquisa, logo, foram entrevistados vinte
e um informantes.
O trabalho consistiu de uma pesquisa exploratória às feiras-livres, nas quais foram realizadas
entrevistas semi-estruturadas (apêndice A e B) de acordo com Martins (2000), sendo questionadas
quais as plantas eram comercializadas como medicinais e as informações possíveis sobre as
referidas plantas, listadas na tabela 1. Todas as indicações citadas pelos entrevistados foram
agrupadas em categorias de sistemas corporais, baseadas em Classificação Internacional de Doenças
e de Problemas Relacionados a Saúde estabelecida pela Organização Mundial de Saúde - OMS
(1996).
As espécies das quais foram obtidas maiores informações sobre o uso terapêutico foram
inseridas no sistema de classificação da OMS, nas demais foi realizada uma adaptação devido à
falta de detalhes sobre as doenças referentes às espécies indicadas, dificultando a inserção no
sistema de classificação da OMS.

Análise dos Dados


Para análise dos dados coletados, organizou-se uma tabela com as famílias e espécies
identificadas, sendo adotada a proposta de Bennett e Prance (2000) calculou-se a importância
relativa de cada espécie citada. Essa técnica enfatizou a importância das plantas em relação a sua
versatilidade, ou seja, ao número de indicações que a mesma possui, e apresenta como limitação o
fato de que nem sempre uma planta que possui grande número de indicações é a mais importante.
Sendo calculado pela seguinte fórmula:
IR=NSC+NP, onde:
IR= Importância relativa; NSC= Número de sistemas corporais; NP= número de
propriedades.
O NSC = número de sistemas corporais tratados por uma determinada espécie (NSCE)
dividido pelo número total de sistemas corporais tratados pela espécie mais versátil (NSCEV); NP =
número de propriedades atribuídas a uma determinada espécie (NPE) dividido pelo número total de
propriedades atribuídas à espécie mais versátil (NPEV). Espécies com um valor de IR igual a 2.0
(maior valor possível) são aquelas com a maior diversidade de uso medicinal. (Giday et al., 2010).
A partir da técnica utilizada por Trotter e Logan (1986), buscou-se identificar as indicações
terapêuticas que apresentaram maior importância nas entrevistas, a partir do “consenso dos
informantes”. Nesta técnica os grupos de plantas merecedores de estudos são evidenciados, e para
tal, utiliza-se a fórmula:
FCI = nar-na / nar – 1 , onde:
FCI = fator de consenso dos informantes; nar = soma dos usos registrados por cada
informante para uma categoria; e na = número de espécies indicadas para cada categoria.

Não foi possível realizar a coleta do material testemunho para herborização, pois todos os
raizeiros entrevistados relataram que não cultivam as plantas e sim revendiam. Devido ao fato de
que as plantas se encontravam disponíveis apenas em fragmentos como folhas secas, cascas de
caule, raízes e sementes, o material foi fotografado e a identificação foi realizada pela consulta à
bibliografia específica (Lorenzi e Matos, 2008) e a partir das informações disponíveis em sítios
eletrônicos, como também a partir das características das plantas fornecidas pelos próprios raizeiros.
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Resultados e discussão
Foram citadas pelos raizeiros um total de 107 plantas medicinais (Tabela 1), destas, 103
plantas foram identificadas a nível de espécie e quatro não identificadas. Comparando os resultados
aqui apresentados com os realizados em outras feiras como a de Caruaru-PE por Almeida e
Albuquerque (2002) e em Campina Grande - PB por Dantas e Guimarães (2006), verificaram-se
semelhanças no número e nas espécies propriamente ditas. Provavelmente tais resultados
relacionam-se com espécies de ocorrência da caatinga e mata atlântica, isto se deve ao fato de
estarem na mesma região, bem como alta diversidade cultural, especialmente pela forte influência
indígena e africana ainda existentes.
Foram identificadas ao todo 47 famílias e a que teve mais destaque foi a Fabaceae com 21
(vinte e uma) espécies seguida da família Lamiaceae com 6 (seis) espécies, as famílias Asteraceae,
Cucurbitaceae com 5 (cinco) espécies, as famílias Apiaceae, e Euphorbiaceae com 4 (quatro)
espécies cada, as famílias Alliaceae, Myrtaceae e Theaceae com 3 (três) espécies cada e as demais
famílias com 2 (duas) ou 1 (uma) espécies.

Tabela 1. Lista de espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes (raizeiros) e


identificadas na pesquisa e comercializadas nas feiras livres em Arapiraca-AL (período maio a
agosto/2011).
NOME
Nº NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
POPULAR
01 Abóbora Cucurbita sp. (L.) Cucurbitaceae
02 Açafrão Bixa orellana (L.) Bixaceae
03 Alcachofra Cynara scolymus (L.) Asteraceae
04 Alcaçuz Periandra dulcis (Mart). Fabaceae
05 Alecrim Rosmarinus officinalis. (L.) Lamiaceae
06 Alfazema Lavandula officinalis (Chaich & Kitt.) Lamiaceae
07 Algodão Gossypium hirsutum (L.) Malvaceae.
08 Alho Allium sativum (L.) Alliaceae
09 Amora Rubus sp. (L.) Rosaceae
10 Anadenanthera colubrina (Vell.) Benan.
Angico Fabaceae
var.
11 Anil estrelado Illicium verum (Hocker) Alliaceae
12 Aroeira Myracrodruon urundeuva Allemão (Engl.) Anacardiaceae
13 Stryphnodendron adstringens (Mart.) .
Babatimão Fabaceae
Coville
14 Batata-de-purga Operculina sp. (L.) Convolvulaceae
15 Boldo Peumus boldus (Molina). Monimiaceae
16 Bom-nome Maytenus rigida (Mart). Celastraceae
17 Cabacinha Luffa operculata (L.) Cong. Curcubitaceae
18 Cabeça-de-nego Cayaponia tayuya (Vell.) Cong. Cucurbitaceae
19 Cajueiro-roxo Anacardium occidentale (L.) Anacardiaceae
20 Camomila Matricaria chamomila (L.) Asteraceae
21 Canela Cinnamomum zeylanicum (Blume) Lauraceae
22 Cana-de-macaco Costus spicatus (Jacq.) Sw. Costaceae
23 Caninana Chiococca alba (L.) Hitchc. Rubiaceae
24 Carqueja Baccharis trimera (Less.) DC. Asteraceae
cont.
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25 Castanha-do-
Bertholletia excelsa (Bonpl.) Lecythidaceae
pará
26 Catingueira-
Caesalpinia pyramidalis (Tul.) Fabaceae
rasteira
27 Cavalinha Equisetum giganteum (L.) Equisetaceae
28 Cebolinha-
Allium scalonicum (L.) Alliaceae
branca
29 Cedro Cedrela odorata (L.) Meliaceae
30 Chá-branco Camellia sinensis (L.) Kuntze Theaceae
31 Echinodorus grandiflorus (Cham. &
Chapéu-de-couro Schltdl.) Micheli Alismataceae
32 Chá-preto Camellia sinensis (L.) Kuntze Theaceae
33 Chá-verde Camellia sinensis (L.) Kuntze Theaceae
34 Cidreira Melissa officinalis (L.) Lamiaceae
35 Cipó-milone Aristolochia cymbifera (Mart. & Zucc.) Aristolochiaceae
36 Coentro Coriandrum sativum L. Apiaceae
37 Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt. & R.M.
Colônia Zingiberaceae
Sm.
38 Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L. M.
Cravo-da-índia Myrtaceae
Perry.
39 Cuminho Cuminum cyminum (L). Apiaceae
40 Endro Foeniculum vulgare (Mill). Apiaceae
41 Erva-doce Pimpinella officinalle (All). Apiaceae
42 Espinheira-santa Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch. Celastraceae
43 Espinho turco
Parkinsonia aculeata (L.) Fabaceae
(Pau-turco)
44 Eucalipto Eucalyptus globulus (Labill.) Myrtaceae
45 Fedegoso Cassia occidentalis (L.) Link. Fabaceae
46 Feijão-andu Cajanus cajan (L.) Millsp. Fabaceae
47 Figo Ficus carica (L.) Moraceae
48 Gengibre Zingiber officinalis (Roscoe) Zingiberaceae
49 Gergelim Sesamum orientale (L.) Pedaliaceae
50 Girassol Helianthus annuus (L.) Asteraceae
51 Giricó Não Identificada Não Identificada
52 Hortelã-miúda Mentha pulegium ( L.) Lamiaceae
53 Imburana-de-
Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.
caboclo Fabaceae
54 Imburana-de-
Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Fabaceae
cheiro
55 Jarrinha Aristolochia cymbifera (Mart & Zucc.) Aristolochiaceae
56 Jatobá Hymenaea courbaril (L.) Fabaceae
57 Juá Ziziphus joazeiro (Mart.) Rhamnaceae
58 Juçá Caesalpinia ferrea var. cearensis Huber Fabaceae
59 Jurema-preta Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Fabaceae
60 Linhaça Linum usitatissimum (L.) Linaceae
61 Louro Laurus nobilis (L.) Less. Lauraceae
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62 Macela Egletes viscosa (L.) Less. Asteraceae


63 Mamão Carica papaya (L.) Caricaceae
cont.

cont.
64 Mamona Ricinus communis (L.) Euphorbiaceae
65 Mangaba Hancornia speciosa (Gomes) Apocynaceae
66 Mangerioba Senna occidentalis (L.) Link Fabaceae
67 Melancia Citrullus lanatus (L.) Cucurbitaceae
68 Melão Cucumis melo (L.) Cucurbitaceae
69 Mijo de ovelha Não Identificada Não Identificada
70 Morana Não Identificada Não Identificada
71 Mostarda Brassica rapa (L.) Brassicaceae
72 Mulungu Erythrina mulungu (Mart. ex Benth.) Fabaceae
73 Nó-de-cachorro Heteropterys aphrodisiaca (O. Mach). Malpighiaceae
74 Virola surinamensis (Rol. Ex Rottb.)
Noz-moscada Myristicaceae
Warb.
75 Olho-de-boi Mucuna urens (L.) Medik. Fabaceae
76 Orégano Origanum vulgare (L.) Lamiaceae
77 Carapichea ipecacuanha (Brot.) L.
Papaconha Rubiaceae
Andersson
78 Parreira Cissampelos Sympondialis (Eichler) Menispermaceae
79 Pata-de-vaca Bauhinia forficata (Link) Fabaceae
80 Pau-de-teiú Casearia Sylvestris (Swartz) Salicaceae
81 Pau-doce Vochysia tucanorum (Mart.) Vochysiaceae
82 Pau-ferro Caesalpinia ferrea (Mart.) Fabaceae
83 Pau-pereira Geissospermum laeve (Vell.) Miers Apocynaceae
84 Perpétua-branca Gomphrena arborescens (L.) f. Amaranthaceae
85 Cheirosa Piper aduncum (L.) Piperaceae
86 Pimenta-de-
Xylopia aromática (Lam.) Mart. Annonaceae
macaco
87 Pindaíba Duguetio lanceolata (St.) Hil. Annonaceae
88 Pião roxo Jatropha gossypiifolia (L.). Euphorbiaceae
89 Pitanga Eugenia uniflora (L.) Myrtaceae
90 Pitó Senna bicapsularis (L.) Fabaceae
91 Pixulin Não Identificada Não Identificada
92 Quebra-pedra Phyllanthus niruri (L.) Phyllanthaceae
93 Quebra-faca Croton rhamnifolius (H.B.K). Euphorbiaceae
94 Quina-quina Myroxylon perniferum (L.) f. Fabaceae
95 Sideroxylon obtusifolium (Humb. Ex Roem.
Quixabeira Sapotaceae
& Schult.) T. D. Penn.
96 Romã Punica granatum (L.) Lythraceae
97 Sabugueiro Sambucus australis (Cham.) & Schltdl. Adoxaceae
98 Sambacaitá Hyptis pectinata (L.) Poit Lamiaceae
99 Sapé Imperata brasiliensis (Trin.) Poaceae
100 Sena Senna alexandrina (Miller) Fabaceae
101 Solda-osso Symphytum officinale (L.). Boraginaceae
102 Sucupira Pterodon emarginatus (Vogel). Fabaceae
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cont.

cont.
103 Tipim Petiveria alliacea (L.) Phytolaccaceae
104 Ucuúba Myristica surimanensis (Rol ex Rottb) Myristicaceae
105 Umbigo-de-
Helicteres baruensis (Jacq.) Malvaceae
bezerro
Dolichandra ungüis-cat (L.) L.G.
106 Unha-de-gato Bignoniaceae
Lahmann.
107 Urucuana Croton urucurana (Baill.) Euphorbiaceae
Fonte: Dados da pesquisa.

Em um estudo realizado Almeida e Albuquerque (2002) encontraram, na feira de Caruaru-


PE, um total de 57 famílias, sendo Lamiaceae, Fabaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Asteraceae e
Bignoniaceae, as famílias com maior número de espécies. Azevedo e Silva (2006) em um estudo
nos mercados e feiras do Rio de Janeiro identificaram 58 famílias botânicas, sendo as mais
representativas Asteraceae (17 espécies); Lamiaceae (nove espécies).
Segundo Bennet e Prance (2000) as famílias Asteraceae, Lamiaceae e Fabaceae são
culturalmente importantes, por serem amplamente distribuídas em regiões temperadas e tropicais do
mundo. Há evidências de que a seleção de plantas para uso medicinal não é feita ao acaso e que
famílias botânicas com compostos bioativos tendem a ser mais bem representadas nas farmacopéias
populares (Moerman e Estabrook, 2003 apud, Pinto et al., 2006).

Formas de utilização e partes mais utilizadas das plantas medicinais


Quanto às formas de utilização, a forma mais indicada pelos raizeiros foi o “Chá” com 66%,
seguido da “Garrafada” com 9%, “lambedor” e “banhos” ambos com 6%, e as formas “Pó” e “Na
alimentação” ambos com 4%. Teixeira e Melo (2006) em um estudo em Jupi - PE obteve resultado
semelhante, observando-se a predominância dos chás, figura 2.

Figura 2. Formas de Utilização das plantas medicinais, citadas pelos raizeiros.


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Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com as espécies citadas pelos raizeiros, as partes mais comercializadas são as
folhas e as sementes, ambas com 24% das plantas medicinais citadas, seguidas dos talos, galhos ou
ramos e casca ambos com 13%, as raízes com 8% das citações, o caule com 7% e as flores com 6%,
as demais partes; os frutos, bulbo e tubérculo 2% e 1% respectivamente, figura 3. As condições dos
produtos comercializados em sua maioria são secos e em partes, e a origem das plantas
comercializadas segundo os informantes, são do próprio estado e de outros da federação.

Figura 3. Partes das plantas medicinais comercializadas pelos raizeiros.


Fonte: Dados da pesquisa.

Importância relativa
De acordo com análise dos dados, 24 (vinte e quatro) espécies de plantas medicinais
apresentaram grande versatilidade quanto aos seus usos, com IR>1 (Tabela 2), chegando a serem
indicadas para até 5 (cinco) sistemas corporais. Neste trabalho se destacou a catingueira rasteira
(Caesalpinia pyramidalis Tul), com o IR=2,0 o valor máximo e o menor, o louro (Laurus nobilis
L.), IR=1,03. As demais o IR<1. A importância relativa das espécies com maior versatilidade muda
de acordo com os costumes da região e a população em estudo.
O uso de espécies semelhantes com IR>1 foi relatado por Oliveira (1994) em um estudo no
semiárido piauiense, onde a espécie com maior versatilidade foi o pau-ferro (Caesalpinia ferrea
Mart.) com IR= 1,86. Almeida e Albuquerque (2002) relataram em seus estudos nas feiras de
Caruaru- PE a espécie com maior versatilidade, sendo indicada para até 8 (oito) sistemas corporais
foi a Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium Roem. & Schult.) com IR= 2,00 e o Jatobá (Hymenaea
courbaril L.) com IR= 1,53.
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Tabela 2. Plantas mais citadas pelos informantes e nomes científicos com os valores de
importância relativa (IR) de cada espécie citada pelos raizeiros.
VALOR
NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO
DO IR
Catingueira rasteira Caesalpinia pyramidalis (Tul.) 2,00
Anil estrelado Illicium verum (Hocker) 1,80
Alecrim Rosmarinus officinalis (L.) 1,68
Jatobá Hymenaea courbaril (L.) 1,63
Pau-ferro Caesalpinia férrea (Mart.) 1,63
Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L. M.
Cravo-da-índia 1,55
Perry.
Juá Ziziphus joazeiro (Mart.) 1,55
Mangerioba Senna occidentalis (L.) Link 1,55

Cheirosa Piper aduncum (L.) 1,55


Pimenta de macaco Xylopia aromática (Lam.) Mart. 1,55
Sucupira Pterodon emarginatus (Vogel). 1,55
Imburana-de-cheiro Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. 1,48
Sideroxylon obtusifolium (Humb. Ex
Quixabeira 1,43
Roem. & Schult.) T. D. Penn.
Endro Foeniculum vulgare Gaertn. 1,35
Macela Egletes viscosa (L.) Less. 1,35
Gergelin Sesamum orientale (L.) 1,30
Romã Punica granatum (L.) 1,30
Myristica surimanensis (Rol ex
Ucuúba 1,30
Rottb)
Girassol Helianthus annuus (L.) 1,23
Virola surinamensis (Rol. Ex Rottb.)
Noz-moscada 1,23
Warb.
Coentro Coriandrum sativum (L.) 1,10
Carapichea ipecacuanha (Brot.) L.
Papaconha 1,10
Andersson
Quina-quina Myroxylon perniferum (L.) f. 1,10
Louro Laurus nobilis (L.) 1,03
Fonte: Dados da pesquisa. IR: Importância relativa.

Fator de consenso dos informantes


De acordo com o consenso dos informantes das feiras livres de Arapiraca-AL, quanto á
potencialidade das espécies de plantas citadas, a indicação terapêutica que atingiu o valor máximo
de consenso (FCI = 1) foi a categoria relacionada a doenças da pele e do tecido subcutâneo, em
seguida ficaram doenças do aparelho respiratório e doenças do aparelho digestivo (Tabela 3). Esses
valores indicam que essas categorias são culturalmente importantes e merecem estudos mais
aprofundados.
Segundo Heinrich et al. (1998) apud Almeida e Albuquerque (2002), as três categorias
frequentemente mencionadas em levantamentos etnobotânicos são: gastrointestinais, respiratória e
dermatológica, apresentando um largo número de espécies mencionadas.
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Tabela 3. Categorias de sistemas corporais pela Organização Mundial de Saúde - OMS


(1996) e o valor do fator de consenso dos infomantes - FCI.
USOS E REGISTROS
DOS INFORMANTES
CATEGORIAS Nº DE ESPÉCIES FCI
PARA UMA
CATEGORIA
Doenças da Pele e do tecido
1 3 1
Subcutâneo
Doenças do aparelho
15 30 0,52
Respiratório
Doenças do aparelho Digestivo 33 55 0,41
Doenças do Sistema Nervoso 18 28 0,37
Doenças do sangue e dos
Órgãos Hematopoéticos e 13 14 0,33
alguns Transtornos Imunitários
Causas externas 6 8 0,29
Doenças do Aparelho
14 18 0,24
Geniturinário
Doenças do Sistema
Osteomuscular e do Tecido 10 12 0,18
conjuntivo
Doenças do Aparelho
8 9 0,13
Circulatório
Afecções não definidas 34 39 0,13
Algumas doenças infecciosas e 0
6 6
parasitárias
Neoplasias (Tumores) 7 7 0
Doenças Endócrinas,
21 21 0
Nutricionais e Metabólicas
Transtornos Mentais e
1 1 0
Comportamentais
Doenças do Olho e Anexos 1 1 0
Fonte: Dados da pesquisa. FCI: fator de consenso dos infomantes.

CONCLUSÕES
Observou-se que há necessidade do desenvolvimento de estudos sobre o comércio de plantas
medicinais, investigando estas plantas acerca da conservação para que os produtos vendidos tenham
melhor qualidade para o consumidor, como também o manejo das espécies e orientações
relacionadas à forma de obtenção destas plantas, pois muitas vêm sofrendo com o forte processo de
extrativismo.
Dentre as espécies comercializadas verifica-se o uso de espécies tóxicas, com a utilização da
casca do caule como parte usada nos diversos usos, desta forma reforça-se a necessidade de uma
orientação tanto à raizeiros quanto aos consumidores de plantas medicinais sobre as formas corretas
de obtenção destas plantas.
Os raizeiros desempenham um importante papel socioeconômico nas cidades, pois a
utilização de espécies medicinais reduz e, muitas vezes chegam a eliminar gastos com
medicamentos farmacêuticos. Para algumas famílias brasileiras, a comercialização de plantas
medicinais é vista como um meio de busca de emprego e renda. É considerável a diversidade de
plantas medicinais presentes em feiras livres no município de Arapiraca-AL. As indicações
terapêuticas populares e as formas que são usadas as plantas medicinais são de grande importância
para o início de um estudo científico mais criterioso do efeito curativo destas plantas.
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Agradecimentos
À Universidade Estadual de Alagoas – Uneal, por possibilitar o espaço para a pesquisa como
meio para o desenvolvimento intelectual e acadêmico dos seus alunos, através do seu corpo
docente.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas – FAPEAL, por incentivar a
pesquisa através do financiamento dos projetos, fornecendo bolsas de iniciação à pesquisa –
PIBIC/2011.
Aos raizeiros informantes e convidados para contribuir com a pesquisa, muito obrigado pela
colaboração.

REFERÊNCIAS

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COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS: UM ESTUDO


ETNOBOTÂNICO NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA–AL

APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO

1. Qual a origem das plantas que são comercializadas?

2. Quais as condições dos produtos (seco ou fresco, estério ou fértil)?

3. O senhor (a) cultiva o produto ou compra de outras pessoas?

5. De onde veio seu conhecimento sobre plantas medicinais?

6. Há quanto tempo você vende essas plantas?

7. O que levou o(a) senhor(a) a vender plantas medicinais?

APÊNDICE B
TABELA DE COLETA DE DADOS ETNOBOTÂNICOS
Nome Parte Indicação Preparo Forma de Observação
Popular usada obtenção

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