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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

(UNINTER)

 ORIGEM DA FILOSOFIA  PENSAMENTO GREGO ANTIGO


 Mitologia x Filosofia  Preocupação com o mundo natural e seus fenômenos
 Ruptura com as explicações mitológicas ↓
 Surge com a busca de uma explicação do homem e do  Preocupação com as dimensões ética e política da pólis
mundo além do mito, a partir de perspectivas racionais
 Explicação racional do homem e do mundo  DOXA versus EPISTEME
 Busca o porquê, a verdade, de forma rigorosa, sobre a  Teeteto, Platão
realidade Doxa Episteme
Opinião Conhecimento
 FILOSOFIA Relativo Opinião verdadeira
 Preocupação intelectual com a percepção e explicação Práxis Verdadeira sabedoria
da realidade Material Comprovada
 Questionar e refletir sobre o conjunto de realidades Sabedoria comum Universal
 A busca da verdade
 Reflexão rigorosa e radical sobre a realidade, sobre suas  PRÉ-SOCRÁTICOS
origens e causas, de seu conjunto, à luz da razão  Especulação sobre a natureza e seus fenômenos (Tales
de Mileto; Parmênides; Heráclito; Pitágoras; etc.)
 FINALIDADE DA FILOSOFIA:  Até o período clássico da filosofia antiga (quando Atenas
 Para o homem se entender no mundo se consolida como centro intelectual e cultural), a
preocupação do questionamento filosófico concentrava-se
 A FILOSOFIA E A BUSCA DA VERDADE sobre a natureza e seus fenômenos físicos e físico-
 As teorias e práticas pedagógicas e seus conteúdos químicos, porém, a partir da democracia ateniense, a
variam no tempo conforme o contexto social, político, busca volta-se para o homem e sua realidade social, com
econômico e cultural, da mesma forma que a própria suas dimensões ética e política, sobre suas ações, em
concepção de educação e formação humana termos de bem e mal, certo e errado, justo e injusto,
 Dessa forma, a tensão entre a busca de um teor virtude e vício, do bem viver e do convívio social
universal na filosofia e os condicionantes temporais de
seus sujeitos e objetos impõe, também, considerações  SOFISTAS
históricas sobre o processo de reflexão filosófico e suas  Protágoras: relativismo e subjetivismo
teorias, práticas e conteúdos, assim como de sua  A preocupação com a verdade também era muito
aplicação na educação importante e a dificuldade em defini-la, encontrá-la ou
 A concepção de ser, de cidadão e de grupo influenciam precisar sua natureza e existência deu surgimento para o
os possíveis entendimentos do processo de ensino- surgimento dos Sofistas, com sua característica
aprendizagem, tanto do filósofo quanto dos outros subjetividade e relativismo
membros da sociedade, dentro de seu contexto  Para eles, em face da impossibilidade de responder
especifico adequadamente as questões sobre a verdade, de forma
 Cada época tem suas próprias questões e buscas, i.e. peremptória, já que a verdade talvez não existisse de
diferentes períodos filosóficos fato, deveríamos nos contentar com a mera opinião,
domínio no qual a certeza e o conhecimento certo, total e
 A FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO absoluto inexiste, admitindo a natureza inevitavelmente
 Compreender um mundo em transformação perene subjetiva e relativa do conhecimento humano
 Busca encorajar e equipar o aluno para pensar, de forma  Como consequência, não se poderia afirmar o que é
reflexiva, sobre a realidade, a partir de métodos racionais certo ou errado, moral ou imoral, resultando em um
e de uma base de erudição rigorosos, a fim de formar RELATIVISMO MORAL
pessoas e cidadãos conscientes de si e de sua realidade
 Trazer a reflexão para a esfera das teorias e práticas  SÓCRATES, PLATÃO e ARISTÓTELES
pedagógicas e suas relações e efeitos na pessoa e no  Preocupação com as dimensões ética e política da
seu ambiente social, privado e público realidade
 Aplicação na educação  Como se comportar e organizar politicamente na pólis
 Doxa – repetir
 Episteme – entender  SÓCRATES
 Bem pensar para bem viver
 FILOSOFIA ANTIGA: séc. VII a.c. a 476 d.C.*  Questões fundamentais sobre a existência humana
FILOSOFIA MEDIEVAL: séc. VIII d.C. a XIV  Explicação universal
FILOSOFIA MODERNA: séc. XV (Renascimento) ao XIX  Definições
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA  O erro se dá por “ignorância” (vício)
*Queda do Império Romano do Ocidente  Resposta de Sócrates aos Sofistas:
(1453: ↓ Constantinopla)  Foi direcionada àquilo que estes tinham de mais
precioso: o DISCURSO. Para ela a dificuldade de se
 MITOLOGIA versus FILOSOFIA alcançar a verdade não era fundamentada em uma
natureza fluida da verdade – que seria alcançada por
Mitologia Filosofia meio da razão – mas nas características ambiguidade,
Explicação da Explicação racional, variabilidade e contradição do discurso humano
realidade a partir de rigorosa, reflexiva e  De posse da razão e de um método seria possível
símbolos, estórias, universal seria possível alcançar a verdade
analogias, dogmas e  Princípio Socrático
ficção  Somos capazes de alcançar o verdadeiro
conhecimento por meio da razão e de um método

Resumo de 1
adequado de investigação, de reflexão e de validação presente nas coisas, suscetível de ser identificada e
alcançada mediante a virtude da MODERAÇÃO –
 MÉTODO SOCRÁTICO “Virtue makes the goal right, practical wisdom the
 Educação – maiêutica things leading to it”
 Levar ou induzir alguém por seu próprio raciocínio ao  Tal essência presente nas coisas e o método lógico
conhecimento afastam a presunção de relativismo e subjetivismo e a
impossibilidade de uma verdade ou conhecimento
 PLATÃO absoluto, sendo ela o objetivo da busca pelo próprio
 Sua teoria se baseia na distinção entre duas ordens: a conhecimento e uma verdade imutável e universal
das ideias e a das coisas  O conflito para quem busca a virtude não é mais a
 Ideias: são imutáveis e eternas, pensamento puro; negação dos sentidos, mas a busca pelo equilíbrio, pela
bem, verdade e justiça, a alma inteligível moderação
 Coisas: a matéria, o corpo; sentidos; mutáveis e
transitórias  PLATÃO versus ARISTÓTELES:
Realidade Inteligível Realidade Sensível Semelhanças Diferenças
Ideias e Formas Coisas  Preocupação em  P: conhecimento
Cópia das ideias explicar a relação decorre de
Episteme Doxa entre realidade e recordações de uma
Compreensão das Sombras pensamento vida passada em uma
ideias  A razão é esfera superior, as
 A alma humana e as ideias compartilham uma natureza fundamento ideias
imaterial, que implica uma predisposição para a alma primeiro e último da  A: conhecimento
conhecer as ideias, ambas imortais verdade decorre da
 O mundo das ideias é perfeito; enquanto o das coisas é experiência e seus
uma cópia imperfeita daquele reflexos no processo
 O corpo é a prisão da alma, que permanece incapaz de de abstração
ascender ao mundo inteligível
 O conhecimento é o reconhecimento das semelhanças  QUESTÕES DA FILOSOFIA ANTIGA
entre os mundos das ideias e das coisas  O que é ser?
 Mito das Cavernas (República, Livro VII)  Qual a natureza do pensamento?
 Alegoria das Cavernas (Allegory of the Cave)  Qual o sentido da vida?
 Mundo em que vivemos: uma realidade inferior  O que fundamenta os valores?
 Educação como forma de vencer as sombras e ecos  Que é liberdade?
 Ideal Platônico:  Que é política?
 A virtude repousa na capacidade de se desenvolver o
intelecto em detrimento dos impulsos corpóreos, de FILOSOFIA QUESTÃO
forma que aquele prevaleça sobre os sentidos e a ANTIGA O que é o homem? O mundo? O cosmo?
alma sobre o copo MEDIEVAL O que é Deus? Fé?
 Uma vida virtuosa é aquela dedicada ao cultivo do MODERNA? Que é natureza? Como compreendê-la?
intelecto, a ponte para as ideias, pois só a alma é
capaz de conhecer o bem, devendo esta dominar as  RAZÃO
ações humanas  A mais nobre característica humana, que nos distingue
 Prevalência da alma e da razão sobre os sentidos e das demais espécies
impulsos
 O corpo é uma prisão da alma (ideia que seria  FILOSOFIA MEDIEVAL
cristianizada na Idade Média)  Teocêntrica, foco no conhecimento teológico, na religião,
 Renúncia da matéria em nome da busca da virtude no que é Deus, na alma religiosa, na relação do homem
coma fé e Deus (a verdade teológica)
 ARISTÓTELES  Articular a razão humana a Deus, fé versus razão
 As ideias são construções a partir das coisas sensíveis  Como fundamentar a racionalmente a fé
 Decorrem de necessidades práticas  O teocentrismo é determinado pela hegemonia do
 A realidade é exatamente o que aprendemos com nossos cristianismo na Europa e suas estruturas cultural e social
sentidos por meio da LÓGICA e de um SISTEMA DE  A verdade não é mais algo, mas alguém, que
REFLEXÃO (MÉTODO LÓGICO) alcançamos não pela razão, mas pela fé e pela vida
 Lógica formal e sistematização do conhecimento virtuosa, conduzindo-nos a REVELAÇÃO divina (a
 Somente a alma é imutável, mas corpo e alma: verdade: DEUS)
constituição integrada  Sendo a virtude representada não mais pela moderação,
 A alma depende do corpo, não sendo então imortal, ao mas por uma conduta livre de pecado e observante dos
contrário da mente, que independeria do corpo e seria preceitos cristãos; a virtude não decorre mais de uma
imortal reflexão, mas da adesão e observância de dogmas
 As ideias são abstraídas da realidade material religiosos e de sua doutrina; a verdade vem pela via da
 Não há um mundo das ideias, superior; estas são na autoridade
verdade produto da mente humana  Ao contrário da filosofia antiga, a medieval não vê a a
 Implicações do pensamento aristotélico em relação a razão como o fio condutor para a verdade, mas como
Platão e os Sofistas: como uma fonte de pecado; sua incompletude, sem a fé
 Ao negar a existência de um mundo das ideias, que teria um papel cognitivo na revelação da verdade, da
superior e destacado das coisas, Aristóteles poderia verdadeira sabedoria divina, de Deus, seria uma fonte de
implicar a inexistência de uma verdade e no exposição ao pecado; a razão, sem a fé, ao mesmo
relativismo e subjetivismo sofista; entretanto, o corpo e tempo é deformada e deforma nossa conduta
a alma estão em dependência recíproca, uma não  Fé e Razão são originadas de um mesmo e único Deus,
existe sem o outro, sustentando-se em uma essência

Resumo de 2
qualquer eventual desencontro é gerado pela ausência  REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
da fé, por uma razão corrompida pelo pecado ou pela fé  A partir do séc. XVI, em especial na Grã-Bretanha
mal interpretada  Separação entre a filosofia e as ciências particulares
 Empirismo (Locke e Hume)
 FÉ e RAZÃO  Indução
 São originadas de um mesmo e único Deus, qualquer  Conhecimento é adquirido
eventual desencontro é explicado por uma razão  Racionalismo (Descartes e Leibniz)
corrompida pelo pecado ou pela fé má interpretada  Dedução
 A fé é a limitação do conhecimento e da razão  Conhecimento já é possuído, apenas é deduzido
 Matematização do conhecimento
 ST. AGOSTINHO e S. TOMÁS DE AQUINO
 Apesar do papel central da fé e sua supremacia sobre a  RACIONALISMO versus EMPIRISMO
razão, St. Agostinho e S. Tomás de Aquino procedem  Racionalismo – matematização
uma significativa cristianização de ideias platônicas e  Empirismo – “tabula rasa” (William Uzgalis on Locke)
aristotélicas
 Como a perpetuação por S. Tomás da ideia de  EMPIRISMO:
separação entre direito natural e direito positivo de  Não há nada na razão que não tenha passado pelos
Aristóteles e sua aceitação de uma via natural da razão sentidos
para o conhecimento ou verdade, além da via divina, e a  Tudo que há de verdadeiro na mente passa antes pela
importância da realidade sensorial experiência
 Semelhança: St. Agostinho e Platão: idealismo, a teoria  Processo de conhecimento, saber e agir fruto da
das ideias e dois mundos, com a supremacia do mundo experiência
das ideias sobre as coisas (do mundo divino cristão sobre  Filosofia política: todos os homens nascem iguais versus
a realidade concreta temporal) absolutismo e direito divino
 Diferença: S. Tomás de Aquino e Aristóteles, aquele se
inspirou na metodologia deste, mas para S. Tomás há a  DESCARTES:
busca da verdade divina em detrimento do racionalismo,  Método e matematização da razão e do conhecimento
com a ascensão da subjetividade  As ideias humanas são inatas

 CRISTIANISMO NA FILOSOFIA MEDIEVAL  LOCKE:


 Representado pela forte influência da fé e Deus nos  Tabula rasa: a experiência é que responsável pela
questionamentos e sua relação com a razão, com o construção do entendimento humano
homem, e com a verdade (teológica)
 A verdade (Deus) não é alcançada, mas revelada pela fé  BACON:
 Apreender com a experiência para só então submeter à
 ESCOLAS MEDIEVAIS DE PENSAMENTO CRISTÃO razão por meio de um método
 Apostólica  Não era o pecado que obliterava a razão na busca do
 Séc. I a II conhecimento, mas 4 preconceitos ou ídolos:
 Apologista 1. ÍDOLO DA TRIBO:
 Séc. II a IV  tomar como verdadeiro tudo que nossos sentidos
 Patrística nos apresentam
 Séc. IV a VIII  confundir a natureza das coisas com aquilo que
 Busca a conciliação entre a fé e a razão sob a projetamos dela ou com aquilo que imaginamos
influência de Platão nossos sentidos nos indiquem de forma imprecisa
 Escolástica 2. ÍDOLO DO TEATRO:
 Séc. VIII a XIV  Confundir com verdade tudo que é passado via
 Busca a SISTEMATIZAÇÃO (método e lógica) do educação ou tradição (cf. fábula)
pensamento cristão a partir de Aristóteles  aceitar conhecimentos pretéritos como verdades
absolutas, sem exigir conferência ou confrontá-los
 PENSAMENTO MODERNO: 3. ÍDOLO DA CAVERNA:
 Renascimento  excesso de confiança na autoridade de quem
 Revalorização da razão como via adequada e segura afirma algo
para alcançar o conhecimento; porém após toda a  manter-se preso às preconcepções e
exposição à força da teologia cristã, a razão não é mais singularidades que causam distorções ao confiar
vista como uma via autossuficiente e necessariamente em pretensa autoridade
absoluta para o conhecimento, surgindo suas variantes 4. ÍDOLO DO FORO:
do empirismo e racionalismo  entender errado o sentido das palavras e tomar as
expressões como tendo sentido diferente na
 TEORIAS MODERNAS DO CONHECIMENTO ciência e no uso comum
 Empirismo (Locke, Bacon e Hume)  mau uso das palavras, distorção da linguagem e
 Racionalismo (Descartes, Leibniz) inúteis ou desnecessárias controvérsias
 para ele o empirismo é um posicionamento crítico e
 RENASCIMENTO metodológico em relação ao racionalismo, sem
 Preocupação do homem com ele mesmo desabonar a razão submetendo-a a um método
 Antropocentrismo
 O homem e sua relação com a natureza:  MATEMATIZAÇÃO: cultura racionalista da realidade
 Retomada das preocupações clássicas, dos
questionamentos da filosofia antiga  FILOSOFIA VERSUS CIÊNCIAS
 O homem é a medida de todas as coisas  As ciências particulares têm objetos próprios e suas
 Do teocentrismo para o antropocentrismo investigações têm caráter empírico
 A filosofia é fundamentalmente uma atividade de ordem

Resumo de 3
reflexiva e suas questões são perenes e recorrentes Contrato Social, livros 1 e 2) uma busca da VONTADE
GERAL, ao mesmo tempo realização e instrumento de
 KANT um pacto social retificador do processo civilizatório, em
 Construção do conhecimento pela síntese entre e a vista de um impossível retorno àquilo que já não mais é:
experiência e a razão, entre o sujeito e o objeto, entre o homem no estado de natureza (cf. “Discurso sobre a
quem conhece e aquilo que se conhece ou se usa para origem da desigualdade” e “Dialogues: Rousseau, judge
conhecer ou se quer conhecer of Jean-Jacques”)
 Sujeito: homem, razão
 Objeto: realidade, sentidos, experiência, conhecimento  Problemática
 O conhecimento decorre de uma ação combinada entre a  Conhecimento
razão e a experiência na forma de um juízos sintéticos a  Política (Hobbes, Locke, Rousseau e Kant)
priori  Social: problemas decorrentes do convívio e da
 Teoria é a síntese da realidade a partir da razão organização sociais
 Conhecimento como construção
 A razão usa a experiência para chegar ao conhecimento  Natureza
 A razão organiza a experiência  Aquilo que existe independente da ação ou desejo do
 Autonomia: estado de maioridade homem
 Promoção da autonomia
 Ousar saber e fazer uso da razão  Civilização
 Imperativo categórico  Construção decorrente da ação do homem
 Lei universal
 Fim em si mesmo  Aristóteles: o homem seria naturalmente um ser social/político
 Legislador universal  A Modernidade questionaria esse pressuposto e, logo, os
 Cf. Piaget e construtivismo padrões de organização social de então
 Ênfase na ação do sujeito na construção do objeto, do  O Naturalismo buscaria entender o homem com resultado
conhecimento, permitindo o surgimento do idealismo (de do processo civilizatório, contrapondo duas hipóteses:
Fichte e Hegel) e, depois, o contraponto materialista de  O Homem Natural versus o Homem Civilizado
Feuerbach e Marx
 Principais ideais do Naturalismo
 KANT versus PIAGET  Compreender a relação natureza-civilização
Kant Piaget  Formular ideias melhores para a sociedade
Síntese Gênese  Para entender quando o home é livre é necessário
Autonomia Autonomia entender sua verdadeira natureza
fundamentada no fundamentada na
imperativo categórico gênese de reflexão  ILUMINISMO
Natureza a priori cognitiva e moral a  Antecedentes:
partir da validação da  Renascimento (séc. XIV – XVII): revitalização de
autoridade, para depois ideais humanistas, mas com persistência de estruturas
aceitá-la como também aristocráticas e do poder eclesiástico
sua  Reforma Protestante (séc. XVI)
 Revolução Científica (séc. XVI - XVIII)
 KANT e PIAGET  Nascente capitalismo
 Relação entre o sujeito e o objeto, entre o conhecimento  Feudalismo
e a experiência  Capitalismo agrário
 Conhecimento como o resultado de uma relação entre o  Mercantilismo
sujeito e o objeto (Piaget: Atividade)  Metalismo/Bulionismo
 Protecionismo
 Balança Comercial
NATURALISMO  Colonialismo
 Capitalismo mercantil
 Séc. XVII – XVIII  Capitalismo industrial
 Principais pensadores: Voltaire e Rousseau  Capitalismo monopolista
 Movimento que advogava o resgate de nossa verdadeira  Capitalismo colonialista
essência: a natureza; posto que a civilização seria uma  Capitalismo do bem-estar social
construção artificial e a origem dos males morais e físicos  Capitalismo de produção em massa
 Questionamento se o homem seria resultado do processo  Capitalismo estatal
civilizatório ou da natureza (seu meio ambiente natural)  Capitalismo corporativista
 Questionamento entre o estado de natureza e o estado  Capitalismo financeiro
social e suas instituições, como conhecimento, política,  Capitalismo informacional
leis, normas, costumes regras (ética e moral)
 Questionamento sobre em que medida tais construções  Séc. XVIII → Esclarecimento por meio da razão
são decorrentes da própria natureza do homem ou de  Liberdade, tolerância e compreensão da natureza
seu processo civilizatório – e.g. estaria Aristóteles correto humana
ao presumir o homem como sendo um ser social ou  Semente do secularismo: reflexão sobre a relação entre o
político? A monarquia seria normal ou construída? Estado e a Igreja
 Postula a recuperação de nossa essência, manifesta no  Podemos decidir o que faremos por meio da razão
estado de natureza, cuja máxima poderia ser  O Estado que não me diga o que fazer, mas que garanta
representada pelo “amour de soi” em oposição ao “amour a liberdade de escolha
propre”, este característico da alienação humana no  Regras e leis são construções artificiais que não podem
estado social (corrupto), sem, contudo, implicar um restringir a liberdade do homem ou sua capacidade de
necessário retorno ao estado de natureza, mas sim (cf. decidir e orientar seu próprio caminho

Resumo de 4
 Compreensão da verdadeira natureza humana a partir da Civilização potencialmente corruptora
retomada da razão como via de investigação, seja pela (“amour de soi” → “amour propre”)
perspectivas dos racionalistas, seja pela dos empiristas,  “Amour de soi”: sobreviver
com vistas ao progresso do homem  “Amour propre”: resultado do processo civilizatório, o
cuidado com o que é seu
 ESCLARECIMENTO  O homem em natureza: tudo é de todos
 Compreensão do conhecimento a partir de perspectivas  Crítica à propriedade privada (que deveria estar
próprias fundamentadas na autonomia e liberdade; na subordinada à ideia de bem público)
razão e na ciência (racionalista ou empirista); na sujeição  A tirania surge da crescente divisão do trabalho e da
das leis à razão, de forma compatível com a capacidade dependência entre homem e propriedade privada
de decisão e escolha do homem  Autor de “Emile”
 Não preconiza a volta à natureza (considerada quase
 MONTESQUIEU impraticável), mas alerta sobre as falhas ocorridas no
 Pensa as leis – “O Espírito das Leis”: consolida a ideia de processo civilizatório, em especial onde o
separação tripartite dos poderes do Estado (precursores: privado/individual sobrepõe-se sobre o público/coletivo
Dante Alighieri, Marsílio de Pádua e Guilherme de (cf. a liberdade dos antigos vs a liberdade dos modernos)
Ockham)  Propõe o processo educacional como uma força para se
 As leis são artificiais e devem existir somente com o alcançar a VONTADE GERAL
espírito de garantir as condições necessárias à liberdade  O valor político e educacional do contrato social: a
do homem VONTADE GERAL

 ABSOLUTISMO  “EMILE”
 O Naturalismo surge no período histórico, europeu,  Educação em diferentes estágios conforme os diferentes
marcado pelo absolutismo, em que as leis têm por estágios do desenvolvimento humano
principal objetivo controlar os súditos do Estado  Educação como um processo prazeroso em oposição à
monárquico doutrinação
 As leis ainda não ofereciam uma real segurança jurídica  A educação é um processo essencial à república e sua
em face do peso do poder absoluto do monarca e de assembleia representativa
seus associados (a Igreja e a Nobreza) sobre o Estado,  Enfatiza a importância de um ambiente favorável ao
seu povo, o território, as instituições e as leis processo de educação e da espontaneidade pedagógica
 Reconhece existência de características e necessidades
 VOLTAIRE específica às crianças e à sua realidade e recomenda as
 Luta contra a intolerância, pela liberdade de expressão e recomenda como foco do processo educacional
pela separação do Estado da Igreja  Compreender o mundo da criança
 Defendia a tolerância e pluralidade religiosa  Enciclopedista
 A intolerância seria resultado da ignorância  Educação estatal laica (Prússia, 1717)
 O conhecimento leva ao esclarecimento  Crítica a transformação do “amour de soi” em “amour
 Dicotomia entre o saber formal e a realidade propre”
 Autor de “Candide”  Promoção do “amour de soi” em detrimento do “amour
 Tentativa de reforma do sistema judiciário francês propre”, da verdadeira liberdade
 Exílio na Inglaterra e influência de sua “monarquia  Promoção da liberdade e da experiência sensorial, com
constitucional”, de Shakespeare e Newton, com a oposição ao castigo físico: a autonomia e a liberdade de
oposição entre as ciências naturais (a metafísica escolhas próprias
newtoniana ou filosofia natural) e Descartes  A criança deve ser encorajada a explorar
(mecanicismo); entre evidências do mundo real e  Oposição entre razão e criatividade/imaginação
argumentos filosóficos abstratos  Precursor da Escola Nova (no séc. XIX)
 Reforma social e liberdade cívica
 Valorização da razão e do ideal burguês (trabalho)  A ESCOLA DE ROUSSEAU:
 Influência da monarquia constitucional inglesa  3 fases
(Revolução Gloriosa, 1688)  Infância (→12 anos): da natureza
 Adolescência (12→20): da força, razão e paixões (moral)
 “CANDIDE”  Maturidade (20→25): da maturidade e do casamento
 Pangloss: otimismo cego, excessiva especulação  Aquisição de conhecimentos sociais; porém transformados a
abstrata e conhecimento pré-formatado partir da perspectiva do pupilo
 Não há padrão de comportamento universal correto  A bondade e a felicidade são mais importantes que o talento
 Crítica ao conhecimento estanque (natureza x civilização)
 Critica a Leibniz à religiosidade hipócrita  Expressão do contato sensorial da criança com o mundo
 O poder do dinheiro e sua força corruptora  Critica em relação à rigidez, à hierarquia e ao foco na
 Crítica a opressão política pela Igreja memória (herança jesuítica)
 Valorização do trabalho (ref. ao jardim de Candide)  Educação reformadora e instrumento de transformação
 A impossibilidade de se aplicar a razão a tudo da social
natureza (ref. o terremoto de Lisboa)
 Candide: questões de ordem prática  MORAL NEGATIVA
Versus  Criar um ambiente educacional que evite o contato do
Pangloss: metafísico pupilo com as práticas e valores corruptores da
sociedade
 ROUSSEAU
 O homem é bom por natureza, mas o processo  CONTRATO SOCIAL
civilizatório o corrompeu  Essencial às correções necessárias à corrupção do
 Natureza essencialmente boa caráter humano durante o processo civilizatório
Versus  Garantia de liberdade e igualdade verdadeiras

Resumo de 5
propondo o positivismo quase que como uma religião,
 THE NOBLE SAVAGE: com seus próprios templos)
 John Dreyden, 1672, “The Conquest of Granada”
 Montaigne: Tupinambá, séc. XVI  Ideias
 O papel da crítica de Voltaire na consagração do mito  A sociedade está em constante EVOLUÇÃO
 É preciso compreender essa evolução
 VOLTAIRE versus ROUSSEAU  As ciências fazem parte dos fatos
Voltaire Rousseau  Divisão das ciências
 Mais iluminista: a  Iluminista, mas com  O humano se torna senhor da natureza
razão e o ideal lugar ainda para um
burguês modelo aristocrático (o  Estágios da evolução
cidadão)  Teológico
 Critica ao ensino  O bom é definido  (explicação transcendental do mundo)
livresco e pela/na natureza  Metafísico
aristocrático  (explicação dos fenômenos a partir da natureza das
 Foco nas  Educação em próprias coisas)
necessidades do dia isolamento da esfera e  Positivo
a dia influência social e seus  (da explicação científica do mundo)
 O bem não é vícios corruptores do
definido caráter humano  Estágios da evolução: REFLEXOS NA EDUCAÇÃO
necessariamente  Comte acreditava que não só a sociedade cumpriria
pela/na natureza esses estágios, como as pessoas individualmente
 Tolerância e  Educação e Vontade  Assim a criança estaria no estágio teológico, imaginário
liberdade Geral  O adolescente no estágio metafísico dos
questionamentos
 E o adulto no estágio final: das ciências
 NATURALISMO E A EDUCAÇÃO
 Educação não é voltada para a restrição e doutrinação,
 Hebert Spencer
mas para o desenvolvimento da capacidade de tomar
 União entre o positivismo e darwinismo
decisões próprias e exercer sua liberdade
 Aplicação da seleção natural à sociedade
 Volta-se para o debate do papel da educação no
desenvolvimento das potencialidades humanas e no
 Papel da Escola
aprimoramento da sociedade
 Competição para aprimorar o aprendizado
 A perspectiva moral da educação colabora para a efetiva
 Aprendizado voltado à adaptação do indivíduo
liberdade do homem
 O esclarecimento depende da educação, mas não de
 Ciência, Comte:
uma educação “protocolar”, mas sim racional ao mesmo
 Estabelecer leis a partir da observação dos fenômenos,
tempo que permeável à experiência, fundamentada na
para que se possa prever e agir
tolerância e liberdade (resposta a Leibniz e Descartes)
 Busca uma reação à desigualdade, questionando-a e  Seu método científico era o do construtivismo a partir da
indução e dedução
oferecendo uma alternativa para sua superação
 a observação da vida em sociedade possibilita o
 Promoção da “EDUCAÇÃO NEGATIVA” – i.e. não se
estabelecimento de duas leis fundamentais (ORDEM E
trata de simplesmente ensinar verdades ou virtudes, mas
de preservar o coração livre dos vícios do processo PROGRESSO):
 a lei da estática social: a sociedade somente pode
civilizatório corrupto e preparar o cidadão para sua
evoluir se a sociedade tiver sucesso em se organizar
efetiva participação na realização da VONTADE GERAL
para evitar o caos
 Um processo de formação de sua autonomia e defesa
contra potenciais vícios  a lei da dinâmica social: somente após sua
organização é que a sociedade estará pronta para
evoluir, então, a passos argos
 Durkheim:
 Educação é a formação das gerações mais jovens à
imagem da própria sociedade 

 I.e. AÇÃO SOCIALIZADORA DA EDUCAÇÃO


 AVANÇO DA REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
 ↑ do empirismo versus ↓ do racionalismo 

 Descartes e Leibniz (racionalismo ortodoxo) ou

Spinoza (dualidade entre corpo e mente, “I feel, therefore

I am”, corpo e mente como uma substância contínua)

x

Locke, Hume e Bacon


UNIDADE 3 - POSITIVISMO 


 Aspectos históricos

 Iluminismo

 Revolução industrial


 Fundador

 Augusto Comte

 (cf. Positivismo Ortodoxo, do final de sua vida,
Resumo de 6
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Resumo de 7
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Resumo de 8
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Resumo de 9


























Resumo de 10

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