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07)
É a primeira vez que tento escrever com uma pauta ao lado, pretendo desenvolver dois
raciocínios em dois parágrafos ao som épico de Mahler.
Acredito que o ponto alto do meu dia foi, além da dispensa do serviço militar, a minha linha de
reflexão sobre o ofício do autor. Primeiro eu assisti Forest Gump, que eu apenas vi apenas
como diversão sem compromissos de analisar o filme. Logo após eu vi Lost in Translation, de
Sofia Coppola, esse filme sim redeu uma boa reflexão. O filme é bem diferente do
convencional, é um filme bem “parado”, é calmo, “chill”, e é uma história de romance do
começo ao fim sem os protagonistas terem qualquer tipo de contato sexual um com outro,
apenas um beijo final e só, o restante do filme é um desenrolar de uma amizade com uma
impressão de romance. Já haviam me adiantado que esse filme tinha referencias com o filme
“Her”, e realmente tem, mas eu não sabia das reais relações que LiT tem com Her.
Pesquisando no YouTube cai num canal que explica justamente o relacionamento com os
diretores desses dois filmes e como esse relacionamento gerou diferentes pontos-de-vista
para serem abordados em ambos, eu explicaria essa relação aqui se eu não tivesse com tanto
sono. Navegando nesse canal do YouTube eu caio em vídeos sobre diretores famosos. O
primeiro a ser estudado é o lendário Stanley Kubrick, que eu sou muito fã, acho 2001 um filme
perfeito e é melhor que eu já vi na vida. Anotei alguns comentários feitos sobre o processo
criativo do diretor:
- Ele repete a mesma cena incansavelmente pois ele procura aquele momento mágico, quando
a guarda está baixa e o ator começa a fazer coisas malucas. É assim que ele tira atuações tão
incríveis.
- “O papel do autor é usar sua sensibilidade para contar uma história, por isso ele deve entrar
de cabeça no projeto”. Essa observação é muito importante pois me deu uma ótima
perspectiva de qual o ponto ideal para tentar resolver tão problema criativo, é estar
totalmente imerso no projeto, repetir quantas vezes for necessário, jogar fora imediatamente
uma ideia que pode tirar o foco do problema (ainda não aprendia fazer isso direito mas irei
aprender com certeza). Lembro imediatamente de dois professores, primeiro a professora
Cristina, que passava uma carga absurda de conteúdo na sua matéria (Principalmente a
Nota: Escrever um texto humorístico e sarcástico tentando reproduzir os meus maneirismos de
fala. Eu não estou conseguindo escrever da mesma maneira que eu falo coloquialmente com
meus amigos, escreve como eu falo formalmente numa discussão série ou falando com alguém
que eu não conheça, mas nunca tentei escrever as piadas que eu falo no meu discurso
coloquial.
dedicação com relação a pesquisa sobre determinado tema) e o professor Luciano na
faculdade, que exigia um nível de detalhamento em cada trabalho absurdo, fora que o volume
de trabalho exigido dele era maior. Para um aluno que nunca tinha feito aquilo antes cada
trabalho foi um parto diferente. A vantagem desses professores é que eles sempre tiram dos
alunos mais do que eles imaginam que podem fazer, já que tu fica tão imerso em cada projeto
que resolver os problemas com criatividade é a única forma de entregar algo bem feito. Eu não
entreguei tudo bem feito, tirei notas abaixo do esperado e meu objetivo para esse segundo
semestre é corrigir isso.
Estou muito acomodado com esses textos que eu ando escrevendo, todos eles possuem a
mesma escrita. Tudo bem que é bom para prática estar escrevendo, mas está me
incomodando a qualidade da minha escrita. Nas próximas vezes tenho que experimentar
outros estilos de contar meu dia-a-dia, torna-los interessantes. Quem sabe variar gêneros num
texto diário desse. É um bom exercício. Também quero variar os horários que eu dedico aqui. É
sempre à noite. Qualquer dia eu tenho que escrever algo direto da minha cachola após
acordar, bem de manhã, ou variar os locais, sair um pouco do meu quarto e escrever em vários
ambientes. As possibilidades são infinitas, só não posso pensar isso aqui e não fazer nada a
respeito.