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The essay studied tiere. the origin of the work of ert. wants to be
the first contact with Heidegger's philosophy and thought, through the
image that the work of art produces in each spectator. It wants to show/
hide the origin of the work of art and the end it aims. The aim is to think
about the relation between the work of art and the world lived, and to
show the necessity of the different forms of truth reve/ations to humans.
Final/y, dai/y life, from ert. brought letting it show through the work of ert;
the show and hide of truth that ends in mystery
1 INTRODUÇÃO E CONTEXTO
5 HEIDEGGER, Martin. 1998. p. 31. "O que é que acontece aqui? O que é que, na
obra, está em obra?".
6 "Com este 'é', o princípio diz como todo e qualquer ente é, a saber: ele mesmo
consigo mesmo o mesmo".
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Mas, onde esta origem se tor- mem e não mais a origem que pro-
na visível? A origem só se mostra jeta e governa a realidade. Esse
nas coisas. Embora o fundamento 'desvio de rota' mostra que foi
total que permite essa revelação abandonada a experiência grega
nos escape, sua presença se faz vi- de pensar a essência como origem.
sível. Aqui Heidegger faz uma dife-
Nesse sentido, podemos in-
renciação. Ele conceitua o sentido
teligir que a essência da obra de
grego de origem, diferentemente do
arte, pensada originalmente, se
sentido latino de substância.
mostra no ser obra da obra. Como
Sobre isso Heidegger expres- se efetiva isso? Tal efetivação se dá
sa a seguinte idéia: através do movimento pelo qual a
A tradução dos nomes gregos para obra se torna obra de arte. A arte é
a língua latina não é, de modo ne- a origem da obra e do artista. Por
nhum, um acontecimento sem con- meio da arte, obra e artista afirmam
seqüências, como ainda nos nossos
sua existência. Assim sendo, é pela
dias se julga ser L..l O pensamento
romano toma posse das palavras gre- arte que artista e obra tornam-se
gas sem uma experiência igualmen- possíveis. É pela arte que emergem
te originária que corresponda àquilo o artista e a obra. Ela traça, então, o
que elas dizem, sem a palavra gre-
ga. (HEIDEGGER, 1998, p. 15-6)
vínculo entre artista e obra. Só na
presença da arte é que a obra se
A partir dessa tradução do manifesta e em sua presença o ar-
termo grego pelo termo latino, se- tista cria.
gundo Heidegger, perdeu-se o sen-
tido, o modo originário de compre- Pelo caminho percorrido até
ender qreqo? . Passou-se, a partir de aqui, através da pergunta pela ori-
então, a compreender substância gem da obra de arte, desde sua
como algo velado por detrás das essência, chegamos à arte. Fica cla-
aparências. A tarefa da filosofia, ro, a essa altura da nossa reflexão,
dentro dessa compreensão, seria o paradoxo: se a arte só se mani-
atingir a substância. O filósofo al- festa na obra, a obra de arte é o
cançaria o auge da sua existência espaço onde se dá a efetivação da
encontrando o substrato sobre o arte. Instaura-se aqui um círculo: de
qual repousa toda a realidade. um lado parte-se da obra e chega-
A essência, assim, se torna o obje- se à arte, de outro, indaga-se a arte
tivo, a meta a ser atingida pelo ho- e volta-se para a obra.
___ o Que é isto - A filosofia? In: . 1979. p. 14. Heidegger mostra como
o pensamento moderno está distante do pensamento originário, e o fato de hoje
falarmos em filosofia ocidental, deve-se ao fato de que a 'filosofia é grega',
primeiramente.
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~.
70 Jasson da Silva Martins
18 SAFRASKI, Rüdiger. Nietzsche: biografia de uma tragédia. São Paulo: Geração, 2001.
p. 97. nota 9, "Há uma grande discussão, no âmbito da pesquisa sobre Nietsche no
Brasil, a respeito da tradução de Ubermensch. Atualmente a alternativa se fixou
entre 'além-do-homem' e 'super-hornem".
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REFERÊNCIAS