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Desenvolvimento embrionário humano

Desenvolvimento Embrionário Humano


Por Karine Kavalco, 1998.
O desenvolvimento humano começa na concepção ou fertilização.

FecundaçãoEspermatozóides recém ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos secundários. Eles precisam passar
por um processo de ativação, um período de sete horas de condicionamento conhecido como capacitação. Durante esse
processo, as glicoproteínas são removidas as superfície do acrossomo. Após a capacitação, os espermatozóides não exibem
mudança morfológica, mas mostram-se mais ativados e capazes de penetrar na corona radiata e zona pelúcida que
envolvem o ovócito secundário. Em geral, os espermatozóides são capacitados no útero e nas tubas uterinas, por
substâncias contidas nas secreções destas partes do trato genital feminino.
Quando os espermatozóides capacitados entram em contato com a corona radiata, envolvem o ovócito secundário. Este
sofre mudanças que resultam no desenvolvimento de perfurações nos seus acrossomos. Essas mudanças conhecidas
como reações acrossômicas, estão associadas à liberação de enzimas.
A fertilização numa seqüência de eventos que começam com o contato de um espermatozóide e um ovócito secundário,
terminando com a fusão dos núcleos do espermatozóide e do óvulo e a conseqüente mistura dos cromossomos maternos e
paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto.

Fases da FertilizaçãoO espermatozóide passa pela corona radiata formada pelas células foliculares. A dispersão destas
células resulta principalmente da ação de enzimas, em especial a hialuronidase, liberadas do acrossoma do
espermatozóide;O espermatozóide penetra na zona pelúcida seguindo o caminho formado por outras enzimas liberadas
do acrossoma;A cabeça do espermatozóide entra em contato com a superfície do ovócito e as membranas plasmáticas de
ambas as células se fundem. As membranas rompem-se na área de fusão, criando um defeito através do qual o
espermatozóide pode penetrar no ovócito;O ovócito reage ao contato com o espermatozóide de duas maneiras:
• a zona pelúcida e a membrana plasmática do ovócito se alteram de modo a impedir a entrada a outros espermatozóides;
• o ovócito completa a segunda divisão meiótica liberando o segundo corpo polar;Os pronúcleos masculinos e femininos
aproximam-se um do outro, perdem suas membranas nucleares e se fundem formando uma nova célula diplóide, o
zigoto.
Clivagem do zigotoA clivagem do zigoto consiste em repetidas divisões do zigoto. A divisão mitótica do zigoto em duas
células-filhas chamadas blastômeros, começa poucos dias depois da fertilização.Por volta do terceiro dia, uma bola sólida de
dezesseis ou mais blastômeros está constituída a mórula. A mórula cai no útero; entre suas células penetra um líquido
proveniente da cavidade uterina. Com o aumento do líquido há a separação das células em duas partes: camada
externa: trofoblasto;

grupo de células centrais: massa celular interna e a camada interna - embrioblasto. No quarto dia os espaços repletos de
líquidos fundem-se para formar um único e grande espaço conhecido como cavidade blastocística, o que converte a
mórula em um blastocisto. No quinto dia a zona pelúcida degenera e desaparece, o blastocisto prende ao epitélio do
endométrio em torno do sexto dia, geralmente pelo pólo embrionário. Com o progresso da invasão do trofoblasto este
forma duas camadas: um citotrofoblasto interno (trofoblasto celular);

sinciciotrofoblasto externo - produzem substâncias que invadem o tecido materno, permitindo que blastocisto penetre no
endométrio.Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do
endométrio, nutrindo-se do sangue materno e dos tecidos endometriais erudidos.No oitavo dia, células migram do
hipoblasto e formam uma fina membrana exoceloma que envolve a cavidade exocelômica, formando o saco vitelino
primário.Nono dia: espaços isolados ou lacunas aparecem no sinciciotrofoblasto, que logo é preenchido por uma
mistura de sangue dos capilares maternos rompidos e secreções das glândulas endometriais erodidas. Algumas células,
provavelmente provenientes do hipoblasto, dão origem ao mesoderma extra-embrionário, uma camada de tecido
mesenquimal frouxo em torno do âmnio e do saco vitelínico primário.No décimo dia, o blastocisto implanta-se lentamente
no endométrio.Por volta do décimo dia são visíveis espaços isolados no interior do mesoderma extra-embrionário, estes
espaços fundem-se rapidamente para formar grandes cavidades isoladas de celoma extra-embrionário.Pelo décimo
primeiro dia as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se fundiram para formar redes lacunares intercomunicantes.
Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho resultando num saco vitelino
secundário menor.No décimo segundo dia o sangue materno infiltra-se nas redes lacunares e logo começa a fluir
através do sistema lacunar, estabelecendo uma circulação útero-placentário primitiva.Enquanto a cavidade amniótica
aumenta, forma-se a partir de amnioblastos que se diferencia de células citotrofoblásticas, uma membrana fina, o
âmnio.No décimo terceiro dia a superfície endometrial se degenera e recobre o coágulo. Ocorre a implantação
intersticial.Enquanto a cavidade amniótica vai sendo formada, acontece na massa celular interna mudanças internas que
vão resultar na formação de um disco embrionário achatado e essencialmente circular, composto por duas camadas: o
epiblasto formado por células colunares altas voltadas para a cavidade amniótica, e hipoblasto, formado por pequenas
células cubóides voltadas para a cavidade blastocística.No décimo quarto dia forma-se o mesoderma somático extra-
embrionário e as duas camadas de trofoblasto que constituem o córion. Forma-se as vilosidades coriônicas
primárias.Surge um espessamento no hipoblasto chamada placa pré-cordal (futura região cranial do embrião e boca, ou
seja, organizador da cabeça). Bibliografia consultadaHOUILLON, C. (1972) Sexualidade. Trad.: Marcos Guimarães Ferri.
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1.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. HAMILTON, W.J., BOYD, J.D., MOSSMAN, H.W. (1968)
Embriología Humana. Trad.: Dra. María Teresa Sabattini; Dr. Aníbal Jorge Sánchez. 3.ed. Buenos Aires-Argentina:
Editorial Inter-médica.

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