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Torno Mecânico

Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc.


 EVOLUÇÃO DOS TORNOS
 O PRINCIPIO
 TORNO
 TIPOS DE TORNOS
 PARTES FUNDAMENTAIS DO TORNO HORIZONTAL
 ACESSÓRIOS
 SISTEMA DE FIXAÇÃO DA FERRAMENTA DE CORTE
 ANÉIS GRADUADOS
 FERRAMENTAS DE CORTE
 TERMINOLOGIA
 MOVIMENTOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA
 PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA
 MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA DE CORTE
A evolução dos Tornos
Os Primeiros Tornos
Inovações proposta por: Moudslay e Whitworth

• O primeiro torno a vapor

• Suporte para ferramenta

• Avanço transversal
Inovações no Torno
A reta final do desenvolvimento

• 1906: O torno já incorporava todas as modificações


feitas por Moudslay e Whitworth

• 1925 o torno paralelo

• 1960 o torno automático

• 1978 o torno de CNC


Torno

• Definição:
São máquinas que executam trabalhos de torneamento
destinados a remover material da superfície de uma peça
em movimento de rotação por meio de uma ferramenta
de corte que se desloca continuamente
Subsistemas da Máquina Ferramenta

Atualmente as maquinas ferramentas apresentam


5 subsistemas básicos, mudando um pouco de
máquina para máquina porém mantendo suas
características.

•Subsistema de Suporte
•Subsistema de Fixação da Peça
•Subsistema de Fixação e Movimento da Ferramenta
•Subsistema de Avanço
•Subsistema de Acionamento Principal
•Outros Subsistemas
Subsistema de Suporte

É responsável pela sustenção de todos os órgãos


da máquina. Ele é constituído pelos seguintes
componentes: Apoios, barramento e guias. No caso
do torno, a finalidade das guias é manter o
alinhamento do movimento do cabeçote móvel e do
carro longitudinal.
Subsistema de Suporte
Subsistema de Suporte
Subsistema de Suporte
Subsistema de Fixação da Peça

É responsável pela fixação, na máquina, da peça a


ser usinada. É constituído pelo cabeçote móvel e
placa.
Subsistema de Fixação da Peça
Subsistema de Fixação da Peça
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta

Tem a função de fixar a ferramenta e realizar a sua


movimentação em diferentes direções. No caso do
torno, é composto pelo carro longitudinal, carro
transversal, carro porta-ferramentas, torre de
fixação das ferramentas, fuso e vara.
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Fixação e
Movimento da Ferramenta
Subsistema de Avanço

Tem a finalidade de proporcionar o movimento


automático da ferramenta e suas variações de
velocidade. Seus principais componentes são as
engrenagens da grade e as engrenagens no
próprio variador de avanço.
Subsistema de Avanço
Subsistema de Avanço
Subsistema de Acionamento
Principal

A função deste subsistema é proporcionar o giro da


peça com diferentes velocidades. Como principais
constituintes temos o motor de acionamento,
polias, correias, eixos e engrenagens para
transmissão de movimentos.
Subsistema de Acionamento
Principal
Subsistema de Acionamento
Principal
Subsistema de Acionamento
Principal
Tipos de Tornos

•Tornos horizontais
•Tornos de placa
•Tornos verticais
•Tornos revolver
•Tornos CNC
Tornos horizontais
Torno Horizontal
Torno Horizontal
Torno Horizontal
Tornos de Placa

•São empregados para tornear peças curtas e de


grande diâmetro, tais como polias, volantes, rodas.
São variantes dos tornos horizontais e a fabricação
deste tipo de tornos tem sido cada vez menor em
função da evolução dos tornos verticais.
Tornos de Placa
Tornos verticais

•Com eixo de rotação vertical, são empregados


para tornear peças de grande tamanho
Tornos verticais
Tornos Revólver
Tornos Copiadores

Permitem obter peças com forma


de sólidos de revolução de perfil
qualquer
Tornos copiadores
Tornos automáticos

São máquinas nas quais todas as


operações são realizadas
sucessivamente, uma após outra,
automaticamente.
Tornos automáticos
Tornos CNC

São tornos desenvolvidos nos últimos 20


anos que tem como objetivo a produção de
peça de forma automática e
computadorizada.
Tornos CNC
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

• Cabeçote móvel ou Contra-ponta: Que


encerra os mecanismos para a
transmissão dos movimentos da
ferramenta.
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

• Carro inferior: O avanço longitudinal


pertence ao carro inferior, que se avança na
direção paralela ao eixo do torno.

• Carro: Pelo qual se prende a peça usinada,


quando esta tem grande extensão ou peso.
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

• Cabeçote motriz: Que encerra os


mecanismos para a transmissão do movimento
do trabalho à peça usinada.

• Carro superior - Sobre o carro superior, ou


carro porta-ferramenta fixa-se o porta-
ferramenta.
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

• Carro transversal - O avanço transversal


pertence ao carro transversal, que arrasta
consigo o carro superior e a ferramenta na
direção perpendicular ao eixo do torno.
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

Barramento
PARTES FUNDAMENTAIS DO
TORNO HORIZONTAL

ANÉIS GRADUADOS
Acessórios
• Placa de arrasto: É uma placa simples provida de
um rasgo no qual se entrosa o grampo que torna a
peça solidária à arvore de trabalho, transmitindo o seu
movimento de rotação.
Acessórios

• Placa lisa: A placa lisa fornece uma superfície


plana para apoio de peças de formas irregulares.

• Mandril: Pequenas placas universais de 3


castanhas conhecidas como mandris ou buchas
universais são utilizadas para fixar brocas,
alargadas, machos e obras cilíndricas de pequeno
diâmetro.

• Grampos: São mordaças especiais que se aplicam


à extremidade de uma peça
Acessórios
Placa de castanhas
independentes:

Pode ter 3 ou 4
castanhas ajustáveis,
por meio de uma chave,
que aciona um parafuso
sem fim que comanda
seu deslocamento.
Acessórios
• Placa universal: Neste tipo as castanhas se movem
simultaneamente pela ação da chave introduzida em um
dos furos existentes.
Acessórios
• Pinças: As pinças constituem o sistema mais preciso de
fixação de peças, permitindo rápida produção seriada.
Acessórios
• Lunetas: Quando se devem usinar peças compridas e
delgadas de vão grande entre pontos ou entre placa e contra-
ponta ocorrem vibrações e flexão da peça, tornando a
usinagem precisa impossível.
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA
FERRAMENTA DE CORTE

A fixação da ferramenta de corte no porta-


ferramenta influi no rendimento e na
qualidade do trabalho, assim como na
duração do corte da própria ferramenta.
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA
FERRAMENTA DE CORTE
FERRAMENTAS DE CORTE
Superfícies na peça
• Superfície a usinar: é a superfície da peça a ser removida
pela usinagem;

• Superfície usinada: é a superfície desejada, produzida pela


ação da ferramenta de corte;

• Superfície transitória: é a parte da superfície produzida na


peça pelo gume da ferramenta e removida durante o curso
seguinte de corte, durante a rotação seguinte da peça ou da
ferramenta ou pelo gume seguinte.
Superfícies na peça
Elementos da Ferramenta

• Corpo
• Haste
• Furo da ferramenta
• Eixo da ferramenta
• Partes ativas
• Base
• Cunha
Superfícies da Ferramenta

•Quebra cavaco
•Face
•Face redutora
•Flanco
Ferramenta de Corte
Torneamento com pastilha de corte
Geometria da pastilha de corte
Gumes

São arestas formadas pela face e flanco destinada a


efetuar o corte
• Gume principal da ferramenta

• Gume secundário da ferramenta

• Gume ativo

• Quina
Gumes de uma ferramenta de corte
MOVIMENTOS DA PEÇA E DA
FERRAMENTA
•Movimento de corte
•Movimento de avanço
•Movimento resultante de corte
•Velocidade de corte (VC)
• Velocidade de avanço (Vf )
• Direção do movimento de corte
• Direção do movimento de avanço
• Direção resultante de corte
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA

• Ângulo de incidência principal ou de folga (n )


• Ângulo de saída do cavaco (n)
• Ângulo de cunha (n )
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA
FERRAMENTA
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE
• As exigências básicas para materiais usados como
ferramenta de corte são:

1. Elevada dureza a frio e a quente, bem superior a da peça


usinada;
2. Tenacidade para resistir a consideráveis esforços de corte
e impacto;
3. Resistência à abrasão;
4. Facilidade de obtenção a preços econômicos;
5. Estabilidade química.
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Aços carbono

• Dureza a quente em torno de 250ºC


• Baixo custo
• Afiação simples e arestas agudas
• Tratamento térmico simples
• Elevada dureza e resistência ao desgaste
• Boa tenacidade
• Baixa velocidade de corte < 25m/min
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Aços rápidos comuns

• Elementos básicos de liga W, Cr, Mo,Va


• Resistência a abrasão > velocidade de corte > vida >> aço
carbono
• Dureza a quente entre 520 e 600 ºC
• Tratamento térmico complexo aprox. 1300ºC
• Preço elevado
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Aços rápidos com cobalto

• 5 a 12 %Co
• Aumenta dureza a quente proximamente
650ºC
• Aumenta resistência ao desgaste
• Diminui a tenacidade
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Aço rápido sinterizado

• Metalurgia do pó; estrutura firme e uniforme


• Menor deformação por tratamento térmico
• Menor tendência a trincas e tensões internas
• Maior tenacidade
• Vida maior
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Ligas fundidas

• Altas porcentagens de W17%, Cr33%, Co 44%,Fe3%, são


fundidas e retificadas
• Qualidades intermediarias entre o aço rápido e o metal
duro
• Dureza a quente em torno 700 a 800ºC
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Metais duros

• Dureza a quente em torno de 900 a 1000ºC


• Velocidade de corte superior a 300m/min
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA
DE CORTE

Diamantes policristalino

• Dureza do diamante policristalino < que a do


monocristalino
• Forma e as dimensões iguais as das pastilhas comerciais
de metal duro
• Não pode usinar materiais ferrosos e duralumínio
Microestuturas de diversas
pastilhas vistas pelo MEV
Metais duros com uma
camada de revestimento
Operações de acordo com a ferramenta

• Com a variação dos movimentos , da posição e do formato


da ferramenta, é possível realizar uma grande variedade de
operações:
(a) Tornear superfícies externas e internas
(b) Tornear superfícies cônicas externas e internas.
(c) Roscar superfícies externas e internas.
(d) Perfilar superfícies.
Além dessas operações, também é possível fazer sangria,
furar, alargar, recartilhar, roscar com machos e cossinetes,
mediante o uso de acessórios próprios para a máquina-
ferramenta.
Torno Mecânico

Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc.

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