Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes- Universidade La Salle Canoas

Unilasalle Canoas
Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes
Bruna Selau
Carollina Ferreira Marques

1. Objetivo

Entender melhor como se processa parte do tratamento de efluentes, mais precisamente

o processo de coagulação/floculação, que é um dos passos mais importantes do
tratamento, pois ajuda a remover a turvação e a cor da água contaminada. Para tal,
efetuamos um ensaio de laboratório, Jar Test, com o objetivo de determinar o melhor
produto, o pH ideal e a melhor dosagem para a realização desta experiência.
2. Introdução
Floculação é a aglutinação, em flocos, das partículas de um precipitado; frequentemente
ocasionada pela alteração do pH do sistema. É pela floculação que se purifica a água,
pois ao se formar um precipitado flocular, ele carrega consigo as impurezas que estão
em suspensão. A agitação inicial deve ser intensa, propiciando uma rápida mistura entre
os reagentes para que se abrevie o início de formação dos flocos, e logo a seguir,
moderada para boa constituição dos flocos e agregação das impurezas. ​A coagulação
ocorre após a adição de um coagulante e serve para aglomerar as impurezas que se
encontram em suspensões finais e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas
maiores que possam ser removidas por decantação ou filtração. Este fenômeno de
aglomeração ocorre devido a duas ações distintas: Uma desestabilidade onde, por adição
de produtos químicos se neutralizam as forças elétricas superficiais e se anulam as
forças repulsivas (coagulação). Agitação mais intensa tende a desintegrar os flocos
formados. Os ensaios de floculação têm como finalidade a determinação das dosagens
ótimas dos reagentes e, consequentemente, a determinação do pH ótimo de floculação.
Há um pH em que melhor se dá essa união e, portanto, melhor floculação: o pH ótimo.
A floculação é uma operação de suma importância no tratamento da água. Boa
formação de flocos significa boa clarificação. Para a eficiência do tratamento, o controle
do pH de floculação é uma condição indispensável. A determinação das dosagens
ótimas é feita por tentativa e comparação; para isso utiliza-se um aparelho Floculador
(também conhecido por “Jar-test”).

3. Materiais e soluções

● Aparelho para Jar Test;

● Béqueres;

● Bastão de vidro;

● FeCl​3​;
 Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes- Universidade La Salle Canoas

● Tanino;

● PAC;

● Coagulante + Floculante;

● Cerveja (Bavaria);

● Mistura: Leite com achocolatado;

● Mistura: Farinha de trigo com água.

3.1 Procedimento

Colocou-se 500mL da primeira mistura, achocolatado, em cada um dos três béqueres.

Foi feita a estabilização do pH da mistura com valores de pH 6,86 , foi retirada uma
amostra dos três coagulantes, medindo 1 mL cada, e inserida em cada uma das misturas,
após isso foi feito a elevação do pH para 8 e simultaneamente ligou-se o Jar Test em
mistura rápida (600-1500 s−1 ), mantendo assim por 30 segundos, após esse tempo foi
passando para mistura lenta (20-80 s−1 ). Observou-se que não houve reação alguma,
repetimos o processo para a segunda mistura, farinha e água, com estabilização do pH
em 6,31, obtendo assim o mesmo resultado. Procedeu-se o processo para a terceira
mistura, cerveja, com estabilização do pH em 5,95, constatando-se ser esse o melhor
produto, sendo o primeiro a formar flocos nítidos. Foi observado que o melhor
coagulante apresentou ser o Tanino. Após realizou-se o teste para melhor pH,
obtendo-se como resultado de 8, posteriormente testou-se a melhor dosagem entre 1
mL, 2,5mL e 5mL para o Tanino e essa passaria a ser 1mL.

4. Resultados e discussão

Os resultados obtidos apresentam-se na tabela 1. Nas figuras seguintes apresenta-se

o resultado dos diferentes ensaios efetuados.

Efluente pH b pH ótimo Vol. coag. Melhor Tamanho

dosagem dos flocos

Achocolata 6,86 Não foi 1mL Não foi Pequeno

do + leite medido medido

Farinha + 6,31 Não foi 1mL Não foi Pequeno

água medido medido

Cerveja 5,95 8 1mL 1mL Grande

Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes- Universidade La Salle Canoas

Figura 1: Resultado final da solução de achocolatado com 1 mL de coagulante

Figura 2: Resultado final da solução de farinha com 1 mL de coagulante

Figura 3: Resultado final da solução de cerveaja com 1 mL de coagulante

 Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes- Universidade La Salle Canoas

Figura 4: Resultado final da solução de cerveja com 5mL, 2,5mL e 1mL de coagulante
respectivamente.

Figura 5: Resultado final da solução de cerveja com pH ótimo e melhor dosagem.

5. Conclusão

A realização desta atividade experimental, que consiste no processo de

coagulação/floculação foi satisfatória, como dita nos resultados obtidos, a amostra ideal
é porém a solução com Tanino e um pH aproximado a 8, pois apresenta um grau de
deposição superior a todas as outras soluções com pH aproximados. Pode-se então
concluir que quanto maior o pH de uma solução maior será o tamanho dos flocos, sendo
todos os outros testados menores, que por sua vez, permite um maior grau de deposição.

Desta forma, podemos concluir que o processo de floculação/coagulação é um método

eficiente para a remoção das partículas em suspensão, nomeadamente as que conferem a
cor ao efluente utilizado.
 Tratamento Físico e Físico-Químico de Efluentes- Universidade La Salle Canoas

6. Referências

Cheng. “Ensaio de Tratamento Físico-Quimico de Água Potável por

Coagulação-Floculação e Decantação.” 2012.

https://paginas.fe.up.pt/~projfeup/cd_2012_13/files/REL_MIEA102_02.PDF. Acesso
em 24/09/2018

pessoal.utfpr.edu.br. Acesso ​em 24/09/2018