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ESTADUAL DE GOIÁS
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
ANÁPOLIS
AGOSTO/2016
Isabela Larissa Alves Silva, Jaqueline Costa de Souza, Leanndro
Gonçalves Corrêa, Pedro Henrique Rocha, Rui Vieira da Silva Júnior
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
ANÁPOLIS
AGOSTO/2016
RESUMO
RESUMO................................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS......................................................................................... 6
1.1 Equações Diferenciais Ordinárias .................................................................................... 7
2 APLICAÇÕES ................................................................................................................... 8
2.1 Osciladores Harmônicos ................................................................................................... 8
2.2 Calculo de vazamento de um tanque ................................................................................ 9
2.3 Cálculo de Deformação de Viga ..................................................................................... 10
3 SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL .................................................... 13
3.1 Solução de uma equação diferencial ordinária ............................................................... 14
3.2 Solução de equações diferenciais ordinárias homogêneas de primeira ordem ............... 14
3.2.1 Exemplo matemáticos de resolução de equações diferenciais ordinárias homogêneas
de primeira ordem ................................................................................................................. 16
3.3 Solução de equações diferenciais ordinárias homogêneas de segunda ordem ............... 17
3.3.1 Exemplo prático de resolução de equações diferenciais ordinárias homogêneas ....... 18
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 20
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 21
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa explanar equações diferenciais em seu âmbito mais geral,
bem como uma de suas linhas principais no que diz respeito a suas diversas classificações.
Dentre as equações diferenciais tem-se a subdivisão em ordinárias, sendo posteriormente
dividida em homogêneas, uma vez que o segmento dessa linha leva a resolução dos mais
diversos problemas aplicados à engenharia civil.
De uma maneira geral, podemos dizer que temos uma equação diferencial (ou um
sistema de equações diferenciais) se na equação (ou em cada equação do sistema) estão
envolvidas funções incógnitas e suas derivadas. (Bassanezi)
As equações diferenciais ordinárias homogêneas, estão aplicadas a resolução de
questões relacionadas a hidráulica, matemática financeira, variação de temperatura, variação
de população, bem como diversas áreas de conhecimento.
A primeira parte da obra busca uma explicação geral sobre as equações diferenciais
desde sua parte mais global até atingir a vertente a ser destacada. Na segunda parte, encontra-
se as principais aplicações das equações diferenciais ordinárias homogêneas a engenharia
civil.
E por fim, localiza-se a forma como são resolvidas, bem como a resolução de um exemplo
sobre flexão em vigas.
A principal metodologia utilizada foi a pesquisa e resolução de exercícios para a
confecção do trabalho bem como a melhor aprendizagem dos autores sobre o assunto.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Não foi por acaso que Marius Sophus Lie, ainda no século XIX, afirmou que “a teoria
de equações diferenciais é a disciplina mais importante dentre todas as disciplinas
matemáticas”.
Em geral, uma equação diferencial é aquela que contém uma função desconhecida em
uma ou mais de suas derivadas. A ordem de uma equação diferencial é a ordem da derivada
mais alta que ocorre na equação (Stewart, Cálculo Volume II, 2009).
Ainda segundo (Stewart, Cálculo Volume II, 2009), “[...] talvez a aplicação mais
importante do cálculo sejam as equações diferenciais. Quando os cientistas usam o cálculo,
em geral o fazem para analisar uma equação diferencial surgida no processo de modelagem de
algum fenômeno que eles estão estudando. Embora seja frequentemente impossível encontrar
uma fórmula explícita para a solução de uma equação diferencial”.
As equações diferenciais são objeto de intensa atividade de pesquisa pois apresentam
aspectos puramente matemáticos e uma multiplicidade de aplicações práticas em diversas
áreas como, medicina, engenharia, química, biologia, etc. (Matos, 2016). Estas equações
normalmente estão relacionadas a vários fenômenos químicos e físicos que ocorrem na
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natureza, como: reações químicas, fluxo de calor, fluxo de energia elétrica, vibrações etc. A
equação de Bernoulli é um ótimo exemplo de equação diferencial, utilizada para demonstrar
matematicamente vários fenômenos presentes na mecânica dos fluidos e na hidráulica.
2 APLICAÇÕES
O diagrama de corpo livre do bloco evidencia que para equilibrar a força peso do
bloco existe uma força restauradora da mola e uma força de atrito. Sendo a constante elástica
da mola (k) maior do que zero, e equilibrando as forças na vertical tem-se:
𝑚𝑔
∑ 𝐹𝑦 = 0 ⇒ −𝑘𝑦 + 𝑚𝑔 = 0 ⇒ 𝑘 =
𝑦
Dessa maneira, determina-se a constante elástica da mola k.
Para se determinar a resistência devido ao atrito interno, considera-se que este é
proporcional a velocidade do movimento, ou seja, 𝐹𝑎 = −𝜐𝑦′, em que 𝜐 > 0, é o coeficiente
de amortecimento (Leão & Alves, 2016). Assim, tem-se:
𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 + 𝐹𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜
𝑚𝑎 = −𝑘𝑦 − 𝜐𝑦′
𝑑2𝑦 𝑘 𝜐 𝑑𝑦
= − 𝑦 −
𝑑𝑡 2 𝑚 𝑚 𝑑𝑡
Sendo esta, a equação do movimento de um oscilador amortecido.
A flexão de vigas sob ação de cargas que incluem seu peso próprio é um tema muito
estudado na engenharia civil. No caso desse exemplo, será levado em consideração uma viga
prismática, homogênea quanto ao material, formada por fibras longitudinais que está
engastada, que pode ser evidenciada na figura 2 (Flemming, Luz, & Wagner, 2000).
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Para determinar a curva elástica pode-se usar uma equação diferencial que modela o
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𝑑2𝑦 𝑀
=
𝑑𝑥 2 𝐸𝐼
𝐸𝐼
𝑀=
𝑅
Sendo R o raio de curvatura da curva elástica no ponto Q. Supondo que a viga seja
substituída pela curva elástica e a seção transversal pelo ponto Q=Q(x,y), pode-se calcular a
curvatura da curva elástica através da fórmula (Flemming, Luz, & Wagner, 2000):
3⁄
𝑑𝑦 2 2
⌊1 + ( ) ⌋
𝑑𝑥
𝑅=
𝑑2 𝑦
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦
Como a declividade da curva elástica, dada por 𝑡𝑔𝜃 = 𝑑𝑥 , em qualquer ponto é muito
pequena, tem-se:
1
𝑅≅
𝑑2 𝑦
𝑑𝑥 2
Dessa maneira, substituindo a equação acima, na equação do momento fletor, tem-se a
equação diferencial de linear de segunda ordem que modela o cálculo de vigas:
𝑑2𝑦 𝑀
=
𝑑𝑥 2 𝐸𝐼
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𝑑2 𝑦 −𝑃𝑥
=
𝑑𝑥 2 𝐸𝐼
Uma equação diferencial admite como solução uma função que satisfaça
identicamente à equação, ou seja, a solução de uma equação diferencial se resume a um
gráfico, dependendo de sua simplicidade.
A solução mais geral possível que admite uma equação diferencial é denominada
solução geral, enquanto que outra solução é chamada uma solução particular.
Caso sejam conhecidas condições adicionais, pode-se obter soluções particulares para
a equação diferencial e se não são conhecidas condições adicionais obterá basicamente a
solução geral. “Uma equação diferencial satisfazendo algumas condições adicionais é
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denominada Problema de Valor Inicial (PVI), o qual é bastante utilizado para solucionar
equações diferenciais.” (Sodré, 2003)
Quando deseja-se resolver uma EDO, deve-se atentar se esta equação diferencial tem
solução. Caso tenha solução, deve-se verificar se esta solução é única e ainda se existe uma
solução que satisfaça a alguma condição especial. Para isso, é importante ressaltar o Teorema
de Existência e Unicidade de solução que permite responder estes questionamentos, desde que
a equação tenha algumas características.
O processo para solucionar uma equação diferencial é bastante parecido com o cálculo
de integrais e como já se sabe, algumas integrais não apresentam primitivas, como é o caso
das integrais elípticas. Dessa forma, pode-se inferir que nem todas as equações diferenciais
possuam soluções.
Como já mencionado, uma função f = f(x, y) é dita homogênea de grau k se, para todo
t ∈ R, vale a relação f(tx, ty) = t k f(x, y). Mas uma forma mais fácil de observar a
homogeneidade de uma função polinomial é verificar que todos os monômios da função
possuem o mesmo grau. No caso de uma função racional (quociente de polinômios), os
membros do numerador devem ter um mesmo grau m e os membros do denominador devem
também um mesmo grau n, sendo que o grau da expressão do denominador pode ser menor
ou igual que o grau da expressão do numerador. (Sodré, 2003)
Para resolver uma equação diferencial homogênea de primeira ordem recomenda-se
seguir as seguintes etapas:
Caso também não seja possível resolver a equação diferencial pelos dois
métodos anteriores, verifique a possibilidade de expressá-la como uma equação linear,
na forma de dy/dx + Py = Q, onde P e Q são funções somente de x, ou constantes.
Caso esta condição seja atendida, deve-se seguir os seguintes passos: Seja y=uv, onde
u e v são funções de x, ao derivar obterá a seguinte expressão, dy/dx = u(dv/dx) +
v(du/dx). Substituindo em dy/dx + Py = Q, obtem-se u(dv/dx) + v(du/dx) + Puv = Q,
ou u(dv/dx) + (du/dx + Pu)v = Q. Com isso, deve-se determinar integrando du/dx + Pu
= 0, onde as variáveis são separáveis e usando o valor obtido de u, encontrar v
resolvendo u(dv/dx) = Q, onde, novamente, as variáveis são separáveis. Finalmente,
deve-se utilizar novamente a substituição y=uv para encontrar y.
Passo 1: Verificar se a equação é uma EDO homogênea, ou seja, verificar se f(tx,ty)= f(x,y),
o que influi que f(tx,ty) é independente da variável t;
Passo 3: Substituir as igualdades do passo 2 na EDO homogênea para obter a EDO separável
associada nas variáveis z e x:
𝑑𝑍
𝑋 + 𝑍 = 𝑓(1, 𝑍)
𝑑𝑋
Passo 6: No caso de ter um PVI, usar a condição inicial para obter a solução particular do
PVI.
O problema sobre deformação em vigas visa descobrir sobre a flecha existente na peça
e sua declividade e resulta em uma equação diferencial da forma:
𝑑2𝑦 −𝑃𝑥
2
= (1)
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Assim ao integrar os dois lados da equação verifica-se:
𝑑𝑦 −𝑃𝑥
= ∫ 𝑑𝑥 (2)
𝑑𝑥 𝐸𝐼
𝑑𝑦 −𝑃 𝑥 2
= ( − 𝐶1 ) (3)
𝑑𝑥 𝐸𝐼 2
Sendo C1 definido a partir das condições de contorno. Então a partir da condição
𝐿2
y’(L)=0, tem-se que, C1= 2 .
Reescrevendo a equação (6), incluindo nela o valor de C2, tem-se por fim a seguinte
expressão, a equação da curva elástica:
−𝑃 3
𝑦= (𝑥 − 3𝐿2 𝑥 + 2𝐿3 ) (7)
6𝐸𝐼
Aplicando a expressão a um ponto da viga, como exemplo o ponto a onde x=0,
podendo ter assim:
A flecha nesse ponto é dada por:
−𝑃𝐿3
𝑦=
3𝐸𝐼
Assim como a declividade em A é obtida a partir da equação (4):
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𝑑𝑦 𝑃𝐿2
=
𝑑𝑥 2𝐸𝐼
A equação da curva elástica pode ser escrita de uma forma mais geral deixando que as
condições de contorno a definam:
−𝑃 3
𝑦= (𝑥 + 6𝐶1 𝑥 + 6𝐶2 )
6𝐸𝐼
Sendo que C1 e C2 são as condições de contorno dadas.
A tabela abaixo ilustra vários outros exemplos de flexão em vigas comumente
estudados na Engenharia civil.
CONCLUSÃO
Este trabalho teve como principal foco o estudo das equações diferenciais como um
todo, assim como o tratamento das equações diferenciais ordinárias homogêneas, onde foi
realizado um estudo sobre o assunto possibilitando assim uma melhor compreensão do
mesmo, buscando o aprendizado dos autores da pesquisa.
BIBLIOGRAFIA