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1. Introdução
Há dez anos atrás os fisioterapeutas musculoesqueléticos não considerariam o complexo
muscular do assoalho pélvico (MAP – músculos do assoalho pélvico) ao tratar pacientes
com a dor lombar ou a disfunção articular sacroilíaca (AS) e os fisioterapeutas que ensinam
exercícios de MAP para o tratamento da incontinencia urinária por esforço (IUE)
desencorajavam o uso dos músculos abdominais. Esta é uma opinião que está mudando
agora.
A co-ativação dos MAP e das fibras profundas do multifidios lombares foi observada
clinicamente (Richardson et al., 1999), mas nenhum estudo confirmando tal coativação foi
encontrado.
Os MAP são o único grupo muscular que suporta carga de maneira transversa no corpo.
Amostras de biópsia tomadas do PC nas mulheres assintomáticas mostraram entre 67 a
76% de fibras lentas de contração muscular (Gilpin e outros, 1989). A atividade contínua
tónica do MAP foi demonstrada em repouso, sentado e em pé (Vereeken e outros, 1975;
Deindl e outros, 1993). Esta atividade contínua tónica faz estes músculos seridos ideais à
sustentação antigravitante. O esfíncter anal externo igualmente exibe a atividade tónica, que
é responsável por aproximadamente 15% da pressão em repouso. Enquanto a atividade de
MAP foi avaliada durante a ativação cognitiva e funcional usando uma amplitude das
modalidades mostrou-se que as respostas funcionais automáticas não refletem
necessariamente a ativação voluntária (Deindl e outros, 1994; Wijma e outros, 1991).
As tarefas funcionais tais como o levantamento, assoar o nariz, o riso, tossir, espirrar, e a
valsalva (um esforço expiratório forçado com a glote fechada) recrutam a MAP com os
músculos abdominais para aumentar a PIA, gerar uma força expiratória e manter a
continência. Em todas estas tarefas o complexo de MAP deve assegurar o fechamento
uretral e anal antes do aumento no PIA para a continência deve ser mantida. Assoar o nariz,
o riso, tossir, espirrar recrutam os mesmos padrões de ativação de MAP, diafragmático e
abdominal, mas com variações na força. Veja as figs. 1-4 para a respresentação destes
músculos durante ações inspiratória e expiratórias.
Fig. 1 Respiração ao repouso. (A) na Fig. 2 Assoando o nariz. (A) Na inspiração o
inspiração o difragma desce e a parede movimento é similar a respiração ao repouso. (B)
abdominal se move para frente. (B) na expiração Ao assoprar, a parede abdominal retrai e o
o diafragma sobre a parede se move para assoalho pélvico contrai.
dentro.
Fig. 3 Tosse. (A) O esforço inspiratório antes da Fig. 4 Espirro. (A) O efeito inspiratório é
tosse provavelmente similar ao da tosse. (B) O
envolve rápida descida do diafragma e a parede espirro requer uma contração mais rápida e
abdominal se move bem para fora. (B) Na tosse o mais forte do abdomem e do assoalho do
abdomem e o assoalho contraem fortemente e o que a tosse.
difragma é forçado para cima.
* Incontinência urinária por esforço: escape involuntário da urina com esforço ou impacto.
* Incontinência urinária de urgência: escape involuntário associado com a urgência.
* Defecação obstruída (tipo B): a inabilidade em esvaziar o reto mesmo com o força, devido
à falta da sustentação retal.
O MAP hiperativo e a não liberação do MAP foram implicados nas seguintes circunstâncias:
* A baixa pressão de fechamento uretral em repouso < 20 cm H2O- pode ser devido às
mudanças na qualidade do tecido com idade, na falta do estrógeno, na neuropatia e no
tecido cicatricial. Isto é denominado deficiência intrínseca do esfíncter, e pode ser
manifestado na incontinência de escoamento quando ereto assim como a perda com
esforço. A pressão uretral de descanso não foi melhorada pelos programas do
fortalecimento de MAP (BO e outros, 1999).
* Fraqueza de MAP: A força do músculo é geralmente mais fraca nas mulheres que
apresentam com IUE do que em indivíduos assintomáticos (Gunnarsson e Mattiasson,
1999). Porém a maior força de MAP não conduz necessariamente à continência (Hextal e
outros, 1999).
Fig. 5 Incontinência urinária por esforço ao Fig. 6 Elevação da caixa torácica em IUE
assoar o nariz, tossir, espirrar. (A) Em durante a tosse, espirro, etc. (A) Quando a
indivíduos com IUE que tem abdominais elevação da caixa torácica é usada na
fracos, esses atos são similares aos inspiração antes do ato, a parede abdominal
individuso normais, onde há menos tende a ser alongada e retraida um pouco
escursão abdominal e mais mov. da caixa ainda que o diafragma desça. (B) Na fase
torácica. (B) Duramte a fase expiratória, a expiratória, a caixa torácica desce e a
parede abdominal sai para fora e o assoalho parede abdominal protrunde e o assoalho
pélvico é forçado para baixo. desce.