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A SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 78,
item VII do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Nº 212, de 21 de agosto
de 1992, e considerando o que o trata a Portaria nº 74, de 27 de abril de 1994, publicada no Diário Oficial
da União em 03 de maio de 1994, resolve:
Art. 1º Aprovar as Normas de Segurança Biológica para Manipulação do Vírus da Febre Aftosa, em
anexo, a serem cumpridas em todo território Nacional.
Art. 2º Os laboratórios localizados na Região Sul do País terão prazo até 31 de dezembro de 1994, para
adequarem a estrutura física de suas instalações as disposições contidas nos itens 46 a 4.7.7, das Normas
de que trata o Art. 1º.
Parágrafo Único. Os laboratórios localizados nas demais regiões do País deverão cumprir as exigências
deste artigo até 31 de dezembro de 1996.
Art. 3º A comissão de Biossegurança referida na Portaria SDA Nº151, de 14/09/94, terá caráter
permanente para fins de avaliação e auditoria.
ANEXOS
1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos básicos de segurança biológica para manipulação do vírus da febre aftosa para
fins de diagnóstico, pesquisa, produção e controle de antígenos e vacinas, com a finalidade de evitar o
escape viral, além de assegurar a confiabilidade dos experimentos e dos reagentes produzidos.
Devido ao seu elevado grau de difusão no meio ambiente e contagiosidade para várias espécies animais,
além de outros reflexos negativos diretos ou indiretos na produção animal, o vírus da febre aftosa somente
poderá ser manipulado sob condições de máxima segurança biológica.
Consiste no conjunto de normas e medidas que devem ser tomadas para proporcionar o confinamento
estrito de organismos patogênicos no ambiente interno de uma unidade de segurança, através de ações
sobre as possíveis fontes de veiculação destes agentes para o meio externo.
- Descontaminação do ar de exaustão.
3. APLICAÇÃO
As normas estabelecidas deverão ser seguidas pelos estabelecimentos públicos e privados autorizados
pela Secretaria de Defesa animal (SDA) do Ministério da Agricultura, e do Abastecimento (MAA) à
realização de trabalhos com o vírus da febre aftosa com a finalidade de: diagnóstico da doença a partir de
amostras com possibilidade de conter o agente infeccioso ou através de uso de antígenos viáveis
- multiplicação de frações genéticas cuja periculosidade ainda não esteja bem estabelecida.
- inoculação em animais.
4. EXIGÊNCIA BÁSICA
4.1. PESSOAL
É o responsável pelas condições de segurança biológica e deverá ser um profissional de nível superior
com experiência comprovada em trabalhos com vírus da febre aftosa e que na descrição de seu cargo
conste essa atividade.
Deve possuir treinamento específico em virologia da febre aftosa, conhecimento da natureza do agente e
sobre precauções a serem adotadas durante seu manuseio.
Todo pessoal que presta serviço nas áreas restritas deve ter conhecimento da conduta de segurança
biológica.
4.1.4. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL
A contratação de pessoal para prestar serviços em áreas de segurança biológica deve ser condicionada a
declaração escrita de não manter animais susceptíveis, domésticos ou não, em sua residência e não residir
em áreas onde existam esses animais, além de comprometer-se a seguir as normas estabelecidas.
4.2.1. PESSOAL
Este uniforme consiste em blusa e calça, ou macacão, calçados adequados para a atividade, diferenciados
daqueles utilizados em outras áreas, não sendo permitido, em qualquer hipótese, sua utilização fora da
área restrita. Os uniformes utilizados devem ser autoclavados antes do encaminhamento à lavanderia. Nos
infectórios de grandes de grandes e médios animais, devem ser utilizados botas de borracha com cano
médio.
4.2.2. VISITANTES
Manter um registro dos dados pessoais dos visitantes, data e hora de entrada e saída, endereço e destino,
que constituem dados para rastreamentos epidemiológicos.
Deve ser também restringida, Proíbe-se presença de animais que não estão relacionados com o trabalho.
Proíbe-se seu uso no interior da área restrita. Os óculos deverão ser lavados e desinfectados prévio a saída
da área restrita.
Permitida a introdução somente daqueles estritamente necessários aos trabalhos. A saída está
condicionada a prévia descontaminação. Dar preferência ao uso de cópias ao invés de originais com
retorno. Utilizar aparelhos de Lfac-símile ou terminal de computador para expedir documentos.
(ANEXO II - 5). O pessoal externo apenas introduz o equipamento no -air lock-, sendo
todo trabalho de introdução do equipamento for realizado por pessoal externo, devem
Entrada através da autoclave, forno ou eclusa e saída pelas mesmas vias após descontaminação
(ANEXOS II-1, II-4 e II 5).
O transporte de amostras infecciosas para outras unidades autorizadas será realizado em frascos
envolvidos com material absorvente, impregnado com desinfetante (ANEXO III, de preferência iodofor
ou ácido cítrico), colocados em um recipiente metálico com tampa rosqueada, lacrado e com identificação
do agente, protegido com outro recipiente maior, de igual característica, e rotulado com o sinal universal
de risco biológico (ANEXO V FIG.1) com os nomes e endereços dos responsáveis, remetente e
destinatário, para casos de acidente. A retirada da área restrita será precedida de descontaminação da
superfície externa dos recipientes metálicos. Estes podem ser substituídos por tubo de plástico de uso
hidráulico, cortado em tamanho adequado com tampão rosqueado ou colado nas extremidades. Idêntico
procedimento deve ser adotado para remessa de epitélio, com fins de diagnóstico.
A remessa deve ser acompanhada do termo de responsabilidade pela amostra enviada. A embalagem de
proteção térmica para remessa deve levar um rótulo com igual característica.
Além do banho a retirada da roupa de uso interno, antes da saída da área restrita , o pessoal deverá lavar
as mãos e escovar as unhas após o término de qualquer trabalho com o vírus da febre aftosa.
4.3.2. LIMPEZA DA ÁREA RESTRITA Preferentemente realizada pela própria equipe técnica. Caso não
seja possível, por pessoas treinadas e exclusivas da área restrita. Realizar com o sistema de ventilação em
funcionamento.
Descontaminar no mínimo uma vez ao dia, com desinfetante apropriado (ANEXO III) e imediatamente
após eventual contaminação acidental.
4.3.2.2. PISO
Limpar apenas com pano umedecido em desinfetante (ANEXO III), ou desinfetante com detergente não
iônico. O uso de vassouras deve ser limitado Proíbese a utilização de cera, enceradeira e aspirador de pó.
Quando destinadas a grandes e médios animais, após a sua eliminação, retirase os dejetos, cama e
resíduos de alimentos em sacos plásticos autoclaváveis e encaminha-se para a descontaminação. Aplicar
iodofor (ANEXO III) sobre o piso e nas paredes, 3 (três) vezes com intervalos de 24 horas. Fumigar com
formaldeído (ANEXO II - 5) após a desinfecção líquida, para descontaminar o forro e os filtros fumigar
com o sistema de ventilação ligado sem renovação do ar. Nas salas de pequenos animais, desinfetar as
paredes e pisos com iodofor e fumigar com formaldeído (ANEXO II 5).
Retirar os resíduos e enviar para descontaminação por autoclave seguida de incineração. As caixas serão
enviadas para lavagem, após passagem por autoclave ou tanque de desinfetante.
O único destino aceitável para os animais submetidos a inoculação com vírus da febre aftosa é o
sacrifício, seguido de descontaminação das carcaças por autoclavagem e incineração.
Só podem ser liberados para a linha geral de efluentes após descontaminação pelo calor (ANEXO II) ou
por meio químico, com prévia neutralização.
Descontaminação através de tratamento pelo calor (ANEXO II-2.1) ou químico (ANEXO II-2.2)
4.3.7. EQUIPAMENTOS
Sua retirada da área restrita está condicionada a prévia descontaminação por fumigação (ANEXO II-5),
calor seco (ANEXO II-4.1) ou óxido de etileno (ANEXO II-
Submeter à descontaminação química após o uso autoclavar antes de encaminhar para reaproveitamento
ou descarte (ANEXO II-1).
Tratar por calor seco a 500C durante 48 horas (ANEXO II-4.1), ou em autoclave de óxido de etileno
(ANEXO II-4.2).
Tratar periodicamente com desinfetante (ANEXO III) ou sempre que julgar necessário.
4.4.1. PORTAS EXTERNAS Afixar aviso de acesso restrito com sinal universal de risco biológico,
contendo a indicação do agente patogênico, o nome do responsável e telefone para contato (ANEXO V
FIG.1). Essas portas devem ser mantidas sob tranca.
Nas salas onde são realizados trabalhos com o vírus da febre aftosa, as portas devem ser mantidas
trancadas, com aviso de acesso restrito. Manter as demais portas fechadas para não alterar o padrão de
fluxo de ar.
Para trabalhos com o vírus da febre aftosa que envolvam riscos físicos deve-se utilizar no mínimo duas
pessoas, para aqueles que envolvam riscos biológicos, o menor número de pessoas necessárias.
Todos os procedimentos que envolvam a manipulação do vírus da febre aftosa, fora dos circuitos
fechados, devem ser realizados no interior da aftosa,, fora dos circuitos fechados, devem ser realizados no
interior da cabine de segurança biológica classe II (ANEXO I).
Realizar no interior das cabines de segurança biológica classe II (ANEXO I). Os aparelhos de maior
porte, de uso industrial, devem ser a prova de vazamentos, ser utilizados em circuito fechado e em salas
de maior pressão negativa.
.4.6. CENTRIFUGAÇÕES
Realizar em salas especialmente designadas para esse fim, com maior pressão negativa. As centrífugas a
vácuo, de alta rotação, devem dispor de filtro HEPA entre a centrífuga e a bomba de vácuo. O uso de
centrífugas não herméticas deve ser abandonado. Utilizar rotores ou copos com tampas herméticas.
Aguardar 30 minutos após o término da operação para abrir a tampa do aparelho. A abertura do rotor,
copos e frascos devem ser realizados na cabine de segurança biológica classe II (ANEXO I). Terminada a
operação, limpar os rotores, copos e a câmara interna da centrifuga com desinfetante (ANEXO III). Em
caso de quebra dos frascos da centrifuga, lavá-los com desinfetante (ANEXO III). As operações
industriais que envolvem grandes volumes de materiais viáveis devem ser realizadas em centrífugas
herméticas com descarga de sólidos em circuito fechado.
4.4.7. LIOFILIZAÇÃO
O liofilizador deve ser exclusivo da área e colocado em local que ofereça melhores condições de
segurança biológica. Proteger a linha de vácuo do aparelho com filtros HEPA.
4.4.8. PIPETAS
Não utilizar pipetas que necessitem descarga forçada (pipetas com duas faixas na extremidade superior).
Proteger o bocal com tampão de algodão e realizar a operação, com o auxílio de aparelhos. Não utilizar a
boca. Evitar a formação de bolhas e a homogeneização por carga e descarga. Descarregar o conteúdo
pelas paredes do frasco ou bem próximo do material recipiente.
4.4.9. MICROPIPETAS
Descarregar o conteúdo lentamente pelas paredes, orifícios das microplacas ou próximo ao líquido
recipiente. Evitar gotejamento ou jatos.
4.4.10. SERINGAS
Eliminar as bolhas com agulha protegida com produtos absorventes. Não usar como pipetas.
Realizar a operação com estes aparelhos no interior da cabine de segurança biológica classe II (ANEXO
I)
4.4.13. FILTRAGEM No caso de filtragem de pequenos volumes sob pressão, verificar, antes de iniciar a
operação, as condições das juntas e conexões. Realizar a operação no interior da cabine de segurança
biológica classe II (ANEXOI) ou em salas especialmente designadas para esse fim, com maior pressão
negativa. Preferir a filtragem a vácuo.As filtragens em escala industrial devem ser realizadas em salas
especialmente destinadas a esse fim, com maior negativa.
Os frascos com amostras, liofilizadas ou não, devem ser abertos no interior da cabine de segurança
biológica classe II (ANEXO I).
Retirar do recipiente utilizando luvas isolantes e protetor facial, envolvendo o frasco com protetor logo
após destacar da haste de fixação.
Utilizar alças com círculo completamente fechado e com seis centímetros de comprimento, no máximo.
Evitar tocar áreas com organismos viáveis com a alça quente ou semear sobre as bolhas no ágar. Preferir
alças descartáveis.
Todo ciclo de produção deverá ocorrer no interior da área restrita, somente sendo liberado o antígeno para
a área não contaminada após ter sido inativado e aprovado no teste de inocuidade para vírus viáveis por
controle de qualidade interno.
4.4.20. FERMENTADORES
Devem estar localizados na sala de maior segurança biológica e maior pressão negativa. O dispositivo de
colheita de amostra deve apresentar condições seguras.
Realizados somente em local de maior segurança biológica e maior pressão negativa, destinado a
manutenção de animais infectados. As inoculações em grandes e médios animais devem ser utilizadas
somente em casos estritamente imprescindíveis, em regiões de menor pressão epidemiológica.
Para animais de pequeno porte, transportar em sacos plásticos autoclaváveis, ou caixas de aço inoxidável,
com tampa hermética. Para os grandes e médios animais, utilizar recipientes de aço inoxidável, de
tamanho adequado, com tampa hermética.
Em caso de acidentes de pequenas proporções (gotejamento, vazamento, respingos, etc), cobrir a área
com papel toalha ou outro material absorvente, aplicar um desinfetante apropriado (ANEXO III) e
enxugar. Nos acidentes maiores, afastar o pessoal desnecessário, cobrir a área com material absorvente,
aplicar o desinfetante, deixar atuar por 30 minutos, limpar e aplicar o desinfetante novamente. Em caso de
acidente com formação de aerossóis (queda de frasco de cultura, por exemplo),fumigar com formaldeído
após a desinfecção líquida. Toda operação deverá ser realizada com o sistema de ventilação em
funcionamento sem renovação. Os uniformes envolvidos no acidente devem ser imediatamente retirados a
autoclavados. As pessoas devem banhar-se imediatamente.
Em caso de ocorrer vazamento de vírus para o exterior da área restrita, a fonte de contaminação e
comunicar ao supervisor de segurança biológica que deve notificar ao serviço de defesa sanitária animal.
À ocorrência da doença nas vizinhanças com suspeita de origem por acidente biológico, deve ser
comunicada à autoridades sanitária animal mais próxima.
Os frascos de vacinas reprovadas por presença de vírus ativos, ou outros contaminantes biológicos, devem
autoclavados fechados, antes de serem destruídos, de acordo com a legislação ambiental vigente.
4.5. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
4.5.2. REGISTROS.
- Registro de Visitantes
- Inventário de Amostras
- Registro de Treinamentos
4.5.3. TREINAMENTO
Manter programa de treinamento contínuo para criar atitudes conscientes de segurança biológica.
4.5.5. CARTAZES
Devem ser colocados em locais estratégicos e visíveis, alertando sobre riscos biológicos.
4.6.2. LOCALIZAÇÃO
A unidade de segurança pode estar localizada em prédio isolado, ou junto as demais dependências, porém
com áreas claramente definidas.
4.6.3.1. VESTIÁRIOS
Devem dispor de uma área externa, considerada limpa, boxes de chuveiros (duchas) rebaixados ou com
dique de contenção, e uma área interna, considerada contaminada. As portas devem ter intertravamento,
sendo que a externa deve contar com um sistema de abertura monitorado eletronicamente para a entrada e
acionamento controlado pelo fluxo de água nas duchas e temporizador para abertura automática de saída.
A porta interna deve aceitar abertura manual de emergência para retorno. Todos os ambientes devem estar
sob pressão negativa, em gradiente maior para o interior, evitando inversão de fluxo de ar . Os armários
do vestiário limpo devem dispor de cadeados de segredo sem chave.
4.6.3.3 -AIR-LOCK- Consiste em um corredor de pequenas dimensões, com duas portas intertravadas
com alarme contra abertura simultânea e com pressão negativa no seu interior, destinado a introdução ou
retirada de materiais de grande porte.
4.6.3.4.CÂMARA DE FUMIGAÇÃO
Construção semelhante ao -air-lock- com duas portas intertravadas, hermeticidade e exaustor para
eliminação de gases
4.6.3.5. ECLUSA
Consiste de uma pequena câmara de fumigação para introdução de materiais de pequeno volume e saída
de materiais, após desinfecção.
Pode ser utilizada uma estufa a 500 C com duas portas intertravadas e temporizador programável para
abertura de portas com comando através da área restrita ou autoclave de óxido de etileno com duas portas
.
4.6.4. PORTAS
As portas externas devem possuir condições de fechamento externo, com batente inferior com altura
suficiente para assegurar hermeticidade (batente inferior colocado no mínimo a 10cm do piso). Devem
apresentar ainda janelas ou visores e condições de fechamento automático. Recomenda-se a largura de
1,20 metros. Para as portas internas não se necessita de condições de hermeticidade, devendo, no entanto,
apresentar as demais características.
4.6.5. JANELAS
Construídas em vidro duplo, resistente, com pelo menos 4,0mm de espessura por vidro e juntas externas
seladas com borracha siliconizada ou outro material adequado. O vidro interno deve facear a parede de
modo a não permitir acúmulo de poeira.
4.6.6. PAREDES
Em material resistente a produtos químicos, sem irregularidades ou emendas, sendo a união com o piso de
forma arredondada e pintadas com tinta impermeável.
4.6.7.PISO
4.6.9.SALAS
Com dimensões adequadas para o fim a que se destina. Recomenda-se utilização de módulos medindo 3,
0x6,0 metros. Nas salas com dois ou mais módulos, recomenda-se colocação de duas portas, sendo uma
apenas para casos de emergência. A altura deverá estar em torno de 3,0 metros ou em função dos
aparelhos utilizados no caso de unidades industriais.
Com intensidade suficiente para a visualização perfeita dos trabalhos. As juntas das molduras das
luminárias devem ser seladas com borracha siliconizada ou outro material adequado.
Todas as aberturas para o interior devem ser seladas com borracha siliconizadas ou outro material
adequado.
4.6.12. CORREDORES
4.6.13. BANCADAS
Com a superfície de trabalho lisa, sem emendas, impermeável e resistente a produtos químicos.
A descarga da linha de vácuo deve ser realizada dentro da área restrita na linha de condensado de grandes
equipamentos para impedir a formação de aerossóis. A exaustão da bomba de vácuo deve ser protegida
por borbulhento em solução desinfetante (ANEXO III).
4.6.16. LAVA-OLHOS
Com dispositivo de fechamento e sifões com dimensões suficientes para suportar a pressão negativa das
salas. Todo escoamento da área restrita deve ser construído em aço inoxidável soldado.
O sistema de ventilação deve ser exclusivo da área restrita e sem recirculação do ar utilizado.
As quantidades de ar insuflado e eliminado devem ser dimensionadas de modo a obter depressão nos
ambientes e um padrão adequado de corrente de ar das áreas potencialmente menos contaminadas para
aquelas mais contaminadas. O valor da depressão deve ser no mínimo de 5,0 mmca na área de maior
carga de vírus, com gradiente de pressão maior para as áreas adjacentes. As portas devem ser mantidas
fechadas para conseguir a máxima eficiência deste sistema. A ventilação deve funcionar de forma
ininterrupta. Nos períodos sem atividades poderá funcionar com menor fluxo de ar.
Após certificar-se que o sistema de ventilação funciona em perfeitas condições, com as portas fechadas,
providenciar a abertura de uma fresta de 2,5cm e verificar se o fluxo de ar, através da porta, está de
acordo com o projeto, com auxílio de um tubo de fumaça, ou na sua falta, com bastão de defumação, ou
algodão hidrófobo umedecido com um pouco de parafina líquida. O ar deve circular no sentido da área
menor para a área de maior pressão negativa.
O ar exaurido deve passar por filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), com eficiência de
99,9997% para partículas de 0,3 mícron, em sistema de filtração duplo em paralelo com alternância
automatizada e dois filtros HEPA, em série, para cada circuito. O sistema de insuflamento deve ser
intertravado ao de exaustão para impedir inversão de pressão. Devem existir manômetros de pressão
diferencial para monitoramento dos filtros, indicação e comandos para diferencial, de pressão alta ou
baixa, ou aumento de pressão na área restrita, que acione a bateria de filtros em paralelo (automatizado).
Realizar periodicamente a leitura dos manômetros diferenciais para verificar as condições da pressão de
ar. A eficiência dos filtros deve ser testada sempre que houver queda brusca de pressão ou interrupção do
sistema por mais de uma semana. Testar os filtros no mínimo a cada 6 meses através do teste DOP ou
equivalente.
- quando alguns parâmetros do item 4.6.18.5 ocorrera: quando apresentarem problemas de eficiência pelo
teste DOP ou equivalente; por ruptura por acidente; por saturação. O suporte ou caixa de filtros deve
apresentar condições de troca segura. Os filtros somente poderão ser trocados após fumigação com
formaldeído (ANEXO II - 5) e, em seguida, incinerados ou autoclavados antes de serem descartados.
Após o término da obra, todos os locais possíveis de ocorrer vazamentos, como portas herméticas, janelas,
juntas em geral e ductos do sistema de ventilação, devem ser testados contra vazamentos.
Com painel de vidro temperado duplo, largura de 0,70m, altura 2,10m e demais características iguais às
demais características iguais às duas janelas e devidamente identificadas.
A área restrita deve contar com um gerador de partida automática imediata para energizar o sistema de
ventilação, no mínimo.
Além de atender às exigências do item 4.6, deve apresentar: através de dupla porta colocados na entrada
de cada sala, com pia para lavar as mãos.
Para trabalho de rotina como fornecimento de alimentos, observação de animais, inoculações, etc.
Utilizado exclusivamente para limpeza, retirada de caixas, camas utilizadas e outros resíduos.
4.7.4. PORTAS
O batente inferior da porta externa da dupla porta das salas e da porta de acesso ao corredor sujo deve
estar colocado pelo menos a 10,0cm do piso.
Devem ser envasados em sacos autoclaváveis, autoclavados antes de sua retirada da área e incinerados.
Para eliminação de animais infectados e resíduos em geral. O incinerados deve dispor de todo dispositivo
de segurança e controle, para manter a combustão no ciclone independente do material em combustão,
isto é, queimador monitorado por fotocélulas.
Com mesa para necropsia e facilidade de condição de carcaças dos animais para o incinerado.
4.8.4. SISTEMA DE VENTILAÇÃO
O sistema de ventilação deve ser exclusivo da área restrita e sem recirculação do ar utilizado, com
controle individual por sala e pressão negativa mínima de 5,0 mmca (item 4.6.18).
O tratamento térmico realizado em tanques e o único meio aceitável para efluentes do infectório de
grande e médios animais.
Todos os laboratórios autorizados a trabalhar com vírus da febre aftosa devem estar munidos de
equipamentos de aferição para efeitos de auditorias técnicas de validação do sistema de segurança
biológica ou manter contrato com empresas especializadas para este fim.
ANEXO I
As cabines de segurança biológica de classe II são utilizadas para manipulação de agentes biológicos.
Este tipo de cabine elimina aproximadamente 30% de ar no ambiente interno e recircula 70% do ar
utilizado. O aparelho é construído para trabalhos com duas pessoas no máximo, isto é, com comprimento
em torno de 2,0metros. Aparelhos com maiores dimensões podem perder a rigidez da estrutura e
apresentar vazamentos. Os procedimentos com mais de duas pessoas na cabine tornam-se menos seguro.
1. LOCALIZAÇÃO
Manter o equipamento em local onde não haja circulação de pessoas e longe de correntes de ar.
2. OPERAÇÃO
2.3. Colocar um pano ou outro material absorvente embebido em desinfetante sobre o local de trabalho.
2.4. Não colocar excesso de materiais ou equipamentos grandes que possam interferir no fluxo de ar.
Após o término do trabalho, desinfetar a superfície de trabalho, desligar o aparelho e acender a luz
ultra-violeta.
2.7. OBSERVAÇÃO:
Não utilizar bico de Bunsen no interior da cabine. Preferir os microincineradores elétricos sem chama.
Quando isto for impossível, utilizar bico de Bunsen com chama baixa. Não realizar trabalho com grandes
quantidades de produtor tóxicos ou inflamáveis no interior deste tipo de cabine.
3. MONITORAMENTO
Deve ser realizada quando o manômetro diferencial embutido, ou não, acusar saturação ou for verificada
perda de eficiência nos testes de rotina.
3.1.2. Retirar o filtro, ensacá-lo em sacos plásticos autoclaváveis, autoclavar antes de descartar ou
incinerar.
ANEXO II
DESCONTAMINAÇÃO
1. AUTOCLAVAGEM
Submeter a temperatura de 1200 C, durante 60 minutos ou pelo tempo necessário de acordo com o
resultado da validação.
1.2. CONTROLE
Através de teste biológico, com uso de tiras de papel comercialmente disponíveis ou preparados no
laboratório, contendo aproximadamente 104 de esporos de Bacillus stearothermophilus e o uso de
medidoras de temperatura, sendo estes de inspeção com rastreabilidade.
2. DESCONTAMINAÇÃO DE EFLUENTES
Submeter a temperatura de 1000 C, durante 60 minutos após todo material ter atingido este nível, em
tanque especial com capacidade suficiente para o volume de efluentes produzido. É obrigatório que o
sistema seja formado por dois tanques de igual capacidade.
2.1.1. CONTROLE
Submete-se ao pH 12, no mínimo durante 10 horas em tanques fechados pela adição de base forte e prévia
trituração do material, sob agitação constante e monitoramento e registro contínuo do pH. O efluente deve
ser neutralizado antes de ser liberado para a linha geral de efluente,
2.2.1.MONITORAMENTO
Através de controle contínuo do pH, fluxômetro, agitação e prova biológica de inocuidade específica.
4.1.1. CONTROLE
Através de termógrafo.
4.2.1.CONTROLE
Realizar teste biológico com tiras de papel impregnadas com 104 esporos de Bacillus subtiles var. Niger.
A temperatura do local a ser tratado deverá ser de pelo menos 200 C e a umidade relativa de 70% no
mínimo. Vaporizar 3,0ml de formol para cada m3 de ambiente e fornecer a umidade necessária pela
fervura de solução de formaldeído em água ou através do uso de vaporizadores com o sistema de
ventilação ligado sem renovação. Manter a sala fechada por 10 horas. Após este período, eliminar o gás
remanescente, através do exaustor.
Proceder como no item 5.1., com a abertura frontal e o controle de exaustão fechados e considerando todo
espaço da cabine (câmara de trabalho, Iplenun e câmara de ventilador)
Aquecer 1,0g de pastilha de paraformaldeído com óleo de silicone (condutor de calor) a 1500 C para cada
m3 de espaço a ser tratado, incluindo a câmara de trabalho, plenun a câmara de ventilador, fornecendo a
umidade através de vaporizador. Manter a abertura do trabalho e regulador de vazão lacrados com folhas
de material plástico e o ventilador desligado. Após o término do processo, manter o aparelho sob a ação
do desinfetante por 10 horas e depois eliminar o gás remanescente ligando a ventilação com o regulador
de vazão conectado ao exaustor de ar do sistema de ventilação da sala. A vaporização total do
paraformaldeído dura em torno de 30 minutos.
5.2.3. OBSERVAÇÃO
Não utilizar excessos derivados do formol. Na concentração de 7 a 73% no ar pode explodir por ignição
ou faisca elétrica. Nas quantidades recomendadas, a sua concentração no ar chega a 0,8%. Não utilizar
temperatura muito acima de 1500 C para aquecer o produto, o ponto de ignição do produto é de 4300 C
ANEXO III
DESINFETANTES PARA TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES OU DE MATERIAIS
4. FORMALDEÍDO A 4%
5. IODOPOR
Utilizado na concentração indicada pelo fabricante para desinfecção de piso e materiais de laboratório.
Na concentração de 500 ppm de cloro disponível para desinfecção de piso de laboratório, superfícies de
trabalho e materiais de laboratórios com pouca matéria orgânica. Quando existir maior quantidade de
matéria orgânica, utilizar a concentração de 1.000 ppm. A adição de 0,7% de detergente não iônico
melhora a sua eficiência.
ANEXO IV
1. NOME:____________________________________________________________
2.ENDEREÇO RESIDENCIAL_______________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________
4. ENDEREÇO PROVISÓRIO:
5. PROCEDÊNCIAS
6. DESTINO:
7. LOCAL DA VISITA:
O visitante acima identificado declara:
1. Que foi informado das medidas de segurança biológica a serem tomados urante a visita a unidade
restrita onde é manipulado o vírus da febre aftosa e do perigo que representa um eventual escape de vírus
para o ambiente externo.
3. Que evitará o contato com animais suscetíveis ao vírus da febre aftosa, domésticos ou não (bovinos,
suínos, caprinos búfalos antílopes, veados e etc), bem como, evitará entrar em áreas onde existam esses
animais (fazendo, sítios, reservas biológicas, circos zoológicos, exposições, leilões, feiras, remates e etc.),
por um período de quarentena de três dias, no caso de visita a laboratório e de sete dias, tratando-se do
infectório de animais. Esses períodos podem ser estendidos, a critério do responsável pela segurança
biológica, em casos de acidentes biológicos.
4. Somente portará objetos pessoais mediante autorização do responsável pela segurança biológica,
inclusive óculos, lentes de contato e aparelhos ortopédicos.
5. Que em caso de emergência, poderá ser retido na área restrita, a critério do responsável pela segurança
biológica.
Data,
Assinatura
ANEXO V
Utiliza-se o símbolo de risco biológico internacionalmente para indicar prédios com a presença de
organismos patogênicos ou de potencial risco existente e identificar, salas, equipamentos, recipientes e
materiais contaminados por organismos patogênicos viáveis.
A FIG. 1 mostra o desenho esquemático e as proporções de cada parte do símbolo. A cor do símbolo deve
ser laranja fluorescente ou vermelho alaranjado. Não há exigência específica quanto a cor de fundo, desde
que forneça suficiente contraste para destacar o símbolo.
O aviso de acesso restrito deve contar, além do símbolo em destaque, no mínimo, os seguintes dizeres:
PERIGO
ENTRADA PROIBIDA
Responsável: __________________________________________________________
A autorização para entrada deve ser obtida junto ao responsável pela unidade.
O rótulo para transporte de materiais com organismo viáveis também deve conter o referido símbolo e os
dizeres:
CUIDADO
Remetente: ___________________________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________
Destinatário: _________________________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________
ANEXO V
D.O.U., 10/11/1994