INSTITUCIONAIS: ESTUDO DE CASO EM BARRA DO BUGRES - MT
Pablo Zenki¹, Sara S. da Silva¹, Taison Quirino¹, Laís Braga Canappele²
1 Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNEMAT, Barra do Bugres-MT
2 Professora Mestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNEMAT, Barra do Bugres-MT
RESUMO: O conforto térmico pode ser entendido como um processo
psicofisiológico, que visa a adaptação de determinado ambiente, para que este garanta melhores condições de saúde e bem-estar aos seus usuários. Este artigo tem por objetivo analisar a relação entre conforto térmico em salas de aula universitárias e o rendimento pedagógico dos estudantes, no que se refere a atenção e memória, tendo como ponto inicial a observação e a coleta de dados referentes ao entorno, estrutura e materiais utilizados no local em questão.
Todos os indivíduos apresentam respostas comportamentais e
fisiológicas específicas a uma infinidade de variações térmicas ambientais. Estudos científicos sobre o conforto ambiental colaboraram para o estabelecimento dos princípios da avaliação da sensação térmica das pessoas em relação ao ambiente, possibilitando assim, a elaboração de normas. Um dos principais estudos acerca do assunto foi desenvolvido pelo pesquisador O. Fanger, em meados de 1970. Ele estabeleceu um método intitulado Prognóstico do Voto Médio (PMV) que permite, por meio dos usuários prever a avaliação térmica de um ambiente, baseando-se na avaliação de seis fatores: temperatura do ar, temperatura média radiante, velocidade do ar, umidade relativa do ar, vestimenta e atividade (FANGER, 1970). A norma ISO 7730 de 1984 descreve o referido método. O conforto térmico está relacionado à busca intuitiva do sentir-se bem natural do homem. Várias pesquisas desenvolvidas em laboratório e em campo têm verificado a relação entre o conforto térmico e o desempenho dos indivíduos (FANGER, 1970 apud SILVA, 2001).
Segundo a psicologia, o mecanismo de avaliação do conforto térmico é
explicado pelos conceitos de sensação e percepção.
A sensação é um fato psicofisiológico provocado pela excitação de um
órgão sensorial (FOLQUIE, 1952 apud SANTOS, 1967).
O fenômeno da sensação decorre de três condições fundamentais, são
eles: • Excitação: de natureza física, é o elemento provocador que age sobre o órgão sensorial. No caso do conforto térmico, se enquadrariam como elementos provocadores os mecanismos de intercâmbio térmico entre o meio e o indivíduo (convecção, condução, radiação e evaporação). • Impressão: de natureza fisiológica, são as modificações registradas pelos órgãos sensoriais que são transmitidas ao cérebro por fibras nervosas. • Sensação: de natureza psicológica, é o estado de consciência resultante dos processos de excitação e impressão. A sensação pode ser distinguida ainda em duas linhas: as que nos dão noção de qualidade ou de um estado (frio ou calor) e as que determinam o conhecimento de um objeto determinado, a qual se denomina percepção (vento forte esfria, por exemplo). (SANTOS, 1967).
Este artigo tem por objetivo analisar a relação entre conforto e o
rendimento pedagógico de estudantes, no que se refere a atenção e memória, por meio de observações e coleta de dados, e utilizando-se dos métodos de Fanger, bem como da norma ISO 7730/1984.
LOCAL DE ESTUDO
O local de estudo escolhido para a elaboração do artigo foram os
laboratórios de desenho 1 e laboratório de desenho 2, os mesmos foram escolhidos justamente por se encaixarem no que estávamos procurando, com uma incidência solar na fachada oeste e fachada sul. De ambas a incidência solar as 09:00 e as 13:00, mostrando um melhor local para o estudo.
MATERIAIS E MÉTODOS
As cores podem ser utilizadas em quaisquer tipos de projeto, segundo
Fraser (2012, p. 10) “Uma cor, ou uma composição colorida, pode significar algo diferente para cada pessoa que olha para ela. Poderíamos dizer que a cor não se forma apenas no olho, mas também no “eu””. Portanto, entende-se que questões culturais ou experiências individuais são capazes de afetar a forma como as pessoas percebem as cores, podendo ela causar sensações positivas ou negativas. Várias áreas utilizam as cores de acordo com sentidos que querem produzir, um exemplo claro é o uso das cores como forma de terapia, pois devido a sua expressividade ela tem a capacidade de desbloquear as reservas criativas de um indivíduo. REFERÊNCIAS
FANGER, P. O. Thermal comfort: analysis and applications in environmental
engineering. United States: McGraw-Hill Book Company, 1970. 244 p.
LAMBERTS, R.; XAVIER, A. A. P. Conforto térmico em ambientes internos.
Florianópolis: Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, 2003. (Material didático para disciplina conforto térmico). Disponível em: Acesso em: 01 setembros 2006.
PRODIGITAL. Disponível em http://prodigital.com.br/2013/10/voce-sabe-pra-
que-serve-e-como-funciona-um-higrometro/ Acesso em: 23 de Setembro de 2018.