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AEPCON Concursos Públicos

Sumário

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
Internet, sem
sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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Tipologia Textual II
Estudantes de língua portuguesa, vamos continuar nossa jornada em meio a essa GOSTOSA
disciplina!!!!

Continuação Aplicação em Provas

Vamos agora por meio de alguns textos

Texto I
Faço compras no supermercado. Encho o tanque do automóvel. Compro um livro, um filme,
um CD. Vou almoçar, pago a conta, saio. E então reparo que não encontrei um único ser humano
em todo o processo. Só máquinas. Eu, o meu cartão de crédito ― e uma máquina. Então penso:
será que Paul Lafargue (1842–1911) tinha razão?
Lafargue é pouco lido hoje em dia. Genro do famoso Karl Marx, Lafargue escreveu O direito
à preguiça em finais do século XIX. Para deixar uma mensagem otimista: a humanidade deixará
o trabalho para trás porque o progresso tecnológico vai libertar os homens da condenação da
jornada.
A mensagem de Lafargue é uma espécie de profecia bíblica do avesso: quando Adão e Eva
foram expulsos do paraíso, Deus condenou o par desobediente a ganhar a vida com o suor do
rosto. As máquinas, escreveu Lafargue, permitirão que os homens regressem ao paraíso, deixando
as canseiras da labuta para os brinquedos da tecnologia.
Não sei quantas vezes li o opúsculo de Lafargue. Umas dez. Umas cem. Sempre à espera do
dia em que a máquina libertaria os homens para o lazer.

João Pereira Coutinho. Nós, os escravos.


In: Internet: (com adaptações).

Em relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto I, julgue o item a seguir.


Questão 1 - No primeiro parágrafo do texto, a ausência de conectores entre os quatro primeiros
períodos e o uso de formas verbais em primeira pessoa constituem estratégias discursivas que
favorecem a construção de uma atmosfera de automatismo e de individualismo no texto.
Anotações:
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LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
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Texto II
Nos últimos cinquenta anos, um dos fatos mais marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi
a inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Esse contínuo crescimento da participação
feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço
da industrialização transformou a estrutura produtiva, e a queda das taxas de fecundidade
proporcionou o aumento das possibilidades de as mulheres encontrarem postos de trabalho na
sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final dos anos 60 do século passado, nos Estados
Unidos da América e na Europa, chegou às nossas terras e fez ressurgir o movimento feminista
nacional, aumentando a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira. Esse sucesso
influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres, visto que proporcionou alterações
na formação da identidade feminina. A redefinição dos papéis femininos aconteceu em todas as
classes sociais e elevou a taxa de participação feminina no mundo do trabalho e da política.

Internet: (com adaptações).

No que se refere ao texto acima, julgue o item abaixo.

Questão 2 - O texto pode ser classificado como narrativo, por apresentar a história da inserção
das mulheres na força de trabalho.
Anotações:
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Texto III
Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando,
andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, enfiou depois pela Rua da
Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco
no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu alguma
cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar
nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das
reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe
perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de censura.
Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou
por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa
acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a
ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido,
ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.
Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado de Assis, vol. II.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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Julgue o item a seguir, referente às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.

Questão 3 - Por tratar de um conflito interior acerca da ética e da moral, o trecho acima é
predominantemente dissertativo.
Anotações:
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Texto IV
A figura do jovem revoltado precisa ser reexaminada. Seu comportamento não se explica pela
fome nem pela miséria absoluta. Pelos seus próprios depoimentos, recolhidos em conversas fora
dos inquéritos policiais, um grande móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o
enriquecimento rápido. Após a gradual conversão aos valores da violência e da nova organização
criminosa montada no uso constante da arma de fogo, esse jovem descobre os prazeres da vida de
rico e com ela se identifica. Seu consumo passa a ser uma cópia exagerada, orgiástica, do que
entende ser o luxo do rico: muita roupa, carros, mulheres, uísque (bebida de “bacana”) e muita
cocaína (coisa de gente fina). No entanto, é um iludido: com o ganhar fácil, porque seu consumo
orgiástico, excessivo, o deixa sempre de bolso vazio, a repetir compulsivamente o ato criminoso;
com o poder da arma de fogo, que o deixa viver por instantes um poder absoluto sobre suas
vítimas, mas que acaba colocando-o na mesma posição diante dos quadrilheiros e policiais mais
armados do que ele; com a possibilidade, enfim, de que, apesar de jovem e pobre, vai “se dar bem”
e sair dessa vida de perigos e medos.
É possível afirmar que, ao contrário do que se diz, a criminalidade violenta diminui, a médio
e longo prazos, a renda familiar dos pobres. O crime organizado, por suas características
empresariais ilegais, é altamente concentrador de renda. Não sofre nenhum tipo de limitação das
leis de mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para
os seus peões. O crime organizado trafega nos preços cartelizados e na punição com a morte
daqueles que ousam desobedecer à ordem e à vontade do chefe ou simplesmente denunciá-lo. Os
pequenos traficantes da favela, apesar de todo o aparato militar, na verdade, estão ajudando a
enriquecer aqueles que controlam o tráfico de drogas em toneladas e o contrabando de armas, o
receptador, o funcionário público corrupto, o advogado criminal, e assim por diante. Pouquíssimos
jovens saídos das camadas pobres conseguem se estabelecer, mas todos contribuem para
enriquecer outros personagens que continuam nas sombras e que são os principais beneficiários
das cifras da criminalidade. Os efeitos da guerra clandestina já se fazem sentir na população que
abriga os bandidos identificados como tal: como as mortes violentas atingem principalmente
homens jovens em idade produtiva, as famílias se veem 46 privadas daqueles que seriam os mais
importantes contribuintes para a renda familiar.
Alba Zaluar. Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas.
Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 65-66 (com adaptações).

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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Julgue o item a seguir, com base nas ideias do texto.

Questão 4 - É possível identificar, no texto, uma estrutura dissertativa, com a defesa de ideias
relacionadas à causa do comportamento do jovem criminoso e às consequências desse
comportamento na vida financeira de sua família, adicionada de argumentação que visa sustentar
os pontos de vista apresentados.
Anotações:
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Texto V
Entre os fatores que contribuem para a perda de qualidade de vida estão as péssimas condições
de habitação e transporte no espaço urbano, que atingem sobremaneira a população empobrecida.
A urbanização irresponsável causada pelo processo de industrialização e pela ausência de reforma
agrária faz com que o direito de moradia e o de locomoção, ainda que direitos originários de
necessidades humanas básicas, expressos na Constituição, sejam sistematicamente ignorados, o
que compromete o descanso, o bem-estar e a paz dos trabalhadores nas grandes cidades. Em vista
disso, os trabalhadores não podem sequer recompor diariamente suas forças. Temos observado
que os empregados dos postos de trabalho de pior remuneração são os que moram mais distantes
dos locais de trabalho e cotidianamente saem de casa duas ou três horas antes da jornada, gastando
o mesmo tempo para retornarem às suas casas. Causa-nos indignação constatar que esses
empregados consomem o equivalente à metade do tempo remunerado (e mal remunerado) para o
deslocamento de suas casas até o trabalho e em péssimas condições de transporte, sempre em pé
nos ônibus superlotados, ou esperando em longas filas. Às vezes, ainda somos hipócritas,
receitando para esses trabalhadores fórmulas para melhorarem de vida. Sugerimos que voltem a
estudar para ocuparem postos mais qualificados e com melhor remuneração, mas, no fundo,
sabemos que é impossível, para eles, dispor de tempo para cuidar da formação profissional
perdida. Por outro lado, a classe média pode até se dar ao luxo de ter mais de um emprego, porque
tem o seu próprio transporte, mesmo vivendo na ilusão de que, se trabalhar muito, poderá ganhar
mais e acumular dinheiro, para, um dia, enfim, poder curtir a vida. Só que, para muitos, esse dia
não chega; as doenças modernas chegam primeiro. Cabe aqui acrescentar outras necessidades
humanas que têm sido sistematicamente relegadas a segundo plano. São elas os valores culturais,
que incluem os saberes, as paisagens naturais, os costumes e as tradições populares. A urbanização
acelerada em todo o mundo foi a responsável pela perda da qualidade de vida de muitos
trabalhadores, apesar de aparentemente ter criado melhores condições de vida para parte da
população.
Delze dos Santos Laureano. O meio ambiente e o trabalho:
a dignidade humana neste espaço. Internet: (com adaptações).

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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A respeito das ideias do texto, julgue o item a seguir.

Questão 5 - O texto, de forma geral, questiona os benefícios do crescimento urbano acelerado


para a população.
Anotações:
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Gabarito:
1. Certo
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. Certo

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fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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