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18/12/2018 Danos morais nas redes sociais. - Jus.com.

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Danos morais nas redes sociais.


Uso indevido da imagem

Danos morais nas redes sociais. Uso indevido da imagem

Mirele Araújo dos Santos| Lucas Menezes dos Santos| Cleber

Marques de Andrade| Lucas de Oliveira Silva| Elvis da Silva Mello

Publicado em 08/2016. Elaborado em 05/2016.

No primeiro tópico, iremos abordar e explicar o que é o dano


moral e o dano material. Quais os momentos que a justiça
compreende que sua esfera extra patrimonial e patrimonial
foram lesadas.

INTRODUÇÃO

Sob ênfase principal, o objetivo desta pesquisa é agregar conhecimento sob os


critérios que regem a atmosfera informativa nas redes sociais, sobre tudo,
elencando os fatores que levam alguns usuários a utilizar a internet como
ferramenta para causar danos morais a terceiros.

No primeiro tópico, iremos abordar e explicar o que é o dano moral e o dano


material. Quais os momentos que a justiça compreende que sua esfera
extrapatrimonial e patrimonial foram lesadas. Também iremos trazer
entendimentos doutrinários sobre o assunto em questão e entendimentos
jurisprudenciais.

No segundo Tópico, iremos abordar o que é a comunicação virtual e o que ela


reflete na sociedade. Explicaremos o que são as redes sociais e como ela tem
afetado a nossa vida. Também iremos abordar o direito de personalidade, com
efeito, Erga Omnes, ou seja, aplica-se a todos os seres humanos, explanado em
nossa Constituição Federal /88.

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Por ultimo, abordaremos o uso indevido da imagem nas redes sociais, sendo que a
imagem é um direito personalíssimo. Sua configuração após a Lei 12.737 de 2002,
mais conhecida como “Lei Ana Carolina Dikermann”, aonde tipifica os crimes de
invasão de computadores alheio sem autorização previa do dono e, por fim, iremos
demonstrar os entendimentos jurisprudenciais, como o Superior Tribunal de
Justiça e o Tribunal de Justiça compreendem o uso abusivo do direito de imagem.

1. DANO MORAL

Trata-se de instituto que se ocupa da lesão ocasionada à esfera extrapatrimonial


do ofendido, uma vez que atinge seus direitos de personalidade, violando sua
dignidade, acarretando-lhe dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação.

Neste entendimento, segundo Carlos Roberto Gonçalves, dano moral tem como
conceito ofender a dignidade da pessoa, sem atingir seu patrimônio:

“Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não


lesando seu patrimônio. É lesão de bem que integra os
direitos da personalidade, como a honra, a dignidade,
intimidade, a imagem, o bom nome, etc., como se infere dos
art. 1º, III, e 5º, V e X, da Constituição Federal, e que
acarreta ao lesado dor, sofrimento, tristeza, vexame e
humilhação”.[1] (#_ftn1)

O Instituto do dano moral cujo direito de reparabilidade foi adotado na atual


Constituição Federal Brasileira de 1998, o direito a reparação dos danos morais
sofridos é uma garantia fundamental.

O dano moral por muitos anos foi objeto de discussão pela doutrina, pois a
configuração do dano interfere na esfera íntima e subjetiva do ofendido, violando
sua dignidade e lesionando um direito extrapatrimonial tutelado.

Embora não seja um dano passível de reparação quantitativa, pois o dano é


imensurável diante da dor, sofrimento e humilhação suportados pelo ofendido, há
que ser reparado quantitativamente. Atualmente, em razão da vigência do Novo
Código de Processo Civil, ao mencionar o pedido por danos morais, deverá o
peticionário preterir, de forma determinada, o "quantum debeatur" (o quanto é
devido), todavia, incumbe ao magistrado, segundo o seu prudente arbítrio fixar o
valor da indenização.

O dano moral é reparável de acordo com a extensão da ofensa, relevando-se a


violação aos sentimentos e espírito da pessoa.

Vale citar o entendimento do doutrinário de Carlos Alberto Bittar, que traz em seu
livro de reparação por danos morais, o conceito claro sobre a necessidade e o
porque deve haver o ressarcimento a pessoa lesada, in verbis:

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“Havendo dano, produzido injustamente na esfera alheia,


surge à necessidade de reparação, como a imposição natural
da vida em sociedade e, exatamente, para a sua própria
existência e o desenvolvimento normal das potencialidades
de cada ente personalizado. É que investidas ilícitas ou
antijurídicas no circuito de bens ou de valores alheios
perturbam o fluxo tranqüilo das relações sociais, exigindo
em, contraponto, as reações que o Direito engendra e
formula para a restauração do equilíbrio rompido.” [2]
(#_ftn2)

É compreendido que todos que vivem em uma sociedade complexa estão sujeitos a
algum tipo de dano, seja moral ou físico. Seguindo o mesmo pensamento, ensina
Sérgio Cavalieri Filho, em seu “Programa de Responsabilidade Civil, in verbis:

“A gravidade do dano há de medir-se por um padrão objetivo


(conquanto a apreciação deva ter em linha de conta as
circunstâncias de cada caso), e não à luz de fatores subjetivos
(de uma sensibilidade particularmente embotada ou
especialmente requintada), e o dano deve ser tal modo grave
que justifique a concessão de uma satisfação de ordem
pecuniária ao lesado”. [3] (#_ftn3)

A reparação de danos, seja qual for a espécie, não deve significar uma mudança de
vida para a vítima ou sua família. Pois irá banalizar e ter como definição “fonte de
enriquecimento surgida através de indenização”.

A este despeito, há que mencionar a finalidade do instituto do dano moral, qual


seja, reparar o dano sofrido e aplicar sanção pedagógica ao agente do dano, a fim
de que tal conduta não venha a reincidir.

Desta maneira, há preocupante relevância quanto a não banalização do instituto


do dano moral, uma vez que o mesmo não pode ser meio de enriquecimento sem
causa. Assim sendo, meros aborrecimentos corriqueiros ou irritações decorrentes
dos atos da vida civil, dos quais não se demonstre, em princípio, lesão à
honra/dignidade, não são abrangidos por este instituto, razão pela qual há
inúmeros indeferimentos em decisões judiciais neste sentido.

1.1. DANO MATERIAL

Trata-se de instituto que se ocupa da lesão ocasionada à esfera patrimonial do


ofendido, uma vez que causa prejuízos, atingindo diretamente seu estado
financeiro, sejam os sujeitos pessoa física ou jurídica, acarretando uma
diminuição em seu patrimônio.

É imprescindível demonstrar-se o nexo de causalidade entre a conduta de quem


causa o dano ao ofendido e o prejuízo que desta decorreu.

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O dano material compreende os lucros cessantes e os danos emergentes, conforme


dispõe o artigo 402 do Código Civil vigente, in verbis: "Salvo as exceções
expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem,
além do que ele efetivamente perdeu o que razoavelmente deixou de lucrar.[4]
(#_ftn4) "

Tais danos devem ser facilmente mensuráveis e corresponder exatamente àquilo


que o ofendido perdeu ou deixou de lucrar. Segundo entende a Jurisprudência
pátria, in verbis:

Vale ressaltar que a legislação é clara ao estabelecer a obrigação de indenizar por


parte de quem comete o ato ilícito, como abrange o artigo 927 do Código Civil
vigente, “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm#art186) ), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo”. [6] (#_ftn6)

Em casos de ajuizamento de ação reparatória, o autor é obrigatório a trazer provas


daquele prejuízo que efetivamente sofreu, bem como do que deixou de lucrar, por
ter sido frustrado, gerados pela conduta do causador do dano.

1. INTERNET: COMUNICAÇÃO VIRTUAL

A Internet é considerada uma das maiores invenções de todos os tempos, é hoje


parte indispensável em nossa sociedade. Revolucionando cada vez mais os
diversos segmentos e se mostrando uma grande ferramenta em termos de
comunicação e relação interpessoal, e também ultrapassando limites aonde quase
num ser humano pudesse imaginar. Cada vez mais tem se mostrado necessária
para o crescimento de uma sociedade aonde tudo se faz através das redes virtuais.

Gustavo Corrêa aponta em sua tese a perspectiva do que é o sistemas de


computadores e como influenciou para o relacionamento interpessoal. Facilitando
a trocam de arquivos (documentos, fotos, vídeos, materiais etc), podendo abranger
maiores conhecimentos:

“É um sistema global de redes de computadores que


possibilita a comunicação e a transferência de arquivos de
uma maquina a qualquer outra máquina conectada na rede,
possibilitando, assim, um intercambio de informações sem
pressentirdes na historia, de maneira rápida, eficiente e sem
a limitação de fronteiras, culminando na criação de novos
mecanismos de relacionamento”. [7] (#_ftn7)

Manuel Castells traz em seu livro, uma comparação com o que é a tecnologia da
informação para os dias atuais e o que foi a eletricidade na era industrial:

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“Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi


na Era Industrial, em nossa época a Internet poderia ser
equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor
elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da
informação por todo o domínio da atividade humana”. [8]
(#_ftn8)

A internet trouxe diversas ferramentas de comunicação, barateando o custo da


comunicação e aproximando cada vez mais as pessoas. Deixando de ser privilégios
de algumas pessoas aspectos culturais e educacionais, pois abriu um leque de
oportunidades, trazendo novas informações sobre a sociedade que nos vivemos.
Com tudo se tornando fundamental na vida das pessoas.

1. REDES SOCIAIS

Segundo Duarte e Kraus[9] (#_ftn9) conceituam rede social como uma estrutura
social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos
de relações, que partilham valores e objetivos comuns.

Nas redes sociais os usuários conseguem expandir ideias, realizar


questionamentos, assistir a vídeos que outras pessoas disponibilizam e ler
assuntos dos mais variados temas. Quando houve seu surgimento acreditavam que
era somente mais um meio de comunicação simples, como uma sala de bate-papo,
aonde o intuito era somente expor afinidades e iniciar relacionamentos, no inicio
era mesmo, não se pensava aonde poderiam chegar com as redes sociais e
principalmente em lucrar com elas.

Contudo, a expansão foi estrondosa, a tecnologia permitiu que pudesse abrir um


leque de oportunidades e uma revolução no meio de comunicação.

Podemos dizer que nos dias atuais as redes sociais é o maior meio de comunicação
que possibilita a reunião de milhões, de pessoas por causas comuns, organizando a
expansão de ideias sócias, empresariais e governamentais.

Diferente de alguns anos atrás, aonde a comunicação se limitava em livros, jornais


e diálogos presencial. O ser humano tem a necessidade de se comunicar com
outras pessoas, expandir seus valores e objetivos comuns, isso desde que ser
humano é conhecido como ser social e intelectual.

Como conceitua Maria Inês Tomaél, em seu livro:

“As pessoas estão inseridas na sociedade por meio das


relações que desenvolvem durante toda sua vida, primeiro
no âmbito familiar, em seguida na escola, na comunidade em
que vivem e no trabalho; enfim, as relações que as pessoas

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desenvolvem e mantêm é que fortalecem a esfera social. A


própria natureza humana nos liga a outras pessoas e
estrutura a sociedade em rede”. [10] (#_ftn10)

1. DIREITO DA PERSONALIDADE: REDES SOCIAIS

Os direitos de personalidade são aqueles referentes à dignidade da pessoa


humana. Nesse sentido, Maria Helena Diniz[11] (#_ftn11) , refere que os direitos da
personalidade são subjetivos, oponíveis Erga Omnes, ou seja, aplica-se a todos os
seres humanos. Tratando-se de direitos a vida, o que é seu, como tal integridade
intelectual e integridade moral como forma subjetiva de resguardá-los, e esses
direitos de personalidade são inerentes a pessoa humana, estando a ela ligadas de
maneira perpétua elas não podendo sofrer nenhum tipo limitação, impenhorável,
intransmissível, indisponível e inexpropriáveis.

Silvio Venosa[12] (#_ftn12) explica aquele que for ameaçado ou lesado em seu
direito de personalidade, honra, nome, liberdade, recato etc., poderá exigir perdas
e danos. Esse tipo de direito tem caráter moral; Consiste na lesão de um bem
jurídico extrapatrimonial.

Em relação a honra, Constituição Federal de 1988 veda qualquer tipo de


difamação que atente contra a honra da pessoa, trazendo em seu texto, mais
especificamente no artigo 5º inciso X, o direito a privacidade sendo um direito
inerente e inviolável, in verbis: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem de pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano
material ou moral decorrente de violação”[13] (#_ftn13) .

Quando falando em redes sociais logo vinculamos a imagem da pessoa. O mesmo


artigo 5º inciso X da Constituição Federal, citado acima, assegura o direito de
imagem, sendo um direito de personalidade extrapatrimonial.

O direito de imagem está ligado a tudo que é estético, como corpo, o rosto, o perfil
da pessoa. Nos casos de abuso de imagem de uma pessoa, está pode requerer a
justiça, a restituição por utilizar de forma inadequada ou sem autorização do dono,
através de uma indenização. Neste contexto entende o Superior Tribunal de
Justiça “Retrato de uma pessoa não pode ser exposto ou reproduzido, sem o
consentimento dela, em decorrência do direito à própria imagem, atributo da
pessoa física e desdobramento do direito de personalidade”[14] (#_ftn14) . E, ainda,
que “Independente de prova do prejuízo a indenização pela publicação não
autorizada de imagem da pessoa com fins econômicos ou comerciais”. [15]
(#_ftn15)

Como o caso da atriz Ana Carolina Dickermann, aonde teve suas fotos publicadas
nas redes sociais de forma ilícita, sem o seu consentimento, ferindo assim a sua
intimida e honra. Este tipo de ato tem com interesse denegrir a imagem de
alguém.

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Após este ato após muita discussão criou a Lei 12. 737 de 30 de novembro de 2012,
que tipifica as condutas criminosas no meio digital. Iremos explanar mais o
assunto no próximo tópico.

3. DANO MORAL NAS REDES SOCIAIS: PUBLICAÇÕES DE IMAGENS


INDEVIDAS

Segundo um levantamento realizado pela Pesquisa Brasileira de Mídia[16] (#_ftn16)


, no Brasil cerca de 76% da população brasileira acessam a internet todo os dias,
com uma exposição média de 4h59 minutos. Entre as redes sociais mais usadas
estão o Facebook (83%), o Whatssap (58%), o Youtube (17%), o Instagram (12%) e
o Google+ (8%).

Com a necessidade das pessoas se comunicarem, interagir, discutir ideias, virtudes


e muito mais, cada vez mais tem aumentado o numero de pessoas se conectando
as mídias sociais. O numero expressivos não é de se estranhar que existam
pessoas, mal intencionadas.

Sem pensar nas consequências, alguns usuários denigrem a imagem de outras


pessoas, muitas vezes, pelo simples fato de quererem se sentir melhor ou também
pelo fato de acharem que por estar atrás da tela de um computador garante a eles
o anonimato e a impunidade esquecendo o tamanho que possa vim tomar as suas
ações e o constrangimento para aquela pessoa, aferindo a sua honra.[17] (#_ftn17)

Um bom exemplo que podemos citar é o caso da atriz Ana Carolina


Dickermann[18] (#_ftn18) , já mencionado no tópico anterior, aonde suas fotos nuas
foram distribuídas na internet, após um hacker (pessoa que utiliza de seu
conhecimento técnico para obter vantagens em sistemas privados) ter acessado
seu computador pessoal através de um spam em seu e-mail e ter furtado mais de
60 arquivos, e disponibilizando nas redes sociais e em sites pornográficos,
denegrindo à sua imagem. Após esse caso a justiça brasileira trabalhou para
desenvolver uma legislação para todos os usuários que passam por esse transtorno
e não sabem o que fazer nesse momento.

A Lei 12.737 de 30 de novembro de 2012, conhecida popularmente como “Lei Ana


Carolina Dickerman”, tem como intuito tipificar criminalmente os delitos
informáticos, como invadir os computadores alheios sem o consentimento do
dono e coletar informações pessoais que possam gerar algum tipo de dano. A pena
varia de 3 (três) meses a 1 (um) ano de prisão, além de multa. A mesma pena será
aplicada para quem vender programas que permitam a invasão de sistemas,
contida no artigo 154-A do Código Penal Brasileiro.[19] (#_ftn19)

Até a aprovação da Lei 12.737, a punição por crimes cibernéticos somente era
possível na forma da legislação comum, na medida em que não havia crimes
específicos em relação ao tema. Para que a referida punição fosse possível,
entretanto, mostrava-se necessário alguns resultados posteriores (a subtração de
valores, o dano, a ofensa à honra etc.)[20] (#_ftn20) .

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3.1. CONFIGURAÇÃO DO CRIME CONTRA A HONRA DA PESSOA

De acordo com a nova redação do novo dispositivo, basta que o agente invada o
computador alheio ou denigre a imagem nas mídias sociais, que instale
vulnerabilidade na pessoa lesada.[21] (#_ftn21)

Existem três aspectos que podemos ver constantemente nas redes sociais, como
Calunia, Difamação e Injuria cada possui um significado próprio e está presente
no Código Penal, porém todas são direcionadas para ofender, denegrir a imagem e
causar um dano psicológico para a pessoa ou até mesmo um dano material. (a)
Calunia: Inventar histórias falsas sobre alguém pode se enquadrado no Artigo
138 do Código Penal; (b) Difamação: Associar uma pessoa a um fato que ofende
sua reputação enquadra-se no Artigo 139 do Código Penal; (c) Injuria: Falar mal
ou insultar alguém, ofendendo a dignidade de uma pessoa utilizando adjetivos
negativos contra ela, encontra-se no Artigo 140 do Código Penal.[22] (#_ftn22)

3.2. DANOS MORAIS POR USO INDEVIDO DA IMAGEM NAS REDES


SOCAIS: ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL.

O direito digital tem gerado assuntos polêmicos e desafiadores. O tema provoca


calorosos debates, pois não se trata somente de discutir os princípios protetivos da
intimidade humana havendo a necessidade de ser elaborar uma nova concepção
do conceito de privacidade, além do aspecto corpóreo, já que estamos lidando com
o aspecto virtual-imaterial[23] (#_ftn23) .

Conforme verificamos o entendimento do Superior Tribunal Justiça no que se


refere a uso da imagem indevida nas redes sociais causado por terceiros, é
imprescindível o ressarcimento pelo dano causado, aplicando o artigo 927 do
Código Civil[24] (#_ftn24) vigente: “Aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

De acordo com esse entendimento, algumas jurisprudências tem sido resultado de


tal agravo:

Decisão. Publicação de comentários vexatórios no


Orkut enseja danos morais. A 10ª câmara Cível do
TJ/MG condenou uma mulher a indenizar em R$
3.270,00 por danos morais a ex de seu marido,
contra quem fez declarações ofensivas na rede
social Orkut. De acordo com a vítima, a mulher agrediu-a
verbalmente na porta da loja da qual ela era funcionária. Em
seguida, passou a atacá-la fisicamente, com chutes, socos,
tapas e puxões de cabelo. A agredida declarou que se sentiu
profundamente humilhada, porque foi exposta em local
público, numa cidade pequena, próximo ao seu posto de
trabalho e em horário de grande movimentação. A
funcionária acrescentou ainda que o incidente resultou na

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sua posterior demissão e em dificuldades financeiras


causadas pela perda do emprego. O que motivou o
ajuizamento da ação, entretanto, foram os comentários que a
mulher teria feito em sua página pessoal no Orkut,
zombando da aparência da vítima após o incidente e de suas
dívidas. A agressora negou ser a autora do perfil,
sustentando que a briga envolveu agressões mútuas e que só
se defendeu dos golpes recebidos. Para o desembargador
Gutemberg da Mota e Silva, relator do recurso, a autora dos
comentários não comprovou ter agido em legítima defesa, e
as testemunhas confirmaram que o perfil com as ofensas
pertencia a ela. “É inegável que a pessoa que é agredida na
rua e se torna alvo de comentários negativos sobre sua vida
em rede social sofre constrangimentos que afetam sua honra
e dignidade”, afirmou. Processo relacionado: 00339708-
29.2010.8.13.0015. (Grifo Nosso)

Neste caso, a vitima sofreu grande constrangimento tanto próximo ao seu local de
trabalho, quando nas redes sociais causando um abalo psicológico, denegrindo sua
imagem, reputação e aferindo sua honra. Além das agressões e perda de seu
emprego. Gerando dano moral e dano material.

Existem outros processos que atingem diretamente a imagem da pessoa, expondo


suas fotografias nas redes sociais sem a autorização do dono:

DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL.


DIREITO À IMAGEM. Demanda na qual o relato
fático sustentado na petição inicial indicava ter
havido violação ao direito de imagem da autora,
razão pela qual, justificados estariam os pleitos de
abstenção da exploração comercial da imagem e
consequente condenação dos corréus ao pagamento
de indenização por danos morais. Sentença, porém, de
improcedência dos pedidos na origem, entendendo-se ter
havido autorização verbal para o uso de fotografia contendo
a imagem da autora. Recurso de Apelação da autora.
Legitimação passiva. Corréu fotógrafo e corré titular de salão
de beleza que são, ambos, partes legítimas para responder
pela violação da imagem da autora. Fotografia de pessoa
então menor de dezoito anos que é comercializada
pelo fotógrafo sem prova de prévia e escrita
autorização. Corré que é titular de salão de beleza,
igualmente responsável pela violação, eis que extrai
benefício econômico da fotografiada autora. Mérito recursal.
Preceito cominatório. Acolhimento. Obrigação de não fazer.
Abstenção de utilização e exploração comercial

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de imagens da autora, em todas e quaisquer de suas


manifestações, seja em propagandas, fachadas, Facebook,
sites, panfletos, cartões e etc., sob pena de multa diária de
R$ 1.000,00 por cada transgressão. Danos morais.
Caracterização. Necessária compensação pelo sentimento
negativo oriundo da exposição que a autora (à época menor)
não desejava se submeter. Imagem que é
emanação da própria pessoa e, pois, de elementos visíveis
que integram a personalidade humana.
Arbitramento da indenização, de forma individualizada, em
montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais)
desfavor da cada um dos corréus. Atualização monetária nos
termos da Súmula 362 STJ. Juros de mora, em patamar de
1% ao mês, com contagem a partir das respectivas citações,
ante a impossibilidade de definição temporal do ilícito.
Recurso de Apelação da autora provido, responsabilizados,
ainda, os corréus, em proporção, pelos ônus de sucumbência.
[25] (#_ftn25) (grifo nosso)

Neste caso, houve uma fotografia tirada dentro do salão de cabeleireiro para
promover o estabelecimento, aonde existia uma pessoa menor de dezoito anos,
onde está foi fotografada e sua imagem foi utilizada sem que existisse uma
autorização de uso de sua imagem.

Neste mesmo entendimento, também podemos citar outra jurisprudência do


Tribunal de Justiça de São Paulo:

INDENIZAÇÃO – DANOS MORAIS – Utilização indevida da


imagem do autor em rede social, em propaganda de
automóvel – Comprovação – Preliminar de cerceamento de
defesa afastada- Violação ao direito de imagem caracterizado
– Hipótese em que a publicação extrapolou o limite do
razoável, causando danos de ordem moral ao autor,
conhecido nas redes sociais por estimular o uso de meios de
transporte sustentáveis- Necessidade de equilíbrio entre o
direito de expressão com a garantia de inviolabilidade do
direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem –
Indenização majorada – Verba honorária mantida- Recurso
da ré desprovido- Recurso do autor parcialmente provido.
[26] (#_ftn26)

Existem diversos casos de publicações indevidas nas redes sociais, com o uso
abusivo de expressão e de cunho ofensivo, como por exemplo:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - Obrigação de Fazer e


Não Fazer - "Blog" - Veiculação virtual de conteúdo
ofensivo por parte do responsável pelo "blog" e por

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terceiros - Tutela antecipada deferida em parte para


identificação dos IP's dos autores - Pretensão de
remoção dos comentários de cunho ofensivo, com
abstenção de novas inserções - Possibilidade - \.
Presentes os requisitos legais, tecnicamente viáveis
a remoção dos comentários potencialmente
ofensivos à honra subjetiva e à imagem do
agravante. Tutela de urgência que se mostra necessária
para resguardar a utilidade do provimento final em razão das
características do grande número de acessos permitidos e
inerentes aos diários virtuais na Internet. 2. Conteúdo com
potencial ofensivo que ultrapassa os limites do razoável a
exigir a compatibilização, pelo princípio da
proporcionalidade, do direito fundamental de liberdade de
expressão com o direito à imagem da pessoa humana.
Recurso Provido.[27] (#_ftn27) (grifo nosso)

O Tribunal de Justiça de São Paulo reconhece como responsabilidade do blogueiro


ou de qualquer outro tipo de mídia, a remoção de comentários de cunho ofensivos
realizados por parte de terceiros:

“Observe-se, ainda, que tais comentários são, em sua


maioria, anônimos, o que se sequer poderia ser admitido no
blog, vale lembrar que o direito de expressão é assegurado,
porém, vetado o anonimato. Tal dispositivo tem por escopo
justamente permitir a identificação de quem expressa sua
opinião, para que este possa ser responsabilizado por
eventuais abusos”.[28] (#_ftn28)

Também vale ressaltar que, vai contra os princípios presente em nossa


Constituição Federal de 1988, aonde traz em seu corpo o artigo 5º, inciso IV, que
veda qualquer tipo de anonimato. “É livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato”.[29] (#_ftn29)

CONCLUSÃO

Dos estudos realizados, podemos concluir que, a internet revolucionou a nossa


forma de viver, de se relacionar, de adquirir novos conhecimentos e entre diversas
coisas benéficas.

As redes sociais passou a ter um papel de grande influencia em nosso cotidiano,


como demonstramos acima, as pessoas em média passam mais de 4horas
conectadas compartilhando valores, emoções, conhecimentos, discussão sociais e
governamentais, podemos ler ou compartilhar qualquer tipo de tema, que as
pessoas possivelmente iram se interessar.

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Com esse numero exorbitante de pessoas conectadas, não é difícil vermos alguns
usuários mal intencionados, querendo causar danos a terceiros com a vontade de
ofendendo a sua honra, constrangendo a sua imagem perante milhões de pessoas.

Porém, a que legislação brasileira tem trabalhando em combate a esses tipos de


crime cibernético. Aonde as pessoas se escondem através de uma tela de
computador, achando que estão sendo resguardado pelo seu anonimato e ainda
ter em sua mentalidade que a internet ainda é uma “Terra de Ninguém”. Mas,
Marco Civil Lei 12.965 sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2014, que
regulariza o uso da internet no território brasileiro. Vem derrubando esse
paradigma e protegendo os usuários da internet. Como também a Lei 12.737/12,
mencionada neste trabalho, que tipificam de invasão aos computadores alheios.

O dano mais comum que podemos ver na internet é o uso indevido da imagem.
Aonde sem o consentimento do dono, sua foto é publicada indevidamente nas
redes sociais. A justiça considera esse tipo de ato ilícito e passível de
ressarcimento, pois a imagem é um direito personalíssimo, Erga Omnes, sendo
aplicado a todos os seres humanos, como previsto em nossa Constituição Federal
/88, também em nosso Código Civil e Código Penal vigente.

O direito personalíssimo é um direito fundamental, inerente e de caráter pessoal,


ou seja, não podendo ser transmitido para outra pessoa. Os atos cometidos contra
esse direito são considerados danos extrapatrimoniais, tendo em vista que, se trata
do intimo da pessoa, atingindo sua honra, intelecto, aferindo diretamente a
dignidade da pessoa.

Desta forma, observa-se que diante a esses abusos na internet, aquele usuário
responsável por publicar, compartilhar mensagens ou fotos indevidas, deverá ser
responsabilizados pelos seus atos e danos causados. Como demonstrados nas
decisões jurisprudências.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
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80.2012.8.26.0077, (Relator (a): Alexandre Bucci; Comarca: Birigüi; Órgão
julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 26/04/2016; Data
de registro: 27/04/2016.

Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Apelação nº. 00081328620138260003


SP 0008132-86.2013.8.26.0003, Relator: Moreira Viegas, Data de Julgamento:
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Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Agravo de Instrumento nº. 5836634200


SP, Relator: Egidio Giacoia, Data de Julgamento: 12/08/2008, 3ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 18/08/2008.

Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Agravo de Instrumento nº. 5836634200


SP, Relator: Egidio Giacoia, Data de Julgamento: 12/08/2008, 3ª Câmara de
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qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf) > Acesso em: 05 de
mar de 2016.

1. . GONÇALVES, Carlos Roberto. DIREITO CIVIL BRASILEIRO, VOL. 3:


Contratos e Atos Unilaterais, 9 ED. – SÃO PAULO: SARAIVA, 2012. Part.
(Teoria Geral dos Contratos, Noção Geral).

[2] (#_ftnref2) Carlos Alberto Bittar, Reparação Civil por Danos Morais, Revista dos
Tribunais., 1993, p. 15-16

[3] (#_ftnref3) . Cavalieri, Sérgio Filho, “Programa de Responsabilidade Civil”,


Malheiros Editora Ltda., 1996, p. 76.

[4] (#_ftnref4) Código Civil Brasileiro, Lei nº. 10.406 de 2002, artigo 402 “Das
Perdas e Danos”

[5] (#_ftnref5) . 1° TACSP, AP. 307.155,8ª C.J. 15.03.83, REL. Negreiro Penteado

[6] (#_ftnref6) Brasil. Código Civil Brasileiro. Disponível em:<


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2016.

[7] (#_ftnref7) Corrêa, Gustavo Testa. Aspectos Jurídicos da Internet, São Paulo –
Saraiva 2011. 5º ed.p. 135.

[8] (#_ftnref8) Castells, Manuel. A Galaxia da Internet: reflexões sobre a internet, os


negócios e a sociedade; Tradução: Maria Luiza X. A. Borges; revisão técnica, Paulo
Vaz – Rio de Janeiro. Ed. Zahar, 2003. P. 07

[9] (#_ftnref9) Duarte, Fábio e Frei, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio;
Quandt, Carlos; Souza, Queila. O Tempo das Redes. São Paulo: Perspectiva, 2008.
P.156.

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[10] (#_ftnref10) TOMAÉL, Maria Inês; ALCARA, Adriana Rosecler; Di Chiara,


Ivone Guerreiro. Das redes sociais à inovação. Ciência da Informação, Brasilia,
v.34, n.2,P. 93-104, maio /ago. 2005.

[11] (#_ftnref11) Diniz, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, vol. 1: Teoria
Geral do Direito Civil - 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 119

[12] (#_ftnref12) Venosa, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral – 13. Ed.-São
Paulo: Atlas, 2013 – (Coleção Direito Civil; v.1).

[13] (#_ftnref13) Constituição Federal de 1988, Titulo II, Capitulo I, artigo 5º, inciso
X – “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”.

[14] (#_ftnref14) RSTJ, 68 /358.

[15] (#_ftnref15) Disponível em:<


https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-
2014_38_capSumula403.pdf (https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-
revista-sumulas-2014_38_capSumula403.pdf) > acesso em: 05 de mar. de 2016.

[16] (#_ftnref16) Secretaria de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de Mídia


2015: Hábitos de Consumo de mídia pela população brasileira. – Brasília: Secom,
2014. Disponivel em: < http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-
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quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf) >
Acesso em: 05 de mar de 2016.

[17] (#_ftnref17) Cassanti, Moisés de Oliveira: Crimes Virtuais – Onde Denunciar,


2015, Disponível, em: < http://www.crimespelainternet.com.br/crimes-virtuais-
nas-redes-sociais/> Acesso em: 05 de mar. de 2016.

[18] (#_ftnref18) Menezes, Tyndaro e Paulo Renato Soares. Portal G1; Fantastico:
Matéria: Caso Ana Carolina Dickermann, disponível em:<
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2012/05/policia-encontra-hackers-que-
roubaram-fotos-de-carolina-dieckmann.html> Acesso em: 05 de mar de 2016.

[19] (#_ftnref19) Brasil. Lei nº. 12.737 de 30 nov. de 2012 - Disponível: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12737
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12737) .html> Acesso em: 05
de mar. de 2016.

[20] (#_ftnref20) Gonçalves, Victor Eduardo Rios, Dos Crimes Contra a Pessoa –
19.ed. Saraiva, 2016 , p. 133

[21] (#_ftnref21) Gonçalves, Victor Eduardo Rios, Dos Crimes Contra a Pessoa –
19.ed. Saraiva, 2016 , p. 133

https://jus.com.br/imprimir/51324/danos-morais-nas-redes-sociais 15/17
18/12/2018 Danos morais nas redes sociais. - Jus.com.br | Jus Navigandi

[22] (#_ftnref22) Cassanti, Moisés de Oliveira: Crimes Virtuais – Onde Denunciar,


2015, Disponível, em: < http://www.crimespelainternet.com.br/crimes-virtuais-
nas-redes-sociais/> Acesso em: 05 de mar. de, 2016

[23] (#_ftnref23) Tarttuce, Flávio Tarttuce, Direito Civil 2: Direito das Obrigações e
Responsabilidade Civil, 9º edição, Ed. Método, 2014. P. 251.

[24] (#_ftnref24) Brasil. Código Civil Brasileiro. Disponível em:<


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm) > Acesso em: 05 de mar de
2016.

[25] (#_ftnref25) Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Processo relacionado:


0001401-80.2012.8.26.0077, (Relator (a): Alexandre Bucci; Comarca:
Birigüi; Órgão julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento:
26/04/2016; Data de registro: 27/04/2016.

[26] (#_ftnref26) Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Apelação nº.


00081328620138260003 SP 0008132-86.2013.8.26.0003, Relator: Moreira
Viegas, Data de Julgamento: 27/05/2015, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 30/05/2015.

[27] (#_ftnref27) Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Agravo de Instrumento


nº. 5836634200 SP, Relator: Egidio Giacoia, Data de Julgamento: 12/08/2008,
3ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/08/2008.

[28] (#_ftnref28) Brasil. Tribunal de Justiça de São Paulo. Agravo de Instrumento


nº. 5836634200 SP, Relator: Egidio Giacoia, Data de Julgamento: 12/08/2008,
3ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/08/2008.

[29] (#_ftnref29) Brasil. Constituição Federal de 1988, artigo 5º, IV. Disponivel em:
<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm) > Acesso em:
06 de mar de 2016.

Autores
Mirele Mirele Araújo dos Santos
Araújo dos
Santos Graduanda Faculdade FNC/Estácio.

Lucas Lucas Menezes dos Santos


Menezes dos
Santos
Cleber Marques de Andrade

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Cleber Aluno IV Semeste de direito


Marques de
Andrade
Lucas de Lucas de Oliveira Silva
Oliveira Silva
Aluno IV Semestre de Direito Faculdade FNC Estácio

Elvis da Elvis da Silva Mello


Silva Mello
Graduando em Bacharel de Direito pela Faculdade Nossa
Cidade- FNC / ESTACIO.

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https://jus.com.br/imprimir/51324/danos-morais-nas-redes-sociais 17/17

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