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LEI Nº 2.

060, DE 27 DE ABRIL DE 1972


Retificada em 29/4/1972 e 3/5/1972

Estabelece normas de prevenção e combate a incêndios na


aprovação de construção de uso coletivo e autoriza a
celebração de convênio com o Governo do Estado de
Minas Gerais.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

Art. 1º - Na aprovação da edificação, de qualquer espécie, destinada a uso coletivo, na Capital, será
exigido, além do que dispuser o Código de Obras do Município e legislação complementar, também o
cumprimento de todos os requisitos legais relativos à prevenção e combate a incêndios.

Parágrafo único - Considera-se edificação destinada a uso coletivo, para os efeitos desta Lei, todo
prédio, de fins comerciais ou industriais, que se preste à ocupação por pessoas, em caráter
permanente ou temporário, assim como qualquer edifício de apartamentos.

Parágrafo único - Para os efeitos da aplicação do disposto nesta Lei, considera-se edificação
destinada a uso coletivo, a edificação, cujo fim seja comercial, de serviço, industrial ou residencial
multifamiliar, que se preste à ocupação por pessoas, em caráter permanente ou temporário.
Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 1º)

Art. 2º - A concessão do habite-se, parcial ou total, só se dará após a vistoria pelo serviço
especializado do Corpo de Bombeiros, para o que o construtor deverá anexar, ao pedido da baixa,
um certificado comprobatório expedido pela corporação citada.

Art. 2º - A certidão de baixa e habite-se, parcial ou total, somente poderá ser concedida após
apresentação de laudo técnico, emitido por profissional legalmente habilitado e com anotação de
responsabilidade técnica, que ateste a eficiência do sistema de prevenção e combate a incêndio
implantado e a sua adequação às normas técnicas e à legislação vigente.
Art. 2º com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 1º)

Art. 3º - Se, depois da aprovação da construção de que venha resultar a concessão do habite-se
respectivo, verificarem-se, a qualquer tempo, ainda que por desgaste natural, modificações nas
instalações destinadas à prevenção e combate a incêndios, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
de Minas Gerais tomará, para a necessária correção, depois da descrição de ocorrência em auto
próprio, as medidas indicadas nesta Lei.

Art. 3º - Caso sejam verificadas, a qualquer tempo, após a aprovação da construção, de que venha
resultar a concessão do habite-se respectivo, modificações no uso para o qual foi licenciada, ou,
ainda que, por desgaste natural, modificações nas instalações destinadas à prevenção e ao combate
a incêndios, será exigida a apresentação de nova anotação de responsabilidade técnica do projeto e
novo laudo comprobatório da eficiência do sistema implantado, sujeitando-se o proprietário à
fiscalização e às sanções previstas nesta Lei.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 1º)

Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, as normas de fiscalização ora instituídas, relativas a
prevenção e combate a incêndios, também às edificações destinadas a uso coletivo existentes à data
da presente Lei.

Art. 4º - Formalizado o auto de que trata o artigo anterior, o Corpo de Bombeiros promoverá a
necessária notificação ao proprietário ou, quando for o caso, ao representante do condomínio, para
que corrija, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de se configurar infração à presente Lei, a
irregularidade, a ser expressamente indicada.

Parágrafo único - Se, decorrido o prazo estabelecido neste artigo, verificar-se que a irregularidade
notificada não tenha sido corrigida, o que se descreverá também através de auto, será aplicada, ao
proprietário exclusivo ou ao condomínio, a multa instituída na presente Lei.
Art. 4º - A ocorrência das situações previstas no parágrafo único do art. 3º desta Lei implica a
responsabilização do infrator e a aplicação das seguintes penalidades:
I - lavratura de auto de infração, com descrição da ocorrência e indicação expressa da irregularidade
constatada, notificando-se o proprietário ou o representante do condomínio, para que seja sanada a
irregularidade no prazo de 30 (trinta) dias;
II - multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), caso, decorrido o prazo previsto no inciso I deste
artigo, persista a irregularidade;
III - interdição da construção e encaminhamento de denúncia ao órgão fiscalizador do exercício
profissional, caso, independentemente do recolhimento do valor da multa prevista no inciso II, e,
decorrido novo período de 30 (trinta) dias, persista a irregularidade.

Parágrafo único - A multa prevista no inciso II deste artigo será atualizada nos termos do § 3º do art.
14 da Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000, e será recolhida, de 1 (uma) só vez, aos cofres
públicos do Município, por meio de documento próprio de arrecadação, no prazo de 10 (dez) dias,
contado da data de sua expedição.
Art. 4º com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 1º)

Art. 5º - Fica criada a multa fixa e invariável, correspondente a 10 (dez) vezes o valor do salário
mínimo vigorante na Capital, para qualquer infração apurada na forma do artigo anterior, sem prejuízo
das demais sanções adiante previstas.

Art. 5º - Fica criada a multa fixa e invariável de 75 (setenta e cinco) UFPBHs (Unidades Fiscais
Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte), para qualquer infração apurada na forma do artigo anterior,
sem prejuízo das demais sanções adiante previstas.
Caput com redação dada pela Lei nº 6.824, de 06/01/1995 (Art. 8º)

Parágrafo único - A multa ora instituída será recolhida, de 1 (uma) só vez, aos cofres públicos da
Municipalidade, através de guia própria, no prazo de 10 (dez) dias, a partir de sua expedição.
Art. 5º revogado pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 9º, I)

Art. 6º - Se, independentemente do recolhimento do valor da multa prevista no artigo anterior,


verificar-se, através de nova autuação que, após 30 (trinta) dias do prazo fixado no art. 4º, a
irregularidade anteriormente notificada não tenha sido corrigida, poderá a Prefeitura interditar o
prédio, por solicitação do Corpo de Bombeiros.
Art. 6º revogado pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 9º, I)

Art. 7º - VETADO

Art. 8º - Para a perfeita observância das normas desta Lei e das que venham a ser promulgadas,
relativas a prevenção e combate a incêndios em edificações destinadas a uso coletivo, na Capital,
fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênio com o Governo do Estado de Minas Gerais,
podendo delegar à Polícia Militar, através de suas unidades do Corpo de Bombeiros, atribuições de
fiscalização e assessoria, quanto àquelas mesmas normas.

Art. 8º - Para os fins da aplicação do disposto nos artigos 1º, 2º, 3º e 4º desta Lei, relativamente à
prevenção e ao combate a incêndios em edificação destinada a uso coletivo, o Executivo poderá
delegar, mediante convênio, atribuições específicas ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais -
CBM/MG.
Art. 8º com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 1º)

Art. 9º - A presente Lei, que será regulamentada, no que couber, pelo Poder Executivo, entrará em
vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Mando, portanto, a quem o conhecimento e a execução da presente Lei pertencer, que a cumpra e
faça cumprir tão inteiramente como nela se contém.

Belo Horizonte, 27 de abril de 1972

Oswaldo Pieruccetti
Prefeito de Belo Horizonte

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