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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

JÉSSICA DE ARAGÃO SANTOS

JÉSSICA SABRINA DE CASTRO COUTO

MARCELA GOMES MACHADO

TAINARA MARQUES BEZERRA OLIVEIRA

WISLEY TAYLLOR SANTOS CARDOZO

CURVA GRANULOMÉTRICA E DOSAGEM DE CONCRETO

CRUZ DAS ALMAS – BA

2016
JÉSSICA DE ARAGÃO SANTOS

JÉSSICA SABRINA DE CASTRO COUTO

MARCELA GOMES MACHADO

TAINARA MARQUES BEZERRA OLIVEIRA

WISLEY TAYLLOR SANTOS CARDOSO

CURVA GRANULOMÉTRICA E DOSAGEM DE CONCRETO

Relatório do experimento apresentado à disciplina Materiais de


Construção - Turma T01P01, sob orientação do Professor
Cleidson Guimarães no curso de Engenharia Sanitária e
Ambiental como requisito de avaliação.

CRUZ DAS ALMAS – BA

2016
INTRODUÇÃO

O relatório apresentado expõe o processo experimental do ensaio de granulométrica


do agregado miúdo e o processo experimental de dosagem de concreto, sendo que os índices
físicos dos agregados foram previamente estabelecidos, e posteriormente utilizados na
composição de concreto.
É de fundamental importância para as propriedades do concreto a distribuição dos
grãos do agregado. A partir de ensaios em laboratório é necessário registrar e compreender a
influência dos agregados, principalmente agregados miúdos que vão atuar na consistência do
concreto.
De acordo com Bauer (2008), foram definidos os conceitos, trabalhabilidade, que é a
forma dos grãos, é a característica que mais afeta a trabalhabilidade de um concreto se
mantidas inalteradas as demais variáveis do traço. Coesão de um material granular é a
resistência ao cisalhamento quando o material não está sujeito a compressão. A resistência à
compressão varia conforme o esforço de compressão se exerça paralela ou
perpendicularmente ao veio da pedra (diaclase). O ensaio se faz em corpos de prova cúbicos
de 4cm de lado. Depende do fator água/cimento, que, por sua vez, depende da distribuição
granulométrica do agregado. A distribuição granulométrica deverá ser tal que permita uma
mistura de máxima compacidade, compatível com a peça a concretar. Segregação é a
separação dos constituintes da mistura, o que impede a obtenção de uma mistura uniforme.
Conforme indica a NBR 7225/2003:
“O agregado é o material natural, de propriedades adequadas ou obtido por
fragmentação artificial de pedra, de dimensão nominal máxima inferior a 100mm e de
dimensão nominal mínima igual ou superior a 0,075mm.”
Segundo, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 6502/95) –
Terminologia - define como:
Areia: Solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas com
diâmetros compreendidos entrev 0,06 mm e 2,0 mm.
Silte: Solo que apresenta baixa ou nenhuma plasticidade, e que exibe baixa resistência quando
seco ao ar. Suas propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte. É
formado por partículas com diâmetros compreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm.
1 - OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Determinar a composição granulométrica do agregado miúdo, bem como conhecer o


módulo de finura e a dimensão máxima característica do agregado, baseando-se na NBR NM
248:2003.
O propósito do ensaio foi realizar a dosagem experimental do concreto, e ainda
determinar a sua resistência a compressão nas idades normatizadas de 3, 7 e 28 dias.
.
OBJETIVO ESPECÍFICO

Observar a influência da distribuição granulométrica dos agregados miúdos na


trabalhabilidade.

Observar a resistência a compressão nas devidas idades.

Observar a trabalhabilidade do concreto fresco através dos resultados do ensaio de


abatimento do tronco de cone.

2 - MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS

 Baterias de peneira (da malha 4,8 mm até a malha 0,15 mm e fundo);


 Balança;
 Escova de aço;
 Copos descartáveis;

MÉTODOS

De acordo com a NBR NM 248/2001, série normal e série intermediária compreende


um conjunto de peneiras sucessivas, que atendam às normas NM-ISO 3310-1 ou 2, com as
aberturas de malha estabelecidas na tabela 1.
Tabela 1: Peneiras das séries normal e intermediária (NBR 7211, 2005)

Os materiais para execução do ensaio foi uma amostra de 0,500kg, colocada na


bateria de peneiras: 4,8 ; 2,4 ; 1,2 ; 0,6 ; 0,3 ; 0,15; fundo (mm).
A amostra de agregado miúdo (areia), seca foi peneirada através da agitação mecânica
das peneiras, de maneira automática e contínua, separando os diferentes tamanhos dos grãos
do agregado. Em cada peneira obteve-se o material retido, o qual foi separado e pesado,
especificando o valor. Neste procedimento alguns grãos de agregado miúdo que ficaram
presos nas malhas das peneiras foram retirados através da escova de aço.
Determinamos a massa total de material retido em cada uma das peneiras e no fundo
do conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa inicial
da amostra, segundo a NBR7217.

2.1 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos na experimentação foram:

Peneiras
Massa Percentual Porcentagem
Abertura
retida (g) retido (%) passante (%)
(mm)
4,80 0 0 100
2,40 0,28 0,056 99,944
1,20 15,28 3,056 96,888
0,60 143,41 28,682 68,2206
0,30 154,97 30,994 37,212
0,15 106,55 21,310 15,902
Fundo 76,88 15,376 15,902
Total 497,37 - -

100.00
90.00
80.00
70.00
60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0.1 1 10

Areia Zona utilizável inferior Zona utilizável superior


Zona ótima inferior Zona ótima superior

Massa total da amostra: 0,5 kg

Massa de material perdida: 2,630 g

Porcentagem de material perdido (%): 0,526

De acordo com a NBR 7217, o percentual de perda aceitável é de 0,3%, e o obtido


com o experimento foi de 0,5%.

O módulo de finura é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um


agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.
A areia, conforme sua distribuição granulométrica e seu módulo de finura (MF), de
acordo com a NBR 7211/1983, podem ser classificados como:

 Muito finas – 1,35 < MF < 2,25;


 Finas – 1,71 < MF < 2,78;
 Médias – 2,11 < MF < 3,28;
 Grossas – 2,71 < MF < 4,02.

CARACTERIZAÇÃO
MF = 0,91
D máx (mm) 2,40

De acordo com o módulo de finura definido experimentalmente, a areia analisada constitui-se


de uma areia muito fina, pois apresentou modulo de finura igual a 0,91. Este resultado é
próprio das areias da nossa região.

3 - EXPERIMENTO 2: DOSAGEM DE CONCRETO

3.1 - MATERIAL UTILIZADO

 Cimento;
 Agregado Graúdo;
 Agregado Miúdo;
 Água;
 Bastão de aço;
 Régua;
 Colher de pedreiro;
 Balança;
 Recipientes metálicos para agregados;
 Proveta graduada com capacidade para 1 l;
 Betoneira elétrica;
 Moldes cilíndricos para corpos de prova;
 Tronco de cone metálico para verificação do slump.
 4 corpos de prova;
 Vibrador.

3.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Em primeiro lugar os materiais (cimento, agregados e concreto) foram caracterizados,


logo após calculamos o Fck, definimos a relação água/cimento, o consumo de água, o
consumo de cimento, o consumo de brita, o volume de água, o consumo de areia, o traço a
quantidade de materiais a ser utilizada. Segue abaixo:

3.3 – CARACTERIZAÇÃO

- Areia:

MF = 2,2

ᵞ = 1450 kg/m³ (solta)

ᵞ = 1560 kg/m³ (compactada)

- Brita:

ᵞ = 2700 kg/m³ (solta)

ᵞ = 1500 kg/m³ (compactada)

Diâmetro máximo = 9,5 mm

- Concreto:

Abatimento = 90±10mm

Sd = 4 Mpa

Volume = 22,5 kg

- Cimento:

ᵞ = 3100 kg/m³

 Fck;
Fcj = Fck + 1,65 x 4

32 = Fck + 6,6

Fck = 25,4

 Relação água/cimento:

a/c = 0,58

 Consumo de água:

Ca = 230 l

 Consumo de cimento:

𝐶𝑎 230 𝑙
Cc = 𝑎⁄ = = 396,6 𝑘𝑔/𝑚³
𝑐 0,58

 Consumo de brita:

Mf = 2,2; Dmáx = 9,5 mm → Volume de Brita = 0,605 m³

Cb = Vb x ᵞ

Cb = 0,605 x 1500 = 907,5 Kg/m³

 Volume de areia:

𝐶𝑐 𝐶𝑏 𝐶𝑎
Vm = 1 − (𝛾𝑐 + + 𝛾𝑎)
𝛾𝑏

396,6 907,5 230


Vm = 1 − ( 3100 + 2700 + 1000)

Vm = 0,30 m³

 Consumo de areia:

Cm = ᵞm x Vm

Cm = 1450 x 0,30

Cm = 450 kg/m³

 Traço:
𝐶𝑚 𝐶𝑏 𝐶𝑎
1: : :
𝐶𝑐 𝐶𝑐 𝐶𝑐

435 907,5 230


1: : :
396,6 396,6 396,6

Traço = 1: 1,10: 2,29: 0,58

 Quantidade de materiais:

Kg de concreto = 22,5 kg

Kg de cimento = 4,53 kg

Kg de areia = 4,94 kg

Kg de brita = 10,38 kg

Kg de água = 2,63 kg

3.4 – RESULTADOS E DISCUSSAO

Em um recipiente pesou-se a areia úmida, depois colocou-se álcool e fogo, mexendo


com uma colher, após isso pesou-se novamente calculou-se o teor de umidade da areia que foi
de 11% e a porcentagem foi tirada da quantidade de água, 2,63 kg de água – 11% da umidade
da areia = 2,34 kg de água.
Depois da aquisição de todos os materiais, o passo inicial foi a realização da
dosagem, que foi calculada pelas definições teóricas do método da ABCP.
Em posse das quantidades calculadas, pesou-se o cimento, a areia, a brita e a água. A
betoneira foi ligada e limpa e colocou-se a brita e água, depois o cimento e a areia foram
então, adicionados à mistura na betoneira e procedeu-se à uma rápida homogeneização da
mistura.
A quantidade de água calculada foi reservada em uma proveta e adicionada aos
poucos na mistura de modo a se controlar a consistência do concreto, verificou-se que não
apresentou trabalhabilidade suficiente.
Foi feita então duas correções de argamassa, 10% do peso total da areia e 10% do
peso total do cimento, porém, mesmo sendo feita a correção o concreto não apresentou
trabalhabilidade e nem coesão e ao fazer o slump que estava definido para (90±10) cm, só foi
conseguido 70±10 cm. Foi feita então mais duas correções de argamassa, 10% do peso total
de areia e 10% do peso total do cimento, depois foi feio feito um novo slump, foi conseguido
60±10cm, menor que o slump anterior. Porém como passou muito tempo, o concreto já estava
com início de pega, precisou-se então passar para a próxima etapa.
Com as quatro correções feitas, o traço foi corrigido:
 6,34 kg de cimento;
 6,92 kg de areia;
 10,38 kg de brita;
 2,25 kg de água.
O novo traço ficou:
1: 1,09: 1,63: 0,35
Com o concreto definido, foram moldados os corpos de prova e colocados para curar
na água cal, para então verificar a resistência com 15 dias. Decorridos esses dias, as
resistências obtidas foram as seguintes:
 Corpo de prova 1: 23 Mpa;
 Corpo de prova 2: 42 Mpa;
 Corpo de prova 3: 45 Mpa;
 Corpo de prova 4: 21 Mpa.
Obs: Os corpos de prova 2, 3 e 4 foram capeados.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um processo experimental é o modo de se avaliar os fenômenos ocorrentes do meio


natural e possibilitando analisar seus comportamentos.
Aprendemos no experimento de granulométrica a importância da determinação do tipo
de areia, a determinação do diâmetro dos seus grãos, estabelecidos pelas peneiras e o melhor
tipo de areia para um concreto. Percebemos que a areia usada no experimento não adota o
padrão para dosagem, pois possui granulométrica muito fina. Portanto na prática de dosagem
foi utilizada outra areia, que não demanda o uso de muita água.
No experimento de dosagem aprendemos a caracterizar os materiais, calcular o traço
experimental, e obter a quantidade necessária deles para fazer o experimento.
A maior dificuldade foi atingir o slump em um dos abatimentos, a mistura do concreto
ficou sem coesão e sem trabalhabilidade, pois demourou-se muito tempo nas correções e
iniciou a pega.
A união dos componentes do grupo, a ajuda de parte da turma, e o conhecimento
adquirido tanto teórico, quanto prático foram pontos positivos para a realização do trabalho.
Portanto, parte dos objetivos foi alcançada, precisando melhorar apenas, a
disponibilidade de recipientes e materiais no laboratório.

5 - REFERÊNCIAS

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