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CAROLLINA FERREIRA MARQUES

MAÇAMBIQUE

Canoas, Novembro de 2016.


CAROLLINA FERREIRA MARQUES

MAÇAMBIQUE

Trabalho de avaliação para G2


apresentado ao Prof. Dr. Ruben
Marcelino Bento da Silva do Centro
Universitário La Salle – Unilasalle, como
exigência para construção de nota
referente ao Grau 2.

Canoas, Novembro de 2016.


A manifestação cultural escolhida foi o Maçambique, é uma manifestação
religiosa, criada pelos negros quilombolas com o objetivo de preservar suas
origens africanas de 400 anos atrás. Muitos acreditam que o nome vem de
moçambique, por acreditarem que os escravos vieram desse país.

Segundo o folclore rio-grandense, de Osório, pra ser mais preciso, do


Morro Alto, sua origem vem da África, exatamente em Angola no século XVII,
onde uma mulher Nginga Nbandi, Ginga, subiu ao trono e morreu na guerra em
defesa de seu reino. Há também o rei Congo que morreu protegendo seu povo
da invasão portuguesa.

O Maçambique é uma festa em homenagem a padroeira africana N.


Senhora do Rosário, que protegeu os quilombolas, e também é a encenação
da cerimonia de coroação da rainha Ginga e o rei de Congo, que são
representados pelos mesmos crentes até a sua morte. Rainha e rei que eram
inimigos na África, como dizem as pesquisas, mas nas festividades são
representados como irmãos.

A rainha Ginga pode espalhar bençãos, representa a ligação entre N.


Senhora do Rosário e os devotos, por isso é considerada a segunda figura
mais importante do festival, depois de N. Senhora do Rosário.

O ritmo veio da África, porém as danças, as roupas e as letras são


originalmente brasileiras. Há também traduções e adaptações da língua
africana. Contem uma grande influencia da religião, mas demonstra um forte
desafio da irmandade negra com o seu folclore. A tradição também divida os
crentes católicos, devotos de N. Senhora de Aparecida e os maçambiqueiros.

O Festival inicia-se com o levante do mastro, com a bandeira de São


José, e as pessoas dançando e cantando ao seu redor, feito isso os praticantes
vão para a igreja para coroação, de rei Congo e rainha Ginga. Depois saem
cantando pela rua, com destino ao salão paroquial, para continuar dançando e
cantando e também realizando o pagamento de promessas.
As festividades são realizadas em outubro, começando na quinta-feira e
acabando no domingo com a descida do mastro e a escolha do festeiro do ano
seguinte.

Os ritmos tocados já forem muito comparados com os ritmos baianos e


com as congadas, porém Maçambique é uma autoafirmação de raízes que se
perderam com o tempo, tem origem Sul rio-grandense, e deseja representar
liberdade, e obter reconhecimento.

Imagens:
Imagem 1 e 2: Desfile dos Quicumbis pela rua […]. Acervo do Museu
Municipal Patrono Edyr Lima, s/a. Cachoeira do Sul, s/d.

Imagem 3: A Rainha Ginga e o Rei Congo.

Imagem 4: Vagner iniciando um conguinho no Maçambique. Osório, 2007 .


Referências:

 http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2345855 Visto em:


10/11/2016

 http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/brasil/rs/_morroalto/morroalto_
festa.html Visto em: 10/11/2016

 https://cristianogoldschmidt.wordpress.com/2013/03/13/o-macambique-
de-osorio-e-as-musicalidades-quilombolas-do-sul-do-brasil-2 Visto em:
10/11/2016

 http://www.rodrigotrespach.com/2014/10/20/macambiques-quicumbis-e-
ensaios-de-promessa/ Visto em: 10/11/2016

 http://www.osorio.rs.gov.br/site/noticia/visualizar/idDep/106/id/3845/?Os-
Macambiques-de-Osorio.html Visto em: 10/11/2016

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