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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

PORTARIA Nº 177 DE 27 DE OUTUBRO DE 1994

A SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 78,
item VII do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Nº 212, de 21 de agosto
de 1992, e considerando o que o trata a Portaria nº 74, de 27 de abril de 1994, publicada no Diário Oficial
da União em 03 de maio de 1994, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas de Segurança Biológica para Manipulação do Vírus da Febre Aftosa, em
anexo, a serem cumpridas em todo território Nacional.

Art. 2º Os laboratórios localizados na Região Sul do País terão prazo até 31 de dezembro de 1994, para
adequarem a estrutura física de suas instalações as disposições contidas nos itens 46 a 4.7.7, das Normas
de que trata o Art. 1º.

Parágrafo Único. Os laboratórios localizados nas demais regiões do País deverão cumprir as exigências
deste artigo até 31 de dezembro de 1996.

Art. 3º A comissão de Biossegurança referida na Portaria SDA Nº151, de 14/09/94, terá caráter
permanente para fins de avaliação e auditoria.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na da data de sua publicação.

TÂNIA MARIA DE PAULA LYRA

ANEXOS

NORMAS DE SEGURANÇA BIOLÓGICA PARA MANIPULAÇÃO

DO VÍRUS DA FEBRE AFTOSA

1. OBJETIVO

Estabelecer os requisitos básicos de segurança biológica para manipulação do vírus da febre aftosa para
fins de diagnóstico, pesquisa, produção e controle de antígenos e vacinas, com a finalidade de evitar o
escape viral, além de assegurar a confiabilidade dos experimentos e dos reagentes produzidos.

2. SEGURANÇA BIOLÓGICA EM FEBRE AFTOSA

Devido ao seu elevado grau de difusão no meio ambiente e contagiosidade para várias espécies animais,
além de outros reflexos negativos diretos ou indiretos na produção animal, o vírus da febre aftosa somente
poderá ser manipulado sob condições de máxima segurança biológica.

2.1. MÁXIMA SEGURANÇA BIOLÓGICA

Consiste no conjunto de normas e medidas que devem ser tomadas para proporcionar o confinamento
estrito de organismos patogênicos no ambiente interno de uma unidade de segurança, através de ações
sobre as possíveis fontes de veiculação destes agentes para o meio externo.

2.1.1. MEDIDAS PARA CONFINAMENTO DO AGENTE

- Rigoroso controle de transito de pessoas nas áreas restritas.


- Exigência de uniforme na entrada e banho na saída das pessoas.

- Conscientização do pessoal da equipe de trabalho sobre as medidas de segurança biológica.

- Adoção de procedimentos laboratoriais padronizados.

- Limitação de inoculação em animais e do número de animais empregados para este fim.

- Limitação do uso de antígenos viáveis para fins de diagnóstico

- Descarte de animais infectados somente após a descontaminação.

- Controle rigoroso de saída de materiais infecciosos em condições de segurança biológica.

- Remessa de materiais infecciosos somente em condições de segurança biológica

- Descontaminação do ar de exaustão.

- Descontaminação de resíduos sólidos e líquidos.

3. APLICAÇÃO

As normas estabelecidas deverão ser seguidas pelos estabelecimentos públicos e privados autorizados
pela Secretaria de Defesa animal (SDA) do Ministério da Agricultura, e do Abastecimento (MAA) à
realização de trabalhos com o vírus da febre aftosa com a finalidade de: diagnóstico da doença a partir de
amostras com possibilidade de conter o agente infeccioso ou através de uso de antígenos viáveis

- produção e controle de vacinas

- produção e controle de antígenos.

- multiplicação de frações genéticas cuja periculosidade ainda não esteja bem estabelecida.

- pesquisa em febre aftosa utilizando antígenos viáveis.

- inoculação em animais.

4. EXIGÊNCIA BÁSICA

4.1. PESSOAL

4.1.1. SUPERVISOR DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

É o responsável pelas condições de segurança biológica e deverá ser um profissional de nível superior
com experiência comprovada em trabalhos com vírus da febre aftosa e que na descrição de seu cargo
conste essa atividade.

4.1.2. EQUIPE TÉCNICA

Deve possuir treinamento específico em virologia da febre aftosa, conhecimento da natureza do agente e
sobre precauções a serem adotadas durante seu manuseio.

4.1.3. EQUIPE DE APOIO

Todo pessoal que presta serviço nas áreas restritas deve ter conhecimento da conduta de segurança
biológica.
4.1.4. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL

A contratação de pessoal para prestar serviços em áreas de segurança biológica deve ser condicionada a
declaração escrita de não manter animais susceptíveis, domésticos ou não, em sua residência e não residir
em áreas onde existam esses animais, além de comprometer-se a seguir as normas estabelecidas.

4.1.5. CONDIÇÕES DE SAÚDE

Atender a legislação trabalhista pertinente.

4.1.6. TREINAMENTO EM SERVIÇO

O pessoal recém-admitido deve submetido a treinamento sobre os procedimentos de segurança biológica


e também sobre a conduta geral de segurança do trabalho, para que as deficiências nesta área não venham
a constituir fator de risco para a segurança biológico. Todo pessoal deve ser submetido a reciclagem
periódica e mantido o devido registro.

4.2. CIRCULAÇÃO DE PESSOA E DE MATERIAIS

4.2.1. PESSOAL

Somente tem acesso através do vestiário com troca completa do vestuário.

4.2.1.1. UNIFORME DE TRABALHO

Este uniforme consiste em blusa e calça, ou macacão, calçados adequados para a atividade, diferenciados
daqueles utilizados em outras áreas, não sendo permitido, em qualquer hipótese, sua utilização fora da
área restrita. Os uniformes utilizados devem ser autoclavados antes do encaminhamento à lavanderia. Nos
infectórios de grandes de grandes e médios animais, devem ser utilizados botas de borracha com cano
médio.

4.2.2. VISITANTES

Admite-se a presença, única e exclusivamente, a critério do responsável técnico e de acordo com o


supervisor de segurança biológica, mediante esclarecimento prévio sobre as exigências e precauções a
serem tomadas durante e após a visita, transmitidas através de um documento apropriado (ANEXO IV).
As visitas à área de animais infectados somente são permitidas em casos excepcionais.

4.2.2.1. REGISTRO DE VISITANTES

Manter um registro dos dados pessoais dos visitantes, data e hora de entrada e saída, endereço e destino,
que constituem dados para rastreamentos epidemiológicos.

4.2.3. QUARENTENA DE PESSOAL

Os visitantes e o pessoal de laboratório e do infectório de pequenos animais, devem manter um período de


quarentena obrigatória de três dias, animais, devem manter um período de quarentena obrigatória de três
dias, no mínimo, antes de entrar em contato com animais susceptíveis, domésticos ou não, ou em locais
habitados por esses animais. Em se tratando de infectório de grandes e médios animais, esse prazo será
estendido para sete dias.

4.2.4.CIRCULAÇÃO NA ÁREA EXTERNA

Deve ser também restringida, Proíbe-se presença de animais que não estão relacionados com o trabalho.

4.2.5. COMUNICAÇÃO INTERNA


Estabelecer distribuição racional de sistemas de comunicação para evitar o deslocamento desnecessário
no recinto.

4.2.6. ALIMENTOS, FUMO, COSMÉTICOS E MATERIAIS DE USO PESSOAL

Proíbe-se seu uso no interior da área restrita. Os óculos deverão ser lavados e desinfectados prévio a saída
da área restrita.

4.2.7. LIVROS, REVISTAS E DOCUMENTOS

Permitida a introdução somente daqueles estritamente necessários aos trabalhos. A saída está
condicionada a prévia descontaminação. Dar preferência ao uso de cópias ao invés de originais com
retorno. Utilizar aparelhos de Lfac-símile ou terminal de computador para expedir documentos.

4.2.8.MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS E FILMADORAS

Evitar o uso deste equipamento na área restrita e dar preferência as simulações

sem uso de materiais infecciosos, os aparelhos introduzidos no ambiente restrito,

devem ser submetidos a descontaminação. Recomenda-se manter equipamentos de

uso e guarda exclusiva da área restrita.

4.2.9. EQUIPAMENTOS DE GRANDE PORTE

Entrada através do -air-lock- e saída após a fumigação com formaldeído

(ANEXO II - 5). O pessoal externo apenas introduz o equipamento no -air lock-, sendo

o restante do trabalho realizado pelo pessoal interno. Em casos excepcionais, quando

todo trabalho de introdução do equipamento for realizado por pessoal externo, devem

ser tomadas as precauções do item. O pessoal interno somente introduzirá o

equipamento no -air-lock- por ocasião da retirada do equipamento da área restrita,

sem ultrapassar a delimitação estabelecida.

4.2.10. MATERIAIS DE PEQUENO PORTE

Entrada através da autoclave, forno ou eclusa e saída pelas mesmas vias após descontaminação
(ANEXOS II-1, II-4 e II 5).

4.2.11. SAÍDA DE AMOSTRAS INFECCIOSAS

O transporte de amostras infecciosas para outras unidades autorizadas será realizado em frascos
envolvidos com material absorvente, impregnado com desinfetante (ANEXO III, de preferência iodofor
ou ácido cítrico), colocados em um recipiente metálico com tampa rosqueada, lacrado e com identificação
do agente, protegido com outro recipiente maior, de igual característica, e rotulado com o sinal universal
de risco biológico (ANEXO V FIG.1) com os nomes e endereços dos responsáveis, remetente e
destinatário, para casos de acidente. A retirada da área restrita será precedida de descontaminação da
superfície externa dos recipientes metálicos. Estes podem ser substituídos por tubo de plástico de uso
hidráulico, cortado em tamanho adequado com tampão rosqueado ou colado nas extremidades. Idêntico
procedimento deve ser adotado para remessa de epitélio, com fins de diagnóstico.
A remessa deve ser acompanhada do termo de responsabilidade pela amostra enviada. A embalagem de
proteção térmica para remessa deve levar um rótulo com igual característica.

4.3. MEDIDAS DE HIGIENE

4.3.1. HIGIENE PESSOAL

Além do banho a retirada da roupa de uso interno, antes da saída da área restrita , o pessoal deverá lavar
as mãos e escovar as unhas após o término de qualquer trabalho com o vírus da febre aftosa.

4.3.2. LIMPEZA DA ÁREA RESTRITA Preferentemente realizada pela própria equipe técnica. Caso não
seja possível, por pessoas treinadas e exclusivas da área restrita. Realizar com o sistema de ventilação em
funcionamento.

Evitar a produção de aerossóis.

4.3.2.1. SUPERFÍCIE DE TRABALHO

Descontaminar no mínimo uma vez ao dia, com desinfetante apropriado (ANEXO III) e imediatamente
após eventual contaminação acidental.

4.3.2.2. PISO

Limpar apenas com pano umedecido em desinfetante (ANEXO III), ou desinfetante com detergente não
iônico. O uso de vassouras deve ser limitado Proíbese a utilização de cera, enceradeira e aspirador de pó.

4.3.2.3. DEPENDÊNCIAS DE ANIMAIS

Quando destinadas a grandes e médios animais, após a sua eliminação, retirase os dejetos, cama e
resíduos de alimentos em sacos plásticos autoclaváveis e encaminha-se para a descontaminação. Aplicar
iodofor (ANEXO III) sobre o piso e nas paredes, 3 (três) vezes com intervalos de 24 horas. Fumigar com
formaldeído (ANEXO II - 5) após a desinfecção líquida, para descontaminar o forro e os filtros fumigar
com o sistema de ventilação ligado sem renovação do ar. Nas salas de pequenos animais, desinfetar as
paredes e pisos com iodofor e fumigar com formaldeído (ANEXO II 5).

4.3.3. CAIXAS E ESTANTES DE PEQUENOS ANIMAIS

Limpar somente após o término do experimento e da eliminação dos animais.

Retirar os resíduos e enviar para descontaminação por autoclave seguida de incineração. As caixas serão
enviadas para lavagem, após passagem por autoclave ou tanque de desinfetante.

4.3.4. ELIMINAÇÃO DE ANIMAIS

O único destino aceitável para os animais submetidos a inoculação com vírus da febre aftosa é o
sacrifício, seguido de descontaminação das carcaças por autoclavagem e incineração.

4.3.5. EFLUENTES DE LABORATÓRIO E INFECTÓRIO DE PEQUENOS ANIMAIS

Só podem ser liberados para a linha geral de efluentes após descontaminação pelo calor (ANEXO II) ou
por meio químico, com prévia neutralização.

4.3.6. EFLUENTES DE INFECTÓRIO DE GRANDES E MÉDIOS ANIMAIS

Descontaminação através de tratamento pelo calor (ANEXO II-2.1) ou químico (ANEXO II-2.2)

4.3.7. EQUIPAMENTOS
Sua retirada da área restrita está condicionada a prévia descontaminação por fumigação (ANEXO II-5),
calor seco (ANEXO II-4.1) ou óxido de etileno (ANEXO II-

4.2). 4.3.8.MATERIAIS DE LABORATÓRIO EM GERAL

Submeter à descontaminação química após o uso autoclavar antes de encaminhar para reaproveitamento
ou descarte (ANEXO II-1).

4.3.9. RESÍDUOS EM GERAL

Autoclavar ou incinerar antes da eliminação.

4.3.10. MATERIAIS SENSÍVEIS A ALTAS TEMPERATURAS E DESINFETANTES

Tratar por calor seco a 500C durante 48 horas (ANEXO II-4.1), ou em autoclave de óxido de etileno
(ANEXO II-4.2).

4.3.11. PIAS E RAIOS

Tratar periodicamente com desinfetante (ANEXO III) ou sempre que julgar necessário.

4.4. MANIPULAÇÃO DO VÍRUS DA FEBRE AFTOSA

4.4.1. PORTAS EXTERNAS Afixar aviso de acesso restrito com sinal universal de risco biológico,
contendo a indicação do agente patogênico, o nome do responsável e telefone para contato (ANEXO V
FIG.1). Essas portas devem ser mantidas sob tranca.

4.4.2. PORTAS INTERNAS

Nas salas onde são realizados trabalhos com o vírus da febre aftosa, as portas devem ser mantidas
trancadas, com aviso de acesso restrito. Manter as demais portas fechadas para não alterar o padrão de
fluxo de ar.

4.4.3. NÚMERO DE OPERADORES

Para trabalhos com o vírus da febre aftosa que envolvam riscos físicos deve-se utilizar no mínimo duas
pessoas, para aqueles que envolvam riscos biológicos, o menor número de pessoas necessárias.

4.4.4. CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Todos os procedimentos que envolvam a manipulação do vírus da febre aftosa, fora dos circuitos
fechados, devem ser realizados no interior da aftosa,, fora dos circuitos fechados, devem ser realizados no
interior da cabine de segurança biológica classe II (ANEXO I).

4.4.5.OPERAÇÕES COM TRITURADORES, AGITADORES E HOMOGENEIXADORES

Realizar no interior das cabines de segurança biológica classe II (ANEXO I). Os aparelhos de maior
porte, de uso industrial, devem ser a prova de vazamentos, ser utilizados em circuito fechado e em salas
de maior pressão negativa.

.4.6. CENTRIFUGAÇÕES

Realizar em salas especialmente designadas para esse fim, com maior pressão negativa. As centrífugas a
vácuo, de alta rotação, devem dispor de filtro HEPA entre a centrífuga e a bomba de vácuo. O uso de
centrífugas não herméticas deve ser abandonado. Utilizar rotores ou copos com tampas herméticas.
Aguardar 30 minutos após o término da operação para abrir a tampa do aparelho. A abertura do rotor,
copos e frascos devem ser realizados na cabine de segurança biológica classe II (ANEXO I). Terminada a
operação, limpar os rotores, copos e a câmara interna da centrifuga com desinfetante (ANEXO III). Em
caso de quebra dos frascos da centrifuga, lavá-los com desinfetante (ANEXO III). As operações
industriais que envolvem grandes volumes de materiais viáveis devem ser realizadas em centrífugas
herméticas com descarga de sólidos em circuito fechado.

4.4.7. LIOFILIZAÇÃO

O liofilizador deve ser exclusivo da área e colocado em local que ofereça melhores condições de
segurança biológica. Proteger a linha de vácuo do aparelho com filtros HEPA.

4.4.8. PIPETAS

Não utilizar pipetas que necessitem descarga forçada (pipetas com duas faixas na extremidade superior).
Proteger o bocal com tampão de algodão e realizar a operação, com o auxílio de aparelhos. Não utilizar a
boca. Evitar a formação de bolhas e a homogeneização por carga e descarga. Descarregar o conteúdo
pelas paredes do frasco ou bem próximo do material recipiente.

4.4.9. MICROPIPETAS

Descarregar o conteúdo lentamente pelas paredes, orifícios das microplacas ou próximo ao líquido
recipiente. Evitar gotejamento ou jatos.

4.4.10. SERINGAS

Eliminar as bolhas com agulha protegida com produtos absorventes. Não usar como pipetas.

4.4.11. HOMOGENEIZADORES, DILUIDORES E LAVADORES DE MICROPLACAS

Realizar a operação com estes aparelhos no interior da cabine de segurança biológica classe II (ANEXO
I)

4.4.12.TRANSFERENCIAS DE GRANDES VOLUMES DE LÍGUIDOS

Realizar em salas de maior pressão negativa através de circuito fechado.

4.4.13. FILTRAGEM No caso de filtragem de pequenos volumes sob pressão, verificar, antes de iniciar a
operação, as condições das juntas e conexões. Realizar a operação no interior da cabine de segurança
biológica classe II (ANEXOI) ou em salas especialmente designadas para esse fim, com maior pressão
negativa. Preferir a filtragem a vácuo.As filtragens em escala industrial devem ser realizadas em salas
especialmente destinadas a esse fim, com maior negativa.

4.4.14. ABERTURA DE FRASCOS AMOSTRAS

Os frascos com amostras, liofilizadas ou não, devem ser abertos no interior da cabine de segurança
biológica classe II (ANEXO I).

4.4.15. FRASCOS COM AMOSTRAS CONGELADAS ABAIXO DE - 700 C

Retirar do recipiente utilizando luvas isolantes e protetor facial, envolvendo o frasco com protetor logo
após destacar da haste de fixação.

4.4.16. ESTOCAGEM DE AMOSTRAS

Manter as amostras identificadas e protegidas em recipientes apropriados. Manter somente amostras


autorizadas.
4.4.17. TRANSPORTE INTERNO DE MATERIAIS INFECCIOSOS

Transportar os pequenos volume em caixas ou suportes adequados e os grandes volumes em carrinhos de


laboratório.

4.4.18. ALÇA DE PLATINA

Utilizar alças com círculo completamente fechado e com seis centímetros de comprimento, no máximo.
Evitar tocar áreas com organismos viáveis com a alça quente ou semear sobre as bolhas no ágar. Preferir
alças descartáveis.

4.4.19. CICLO DE PRODUÇÃO DE ANTÍGENOS E VACINAS

Todo ciclo de produção deverá ocorrer no interior da área restrita, somente sendo liberado o antígeno para
a área não contaminada após ter sido inativado e aprovado no teste de inocuidade para vírus viáveis por
controle de qualidade interno.

4.4.20. FERMENTADORES

Devem estar localizados na sala de maior segurança biológica e maior pressão negativa. O dispositivo de
colheita de amostra deve apresentar condições seguras.

4.4.21. INOCULAÇÕES EM ANIMAIS

Realizados somente em local de maior segurança biológica e maior pressão negativa, destinado a
manutenção de animais infectados. As inoculações em grandes e médios animais devem ser utilizadas
somente em casos estritamente imprescindíveis, em regiões de menor pressão epidemiológica.

4.4.22. TRANSPORTE DE CARCAÇAS DE ANIMAIS

Para animais de pequeno porte, transportar em sacos plásticos autoclaváveis, ou caixas de aço inoxidável,
com tampa hermética. Para os grandes e médios animais, utilizar recipientes de aço inoxidável, de
tamanho adequado, com tampa hermética.

4.4.23.ACIDENTE COM MATERIAIS INFECCIOSOS

Em caso de acidentes de pequenas proporções (gotejamento, vazamento, respingos, etc), cobrir a área
com papel toalha ou outro material absorvente, aplicar um desinfetante apropriado (ANEXO III) e
enxugar. Nos acidentes maiores, afastar o pessoal desnecessário, cobrir a área com material absorvente,
aplicar o desinfetante, deixar atuar por 30 minutos, limpar e aplicar o desinfetante novamente. Em caso de
acidente com formação de aerossóis (queda de frasco de cultura, por exemplo),fumigar com formaldeído
após a desinfecção líquida. Toda operação deverá ser realizada com o sistema de ventilação em
funcionamento sem renovação. Os uniformes envolvidos no acidente devem ser imediatamente retirados a
autoclavados. As pessoas devem banhar-se imediatamente.

4.4.23.1. VASAMENTO DE VÍRUS PARA O EXTERIOR

Em caso de ocorrer vazamento de vírus para o exterior da área restrita, a fonte de contaminação e
comunicar ao supervisor de segurança biológica que deve notificar ao serviço de defesa sanitária animal.
À ocorrência da doença nas vizinhanças com suspeita de origem por acidente biológico, deve ser
comunicada à autoridades sanitária animal mais próxima.

4.4.24. INUTILIZAÇÃO DE VACINAS

Os frascos de vacinas reprovadas por presença de vírus ativos, ou outros contaminantes biológicos, devem
autoclavados fechados, antes de serem destruídos, de acordo com a legislação ambiental vigente.
4.5. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

4.5.1. MANUAIS DE INSTRUÇÕES

Anexar aos manuais de procedimentos técnicos e operativos, o manual de segurança biológica.

4.5.2. REGISTROS.

- Manter os seguintes registros:

- Registro de Visitantes

- Registro de Acidentes Biológicos

- Inventário de Amostras

- Registro de Manutenção e Controle do Sistema de Ventilação

- Registro de Manutenção e Controle de Cabines de Segurança Biológica

- Registro de Manutenção e Controle de Autoclaves

- Registro de Manutenção e Controle do Sistema de Tratamento de Dejetos Sólidos e Líquidos

- Registro de Manutenção e Controle de Incineradores

- Registro de Treinamentos

4.5.3. TREINAMENTO

Manter programa de treinamento contínuo para criar atitudes conscientes de segurança biológica.

4.5.4. COMISSÃO INTERNA DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Manter uma comissão com o objetivo de avaliar e modificar as condições existentes.

4.5.5. CARTAZES

Devem ser colocados em locais estratégicos e visíveis, alertando sobre riscos biológicos.

4.6. ESTRUTURA FÍSICA - LABORATÓRIO

4.6.1. ELABORAÇÃO DO PROJETO

Realizado com colaboração estreita entre os especialistas do laboratório e os projetistas.

4.6.2. LOCALIZAÇÃO

A unidade de segurança pode estar localizada em prédio isolado, ou junto as demais dependências, porém
com áreas claramente definidas.

4.6.3. VIAS DE ACESSO PARA O INTERIOR DA UNIDADE DE SEGURANÇA (INSTALAÇÕES


DE FRONTEIRA)

4.6.3.1. VESTIÁRIOS

Devem dispor de uma área externa, considerada limpa, boxes de chuveiros (duchas) rebaixados ou com
dique de contenção, e uma área interna, considerada contaminada. As portas devem ter intertravamento,
sendo que a externa deve contar com um sistema de abertura monitorado eletronicamente para a entrada e
acionamento controlado pelo fluxo de água nas duchas e temporizador para abertura automática de saída.
A porta interna deve aceitar abertura manual de emergência para retorno. Todos os ambientes devem estar
sob pressão negativa, em gradiente maior para o interior, evitando inversão de fluxo de ar . Os armários
do vestiário limpo devem dispor de cadeados de segredo sem chave.

4.6.3.2. AUTOCLAVE DE DUAS PORTAS

Necessário para descontaminação de materiais descartados e eventualmente para introdução de materiais


para uso interno. A saída de desaeradores e de condensados devem convergir para os tanques de colheita
de efluente da área restrita.

4.6.3.3 -AIR-LOCK- Consiste em um corredor de pequenas dimensões, com duas portas intertravadas
com alarme contra abertura simultânea e com pressão negativa no seu interior, destinado a introdução ou
retirada de materiais de grande porte.

4.6.3.4.CÂMARA DE FUMIGAÇÃO

Construção semelhante ao -air-lock- com duas portas intertravadas, hermeticidade e exaustor para
eliminação de gases

4.6.3.5. ECLUSA

Consiste de uma pequena câmara de fumigação para introdução de materiais de pequeno volume e saída
de materiais, após desinfecção.

4.6.3.6. DESCONTAMINAÇÃO DE MATERIAIS SENSÍVEIS A ALTAS TEMPERATURAS E


DESINFETANTES

Pode ser utilizada uma estufa a 500 C com duas portas intertravadas e temporizador programável para
abertura de portas com comando através da área restrita ou autoclave de óxido de etileno com duas portas
.

4.6.4. PORTAS

As portas externas devem possuir condições de fechamento externo, com batente inferior com altura
suficiente para assegurar hermeticidade (batente inferior colocado no mínimo a 10cm do piso). Devem
apresentar ainda janelas ou visores e condições de fechamento automático. Recomenda-se a largura de
1,20 metros. Para as portas internas não se necessita de condições de hermeticidade, devendo, no entanto,
apresentar as demais características.

4.6.5. JANELAS

Construídas em vidro duplo, resistente, com pelo menos 4,0mm de espessura por vidro e juntas externas
seladas com borracha siliconizada ou outro material adequado. O vidro interno deve facear a parede de
modo a não permitir acúmulo de poeira.

4.6.6. PAREDES

Em material resistente a produtos químicos, sem irregularidades ou emendas, sendo a união com o piso de
forma arredondada e pintadas com tinta impermeável.

4.6.7.PISO

Em material resistente a produtos químicos, sem irregularidades ou emendas com solução de


continuidade.
4.6.8. FORRO

Em concreto ou outro material resistente que assegura a estanqueidade.

4.6.9.SALAS

Com dimensões adequadas para o fim a que se destina. Recomenda-se utilização de módulos medindo 3,
0x6,0 metros. Nas salas com dois ou mais módulos, recomenda-se colocação de duas portas, sendo uma
apenas para casos de emergência. A altura deverá estar em torno de 3,0 metros ou em função dos
aparelhos utilizados no caso de unidades industriais.

4.6.10. ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL

Com intensidade suficiente para a visualização perfeita dos trabalhos. As juntas das molduras das
luminárias devem ser seladas com borracha siliconizada ou outro material adequado.

4.6.11. CONDUTOS ELÉTRICOS

Todas as aberturas para o interior devem ser seladas com borracha siliconizadas ou outro material
adequado.

4.6.12. CORREDORES

Com largura suficiente para circulação confortável do pessoal e dos materiais.

Recomenda-se a largura mínima de 2,0m.

4.6.13. BANCADAS

Com a superfície de trabalho lisa, sem emendas, impermeável e resistente a produtos químicos.

4.6.14. LINHAS E BOMBA DE VÁCUO

A descarga da linha de vácuo deve ser realizada dentro da área restrita na linha de condensado de grandes
equipamentos para impedir a formação de aerossóis. A exaustão da bomba de vácuo deve ser protegida
por borbulhento em solução desinfetante (ANEXO III).

4.6.15.PIAS PARA LAVAGEM DE MÃOS

As salas de manipulação de vírus devem ter pias para lavagem de mãos.

4.6.16. LAVA-OLHOS

Portáteis ou fixos, colocados em locais estratégicos.

4.6.17. RALO DE ESGOTO

Com dispositivo de fechamento e sifões com dimensões suficientes para suportar a pressão negativa das
salas. Todo escoamento da área restrita deve ser construído em aço inoxidável soldado.

4.6.18. SISTEMA DE VENTILAÇÃO

O sistema de ventilação deve ser exclusivo da área restrita e sem recirculação do ar utilizado.

4.6.18.1. CENTRAL DO SISTEMA DE AR


Localizado no pavimento superior do laboratório ou em área anexa contígua. O suporte de filtros HEPA
em série e a exaustão até os filtros, devem estar contidos em ambiente fechado, sob pressão negativa, com
acesso pela área restrita.

4.6.18.2. PRESSÃO NEGATIVA

As quantidades de ar insuflado e eliminado devem ser dimensionadas de modo a obter depressão nos
ambientes e um padrão adequado de corrente de ar das áreas potencialmente menos contaminadas para
aquelas mais contaminadas. O valor da depressão deve ser no mínimo de 5,0 mmca na área de maior
carga de vírus, com gradiente de pressão maior para as áreas adjacentes. As portas devem ser mantidas
fechadas para conseguir a máxima eficiência deste sistema. A ventilação deve funcionar de forma
ininterrupta. Nos períodos sem atividades poderá funcionar com menor fluxo de ar.

4.6.18.3. DIRECIONAMENTO DO FLUXO DE AR

Após certificar-se que o sistema de ventilação funciona em perfeitas condições, com as portas fechadas,
providenciar a abertura de uma fresta de 2,5cm e verificar se o fluxo de ar, através da porta, está de
acordo com o projeto, com auxílio de um tubo de fumaça, ou na sua falta, com bastão de defumação, ou
algodão hidrófobo umedecido com um pouco de parafina líquida. O ar deve circular no sentido da área
menor para a área de maior pressão negativa.

4.6.18.4. FILTRAGEM DO AR DE EXAUSTÃO

O ar exaurido deve passar por filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), com eficiência de
99,9997% para partículas de 0,3 mícron, em sistema de filtração duplo em paralelo com alternância
automatizada e dois filtros HEPA, em série, para cada circuito. O sistema de insuflamento deve ser
intertravado ao de exaustão para impedir inversão de pressão. Devem existir manômetros de pressão
diferencial para monitoramento dos filtros, indicação e comandos para diferencial, de pressão alta ou
baixa, ou aumento de pressão na área restrita, que acione a bateria de filtros em paralelo (automatizado).

4.6.18.5. CONTROLE DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Realizar periodicamente a leitura dos manômetros diferenciais para verificar as condições da pressão de
ar. A eficiência dos filtros deve ser testada sempre que houver queda brusca de pressão ou interrupção do
sistema por mais de uma semana. Testar os filtros no mínimo a cada 6 meses através do teste DOP ou
equivalente.

4.6.18.6. TROCA DE FILTROS

Os filtros devem ser trocados nos seguintes casos:

- quando alguns parâmetros do item 4.6.18.5 ocorrera: quando apresentarem problemas de eficiência pelo
teste DOP ou equivalente; por ruptura por acidente; por saturação. O suporte ou caixa de filtros deve
apresentar condições de troca segura. Os filtros somente poderão ser trocados após fumigação com
formaldeído (ANEXO II - 5) e, em seguida, incinerados ou autoclavados antes de serem descartados.

4.6.19. VERIFICAÇÃO DE VAZAMENTOS

Após o término da obra, todos os locais possíveis de ocorrer vazamentos, como portas herméticas, janelas,
juntas em geral e ductos do sistema de ventilação, devem ser testados contra vazamentos.

4.6.20. SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Com painel de vidro temperado duplo, largura de 0,70m, altura 2,10m e demais características iguais às
demais características iguais às duas janelas e devidamente identificadas.

4.6.21.ESTAÇÃO DE DESCONTAMINAÇÃO DE EFLUENTES


Situada no piso inferior ou em prédio próximo a área restrita, sob iguais condições de biossegurança, com
tanques de capacidade adequada para o tratamento término ou químico (ANEXO II-2 e 2.2).

4.6.22. GERADOR DE ENERGIA

A área restrita deve contar com um gerador de partida automática imediata para energizar o sistema de
ventilação, no mínimo.

4.7. ESTRUTURA FÍSICA - INFECTÓRIO DE PEQUENOS ANIMAIS/

Além de atender às exigências do item 4.6, deve apresentar: através de dupla porta colocados na entrada
de cada sala, com pia para lavar as mãos.

4.7.2. CORREDOR LIMPO

Para trabalho de rotina como fornecimento de alimentos, observação de animais, inoculações, etc.

4.7.3. CORREDOR SUJO

Utilizado exclusivamente para limpeza, retirada de caixas, camas utilizadas e outros resíduos.

4.7.4. PORTAS

O batente inferior da porta externa da dupla porta das salas e da porta de acesso ao corredor sujo deve
estar colocado pelo menos a 10,0cm do piso.

4.7.5. CONTROLE DE FLUXO DE AR

Individual por sala.

4.7.6. DEPÓSITO DE ALIMENTOS

Com capacidade para atender a demanda do período que dura o experimento.

4.7.7. ELIMINAÇÃO DE CARCAÇAS DE ANIMAIS E RESÍDUOS SÓLIDOS

Devem ser envasados em sacos autoclaváveis, autoclavados antes de sua retirada da área e incinerados.

4.8. ESTRUTURA FÍSICA-INFECTÓRIODE GRANDES E MÉDIOS ANIMAIS

Além de atender as exigências dos itens 4.6 e 4.7, deve apresentar:

4.8.1. INCINERADOR DE FRONTEIRA

Para eliminação de animais infectados e resíduos em geral. O incinerados deve dispor de todo dispositivo
de segurança e controle, para manter a combustão no ciclone independente do material em combustão,
isto é, queimador monitorado por fotocélulas.

4.8.2. CÂMARA FRIA COM TRILHO

Para conservação eventual de carcaças de animais.

4.8.3. SALA DE NECROPSIA

Com mesa para necropsia e facilidade de condição de carcaças dos animais para o incinerado.
4.8.4. SISTEMA DE VENTILAÇÃO

O sistema de ventilação deve ser exclusivo da área restrita e sem recirculação do ar utilizado, com
controle individual por sala e pressão negativa mínima de 5,0 mmca (item 4.6.18).

4.8.5 TRATAMENTO DE EFLUENTES

O tratamento térmico realizado em tanques e o único meio aceitável para efluentes do infectório de
grande e médios animais.

5. AFERIÇÃO DO CONTROLE DE BIOSSEGURANÇA

Todos os laboratórios autorizados a trabalhar com vírus da febre aftosa devem estar munidos de
equipamentos de aferição para efeitos de auditorias técnicas de validação do sistema de segurança
biológica ou manter contrato com empresas especializadas para este fim.

ANEXO I

CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA II TIPO A

As cabines de segurança biológica de classe II são utilizadas para manipulação de agentes biológicos.
Este tipo de cabine elimina aproximadamente 30% de ar no ambiente interno e recircula 70% do ar
utilizado. O aparelho é construído para trabalhos com duas pessoas no máximo, isto é, com comprimento
em torno de 2,0metros. Aparelhos com maiores dimensões podem perder a rigidez da estrutura e
apresentar vazamentos. Os procedimentos com mais de duas pessoas na cabine tornam-se menos seguro.

1. LOCALIZAÇÃO

Manter o equipamento em local onde não haja circulação de pessoas e longe de correntes de ar.

2. OPERAÇÃO

2.1 Limpar a mesa com pano umedecido em desinfetante.

2.2. Ligar o aparelho 15 minutos antes de iniciar a operação.

2.3. Colocar um pano ou outro material absorvente embebido em desinfetante sobre o local de trabalho.

2.4. Não colocar excesso de materiais ou equipamentos grandes que possam interferir no fluxo de ar.

2.5. Manter a tampa com visor abaixado.

2.6. Executar os trabalhos com o maior cuidado possível.

Após o término do trabalho, desinfetar a superfície de trabalho, desligar o aparelho e acender a luz
ultra-violeta.

2.7. OBSERVAÇÃO:

Não utilizar bico de Bunsen no interior da cabine. Preferir os microincineradores elétricos sem chama.
Quando isto for impossível, utilizar bico de Bunsen com chama baixa. Não realizar trabalho com grandes
quantidades de produtor tóxicos ou inflamáveis no interior deste tipo de cabine.

3. MONITORAMENTO

Realizado pelo fabricante ou empresa especializada.


3.1. TROCA DE FILTROS

Deve ser realizada quando o manômetro diferencial embutido, ou não, acusar saturação ou for verificada
perda de eficiência nos testes de rotina.

3.1.1. Descontaminar a cabine através de fumigação com formalidade (ANEXO II-5).

3.1.2. Retirar o filtro, ensacá-lo em sacos plásticos autoclaváveis, autoclavar antes de descartar ou
incinerar.

3.1.3. Colocar o novo filtro

3.1.4. Testar o filtro através do teste DOP ou equivalente.

ANEXO II

DESCONTAMINAÇÃO

1. AUTOCLAVAGEM

Para descontaminação de materiais que resistem a altas temperaturas e resíduos sólidos.

1.1. TEMPERATURA E TEMPO DE TRATAMENTO

Submeter a temperatura de 1200 C, durante 60 minutos ou pelo tempo necessário de acordo com o
resultado da validação.

1.2. CONTROLE

Através de teste biológico, com uso de tiras de papel comercialmente disponíveis ou preparados no
laboratório, contendo aproximadamente 104 de esporos de Bacillus stearothermophilus e o uso de
medidoras de temperatura, sendo estes de inspeção com rastreabilidade.

2. DESCONTAMINAÇÃO DE EFLUENTES

2.1. TRATAMENTO TÉRMICO

Submeter a temperatura de 1000 C, durante 60 minutos após todo material ter atingido este nível, em
tanque especial com capacidade suficiente para o volume de efluentes produzido. É obrigatório que o
sistema seja formado por dois tanques de igual capacidade.

2.1.1. CONTROLE

Através do monitoramento de termógrafos, fluxômetros e manógrafos, de acordo com o fabricante.

2.2. TRATAMENTO QUÍMICO

Submete-se ao pH 12, no mínimo durante 10 horas em tanques fechados pela adição de base forte e prévia
trituração do material, sob agitação constante e monitoramento e registro contínuo do pH. O efluente deve
ser neutralizado antes de ser liberado para a linha geral de efluente,

2.2.1.MONITORAMENTO

Através de controle contínuo do pH, fluxômetro, agitação e prova biológica de inocuidade específica.

3. DESCONTAMINAÇÃO DE MATERIAIS DE LABORATÓRIO APÓS USO


Mergulhar as pipetas, frascos e outros materiais em desinfetantes, como o hipoclorito de sódio com 1.000
ppm de cloro disponível, recentemente preparado.

4. DESCONTAMINAÇÃO DE MATERIAIS SENSÍVEIS E ALTAS TEMPERATURA E


DESINFETANTES

4.1. CALOR SECO

Submeter ao tratamento a 500 C em estufa 48 horas.

4.1.1. CONTROLE

Através de termógrafo.

4.2. AUTOCLAVE DE ÓXIDO DE ETILENO

Submeter ao tratamento de acordo com o fabricante.

4.2.1.CONTROLE

Realizar teste biológico com tiras de papel impregnadas com 104 esporos de Bacillus subtiles var. Niger.

5. DESCONTAMINAÇÃO POR FUMIGAÇÃO

5.1. DESCONTAMINAÇÃO DE SALAS

A temperatura do local a ser tratado deverá ser de pelo menos 200 C e a umidade relativa de 70% no
mínimo. Vaporizar 3,0ml de formol para cada m3 de ambiente e fornecer a umidade necessária pela
fervura de solução de formaldeído em água ou através do uso de vaporizadores com o sistema de
ventilação ligado sem renovação. Manter a sala fechada por 10 horas. Após este período, eliminar o gás
remanescente, através do exaustor.

5.2. DESCONTAMINAÇÃO DA CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

5.2.1. COM FORMALDEÍDO

Proceder como no item 5.1., com a abertura frontal e o controle de exaustão fechados e considerando todo
espaço da cabine (câmara de trabalho, Iplenun e câmara de ventilador)

5.2.2. COM PARAFORMALDEÍDO

Aquecer 1,0g de pastilha de paraformaldeído com óleo de silicone (condutor de calor) a 1500 C para cada
m3 de espaço a ser tratado, incluindo a câmara de trabalho, plenun a câmara de ventilador, fornecendo a
umidade através de vaporizador. Manter a abertura do trabalho e regulador de vazão lacrados com folhas
de material plástico e o ventilador desligado. Após o término do processo, manter o aparelho sob a ação
do desinfetante por 10 horas e depois eliminar o gás remanescente ligando a ventilação com o regulador
de vazão conectado ao exaustor de ar do sistema de ventilação da sala. A vaporização total do
paraformaldeído dura em torno de 30 minutos.

5.2.3. OBSERVAÇÃO

Não utilizar excessos derivados do formol. Na concentração de 7 a 73% no ar pode explodir por ignição
ou faisca elétrica. Nas quantidades recomendadas, a sua concentração no ar chega a 0,8%. Não utilizar
temperatura muito acima de 1500 C para aquecer o produto, o ponto de ignição do produto é de 4300 C

ANEXO III
DESINFETANTES PARA TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES OU DE MATERIAIS

1. CARBONATO DE SÓDIO A 4,0%

Para desinfecção de pisos a superfícies ou materiais resistentes a este produto.

2. HIDRÓXIDO DE SÓDIO A 0,5%

Para desinfecção de pisos a superfícies ou materiais resistentes a este produto

3. ÁCIDO CÍTRICO A 0,2%

Para desinfecção de materiais não sensíveis.

4. FORMALDEÍDO A 4%

Para desinfecção de amostras ou materiais.

5. IODOPOR

Utilizado na concentração indicada pelo fabricante para desinfecção de piso e materiais de laboratório.

6. CLORO (HIPOCLORITO DE SÓDIO)

Na concentração de 500 ppm de cloro disponível para desinfecção de piso de laboratório, superfícies de
trabalho e materiais de laboratórios com pouca matéria orgânica. Quando existir maior quantidade de
matéria orgânica, utilizar a concentração de 1.000 ppm. A adição de 0,7% de detergente não iônico
melhora a sua eficiência.

ANEXO IV

DECLARAÇÃO DE CONHECIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE SEGURANÇA


BIOLÓGICAIDENTIFICAÇÃO

1. NOME:____________________________________________________________

2.ENDEREÇO RESIDENCIAL_______________________________________________

CIDADE: ____________________________ESTADO:_____ PAÍS: ________________

TELEFONE: _______________________________ FAX: _______________________

3. INSTITUIÇÃO EM QUE TRABALHA: _______________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

CIDADE: ____________________________ESTADO:_____ PAÍS: ________________

TELEFONE: _______________________________ FAX: ._______________________

4. ENDEREÇO PROVISÓRIO:

5. PROCEDÊNCIAS

6. DESTINO:

7. LOCAL DA VISITA:
O visitante acima identificado declara:

1. Que foi informado das medidas de segurança biológica a serem tomados urante a visita a unidade
restrita onde é manipulado o vírus da febre aftosa e do perigo que representa um eventual escape de vírus
para o ambiente externo.

2. Que seguirá as recomendações do acompanhante ou instrutor durante a visita.

3. Que evitará o contato com animais suscetíveis ao vírus da febre aftosa, domésticos ou não (bovinos,
suínos, caprinos búfalos antílopes, veados e etc), bem como, evitará entrar em áreas onde existam esses
animais (fazendo, sítios, reservas biológicas, circos zoológicos, exposições, leilões, feiras, remates e etc.),
por um período de quarentena de três dias, no caso de visita a laboratório e de sete dias, tratando-se do
infectório de animais. Esses períodos podem ser estendidos, a critério do responsável pela segurança
biológica, em casos de acidentes biológicos.

4. Somente portará objetos pessoais mediante autorização do responsável pela segurança biológica,
inclusive óculos, lentes de contato e aparelhos ortopédicos.

5. Que em caso de emergência, poderá ser retido na área restrita, a critério do responsável pela segurança
biológica.

Data,

Assinatura

ANEXO V

SÍMBOLO UNIVERSAL DE RISCO BIOLÓGICO

Utiliza-se o símbolo de risco biológico internacionalmente para indicar prédios com a presença de
organismos patogênicos ou de potencial risco existente e identificar, salas, equipamentos, recipientes e
materiais contaminados por organismos patogênicos viáveis.

A FIG. 1 mostra o desenho esquemático e as proporções de cada parte do símbolo. A cor do símbolo deve
ser laranja fluorescente ou vermelho alaranjado. Não há exigência específica quanto a cor de fundo, desde
que forneça suficiente contraste para destacar o símbolo.

O aviso de acesso restrito deve contar, além do símbolo em destaque, no mínimo, os seguintes dizeres:

PERIGO

ENTRADA PROIBIDA

AGENTE PATOGÊNICO - VÍRUS DA FEBRE AFTOSA

Responsável: __________________________________________________________

Tel. (trab.): ________________________Tel. (res.): ________________________

Em caso de emergência, entre em contato com o responsável acima indicado.

A autorização para entrada deve ser obtida junto ao responsável pela unidade.

O rótulo para transporte de materiais com organismo viáveis também deve conter o referido símbolo e os
dizeres:
CUIDADO

MATERIAL PATOGÊNICO PARA ANIMAIS

VÍRUS DA FEBRE AFTOSA

Em casos de emergência, entrar em contato com o remetente ou destinatário e a autoridade sanitária do


Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da ReformaAgrária (MAARA). A embalagem interna
somente deverá ser aberta em laboratórios

autorizados pelo MAARA.

Remetente: ___________________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

Destinatário: _________________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________________

MANTER SOB A TEMPERATURA DE _______a ________ºC

ANEXO V
D.O.U., 10/11/1994

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