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REEMBOLSO POSTAL SABER

SCORPION
SUPER MICRO TRANSMISSOR FM
Um tr an sm issor de FM. u ttre -miniaturiz ad o. de exce lente
sensibilidade . O microfo ne oculto dos " age ntes secretos"
agora ao seu alcance .
Do tamanho de uma caixa de f6sforos.
Excelente alcance: 100 metros, sem obstáculos.
A companham pilhas m iniatura de grande durabilidade .
Seus si nais podem se r o uvi dos em qu alquer rádio ou sinto-
nizador de FM 18B·l08M Hzl .
Excelente qua lidade de so m que permite o seu uso como
mi cr of one sem f io ou interco m unicador .
Simples de montar e nã o pr ecisa de ajustes (bobina im-
pressa) ,
Kit C, $ 20 700
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Montad o C,$ 21.8 40

LABORATÓRIO PARA
CIRCUITOS IMPRESSOS

Co ntém :
De.
Furadeira Superdrill - 12 volts
.- -
.-
Canela especia l Su pe rgraf .
Agente gravador . .-
._-
Cleener .
Ve rniz pr otetor .
Cor tador .
Régua de corte .
Três placas virgens.
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Manual de inst ruçõe s.
C, $ 26.340
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I ATEN ÇÃ O : PRE ÇOS VÁLl OOSAT~ 15-09.84 1


Ped id os pelo Reembo lso Postal à SABER Publicidade e Prom oções Ltda .
CAIXA POSTAL 50499· SÃO PAULO - SP
EXPERI~NCIAS E BRINCADEIRAS COM ELETRONICA JUNIOR
Composição: Dierte Composição e
1
Edi to r e diretor responsável : Hélio
Fittipald i Arte Gráf ica S IC Ltda.
Au t or : Newton C. Braga Serviços gráficos : W. Ro th & Cia. Lt da.
Gerente de publi cidade : J. Lu iz Cezari m Distrlbuiç âc : Abril S/A Cultu ral

tndice

o que você precisa te r e saber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3


Experiênci as para conhecer componentes . . . .. ......... 13
Treme-treme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. 22
O dedo duro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. 26
Toque-luz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. 32
VU e super som para radínhos .' 37
Mi cro sirene para brin quedos ....... ............. 42
Can ta passa rinho 46
Simples tra nsmissor de FM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 51
Receptor secreto 58

EDITORA SABER L TOA.


Oiretores: Hélio Fit tipaldi e There za Mozzato Ciampi Fittipa ldi. Redeç âo, ad ministra-
ção, publicidade e correspondência: R. Dr. Carlos de Campos, 275 /9 - CEP 03028-
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sados : pedidos ã Caixa Postal 50.450 - S. Paulo, ao preço da últi ma edição em banca ,
mais despesas postais.
~ total mente vedada a reprodução total ou parcial dos te xtos e ilust rações desta
Revista, be m como a industrialização e/ou cc rnercializ eçâc dos apa relhos ou idéias
o riundas dos mencionados textos, sob pena de sensões legais, salvo mediante eutori -
zaçfo por escrito da Editora.
Introdução

Quantas coisas interessantes, úteis e divertidas você pode fazer com a


eletrônica? Não é preciso responder esta pergunta , pois o leitor inteligente
sabe que a única limitação para a quantidade de co isas que podem ser fei-
tas está na disponibilidade de tempo e capital.
Entretanto, montar aparelhos eletrônicos, ao mesmo tempo que pode
atrair muito, também pode 'decepcionar alguns que tentam de um modo
despreparado ou que pretendem algo Que está além do seu alcance.
Na verdade, montar aparelhos eletrônicos é simples. Levada a sér io, com
os recursos básicos necessários, a eletrônica, sem dúvida , é um dos passa-
tempos que menos investimento de capital exige dos prat icantes, além de
ter a vantagem de poder ser praticada em qualquer lugar. Qualquer cano
tinho de seu quarto ou de uma sala pode ser reservado para isso, desde que
tenha uma tomada para ligação do seu ferro de soldar.
Mas, o importante ao falarmos em montagens para o leitor se divertir e
também aprender, é garantirmos que ele tenha êxito. Como? Muito sim-
pies: com esta série diferente da normal, procuramos chegar principal-
mente àqueles que estão começando sua atividade na eletrônica ou ainda
não se sentem seguros para realizarem montagens mais complicadas.
O que levamos aos leitores com esta série Júnior é uma eletrônica práti-
ca ao alcance de todos e não somente dos experientes. Neste prime iro nú-
mero, daremos todos os elementos necessários aos leitores que estão come-
çando agora, para que estes não tenham dificuldades na realização dos pro-
jetos descritos.
E, é claro , além desta iniciação, teremos uma boa quantidade de proje-
tos que procurarão, antes de tudo, serem acessíveis a todos: baratos, sim-
ples , porém interessantes.
~ 'claro que os mais adiantados não se decepcionarão , mesmo porque,
depois de fazer os projetos mais simples, os leitores já estarão aptos a fazer
os mais co mplexo s. Por isso, partindo do que é simples, não paramos logo;
avançamos e chegamos a aparelhos mais elaborados, que poderão jogar os
leitores num rumo muito mais sério, no rumo do projeto, do profissiona-
Iismo, do estudo ser iado da eletrônica , e para isso ele deverá co nt ar com
um apoio ma ior nas outras publicações nossas, a Revista Saber Eletrônica
e o livro Exper iências e Brincadeiras co m Eletrônica.
o que você precisa
ter e saber
Se o leitor já fez algumas montagens, certamente sabe muito do que
vamos falar a seguir, mas mesmo assim a leitura deste texto poderá lhe en-
sinar muita coisa. Isso signif ica que, tanto este leitor, já dotado de alguma
ex periê nc ia . como o que está começando agora , não devem deixar de estu -
dá-lo antes de iniciar seus trabalho s prát icos, escolhendo uma ou mais das
diversas montagens pr áticas que estão ma is adiante. O que damos a segu ir
são as " d icas" de como fazer uma boa montagem, como montar sua ban-
cada e, principalmente, como co nhece r o') componentes principais que
usarenos .
Cálcu los, matemática, fí sica? Bem; isso não será necessár io por enquan-
to , porque o leitor vai montar aparelhos e não projetá-los. Mas, se no fu -
turo o leitor pr etender ir além, então a história é outra ...
Para montar um aparelho eletrônico não é necessário fazer nenhum cur-
so esp ecial. O leitor s6 precisaria de um curso para poder faz er projetos ou
para entender profundamente como funciona um aparelho. Para montar,
indo devagar, aprendendo um pouquinho de cada vez, à medida que for
realizando os aparelhos, a coisa é muito ma is simples.
Em primeiro lugar você precisará ter algumas ferramentas básicas, qu e
são o alicate de co rt e lateral, o alicate de ponta fina, um jogo de chaves de
fendas, uma lâmina para descascar fios, uma lima e o principal : um ferro
de soldar. (figura I)
O ferro de soldar é pequeno, de pequena potência, até 30 watts, co m
ponta fina e tensão de acordo com a disponível na tomada em que vai ser
ligado, ist o é, 110V ou 220V.
A so lda usada é do tipo fin o , conforme mostra a figur a 2, e que consiste
numa liga de estanho e chumbo na proporção de 60 por 40, daí ser cha ma-
da de solda 60/40 ou solda para rádi o .
A realização de urna solda perf eita é muito importante para que o apa -
relho montado funcione sem problemas . Veja que todas as peças (compo-
nentes) devem ser soldadas, tanto par a garantir a passagem das correntes
elétricas sem problemas, co mo t ambém co mo me io de sustentação em po-
sição de funcionamento.

3
Q)

fE RRO OE SOLOA"

=
AL ICATE OE CDRl[ LATE RAL

= --
Au eAT( OE PONTA FINA

'. .;:X

CHAVES
OE f"EIII OAS

ESTILETE OU CANI VETE

LIMA OU L IXA

figura 1

4
- - L EN TE

I
SOLOA 6 0 / 4 0

f igura 2

SOLD AR t SI MPLES

Aqueça o fe rro d e so ldar por uns 5 m in uto s pelo me no s e d epo is limpe


sua po nta estreqa ndo-a nu ma lima ou lixa f ina. Apenas uma pequena área
da ponta será limpa deste modo, rarnovendc -se a ca mad a de óxido escuro .
Depois, estanh e a ponta, esfregando um pouco de solda de modo que
ela derr eta e " mo lhe" a ponta do ferro . Com isso, ele estará pronto para
ser usad o. (figura 3)
Suponhamos que um component e comum, como um resistor. deva ser
sold ado numa ponte d e term ina is. (As pontes de t erminais são usadas coo
mo " chassi" nas montagens mais simp les. Nela to do s o s co mpo nent es são
ligados e soldad os.)
En cos ta mos o ter m inal do co mpo ne nte no lo cal da pont e visado e tarn-
bém a po nta do ferr o d e so ldar d e modo qu e ela aq ueça os do is: o terminal
d a ponte e o t erm inal do compo nen te .
Após, encost amos a solda no loca l em qu e d eve ser feita a ju nção , de
modo que ela derr et a e com isso envo lva o t ermi nal da po nte e do compo-
nen te, for mando u ma peq uena " bolha" , Veja q ue a solda é enco stada nos
ter m ina is e não na po nt a do fer ro ! Isso é import ante para se obt er uma boa
j unção! .( f igura 4)
5
SOLOA

i:), I
(2) AQUECA o ESTANHE

® PONTA
A JUSTE A o uS E

@ @
L IMA OU Ll lI A

figura 3

A PONTA
AQUECE os - ,,'..y
TERMINAIS •

figura 4

Ago ra é só tirar O ferro e esperar a junção esfr iar , solidifica ndo -se. A sol-
da bem fe ita é lisa e brilhante e não espalha pelos term ina is pró ximo s.
Será conveniente que o leitor treine um pouco, usando para isso co m po-
nentes ve lho s que pod em ser ti rad o s d e a lgu m apar elho for a de uso, até
conseguir fazer soldas bem feit as (ou raz oáveis) e rapidamente.
Mas, saber soldar não é tud o.
6
OS COMPONE NTES

Nos trabalho s com elet rô nica são u sado s d iver sos t ipos de componentes
e cada um de les se caracteriza por um co mpo rtame nto d iferente e q ue ê
dado por uma série d e especificaçõ es. Mu itos prin cip tantes sent em gra ndes
dificuldad es em fa zer seus primeiros aparelhos justam ente por não saberem
escolh er os co mpo nentes de acordo com sua s especif icações e até mesmo
por não sab erem reconhecer as diferenças en tre os diversos componentes
usados.
Damo s então alg uma s "dicas" so bre as p rincipais peças qu e usaremo s,
co mo são o btidas e usad as. Outras qu e não est ão nesta relação e q ue even-
tualm ente a parecerem serão destacadas e exp licadas nas pró priasmontage ns.
a) Aesist or es - o s resistores são as peças ma is comu ns das montagens,
tendo a apar ên cia mo strad a na figura 5. Est es com po nentes aparecem nos
d iagramas qu e representam o s apare lhos com um sí mbo lo qu e ê dad o na
mesma figura .

RESISTORES CQt.AUNS

1';;: , I - -- 1/8W
- - - - (:::l:::J-
-~,J\/\/'~--
- - - -0lLJ----- "' w
-----{:DI:J--
OH ;) - - - '/2W
----lfl[::::;,,~"'-~'w~J---- ~~~~
S íM BOLOS
ASP ECT OS

f igura 5

Como cada aparelho pode usar diversos resistores, par a facilitar a mono
tagem e mesmo a compra, eles são identificados em ordem pela letra " R"
seguida de um número , Assim, se numa montagem t ivermos 3 resistores,
elesserão i ndicados por R1, R2 e R3.
Mas, além desta indicação de ordem , t ambém é preciso indicar o seu va·
lar. Cada resistor tem uma resistência que é medida em ohms e nas monta -
gens podem ser usados resistores que vão desde alguns ohms até milhões de
ohms. Os valores podem ser dados simplesmente por um número seguido
ou não da letra R ou do símbolo ô mega m) e, ainda , do número seguido
pela letra k (qu ilo), indicando o valor em milhares de ohms e da letra M
(rneqa} , ind icando O valor em mil hões de ohms.
7
Exemplo : 330R ; 3300hms
22 k ; 22000 o hms
1,5M o u 1M5 ; 1 500000 ohms
A maneira como são gravados os valores nos resistor es é t am bém um
problema para algun s: estes valor es vêm na fo rma de faixas co loridas, se-
gundo um código . Inicialmente não darem os o cód igo, mas semp re qu e
usarmos um resisto r de determinado valor, d irem os Quais devem ser as coo
res das fai xas, na o rde m q ue vai do extremo em dir eção ao centro do co m-
ponente.
Uma outra especificação importa nte q ue pode aparecer é a sua d issipa-
ção o u potência em watts (W). Qua nto maior for o resisto r, mais ca lor ele
pod e dissipar sem se q ueimar. Temos então dissipações de 1/8 , 1/4 , 1/2 ,
lW, et c.
Os resistores são os co mpo nentes mais baratos e pod em ser aproveita-
do s, normalmente, de apar elhos des monta dos, desde qu e retirados com
cuidado , sem q uebrar seus ter minais.
b) Capacitares - depois dos resistor es, os co mpo nent es mais usados nas
montag ens são os capacitares. Estes podem ser de d iversos t ipos, q ue são
mostrados na f igu ra 6.

CAPACITORES

"" )
POUESTER COMUNS

CERÂMICOS
R
TUBULA RES
ELETROLiTICOS

' -- - - - - - -- ASPECTOS - -- - - -- - ---' SIME! ':lLOS

ligura 6

o código de ind icação dos capacitares nos diagramas é dado pela letra
C seguida de um número, Temos então Cl, C2, C3, et c.
Já os valores podem ser dados de diversas maneiras.
Para os chamados capacit ar es " pequeno s", que podem ser tanto cerâ-
micos como de poliéster, os valores são dados em nF (nanofarads) e pF
(plcofaradsl.
Para os "grandes" capacitares, os valores são dados em 1JF (micro-
farads), sendo os tipos ma is comuns os elet ro lít icos.
8
Um fato importante que deve ser not ado pelo mo ntador, é que os capa-
citores elet rolít icos são po larizados, isto é, t em um pólo (+ ) e um (-I mar-
cados no seu invó lucro e cuja posição deve sempr e ser seguida nas mont a-
gens. Se ele for ligado invertido, problemas sérios pode m ocorrer .
Os capacitares têm ainda uma outra especificação, que é a t ensão de tra-
balho , que ind ica quantos " volts" eles suportam. Se um capacitor de "rne-
nos" volt s for ligado num lugar em que se ex ige um de " ma is" volt s, ele
pode queimar. ~ claro qu e se o inverso for fe ito, não há problema.
Lembramos, finalmente, que os valores em J,l F, nF e pF podem ser equ i-
valentes. As conver sões serão explicadas quand o se fizerem necessárias.
c) Trim-pots - estes são resisto res ajustáveis que servem para a lte rar a
resistência num circuito . (fig ura 7)

TRI M-POT

r ,
1
I 7I
,7
1
, , SIu eOLO

ASP ECTO
f igura 7

Seus valores, co mo os resistores, são dados em ohms, seguidos ou não


dos pref ixos k (mi lhares) ou M (mi lhões).
d) Capacitor es variáveis - estes componentes são responsáveis pe la sin-
to nia em receptores e tra nsmissores, podendo ser enco nt rados em d iversos
t ipos e tamanhos. Os ma is usados nas nossas mo ntage ns são os "miniatu ra"
para AM , enco ntrados em rád ios portát eis, e q ue possuem 3 ou mais termi·
nais. Normalment e, nos t ipos de 3 t erminais ape nas do is são usados nas
mo ntage ns si mp les, e nos out ros devem t am bém ser escolhidos os doi s t er-
minais q ue fornecem os resultados desejados. (figura 8)

CAPACITOR ...... RIÂ...EL

"'SPE CTO fig ura 8 SiMBOLO

9
e) Diodos - os diodos são d ispositivos semicondutores, formad os por
pequenos cristais de germânio o u de silício e que aparecem com designa -
ções com o lN914, lN4148, 8Y127, etc., conf orme a função que exercem.
As eq uiv alências, o u seja, qual t ipo pod e ser usado em lugar de qu al, nor -
malmente são dadas nos artigo s. Na hora de se usar um d íodo deve-se veri-
ficar a posição da marca, símbolo ou anel, de acordo co m o t ipo, pois se
eles forem invert idos, os aparelhos não fu ncionam . (figura 9)

OIOOOS

- - =-- --- ANOOO liJIIIi CA TOOO

- ---100>--
ASP ECTO SIM80LO

f igura 9

fi Trans istor es - este s são os element os principais da maioria das mo n-


tagens, sendo os "elementos ativos" capazes de amplificar, gerar ou detec-
tar sinais elét ricos de d iversos tipos. Os ma is usados são os de no menclat u-
ra européia que na sua ind icação usam as letras se para os de uso geral ,
BF para os usado s em circuitos de alt as fr equ ências e BD para os q ue tra-
balham co m pot ências elevadas.
Existem dois t ipos de tra nsistor es q uanto à polaridade, os qua is não po -
dem ser int ercambiados, po is as correntes c irculam neles de modos d ife-
rentes. Estes são os transistores NPN, em que a seta do emissor apont a para
fora, e os PNP, em que a seta do emissor apo nta para de ntr o. (figura 10 )

TRANS ISTORES

.-+f'1 NPN

E
C

BC S48
BC23 8 Bons PNP
BCS5 7 B0 136
BF 4 94 . ETC. 8 0 \37 . ET C.
E
ASPECTOS siMeOLOS

f igura 10
10
Veja qu e os trans istores com uns têm sempre três termina is, denomina-
dos emissor lEI. co tetor IC ) e base (S).
Nas montagens podem ser dados d iversos tipos de t ransistores para uma
mesma fu nção, mas deve-se tomar cuidado, pois, às vezes, os tipos em ques-
tão podem não te r a mesma d isposição de t erminais, isto é, enqua nto um
te m a base no cent ro , o ou tro não. No nosso caso, quando isso acontecer o
leitor será infor mado .
g) Outros - além destes compo nentes existem muitos outros que po-
dem apar ecer co m menor frequência e Que, po rta nto, para o leitor inician-
t e não será co nveniente apresentarmos agora . Quando usarmos estes com -
ponentes nas nossas mo ntagens proc urare mos dar as informações que faci-
lit em sua obte nção e que evitem qu e qualq uer problema seja enfre ntado
pelo leit or.

COMO CONSEG UIR COMPONE NTES

Diversas são as maneiras de se co nseg uir componentes para uma mon-


tagem.
A ma is simples cons ist e em ir a uma loja especializada, levando a lista
do que se deseja e os possíveis equ ivalentes (não confie nos equ ivalentes
" empurrados" pelos vendedores, pois nem sempre eles correspondem, e
podem co mpro meter!). Neste caso, se o fornecedor for bom , os compo-
nentes serão novos e a montag em será certamente um êx ito, apesar de ha-
ver necessidade de um certo esforço ($ ) por parte do leitor.
Outra possib ilidade co nsiste em aproveitar com ponentes de apare lhos
velhos. Neste caso, é preciso levar em conta que, se o apare lho está abando-
nado é po rque alguma co isa nele está ruim , o qu e significa que pod emos
" quebrar a cara" tentando usar co mpo nent es ruins .
Mas, existe m certamente os compo nent es que pode m facilmente ser
aproveitados, po is a probabilidad e de estarem ru ins ê peq uena. Assim, re-
sistores (q ue n~o apresenta m sinais de estarem queimados - enegrec idos),
capacita res cerâmicos e de poliéster (q ue não estejam quebrados ou com os
t erminai s partidos), d iodos (que não este jam com si na is de estarem qu ei-
mados, partidos ou de t erminais quebrados ), chaves, alto-falant es, trim-
-pots, transformadores, etc., podem perfeitamente ser retirados co m cui-
da do (usando o soldador) e guardados para um eventu al aproveita mento
numa mo ntagem.
Um rád io tra nsistorizado for a de uso, um televisor abandonado ou
out ro aparelho, são excelentes font es de mat eriais pequenos para o mon-
tador!

"
OS PROJ ET OS

Finalmente, chegou a hora de trabalhar !


Damos a seguir uma boa relação de " pro jeta s" , todos simples, baratos e
interessa ntes, inicialmente, para os que estão ainda "verdes" e completa-
mos com alguns para os que já estão " maduros". Se estes projetas não
agradarem o leitor totalmente, não desanime, pois na próxima ed ição tere-
mos mais uma porção de les e, certamente, al i o leitor encontrará o que
quer. Se isso não acontecer, então 56 há uma expli cação : o leit or realm ent e
não está interessado em eletrônica!

12
Experiências para conhecer
componentes
o leitor conhece bem como funciona cada um dos compo nentes usad os
nas montagens eletrônicas? O leitor sabe como funcionam os circu itos mais
simples que aparecem com frequência em muitas montagens? Se a resposta
a esta pergunta for negativa. e se o leitor esti d isposto a gastar um pouco
de seu tempo na realização de algumas experiências inte ressantes. entlo
poderá aprender muito.

Ind utores. capacito res, transfor· que ded icamos este pequeno artigo
madores, p ilhas e bat erias. o leitor em Que algumas experiências muito
sabe ooma cada um destes compo- simples podem revelar coisas impor-
nentes fu nciona e corno são feit os? tantes sobre os componentes eletrõ-
Natu ralmente, o ronhecimento nicas.
destes fato s, em re lação ao compor-
tamento final de um projeto ma is . BOBINAS E ELETRD-IMÃS
complicado oomo um rádio , um
t ra nsm issor ou um amplificado r. é . Em muitas montag ens aparecem
tão banal, que mu itos talvez o des- componentes eletrOnicos denomina-
prezem, mas de mane ira injusta. do s indutor es ou simplesmente " bo-
De fato, às vezes os conhecimen- binas". Que oonsistem em mu itas
tos ma is ba nais são suporte para a voltas de fio esmaltado fi no enrola-
real ização de projetos mais comple- do em uma fo rma que pode ter o u
xos. Um leito r Que não saiba como não materiais de propr iedades mag-
fu ncionam os componentes mais néticas como O ferro, a ferr ite ou
simples, poderá eventualmente ta- mesmo o pr6prio ar, quando não
zer uma montagem mais elaborada, existe nada . (figura 11
mas simplesmente copiando um dia -
grama. Se lhe for perguntado o fun-
cionamento geral do aparelho mon-
tado , ou se lhe ped irem que faça .,/
um novo projeto. duv idamo s Que no ESMALTAOO
silltoeOLO
isso seja possível.
Aprend er a part ir das bases. Eis
uma pro pos ição Que não pode ser
esquecida de modo algum pelos lei·
tores Que gostam de eletrônica e \ TUSO OCO
Que estão começa ndo agora. ou fERRITE
1:, portanto. para estes leitores figura 1
13
Os leitor es, co m frequ ência, são ta ntes, a lg uns dos qua is pode m ser
"co nvidados" a mont ar tais compo- verificados em experiê ncias mu ito
nentes, precisando o bt er os fios es- simp les, co mo a que sugerimos aqu i.
maltados de d et ermi nado s números Para isso, é claro, a primeira co i-
que indicam a sua espessura e até sa que precisamos fazer será um
mesmo fazer as formas em que eles indutor.
serão enrolados. Assim, começamos por fazer
Os ind utores que aparecem no uma unidade com fio fino esmal-
diagrama sempre com a letra " L" tado (32 o u 30 ). que pode ser obti·
seguida de seu número de ordem, do desmonta ndo um velho transfor -
apresentam co mporta mentos impor- mador, co nfor me mostra a figura 2.
_ ____________ PLACAS
RETIIlAOAS

CARREtE L

/

o HI ANS FORMAOOR

figura 2

Enrole num tubinho com as d i- Raspe as pontas do fio que foi


mensões mostradas na figura 3, enro lado . Este fio é cobert o de uma
quantas voltas puder de fio, toman- fina camada de esmalte isolante. Se
do cuidado para não arrebentá-lo. ela não for removida, a corrent e elé-
De 100 a 1000 voltas estará bo m. tr ica não passará no ponto d e co n-
tacto.
Agora , pre cisaremos de uma pi-
, , lha grande, ou mesmo de duas que
TUBINHO

r--;/ serão ligadas em série.


0 .8 • { Podemos então fazer a primeira
"m = experiência:
"""~

L MUlt AS VOLTAS
1. Verificando a presença de um
OE FIO campo magnético

figura 3 Colo camos a bobina sobre a me-


14
sa e depo is seguramo s u m peq ueno te dentro da bob ina , co nfo rme mo s-
parafuso o u prego, co m a penas par - tra a f igura 4.

AT~A C Ã O
1
BOBIN A
<,

I
PREGO ou
PARAFUSO

figura 4

Ligando então os fios da bobina os parafusos e pregos, faz co m que


a uma pilha , verificamos que o pre- estes co nce ntrem estas linhas de
go, ou parafuso, é fortemente atra í- força e o resultado é uma força de
do para o interior da bobina. atração que os puxa para o interior
A expli cação pode ser dada da da bobina.
segu inte forma: /
I ,...... -- - - -

"-
A circulação da cor rente pelas \ I ,
espiras da bob ina cria um campo ,
"'- ~ ... ,,\
magnético, que se co nce ntra no seu -- --- -~ ~

inter io r. Este campo magnét ico po - --", ,1


d e ser representado po r linhas d e
força , co nfor m e mostra a f igura 5 .
I ", ... ,
,, , .... - ------
A presen ça de um o bjeto de ma- LINHAS DE FORCA
ter ial ferr omagnét ico, co mo po r
exemp lo o ferr o d e qu e são feito s figura 5
15
APLlC AÇOES tados em d iv ersas ap licações. Mas,
est a força de atrac ão tam bém re-
Além de produzir campos mag- sult a em inúmeros disposi ti vos pr é-
nét icos. as bobinas também apr esen- ticos importantes. Um deles é o relê
ta m o ut ros efeito s Que são aprovei - que é mostrado na fig ura 6 .

ATRACÃO

I
o REDE

""7""- - COI'H ATO

~l
APAREL. HO
CO,"TROLAOO

f igura 6

Nas prox imidades de uma bobi - Na fig ura 7 t emos o aspecto de


na, dentro da qual já ex iste um pe- a lg uns relês co merciais usados em
daço de material ferro so para co n- aparelhos elet rô nicos.
centrar o ca mpo magnéti co, é co to-
cada uma segunda peça móvel, ta rn-
bém de material f erro so .
Quando uma COrrente cir cula pe-
la bobina, o campo magnético cr ia-
do e co ncent rado faz com que esta
peça móvel seja at ra (d a, mo vend o -
-se em d ireç ão ao núcleo da bobin a.
O resultado é Que esta movimen-
, /
tação, pode ser usada para acion ar
um co njunto de co ntactos qu e ligam
o u desliga m a corre nte num circuito
TIPOS COMUN S DE RELES
externo .
Pod emos então, com uma corren- f igura 7
te relativame nte pequena circulando
pela bobina, co nt rolar uma corrente 2. Um eletro-imã
mu ito ma ior qu e passe at ravés dos
co ntactos, liqando -a ou desl igando-a. Enroland o fio esmaltado num
16
prego ou parafuso, conforme mos-
tra a figura 8, temos um dispositivo
inte ressante que também enco ntra
inúme ras apl icações práti cas.

RA SPAR PREGO OU
PARAFu SO

R ASPAR
l u"" ' OelAS
OE FI O FIN O

figura 8

o leit or poderá enro lar de 50


a 200 vo ltas de fio fi no (32) para
obter os efeitos esperados.
Raspando as ponta s do fio, o
leitor liga-as a uma pilha comum,
grande . A circulação da corrente faz
com que um forte campo magné-
t ico seja criado e este se concentra
no prego ou parafuso, que se íman-
ta. Deste modo, enquanto hou ver ATRAÇAO

corr ente circula ndo, ele poderá


atrair out ros pr'egos, alf inetes e pe- AL FINETES
quenos o bjetos metálicos em geral.
(figura 91
Ao ser desligada a corrente, com f igura 9
a retirada de um do s fios dos pó los
da pilha , o campo magnético desa-
parece, pois pregos e ou tros objetos 3. Fazendo um a pilha
pod em ret er muito pouco de le e
co m isso t amb ém cessa a atracão. Em lugar de a limentar seu peque-
O leit or pode event ualmente en- no eletr o-imâ com uma p il ha co m-
contrar objet os, ta is como ag ulhas prada, o leitor pode fazer diferente,
de aço , qu e são capazes de ret er um montando sua' própr ia pilha experi-
pouco do magnetismo e com isso mentaI.
permanecer "g rudados" ao eletr o- De qu e modo?
-imã mesmo depois de desligada a Uma pilha nada mais é do que
cor rente. um gerador químico de etetri cida-
17
de. ou seja. um disposit ivo que libe- 0 .5 A 1.ZV

~
ra energia elétr ica a partir de uma
reação q uí mica .
+ -
Existem muitas reações qu ím icas
que podem liberar eletr icidad e e al- •Gu'
+
gumas d elas são muito simples d e
serem feitas, mesmo co m materia is COB~E
V 'Ac

co mu ns. sem q ualquer perigo para


Quem os ut iliza. /
Uma reação qu e perm ite fazer l IPII CO.
ALUMiPII IO
um a pi lha é a que se co nsegue qua n- f EARO. ETC.
d o do is meta is difer entes são co lo- f igura 10
cad os em uma so lução fo rmada po r
água e sal. (f igu ra 101 Instale as duas folhas, com as
Arranje então duas fo lhas de me- d imensões aprox imadas às da fi-
t al, sendo uma de cobre e o ut ra d e gura 11 . em u m vidro em que tenha
alumínio o u. se consegu ir , de l l(1CO sido co loca da a água e apro ximad a-
(arra nje um peda ço de calha de ment e duas co lheres de sal. para
água e corte l]. cad a lit ro .

- - PL ACA

:) x 10 cm

figura 11

18
P ILHA EXPERIMEN TAL
Pro nto ! Isso nada mais é do que
uma pilha que pod e forn ecer u ma \ figura 12
te nsão que vai se sit uar entre 0 ,5 e
1,2V , co nfor me os materiais usado s
nas placas.
Evid en t emente, u ma pilha deste
t ipo terá um pouco de d if iculd ad e
em acio nar apare lhos qu e exijam
mu ita co rrent e, pois o qu e ela for-
nece bem é a tensão (são duas co i-
sas bem di fe rentes!). assim será pre-
AL FI NE TES
ciso saber exata mente o q ue ela po-
de alimen tar para co mprovar seu Se o leitor pos sui um pequeno
fun cioname nto . a lto -t alante (aproveita do de u m ve-
E, uma co isa Qu e ela pode ali- lho rád io, por exemplo) pod e não
me nta r é just amente o eletro-lrnâ só fazer uma experiênc ia interessan-
da exper iência ante rior. te , como também uma br incad eira.
Bast ará ligar os fios do elet ro - O alto-falante é um di sposit ivo
-imã nos f ios desta pilha, Que ele Que t em mu ito em co mum com o
atra irá (co m me no s fo rça, é claro) eletro-imã e a bob ina Qu e est uda-
o s pequ enos o bjeto s, tais co mo a lf i- mo s. Ele é formado por uma bobi na
netes, limal ha, etc. {f igura 121 também enrolada em torno d e um
Um o utro d ispositivo eletrô nico imã. A bobina, entretanto, está pre-
Qu e pod e co mpro var a presença de sa a um cone Que pode mover-se
eletr icidad e ne sta p ilha é o alto - para fre nte e para trás, co nform e
-fa la nt e. most ra a f igura 13.

f igura 13
BOBINA t MA

19
Quando uma corrente circula pe- rio r (ou mesmo uma pilha co mum),
la bobina, co nforme seu sent ido, ela uma lima de meta l e um alto- ta la nt e,
cr ia um campo magnét ico na bobi - e arranje tudo co nto r- ne mostra a
na que, interagindo com O do imã , figu ra 14.
força o movimento do cone para Esfregando o fio solto na lima, é
frente e para t rás. Deste modo são est abe lecida uma co rre nte Que é in-
criadas o ndas sonor as e é feita a t errom pida e restabelecida muito
reprodução do som. rapidamente nas estr ias desta lima .
A exper iência sugerida com o O resultado é que esta corre nte faz
alto-t ala nte é simp les: o cone do alto-falante vibrar , pro-
duz indo um ruído est ra nho . Este
4 . Ru ídos elétricos ruído pro va que a sua pilha está te r-
necend o energia.
Pegue a pilha da exper iência ante-

P ilHA EXPER IMEN TAL

.-.-

figura 14

Mas, se este ru ído serve para exper iência interessant e para assus-
demonstrar a presença da eletrici- tar a lguém em sua casa? Va i então a
dade, ele também serve para uma nossa sugestão :
brincadeira int eressante: Coloque o alto-tala nte esco nd ido
num guarda; o upas ou deba ixo da
RUI'DO FANTASMA cama de alguém em sua casa , co n-
for me mostra a f ig ura 15.
Que r aprove itar os efeitos desta
20
Q
=
<7" \ \
" /f

L IM A

_ 4jl.. AL TO· FA LA N T E

/
PILH A
/"
Fi OS ESCONDIDOS '"- -"

f igura 15

Puxe os fios até um local seguro, tiver sangue frio , va i sair correndo
onde você possa manejar o apare lho. do quarto.
À no it e, quando tud o est iver em Mas, por enquant o é só. Em
silêncio e a " vít ima" for se de it ar, o utras edições voltar emos co m ex-
acio ne o apa re lho. esfregando o fio periências simp les e inter essant es
na li ma. que nos ajudarão a co nhecer out ros
O "est ra nho ru ído" certa me nte co mpo nentes eletrô nicos.
vai assustar sua víti ma que , se não

21
Treme-treme
Você é nervoso? Se não é, vai fiear quando so uber o que acontece com
que m erra neste teste de firmeza e nervosis mo, e se é, vai ficar ma is ainda
se de ixar de mo ntá -lo, O q ue levamos ao leit or é uma versão, com castigo,
do conhecido " nervo-teste", para verificar ii firmeza de cada um num jogo
de habilidade. O castigo é um be lo, porém inofensivo, ch oq ue elétrico q ue
vai revelar tod o nervos ismo do competidor num verdadeiro treme-treme I

Tente passar uma argoli nha por de técnica, habilidade e principal·


um arame tortuoso sem deix á-la en- mente coragem. Veja quem conse-
cost arl Parece simples se você pen o gue levar a argolinha até o final do
sar apenas em termos de desaf io. ara me tort uoso sem levar choque,
Entretanto, não será tão simples se sem largar tudo ou sem errar! (fi-
você pensar que ex iste um d isposi- gura 1)
t ivo eletrónico fiscalizando-o nesta Extrem amente simples de rnon-
tarefa e que, se você errar. este mes- tar , o "t reme-t reme" usa apenas dois
mo d isposit ivo se encarrega d e cast i· compo nentes q ue podem ser conse-
gá·lo com um "belo" choq ue elétri· gu idos com muita facilidade nas lo-
CO, porém ino fensivo. jas espec ializadas a um custo q ue es-
Monte este treme-treme e desafie tá ao alcance de qualqu er leitor.
seus amigos para uma compet ição

~I fi.\
<'o
)1
,
~~

~ 1--..-.-.J ....
r--.,...-,

figura 1
22
COMO FUNCIONA fo rmador. Este dispositivo, conter -
me mostra a figura 2. t em dois enro -
Pilhas não dão choque. po is os lamentos. um formado por pou cas
1.5V que forn ecem são insuf icie n- voltas de f io e o ou tro por mu it as
tes para forçar uma corrente el étr i- voltas de fi o esmalt ado.
ca através de nossa pele. Se a p lica rmos mornentanea rnen-
Para que haja uma sen sação de te uma t ensão ba ixa no enro lam en-
choque é preciso elevar a t ensão em to de poucas voltas, ela será mult i-
primeiro lugar para que, vencendo a pl icada e aparecerá muito ma is alta
resistência da pele, possa circular no enrolamento d e muitas voltas.
uma corrente que excite o nosso sis- Com um tr ansformador co mum,
tema nervoso. do t ipo qu e red uz a ten são da to -
. mada de 220V o u 110V par a 5 o u
O 6V, podemo, obter de 60 a 80V a

.--- I
partir de uma pilha gra nde co mum,
o q ue é sufic ie nt e para dar um bom
4 choque, porém totalmente inofensi -
vo, pela sua curta duração e baixa
corrente.
2 I s O transformador será então liga·
do d e tal modo que " dispa re" q uan -

,
/
... 6
d o o jo gad or err ar e apl iqu e a alta
t en são no s cabos do ara me e argo la
-' q ue ele segura !

N UCLEO
/ O MONTAGEM

PouCAS VOLTAS MUITAS VOLTAS Como apenas dois componentes

~
são usados, a sua montagem é mui-
,\ to simp les. Entretanto, ex iste a ne-
c I....
cessidade de se preparar com cu ida-
2 s do o arame e a argo la com fio qros -
, "" >- 6 so, co nfo rme mostra a f igura 3 .
a arame é feito com um pedaço
1.5 v • 60 ou 8011
de 40 cm de fio comum, grosso
A TENS AO
AUMENTA (14 ou 161. do Qual descascamos
quase tudo, d eixando apenas um a
f igura 2
capa na ponta, de uns 5 o u Sem.
a restant e do ara me é dobrad o, ro r-
Podemos consegu ir isso através mando diversas curvas, como mos-
de um dispositivo denom inado t rans- tra a me sma figura. A argo la é fe ita
23
co m um pedaço de 7 ou 8 cm do tro aproximadamente e solde o pon
mesmo fio, to talmente descascado . to em que ele fecha.
Forme um arco de 1 cm de d iârne-
nc Of:SCASCADO E

-,
ENR OL ADO NA PARTE EN CAPADA

FIO TORTUOSO
SEM CAPA
114 ou 16 1

6 A IOem

:
/
FIO GROSSO
DESCASCADO
f igura 3

o circuito co mpleto do t reme- ver um rádio antigo de válvu las, oo .


·tr eme é mostra do na figura 4. de usar o tra nsformado r de salda
qu e vai ligado ao alto -fa la nte , Os
fio s qu e vão à pilha são os qu e esta-
vam ligado no alto -talante.
Na figura 5 t emos a mo ntagem
pronta do apare lho.
Em todos os pontos d e solda vo-
cê deve limpar bem os fios, princi-
palmente do transformador se for em
esmalta dos. Siga as cores dos fio s de
ligação , pois se houver inversão ele
TI não fun cionará. Veja q ue do is fios
permanecem desligados.
Monte tudo numa caix inha. de
preferência resistente a tombo s e
f igura 4 pancadas, pois os pu xõe s qu e as
" vit imas" dos choques vão dar, sem
o tran sformador
usado pode ser dúvida. pod em causar dano s ao apa
um do t ipo co m primário de 110V relho . Dê um n6 nos po ntos em qu e
e 220V e secundário de 5 a 9V co m os fios saem da caixa para evita r
100 mA ou mais de co rrente. Se t i· qu e estes pu xões o s arra nquem.
24
PILHA
GRANDE
o ....SOL OA

~~
VERMELHO
figura 5

M ARROM
T1

PRETO

o
SOLDA

PROVA E USO Ao jogar , esta beleça qu e não vale


segurar pelo fio.
Uma vez montado (coloque so- Quand o não est iver usando. não
mente pilha grande, nova), segure o deixe de modo algum a argola em
arame tortu so e a argola. um em ca- co nt acto com o arame. pois isso,
da mão. além de não causar o disparo do
Tente. com cuidado, passar a ar- aparelho dando choque em qu em o
go la pelo arame sem de ixar um en- pegar. como poderia pensar o leitor ,
cost ar no outro. Se isso acontecer, provoca O rápido desgaste da pilha.
logo você vai ver se o aparelho tun- Guarde o aparelho sempre com
cio na ou não! a argola separada do arame.

LISTA DE MATERIAL
T1 - tr ansformador de alimentação com primário de 1101220V e secund á-
rio de 5, 6 o u 9V com tomada central e pelo menos 100 mA de corrente
B1 - 1,5V - uma pilha grande
Diversos : 50 cm de fio 14 ou 16 , i m de fio descascado. 5 m de fio co mum,
ca ixa para montagem. etc.
25
o dedo duro
Em gíria. chamamos de " Dedo Duro" ao ind ividuo que aponta alguma
coisa feita por um terceiro, e que não deveria ser feita. ~ o delator. O que
propomos é um circu ito eletrônico que pode fazer isso. Se alguém mexer
em suas coisas, ou tentar pegar algum objeto de seu uso pessoal, este apare-
lh inho acusará.
Se você desconfia q ue alguém
a nda mexendo em suas coisas, o u se
tem algum irmãozin ho qu e não d ei-
CIRCUI! O OE
xa seus objetos em paz , mesmo MEM ORIA
quando você dá ordens expressas
para que não sejam tocadas, então
por que não montar um aparelho
eletrônico para vigiar seus o bjetos?
CA IXA REVESTIDA
O que pro pomos é um interrup- no TERRA OE METAL
to r de toque com memória, qu e f igura 1
pode ser usad o pa ra verif icar se a l-
guém mexeu ou não em algum obje- COMO FUNCIONA
to que você deseja proteger.
Ligado ao objeto . se algué m to - o q ue temos é um int errupto r de
car nele, haverá o d isparo e a memo - toq ue q ue usa como base um diodo
rização do aco nte cido. Qua ndo vo o contro la do de silício , mais co nheci-
cê vo ltar, terá certeza deque algué m do como SCR.
tocou no o bjeto, pela sua ind icação Este disposit ivo funciona como
e então poderá dar sua " bro nca" um interrupto r ou chave que liga
sem qualqu er d úvida. (figura 1) qu and o uma pequena oorr ent e é
Muito simples de mo ntar, ele aplicada à sua comporta (G) .
funcio na com 4 pilhas pequenas e Na figura 2 mostramos o aspecto
tem grande sensib ilidade. e o circuito básico do SeR.
R

, ,- -t--o +

I
- "O
I
se s
I
G L_
QISPARO
c

f igura 2
26
Quando uma corrente muito pe- contra ligado ou não? Para isso, usa-
quena circula pela co mporta , o SCR mos um indicador, que é um led
dispara, já dissémos. mas devemos comum, ou seja, um diodo emissor
aaescentar que está corrente pode de luz, que ace nde quando perco r-
ser tão fraca que a produzida pelo rido por uma corrente. Se ele est io
pró prio contacto de seus dedos ê ver aceso, isso indica que o SCR se
sufic iente para isso. encontra disparado.
Ass im, se ligarmos a com porta Tudo isso é alimentado por uma
do SCR a um sensor. que pode ser tensão d e 6V que obtemos de 4 pi-
o próprio objeto a ser proteg ido (se lhas co muns.
de metal). ou ainda uma plaquinha
de meta l junto ao objeto, ao míni- MONTAG EM
mo toque de a~uém teremos o seu
disparo . Importante neste projeto não é
Interessante, entretanto. é o fato propr iamente a montagem da parte
de que mesmo depo is Que o co ntac- eletrOn ica , mas sim a maneira co mo
to dos dedo s tenha desa pa rec ido , o ela é instalada junto ao Que se dese-
SCR a inda permanece ligado , me- ja proteger.
morizando o que ocorreu, portanto. Nossa sugestão básica é mostrada
Trata-se de uma "memó ria elet rô- na ftgura 3, em Que temo s uma cai-
nica de um bit", o u seja, uma uni- xinha de brinquedo s (o u outros
dade de informação. o bjetosl revest ida co m papel-alum í-
Mas, como saber se c SCR se en- nio (co nd utor ).

>0:::- - CAI.... FlE VfSTIOA


OE METAL

no T( RRA
><__ DA' A'. "
CIRCUITO NO INTEFllOA

figura 3
27
No interio r da caixa f ica escon- b icicleta, po rexernp lo, pe lo fato de
dido o circuito proteto r e da parte suas ro das de borracha a isolarem
traseira sai o fio terra. cuja fu nção do chSo, a próp ria estrutura serv e
será expl icada mais adiante. de sensor, bastando ligar a ela uma
Outra possibilidade é a instala- garra jacaré.
ção remota do sensor, junto ao obje- Na ftgura 4 temos o circuito ui-
to a ser protegido. No caso de uma trá-simples do nosso "Dedo Duro".

TERRA

uo

.,
4 70 n
_
• 81
6v

.,
10 '

figura 4

Uma barra de terminais isolados 10k entre o catodo tC) e a cornpor-


é utilizada oomo chassi para esta ta (G), mestrado em linhas ponti-
montagem, conforme mostra a f i- Ihadas no d iagrama.
gura 5 . b ) Ligue depo is o led, observan-
Damos, a seguir, a nossa indica- do que ele tem uma parte achatada
ção sobre a obtenção dos compo- que corresponde ao catado e que
nentes e o procedimento básico deve ficar do lado do SCR. Se ele
para a montagem, visando facilitar for invertido, não acenderá.
os leitores menos experientes. c) Para soldar osresistores (AI e
a) Solde em primeiro lugar o A2) observe apenas seus valores da-
SCA. Ele pode ser do tipo MCA10S, dos pelas faixas coloridas. Se t iver
CIOS, IA10S ou TIC10S para uma que usar o A3, em vista do seu SCA
tensão de trabalho a partir de SOV. ser o TlCl0S, solde-o agora.
Veja a sua posição segundo a figura Passamos agora il ligação dos
que mostra a ponte de terminais. Se componentes externos.
o SCA usado for o TIC10S e o led Começamos por ligar o suporte
tender a permanecer aceso . deve ser das pilhas e o interruptor geral. Para
aaescentado um resisto r de 8k2 o u o suport e devemos observar sua po-
28
laridade. o f io vermelho, que vai ao de term inais, corresponde ao pólo
interruptor, corresponde ao pólo negativo.
positivo. Já o pret o, que vai à ponte

PRETO
.2
1-1

SENSOR

\ R3 J
'''':::::C:.--' TERR A


figura 5

Depo is, completamos a monta- PROVA E USO


gem com a ligação de dois fio s de
2 a 3 metros de comprimento (ou
co nfo rme o uso a ser dado ao apa- Coloque as pilhas no suporte. O
relho), sendo o terra preto e o do led deve perman ecer apagado , mes-
sensor de qualquer outra cor. mo depois qu e você ligar 51. As
Este f io terra é necessár io para garras jacaré devem ser mant idas
dar percurso à corrente de d isparo . afastadas.
Sem ele, a corrent e de disparo não Segurand o co m uma mão a garra
pode chegar atrav és do seu co rpo ao do fio preto, toque co m a outra na
sensor e com isso não haverá fun cio- garra do fio do sensor. O led deve
namento do aparelho. acender e assim perman ecer mesmo
Completada a montagem pod e- dep o is qu e você retirar a mão.
mos passar à sua prova e uso. Rearme o aparelho, desHgando e
29
ligando novamente a aliment ação ainda no pólo neutro da tomada.
em S1. (figu ra 6)
O aparelho . est ará pronto para Cuidado : se não souber identifi-
uso. car o pó lo neutro da tomada, não
A garra que correspo nde ao fio ligue o seu aparelho, po is você pode
t erra deve ser ligada em qua lq uer t omar choques perigososl
o bjeto em conta cto com o so lo o u

C AIXINH A

~ o

LED
51

TE RRA

OBJ ETO
PR OTEGlOO

_ _ _ CANO OE
AGUA

..- .:-:"..' . -
.....<.<::" ;'. ' .
figura 6

A gar ra qu e co rrespo nde ao sen- Deixe armado o circu it o , com o


so r vai ligada ao o bjeto q ue deseja- interruptor S1 ligado e o 100 apaqa-,
mos pro teger, do . Se você, ao volt ar , enco nt rar o
Veja qu e esta garra deve f icar es- led aceso, pode ter a cert eza que
co nd ida, po is a pessoa q ue for toca r alugém mexeu nas suas coisasl
no objeto pod e mud ar de idéia ao Você pod e usar este circu ito liga-
ver um f io ligado ! Do mesmo mo- do à maçaneta de uma porta ta m-
do, se fo r usado O co njunto d entro bé m, Com isso, nu m ce rto intervalo
de uma caixa protegida, nenhum de tempo, você pode sabe r se ai·
f io, principalmente o terra , deve guém entrou ou não em d et ermina-
ficar à vista! da sala.
30
LISTA DE MATERIAL

SCR - MCR10G, Cl0G, IR10G ou TIC10G - diodo controlado de silício


Led - led vermelho comum
Rl - 470 ohms x 1/8W - resistor (amarelo, violeta, marrom)
R2 - 10k x 1/8W - resistor (marrom, preto, laranja)
R3 - 10k ou 8k2 (ver texto)
51 - interruptor simples
81 - 6V - 4 p ilhas pequenas
Diversos: duas garras jacaré, ponte de term inais, suporte para 4 pilhas, etc.

31
Toque-luz
Encoste o dedo numa chap inha de metal. n uma ma çane ta de porta ou
em outro objeto e acenda uma luz! O que propomos nesta montagem é
uma lâmpada que pode ser acesa pelo simples toque dos dedos, com a ele·
tricidade que circula pelo seu corpo e tudo isso sem o perigo de choque !

Im agine uma co rrente c ircu lando acender uma lâmpada I Vo cê sim-


pelo seu corpo, uma corrente tão fra - plesmente toca com os d ed o s num
ca que não pode lhe causar qualquer elemento sensível e esta corre nte é
da no e nem sequer provocar a seno suf iciente para d isparar u m circu ito
sação de choq ue. Imag ine ago ra esta que ac ende uma lâmpada.
mesm a corre nte sendo usad a para

TOQUE\

~1
I

figura 1
32
De iníc io, um aparelho deste ti- para que ele acenda. Você não vai
po pode parecer uma simples cur io- prec isar f icar apalpando para encon-
sidade, mas pode ter suas ut ilidades. trar o interrupto r.
Se você usar a maçaneta da por- Muno simples de montar, este
ta de entrada co m sensor, ao chegar circuito pode ser instalado em lo-
à no ite, basta tocá -la que a luz da ca is de pequenas dimensões.
varanda acende. Você poderá encon-
trar com muno mais facilidade o COMO FUNCIONA
buraco da fechadura I (figura 1)
Monte o aparelho na forma de A base deste circuito é um diodo
um abajur e use sua base como sen- controlado de siICcio (SCR), que
sor. No escuro, bastará qu e você en- funciona como um sensrvel int er-
coste em qualquer ponto da base ruptor eletrônico.

RET IFICAOOR


LÂMPADA

110 /2 10v
G FILTRO
seR
R1

c
c • G

figura 2

Na figura 2 mostramos o seu as- de alimentar lâmpadas de at é 200W,


pecto e a ligação básica que faze- tanto na rede de 11 DV como de
mos neste projeto. 22DV, bastando que ele seja dotado
Qu ando tocamos com os ded os de um pequeno radiador de calor
no eletrodo de disparo (G), uma pe- se a lâmpada for de mais de 4DW.
quena corrente circula e esta é sufi· Para que a lâmpada permaneça
ciente para ligar o SeR. Este, que acesa mesmo depois do disparo,
estava na condição de um interrup- quando ret iramos os dedo s do sen-
tor aberto, liga e pod e então a li- sor, é preci so a limentar o circu ito
mentar a lâmpada Que está em série. com corrente co ntinua, da r usar-
O SCR que usamos tem uma mos um diodo ret ificador e um ca-
grande sensibil idade, podendo ser pacitor de filtro .
ligado co m corre ntes da ordem de Para desl igar o sistema Quando a
milionésimos de ampere. incapazes lâmpada está acesa, colocando-o na
de provocar choques. Este SCR po- condição de espera, basta pressionar
33
por um instante o interruptor de de pressão, pod em ser soldados
pressão SI ligado em paralelo com numa pequena ponte de terminais
o SCR . isolados, que serve de chass i.
Na figura 3 damos o circu ito
MONTAGEM completo do apare lho.
A montage m na ponte de terrn i-
Todos os componentes, com ex- nais é mostrada na f igura 4 .
cessão da lâmpada e do interruptor

01
l f\l40Q4 ( 7 1
LI
5 A 20 0 W

~~ C l no/
• 4 OU 6 .. F r'o-..r- õ!20V

o
"
"'"
SENSOR

f igura 3

Alertamos para que o s leitores quena chap inha de metal paraf usa-
tenham o máx imo de cuidado ao fa - da em seu invólucro.
zer esta montagem, por se tratar de b] A seguir, solde os dois diodos
c ircu ito alimentado pela rede de (D I e D21. que podem ser d o t ipo
110 ou 220V. Qualquer erro pode lN4004, lN4007 o u BY127 se sua
ter consequências mais sérias quan- red e for de 1 1OV . Se sua red e for
do da co nexão na tomada! de 220V pode usar o 1N4007 o u
Damos a seguir algumas suges- BY127 . Import ant e na ligação d este
tões sob re a obtenção dos compo- com po nente é observar sua po la ri-
nentes, as caracterí st icas qu e dev em dade, dada pe la 1aixa no caso do s
ter e a seq uência para a montagem. " lN " e dada pelo símbo lo no caso
a) So lde em primeiro lugar o dos " BY".
SCR , o bserva ndo a sua po sição . O cl Agora é a vez de so ld ar o re-
t ipo recomendado é o MCR10 6-4 sistor A1 de 330k. Este resistor não
se sua rede for de 110V ou o tem po laridade e suas fa ixas deter -
MCR10S·S se a rede for de 220V . m inam o valor. Na verd ad e. re sisto-
Não use equivalentes. O radiador de res co m valores entre 27Dk e 470k
ca lo r deste Se R consiste numa pe- podem ser usad os sem p ro blemas.
34
110 1
220V LI

RADIADOR OE METAL
3 • 2cltl

o
SENSOR

D2 RI

@@@

51
tI

/
OBSE RVAR
A POl ARIO.l()[

f igura 4

d] Completamos a montagem Passamos agora à ligação dos ele-


dos compo nentes da ponte com a mentos externos.
ligação do capacito r eletrolítico. Começamos pelo cabo de alimen-
Este é um componente importante tação Que, evidentemente , pode ser
da mo ntagem, devendo ser de 4 ou substituído por um par de fios se a
8 IJF x 2 50V o u ma is se sua rede fo r co nexão for fe ita em local f ixo , coo
de 11OV. Se sua rede for de 220V mo por exemplo no caso da luz de
este capacito r deve ser de 4 ou 8 SlF varand a.
com pelo menos 450V de tensão de O cabo é vá lido para o caso da
iso lamento (marcada em seu invó - mo ntagem do sistema como abajur
lucro). o u em uma ca ixa.
35
Depois ligamo s o par de f ios que A lâ mpada deve perma necer apaqa-
vai ao soquete da lâ mpada, co nte r- da. Se acende r, ret ire os f ios e lig ue
me mostra a f igura em po nte. Se a novamente. Se a lâmpada acend er,
lâmpada for a da varanda, este par provavelmente o seu SeR está em
de f ios deve ser de comprimento curt o, devendo ser trocado. Se o
apro pr iado e embutido na parede, SCR, po r algum mot ivo, for o
assim co mo o soquete usado. TIC106 (dado como equ ivalente),
E co mpleta mos a montagem você deve solda r um res istor de
com duas ligações: do interruptor 4 k7 entre sua co mporta e o catado
de pre ssão, que é um botão de cam- (term inais das pontas). e repet ir a
painha, que vai servir para desl igar exper iência.
o sistema, e ainda do f io do sensor. Pa- Com a lâm pada apagada toqu e
ra o fio do sensor, que pode ter até com os dedos no sensor. A lâmpada
3 metros de comprimento, pode- deve acender e assim permanecer.
mos ter na extrem idade uma garra Se a lâmpada não acender gire de
jaca ré. meia volta a tomada. Agora a lârn -
Depois de feit a a montagem con- pada deve acender normalment e ao
f ira tudo antes de fazer a prova de seu toqu e. Antes d e fazer a ligação
func ionamento. repita sempre esta o peração no sen-
t ido de encontra r a po sição de d is-
PROVA E USO paro.
Para apagar a lâm pada pressione
Co loqu e no soquete um a lâmpa- por um momento o interruptor de
da incandescen te comum de 5 a pressão e so rte-o.
100W de acordo com a tensão de Depo is é só usar o aparel ho. Li-
sua rede. gue o sensor no o bjeto qu e qu iser,
Ligue o cabo de alime ntação ou na maçaneta de sua porta o u mo nte
fios de a li men tação a uma tomada . um abaju r.

LISTA OE MATERIAL

SCR - MCR106·4 ( 110V) o u MCR106-6 (220V ) - di odo co ntro lado de


silício
DI, 02 - 1N4004 (110V) o u 1N4007 (220VI - d iodo de silício
Rl - 330k x 1/8W - resisto r (Iara nja, laranja, amar elo )
Cl - 4 o u 8 1'F x 250V (l lOV) o u 450V (220V I - capacito. elet ro lít ico
S l - interrupto r de pressão
L 1 - lâmpada comum de 5 a 200W
Diversos : cabo de alime ntação, po nt e de ter mina is, chapinha de met al usa-
da co mo rad iado r, paraf uso e porca. f ios, soqu et e para lâmpada, et c.
36
VU e super som para radinhos
Vod tem um rad inho portátil AM ou FM? Está contente com seu som?
Se não está e deseja incrementá.Jo d e for ma simples e barata, sem alte rar
seu uso normal , eis aqu i uma inte ressante sugestão : o acréscimo de um
alto-talante maior ex te rno e ainda um VU·meter . como dos aparelhos de
so m d e grande porte.

A qu a lidade de som dos rad inhos som pod e ser melh orado co m um
portáteis é, em geral, prejud icada reforço nos graves B, ainda, com a
pelas limitaçõ es do alto -ta lante usa- po ssib ilidad e de se ligar u m VU·
do. Pelas d imen sões da ca ixa, a lto - -rn eter.
-falant es d e ma ior tamanho, de O leitor pode usar este alto-ta-
imãs pesados, não podem ser usa- lante em sua ca sa, quando não pre-
dos, o que sign ifica u ma redução cisar carregar de um lado para o ut ro
co nsiderável do som, pr incipalrnen- o rad inho e, co m isso, o bter u ma
te nos médios e graves. excelente qua lidade de som de for-
Entretanto, co m a ligação de um ma ecorô mica . (figura 1)
a tto-tatante maior externamente, o

figura 1

A mo ntagem usa muito po ucos algum velho aparelho que o leito r


co mpo nentes e até mesmo o ano - ten ha fora de uso .
-ta tante pode ser apro veitad o de
37
COMO FUNCIONA MONTAGEM

O a lto -fala nt e pode ser qualquer Se o leitor vai fazer sua pr6pria
um de 8 ohms, com um diâmetro caixa acúst ica, em função do alto-
de pe lo menos 10 cm, para se obter ·falant e d ispon ível, deixe um pe-
melhor qua lidade de som. Os ideais queno painel, como mostra a f i-
são o s alto -talantes de B ohms, com gura 2, pa ra a colocação do VU·
pelo menos 15 cm e ímãs pesados.
-rnet er.
Veja que um alto-falante deste
t ipo não força o circu ito do radio C AI XA
nho, po is ele absorve somente a po-
tência que vai reproduz ir e esta é
I
dada pela sua impedâ ncia. Assim,
realmente teremos um pouco mais vu -
de som porque um alto-falante
maior tem mais rendimento nare-
_ _ TAMPA
produ ção dos graves, sem prejudi- TR ASEIRA
car o circuito de saída do rad inho.
A retirada do sinal para o alto- FURO PARA

-ta lante extra é feita a partir da sa í-


1.11.1-_ - SAIOA 00
---..,?ou E TECIOO
ORTOFONICO
da de fone que a maioria do s radio
nh os possu i.
Este atto-ía lante precisa ser mon-
t ad o numa pequena caixa acúst ica.
de acordo com suas d im ensões, pa ra
se obt er o s efe itos desejados. f igu ra 2
O VU é do tipo co mu m, d e
200 lIA, qu e tem sens ibilidade sufi - Se a caixa for com prada pronta,
cient e para funcionar com o sinal o VU pode ser inst alad o numa se-
de qualqu er radi nho a partir de rn é- gunda ca ix inha, a qual será fixada
dia volume. sobre a caixa acústica propr iamente
Na verdade, acr escentamos um dita.
ajuste de sensib ilidade ao circ uito , Na f igura 3 damos o circu ito
que consiste num tr im-pot. comp leto d o aparel ho .
Co m este tr im-pot o VU pode O aspecto rea l d a mo ntagem,
ser usado até com apare lhos de q ue usa por base u ma po nte de
ma io r po téncia (at é 20W por ca nal ) 6 term ina is iso lad o s, é mostrado na
sem pro blemas, alterando-se tam- figu ra 4.
bém o valor de Rl por med ida de Algu mas sugestõ es sobre a obten-
segurança. (Para mais de lW use um ção dos componentes e a seq uência
res isto r de 47 o hms e para ma is de para a montagem são dada s a seguir:
5W um resisto r de 330 ohms) aI Comece solda ndo o d iodo DI ,
38
que pode ser de qua lquer t ipo de dinho velho, o leitor encontrará es-
uso gera l, dando-se preferência aos te oomponente dispon ível. Veja a
t ipos de germânio , se seu radinho polaridade do componente na mono
for de 2 ou 4 pilhas. Tipos comuns tagem, dada pela fa ixa no invó lua o.
são o 1N34, 1N60. Se tiver um ra-

DI
1N34 lOJ\
RI
...,,
CI

PLU GU( P2
l QnF
.,
VU· 200~

figura 3

PLUG UE

.,

~ ._ -- SEM LIGAÇÃO

fig ura 4
39
b] Solde depois o resisto r R L Depois, fazemos a ligação dos
Seu valor vai depender da potência fios que vão da barra de term ina is
do aparelho de som. se o leitor não ao alto-talante e finalmente do alto-
usà-lo oom seu radinho. Para radio ·falante ao plugue de conexão ao ra-
nhos comuns o valor será de 10 dinho. Veja que o fio até o plugue
ohms até 47 ohms. pode ter até 1 m d e comprimento,
c) Agora é a vez do trim-pot, do tipo duplo.
que pode ter valores entre 1k e 4k7 . Antes de fechar a ca ixa será pre-
Para aparelhos de som potentes use ciso experimentar e ajustar o apa -
um trirn-pot de 47k. relho.
d] Finalmente. na pequena barra
de term inais solde o capacitor elo
Seu valor é 100 nF (1041. mas este PROVA E USO
valor pode ser alterado conforme a
velocidade de reação que o leitor
queira para o ponte iro do VU. Para Coloque seu radinho a médio vo-
uma ação mais lenta, aumente o ca- lume na estação de sua preferência.
pacitor para 4,7 o u 101'F. usando Ligue o plugue no jaque de saida
um elet ro lít ico com o posit ivo liga- para o fone. Você, de imedi ato, ve-
do ao tr tm-pct. rá a d iferença d e qual idade de som !
Passamos a trabalhar nos compo- Se o som falha r ou não sair, veri·
nentes externos. fique a ligação do plugue. Certif i-
Fixamos a barr a de term inais na que-se de que o alto-ta lante usado
tampa traseira da cai xa, o VU na está em boas co nd ições, se o apro -
parte frontal e o a lto -fa la nt e em sua veitou d e a19um apar elho velho.
posição normal. Se seu rad inho não t iv er jaque de
Com eçamos por soldar os fios fone, você pode fazer a adaptação
Que vão ao VU . Estes fios pod em conf orme mostra a figura 5.
ter at é 30 cm de comprimento .

FAL ANTE DO
_____ RAOINl'tO

OE:SUG AR
AQ U I
:::::':?"
FiO J A.
EXISTENTE
00
AA()lO

~ TIPO
""============:;:;~JAQu(
figura 5 CIRCUITO FECHADO

40
Agora, com o radinho em médio Para adaptar o VU em aparelhos
volume, ajuste o trim-pot para que de som maiores, ligue o circuito na
o VU o acompanhe com movimen- saída dos alto-falantes, sempre com
tos do ponteiro. o trlm-pot inicialmente todo para
Com o máximo volume do radi- a direita.
nho o V U não deve bater com força 08S.: se o ponteiro do VU ten-
no fim da escala . der a mexer em sentido contrário,
Uma vez ajustado é só fechar a é só inverter seus fios de ligação.
ca ixa e usar!

LISTA DE MATERIAL

FTE - alto-falante pesado de 8 ohms x lO ou 15 cm


D1 - 1N34 ou 1N60 - diodo de uso geral
Rl - 10R x 1/8W - resistor Imarrom, preto, preto)
Pl - 1 k ou 4k7 - trirn-pot
Cl - 100 nF (104) - capacito r cerâmico
M1 - VU-meter de 200l'A
Diversos: ponte de terminais, plugue conforme o radinho, fios, etc.

41
Micro sirene para brinquedos
Que tal ter uma bicicleta ou carrinho diferente, com uma sirene de ver-
dade, com som variável, exatamente como as usadas nos carros de polfeia
ou ambu lâncias? Se você está pensando que isso é difrcil, é porque não c0-
nhece ainda o circuito que propomos. Usando poucos componentes, até
mesmo aproveitados de rádios velhos, esta sirene pode ser montada com
f acilidade.

A micro sirene que levamo s ao s do resistor R2. Est es do is resistores


leitor es usa apenas dois tra nsistores, determinam as variações to nais, en -
é alimentada por duas ou quatro pi- quanto que o capac itar Cl deter-
lhas, conforme o volume do som mina o te mpo das variações, ou se-
desejado, e é peq uena o bastante ja, de subida e descida do som.
para ser usada em bicicletas, carri -
nhos e-diversos tipos de brinquedos. TRAN SISTOR +
Ape nas um controle existe, que PNP I
é um interruptor que, ao apertar- \", -v
TRAN SiSTOR
mos, faz a tonalidade do som modi - NPN
ficar lentamente, atingindo u m má - tF.:'"
ximo para depois, quando o soltar- \ ....,
mos, fazer a tonalidade do som vol-
tar ao mínimo. p, C2

COMO FUNCIONA
/ FTE
o circuito é muito simples, tra - AL TERE ESTE
CAPACITOR SE QUIS ER
ta ndo-se de um osci lador com ape - MUDAR O SOM
nas dois transistores na configura-
figura 1
ção mostrada na figura 1.
Um capacitar (C2) e um resistor
(R31 formam um circuito de reali- A alimentação vem de 2 ou 4 pi-
rnentação que determina a frequên- lhas pequenas que fornecem energia
cia central da sirene. As variações para um bom volume num alto-fa-
são obtidas pela carga e descarga de lante pequ eno .
um segundo capacitar IC1 ) quando
apert amos o inte rrupto r de pressão MONTAGEM
ISlI .
No aperto , o capacit a r carrega- Co mo se trata de um circu ito
-se através de R1 e, qu and o solta- muit o simples, co m pou cos compo-
mos, o capacita r de scarrega atra vés nentes e de st inado ao s principiantes,
42
optamo s pela montagem em uma
ponte de terminais que pode, ju nta-
mente co m os dema is compo nentes ,
PRENDER COM
UU A BR-'CA()(IR A / 151 80 TAO

ser fixad a numa pequena ca ixa de


plá st ico ou madeira.
Numa bicicleta, esta pequena
ca ixa ser ia fixada em loca l acessfvel,
..........•

"' '
• •"

conforme mostra a f igura 2.


Começamos por dar o circuito
completo da sirene que é mostrado
na f igura 3.
ALTO- f ALANTE
A d ispos ição real dos cornooneo- I fTE I
\
tes na ponte e também dos que a figu ra 2
rodeiam é dada na f igura 4.

51

,.AI, 01 ( I&' acsse


02
Se S 4! \ "-

A2
", C2
4 1nf
-.... "
sv ou
'v
A'

" f T[

f igura 3

A seguir damos a seq uência de equ iva lente NPN , como os .8C547,
montagem e fazemos algumaso bser- BC237 ou BC238. Para 02 podere-
vações quanto à equ iv alência e mos usar o BC558 ou qualquer
obtenção dos componentes usados. equivalente PNP. como os BC557.
a) Comece cortando a ponte de BC307 ou BC308. Cuidado para
term inais no tamanho indicado na não trocá-los, po is um é N PN e o
f igura 4, com 8 ter minais, e em se· outro é PNP.
gu ida sold e o s do is transistores. b ) Solde depo is o s resistores Rl
01 pode ser o BC548 ou qualquer e R2. to mando cu idado com sua
43
posição, dobrando seus term ina is e po nentes são da dos pelas fa ixas co-
soldando-os nos loca is indi cados. Os loridas segundo a lista de mat er ia l.
valar es q ue d iferencia m estes co m-

figura 4

c) Agora é a vez do capacitor Passamos a trabalhar oom os


C1 . Observe que ele tem uma mar- componentes externos.
cação de polaridade 1+ ou - ) que Para isso, escolhemos a caIXI-
deve ficar de acordo com a figura. nha que vamos instalar a sirene e
d) O resistor R3 e o capacitar fixamos o alto-falante e o interrup-
C2 são ligados conjuntamente con- tor 51.
forme mostra a figura em ponte- de fi A ligação do alto-talante é fei o
terminais. Corte os terminais dos ta com dois' pedaços de fio no com-
componentes no comprimento apro - primento apropriado.
priado para fazer esta colocação . g) Depo is, ligamos o interru ptor
e) Complete a ligação dos com- geral 51 também usando dois peda-
ponentes da ponte com a interliga- ço s de fio no oomprimento apro-
ção que consiste num fio que vai pr iado .
do terceiro terminal ao sétimo. h] Completamos com a ligação
44
do suporte das pilh as. O fio verme- Alguns segundos depo is desta ope-
lho , que vai ao pó lo po sit ivo, é liga- ração O aparelho en tr a em opera-
do no últi mo t erm ina l da ponte, ção , emit indo o som de sirene cara c-
que co rresponde ao emissor de 02. terístico. Este som co meça grave e
Já o l ia negativo (preto) é ligado ao vai se tornando cada vez mais agud o
emissor de 0 1. até um ponto em que se estab il iza.
Com isso, sua sirene está pronta Neste ponto você deve solt ar o in-
para ser experimentada e usada. terruptor S 1, quand o então o som
volt a a sof rer uma alteração grada·
PROVA E USO tiva de to na lidade, por ém no senti-
do inverso. Ele vai se torna ndo cada
Coloque as dua s p ilhas no supor- vez ma is grave até parar.
te. O aparelho não t em interruptor Constatado o bom fun cioname n-
geral, pois quando o int errupto r de to, é só inst a lar a sirene na sua bici-
pressão f ica desapertado o cons umo cleta, car rinho o u qu alq uer bri n-
de energia é prat ica ment e nulo. Só quedo .
há co nsumo quand o o apertamos Se algo não fu ncionar, co nf ira a
para produzir O som . montagem co meçando pelos tran-
Aperte então o int erru ptor S1 sistores.

LISTA DE MATERIAL

0 1 - BC54B o u equ iva lent e - trans istor NPN


02 - BC55B ou eq u ivalen t e - transistor PNP
BI - 3 ou 6V - 2 o u 4 pilhas pequenas
RI - 39k x l /BW - resistor lIaranja, branco, laranjal
R2 - 33k x 1/8W - res istor lIaranja , laranja, laranjal
R3 - 1k x 1/8W - resistor (marrom, preto, verme lho )
Cl - 100,uF x 6V o u ma is - capac itor eletrolít ico
C2 - 47 nF (4731 - capacita r cerâ mico
5 1 - interru ptor de pressão (tipo botão de cam painha)
Diversos : alto-falante, suporte de 2 o u 4 pilha s, fios , ca ixa, etc.

45
Canta passarinho
Imagine sól Um aparelho que imita o canto de um passarinh o co m tanta
perf eição que, se você escond ê-lo numa caixa fech ad a e levar pe rto de um
amigo, ele não vai nunca acreditar que o canto ouvido não é produzido por
um de verdade. Use este simpl es circuito para fazer algu mas brincadei ras
interessantes.
Como um aparelho eletrô nico o s pio s d e u m pássaro com perfe i-
pode imita r um passar inho ? Certa - ção , poden do ser co nfund ido com
me nte o leito r deve esta r cur ioso,facilidade. Na verd ade, os pio s des-
sem saber q ue ru ído s d e d iverso s ti-
te a parelh inho lembram tamb ém
po s pod em ser sintet izados co m fa-um pinti nho, co nfo rme o ajuste
cilidade po r circu ito s elet rô nicos e,
fe ito .
às vezes, co m ta nta perfe ição que Feche o apar elhin ho numa ca ixa
seria muito dif íci l distinguir o somde sapatos e peça para algué m to-
nat ural do artific ia l. mar conta , sem abri -la. Pelo som ,
O que pro po mo s nesta mo nt a- est a pesso a será, sem dúv ida a lgu ma
gem d ive rt ida é um passarinho cano enganad a !
tor, um circuito q ue va i prod uzir

A O l ll lt''' ~ E o
QuE E ?

f~
"'-.,,\1
---..:::-
,,- ---- ce
'\ ~ ....
\:' ~\'"

"
" ~ ~

"
- - --
,
!
;
i \
f igu ra 1 ~

46
I

Aposte com seus amigos para um osc ilador Hartley modificado,


ad ivinhar Que t ipo de pássaro você co m recursos Que tornam interm i-
te m fechado na caixa ! Ninguém vai te nte os sinais produzidos. Esta in-
adivinhar! (fig ura 1) ter mitência é que se respon sabiliza
pelos inte rvalos entre os pios.
CO MO FUNCIONA Na figura 2 temo s o circuito bá-
sico de nosso passarinho.
o passarinho nada ma is é do Que

0 1

' ,'

R2

C1

,/

figura 2

o capaci tar Cl e o capaci tar C2 A alimentação do circuito vem


det erminam o t imbre do canto do de du as pilha s pequenas apena s, ou
passar inho junt ament e co m o enro- seja, 3V, o q ue torna a mont agem
lamento primário do transfor ma- compacta e portátil.
dor. Para um canto mais agudo , por
exem plo, Cl e C2 podem ter seus MONTAGEM
va lores red uzidos . Um ajuste f ino
desta frequência, que dá o canto, Uma ponte de terminais isolada
pode ser fe ito no trirn-pot . é empregada co mo chass i para a coo
Já o capacita r C3, elet rolítico, locação de todo s os co mpo nent es,
determ ina os interva los ent re os exceto o alto-falan te e o supor t e
pios e tam bém sua dura ção. Usamos de pilhas . Por medida de econom ia
no pro tó tipo um ,capaci tor de não usamos int er ruptor geral, o qu e
220 flF, mas o leito r pod e fazer ex- significa qu e para desligar o apare-
periências interessant es co m va lo res lho basta ret irar suas pil has do su-
a part ir de l OIl F, ob tendo com isso porte.
diversos tipo s de " ca nto " .
47
Na figura 3 damos o circuito o aspecto
real da montagem, co-
completo do passarinho. mo no protótipo, é dado na figura 4.
".......
01
BC~4 e
<,

.
C2
,1 .J l00l'F
a, , T1
JV

:II ., +

lO' Cl
~
e
~
~
~
HE

to-r
T
, ., 100K .,
1K
f ig ura 3
C3

Esta pequena ponte de termina is será id entif icado pela sua ligação ao
juntamente com os oomponentes alto-falante do rádio , já q ue o outro
externos poderão ser f ixados na ca i- existente, q ue é o driver , não serve.
x inha que será usada para aloja r o Tem de ser um transfor mador de
aparelho, se assim o montador qu i- saída para transistores. Este é o úni-
ser. co oomponente cr íti co da mo nt a-
gem, po is se não tiver as caracterís-
Damos a seguir alguns co nselho s t icas desejadas, seu passarinho não
para se realizar oma montagem per- vai cantar da forma esperada.
feita, numa sequência q ue o leitor cl Agora é a vez de so ldar os três
deve seguir. resisto res cujos valores depe ndem
a) Solda em pr ime iro lugar o das cor es das faixas segundo a list a
t ransistor 01, qu e é um BC548 . de mat erial. Veja a lista se tiver dú -
Equ iva lentes que podem ser usados vidas.
são o BC237, BC238 e BC547 . Veja dl O capacitar eletro lítico é de
a pos ição deste transistor com a terminais paralelos, sendo sua posi-
parte achatada voltada para cima. ção dada pela po laridad e marcada
b] O transfo rmador é o pró ximo no invó lucro . O pó lo negat ivo fica
co mpo nent e que deve ser so ldado do lado do t ran sisto r. Seu valor po-
(T1 I. Est e transfo rmador pode ser de ser diferente do indicado, se o
retirado de algum rad inho velho leitor q uiser fazer experiências co m
que o leit or t enha d ispon ível. Ele o som obtido.
48
PI
e'
el
T1

e, " f igura 4
111

e) Os do is capacitares cerâmico s ligação (1) ent re os dois pontos in-


(C1 e C2) são soldados normalmen- dicados na figura, usando para isso
te, apenas devendo o leitor ter cui- um pedaço de f io. Este fio interliga
dado co m as marcações. C1 pode o primeiro terminal da ponte (trans-
vir co mo 103 e C2 como 104. Solde formador) ao primeiro do trirn-pot.
estes co mpo nentes com rapidez, (Observe que um dos terminais do
po is eles são sensíveis ao calor em trim-pot fica desligado)
excesso. Passamos agora à soldagem dos
fi O ú ltimo co mponente da po n- componentes ext ernos.
te a ser soldado é o trlrn-pot. O le i- O pr imeiro é o alto-falante, que
tor deverá abr ir um pouco seus ter- pode ser aprovei tado de um radi-
minais para que possam ficar alinha- nho po rtát il aba ndo nado. Deve ser
do s com os po ntos de so ldagem. O usado um alt o-fa lant e de 8 ohms,
tr irn-pot pode ter valor es ent re 47 k de qualquer tamanho.
e 100k. Depois ligamos o suporte de pi-
g) Finalme nte, fazemo s a int er- lhas. Devemos o bservar sua po la-
49
ridade. o fio vermelho oorresponde Outra possibi lidade é corno de-
ao pólo positivo e vai ligado ao ter- co ração, em uma gaiol a, q ue poderá
minai cent ra l do primário do trans- f icar na sua sala, co nfo rme mostr a a
formador. O fio preto va i ao ernls- f igura 5.
sor do transistor, onde ele está li -
gado junto ao eletrolfti co C3.
Completada a montagem , co n-
f ira tudo e, se co nstata r q ue não
há nenhum a falha, passe à prova.

PRO VA E USO [[[[Ü


Coloque duas pilh as novas no su-
porte. Se t udo est iver em o rdem,
imediatamente seu passarinho já
0 0 0
deve co meçar a piar . Ajuste os pia- o o
\ o o
dos no trirn-pct P1 co nfor me o tim -
bre qu e desejar.
Par a usar o apa relhinho existem \
APARELHO MONTA DO
diversas po ssibilidad es: NA BASE DA GAIOLA

A primeira qu e sugerimos co nsis- f igura 5


t e em fechá-lo numa caixa de sapa-
t os, levando perto dos amigos. Veja Nest e caso, um int erruptor gera l
se eles ad ivinham qu e tipo de passa- pode ser acrescentado junto ao pô-
rinho est aria na ca ixa. lo posit ivo do su porte de pilhas.

LISTA DE MATERIAL

Q1 - BC548 ou equ ivalen te - t ransisto r NPN de uso geral


11 - t ransformador de saída para t ransistor es (ver te xto)
P1 - 100k - tr trn-po t
B1 - 3V - 2 pilhas pequenas
FTE - a lto-fa la nte de B o hms
C1 - 10 nF (103) - capacita r cerâmico
C2 - 100 nF (10 41 - capacitar cerâmico
C3 - 220 llF x 6V - capac ita r eletro lítico
R1 - 15 k x 1/8W - resisto r (marrom , verde , laranja )
R2 - 1k5 x 1/8W - resisto r (marrom , verde , vermelho )
R3 - 1k x 1/8W - resistor (marrom, pret o, vermelho )
Diversos: po nte de terminais, suporte para d uas pilhas peq uenas, fio s, so l-
da , et c.
50
Simples transmissor de FM
E agora. o seu tran smissor de FM I Um t ra nsmissor sim ples de montar,
com componentes baratos e fáceis de conseguir e que possui excelente de-
sem pe nho ! VarA fala e sua voz sai e m qualqu er receptor de FM comum,
portátil, de mesa, aparelho de som, ou do carro. Usa apenas duas pilhas pe-
q ue nas , comuns e pod e ser real izado numa pequena ponte de terminais.

Não é pr eciso dizer q ue peque- qui nhas de circuito impresso qu e


no s t ransmissores de F M são sempre nem se mp re são simp les de co ntec-
o principal atrat ivo de q ua lquer pu- cio nar, principal mente quando se é
blicação q ue t rate de eletr ônl ca . ha- princi p iante . O utros usam co mpo-
ja visto a q uant idade d e pro jet es ne ntes ca ro s ou d ifíceis, t ais como
d este tipo existe nte. Ent retanto , micro fo nes especiais ou bobinas
por d iverso s motivo s, nem todos o s q ue d evem ser enro lad as co m fio s
proje tos pu blicados são acess íveis esma ltados de espessu ras det er mi -
aos principiantes. Algun s usam pia- nadas.

/
/ / 1
0-'> J
I

f igura 1
51
otransmissor que propomos ao Po is bem! Se você não se animou
leitor é realmente o qu e de mais a co nstru ir pro jeta s mais comp lica-
simples pod e ser fe ito, po is não usa dos de tr ansm issor, analise este e ve:
nenhum oomponente especial e rá co mo as coisas podem ser mu ito
também é o mais barato, po is todas ma is simples qu ando se tem um
as peças ~o absolutamente comuns pou co de imaginação I
no nosso comércio e aparecem em
pequena qu antidade. Por outro la-
do, seu desempenho em termos de COMO FUNCIONA
alcance nada de ixa a dever aos me-
lhores projetas qu e co nhecemos. Para o bter o máximo de simptici-
De fato , em campo aberto, o lei- dad e, resum imos o nosso transm is-
tor poderá verif icar qu e seu peque- sor de FM em uma única etapa osci-
no transm issor chega a mais de 100 ladora de alta frequência que op era
metros de distância, tudo depen- nas frequências situa das entre 88 e
dendo da sensibilidade do radi nho 108 MH z (faix a de FMI com apena s
usado e da presença de obstáculos. um transistor, co nfor me mostra a
(figura 1) figura 2.

CIRCUITO
RESSONANTE

ANTENA
--------- .,

REAll l.4 ENTACAO - 'v


TRAN SISTOR

FTE
"
MODULAÇÃO

f igura 2

Este tr ansistor é o BF494, mas e que te nham mesma d isposição de


equivalentes qu e t rabalhem em fre- term inais, servem.
quências elevadas, como o BF254 , Neste circuito , o elemento prin-
52
cipal é a bobina e o trimer (Cv) que te modo, temos a modulação e a
determinam exatamente em que transmissão da voz.
ponto do mostrador do rádio de A alimentação vem de apenas
FM sua transmissão vai ser captada. duas pilhas pequenas, o que é mais
Se você não fizer direito esta bobi- do que suficiente para dar um bom
na é possível que o seu sinal caia alcance ao aparelho.
fora da faixa de FM e você nada vai
ouvir no radinho. Mas é muito sim- MONTAGEM
pies fazer esta bobina, pois ao con-
trário dos outros tipos de transmis- Este circuito opera em frequên-
sores, ela usa fio comum de ligação. cia elevada, o que significa que ele é
Todas as informações para sua ela- muito sensível à proximidade de
boração serão dadas no momento objetos e mesmo Jigações longas.
oportuno. Isso significa que as peças devem ser
Já o trimer serve para um ajuste colocadas na ponte de terrninais,
"fino", levando seu transrnissorzi- usada como chassi, do modo exato
nho a operar num local vago, em como desenhamos. Fios mais longos
que não tenha nenhuma estação. podem tornar instável seu transmis-
A modulação é feita por um mi- sor, o que fará com que ele frequen-
crofone diferente. Modular é aplicar: temente "fuja" de sintonia.
um sinal de baixa frequência, como Depois de montado, para facili-
o que oorresponde à sua voz, de tar o uso, o conjunto de peças pode
modo que ele altere no mesmo rito ser fixado em uma caixinha (que
mo a frequência do transmissor. não deve ser de metal), conforme
Deste modo, o sinal de alta frequên- mostra a figura 3.
cia pode transportar a voz. Como a
modulação é feita na frequência, ou
seja, alteramos a frequência numa ! ANTENA
15cm
fa ixa estreita de valores, temos um
sistema de frequência modulada, ou
seja . FM.
O microfone, como dizíamos, é
um simples alto-falante que você
pode aproveitar de um radinho
@+--Sl
abandonado. Ligando este rnicrofo-
ne da maneira indicada no circuito FUROS
00 FTE
principal e falando diante dele, as
vibrações de sua voz movimentam o
cone de papelão e geram na peque-
na bobina interna uma corrente que
influi diretamente no circuito. Des· figura 3
53
ANlf NA
, - -r- r-- .------
>
" > .......
~ (~
( l(lp F

= ". C2 cs ::;::
""' 1-.,.. "
"
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iii '"' ' N "'"
rtr f\ "
"fi
IC"""0
~.~OOMie I : i ~
I
'
figura 4

ANTENA _
1~ , ...

cv
., .,

C2

figura 5
54
Como o componente principal b) Depoi s sold amos o transistor ,
(em tamanho) é o alto-falante usa- Que pode ser o 8F494 o u equivaleu-
do como microfone. dele depende- te d e mesma di sposição de te rrni-
rá o tamanho f inal de seu transrnis- nais. Veja a sua pos ição co m a pa rte
sorzinho. achatada voltada para cima.
Começamos então por da r o cir - c) Agora é a vez de sold ar o s três
cuito co mpleto do aparel ho na f i- resisto res (Al a R3 ). Veja seus valo-
gura 4 . res dados pelas fa ixas co lo r idas. de
A montagem , feita numa po nt e acorde com a lista de mater ial. 00'
de term inais co rta da d e mod o a fi- bre e corte seus term inais de modo
car co m apenas 7 ponto s d e ligação , que fiquem exatamente como na
é mostrada na f igura 5. Dê prefe - figur a d a ponte.
rên cia a uma ponte min iatu ra, com d ) So lda remos agora o s 4 capac i-
distância entre term ina is de aprox i- tares cerâmico s. Estes são d isco s de
mad amente 3 mm, para Qu e sua cerâm ica e seus valores podem ser
montagem fique bem co mpacta. dado s d e diversas forma s. Assim pa-
Damos a seguir algumas suqes- ra C2 temo s 5,6 seguido de uma le-
tões sobre a obtenção dos co m po- tra o u 5p6 . Para C3 temos 10 segu i-
nentes e a seq uência da montagem. do de uma letr a minúscula. Para C4
a) Em pr imeiro lugar d everemos t emo s 105 o u 152. Para CS temos
enrolar a bobina, usando para isso 22 n o u 223. So ld e este s capacitares
f io comum de ligação. preferivel- rapidament e.
mente rígid o. Num lápis comum e) Para soldar C'l , que é um ca-
enrolamos então 3 voltas de fio pacitor eletrolíti co de 4,7 SlF com
com uma separação entre as voltas Qualquer tensão de trabalho a partir
de aproximadamente 1 mm. Deixa- de 6V, devemos apenas observar a
mos pontas de 1 cm aprox imada- marcação de polaridade.
mente para ligação no terminal da f) Completamos o trabalho na
ponte. Soldamos nos pontos indi- ponte de termina is com a ligação do
cados esta bobina. (figura 6) trimer de ba se de porcelana. Trimers
plásticos também servem, mas da-
mos preferência a este tipo por ser
;, VOLTAS LÁPIS mais fácil de ser encontrado. Veja

\ / que este componente tem duas pla-


quinhas de metal que se afastam e
se aproximam quando ajustamos o
-- IJIJ~;:::..:=- parafuso central. A placa que fica
por cima deve ser a que tem ligação
no terminal extremo da ponte. Se
houver inversão o transmissor pode
figura 6 ficar instável.
55
Traba lharemos agora nos compo- Depo is, co loque as pilhas no seu
nentes fora da ponte: transm issor de FM e acione 51 .
Começamos pelo microfone Agora , usando uma chave de
(FTE). Este é um a lto-falante pe- plástico o u palito prepa rado que se
queno , comum, de radi nho , em que encaixe no parafuso de Cv (tr imer).
ligamos dois fios curtos. t:. preciso vá ajusta ndo-o e batendo com os
t er certeza que ele está em bom es· dedos no a lto·fa lante até que as
t ado. Ligue momentaneamente em bat idas saiam no FM (não recomen-
seus te rminais uma pilha . Se houver damos usar chave de fenda de me-
prod ução de ru ído é porque está tal, pois o metal infl ui no ajuste).
bom. Se nada acontecer é porq ue a O transm issor deve ficar a uns
bobina está int erro mpida. Não use 2 metros do rád io. Quando conse-
neste caso. guir a sintonia, fale d iante do atto-
Depois fazemos a ligação do su- -fa la nte IFTE). Sua voz deve sair
porte das duas pilhas pequenas e o clara.
inte rruptor geral 51 . Observe a pola- Pegue o transm issor com cuida-
r idade do suporte. O f io vermelho é do , sem tocar na antena e afast e-se.
o que vai ligado ao interrupto r, po is Se o sinal sumir logo ê porque a
correspo nde ao pólo po sitivo. Lig ue sintonia fo i de um "espúr io". Tent e
um fio curto do interruptor à ponte. novame nte, po is no ajuste teremos
Terminamo s po r instalar a ante- um sinal que será o mais forte.
na. Esta consiste num pedaço de Depo is de conseg uir o rnelhor
15 cm de fio rígido (o mesmo usado ajuste, pode fechar o aparelho na
para fazer a bobina ). Não use f io caix inha e retocar este ajuste. Se
mais comprido, po is o circu ito tor- nada co nseguir. em termos de maior
na -se instável. alcance,. refaça a bobina ou simple s-
Depois disso, confira t udo e pre- mente tente ajustar a d istância en-
pare-se para fazer a prova de fun cio· tr e suas espiras, afast ando-as ou
name nto. apert a ndo-as, antes de fazer novo
ajuste.
PROVA E USO Para usar o seu tr ansmissor, lem-
bre-se qu e a ante na deve ficar sem-
Para provar seu tran smissor você pre em po sição vert ical, longe de
precisa d e um rád io de FM. que po- qu alqu er objeto , principalmente de
de ser de qualquer t ipo : portátil. sua mão, po is isso provoca a " fuga"
si nto nizador, três-em- um ou o pró - da sinto nia.
prio rádio do carro . Agora é sã brincar! De agente se-
Lig ue-o num ponto em que não creto, reporte r volante, polícia,
tenha nenhuma estação operando bombeiro ou coma nda nte de uma
em tor no dos 90 MHz ou pouco nave espacial!
acima. Coloque-o a méd io volume.
56
LISTA DE MATERIAL

01 - BF494 ou equivalente - t ransistor de RF


L1 - bobi na (ver t extol
Cv - trimer comum de porcelana
FTE - alto-tala nt e comum de B ohrns, pequeno
Cl - 4.71lF - capacito r eletro lít ico
C2 - 5p 6 - capacitor cerâmico
C3 - 10 pF - capacitor cerâmico
C4 - 1n5 (152) - capacitor cerâmico
C5 - 22 nF (223) - capacitor cerâmico
R1 - 56 ohms x 118W - resistor (verde. azul. preto)
R2 - 3k3 x l /BW - resistor [laranja, laranja. vermelhol
R3 - 2k7 x I /BW - resisto r (vermelho. violeta. vermelho)
51 - interruptor simples
B1 - 3V - 2 pilhas pequenas
Diversos: fios, ponte de te rmina is, caixinha, suporte de 2 pilhas pequenas,
etc.

57
Receptor secreto
Um radinho transistorizado, do tipo comprado pronto, não tem muita
"graça". se o leitor gosta de desafios ou de aventuras. Que tal pensar na
montagem do seu próprio radinho e, "secretamente". usá-lo na escuta de
seus programas prediletos. ~ o que propomos a05 leitores: um radinho sim-
pies, que pode ser usado sob o travesseiro ou no quintal, em situações di-
versas, e que aproveita componentes retirados de aparelhos velhos.

Quando abrimos um radinho COMO FUNCIONA


transisto rizado, logo nos assustamos
com a quantidade de peças e para- o que é um rádio? Esta é a pri-
fusos de ajuste. Entretanto, para ter meira pergunta que deve ser respon-
um rádio , não precisamos disso tu - dida, se quisermos montar um e sa-
do , se nos cont entarmo s co m um ber como funciona . A respo st a po-
pouco menos de sensibilidade. de ser resumida do seguinte modo :
Os leitores in iciant es podem ta - um rádio é um aparel ho que pode
zer seus próprios radinhos, mais sim- captar ondas eletromagnêticas emi-
pies, com muito menos peças que tid as por uma est ação e extra ir des-
um aparelho comercial, desde que tas ondas a info rmação que carre-
se contente com um pouco menos gam, que pode ser , por ex em p lo,
de sensibilidade e com a necessidade um som. (figura 1)
de uma condição especial para colo- Rádios podem ser feitos de mui-
eá-Io em funcionamento. Esta con- tas maneiras, desde os mais simples,
dição especial, entretanto, é que da- que usam pou cos componentes e
rá um cunho de " desaf io" ao opera- não têm muitos ajustes, até os mais
dor, pois O leitor precisará usar sua complicados, de grand e sensib ilida-
imaginação para encontrar a posi- de, muitas peças e também muitos
ção de melhor recepção. ajustes.
Monte com seus am igos este ra - O receptor que levamo s ao leitor
dinho e veja quem consegue a me- é do tipo de ondas médi as, com am -
lhor recepção! As estações de sua plificação direta e que tem a estru-
localidade e, durante a noite, até tura mostrada na figura 2.
mesmo as estações distantes pode- Cada bloco leva certo número de
rão ser ouvidas e com elas, quem peças que, em co nju nto , ex ercem
sabe, pode até vir alguma mensagem uma certa função .
secreta interessante! O prime iro bloco é o de sinto n ia,
A alimentação deste radinho que tem uma bob ina e um capaci-
vem de apenas duas pilhas pequenas tor , tendo por função separar as es-
e co mo seu consumo é muito baixo , tações. Ele de ixa passar so ment e os
elas durarão uma " et ern idade" . sinais daquela que queremos ouvir.
58
AN TENA

) ) ) ) ) ) .:
\
ONDAS
ELETR QMA GNETI CA 5
I " NAL

ESTAÇÃO

RADIO
ri SO N

TERRA

f igura 1

ANUN A

C ll~C Ul TO OE 0 1000
AM P L IFI CADOR ri ALT O
SI NTONIA DETECTOR '--\ FALANTE

_ _ TE RRA

f igura 2

o segundo bloco é o detector, na l ca ptado , ma s mesmo assim pre-


qu e é responsável pela ext ração dos cisamo s de recursos espec iais pa ra
sina is correspondentes aos sons do ou vir as emissora s fracas o u d ista n-
sinal separado pelo b loco anter ior t es.
e que é d e a lta frequênc ia. Um dos recursos consiste no uso
Temos então o terceiro bloco, de uma antena. O rad inho é dotado
formado po r dois transistores, qu e então d e um fio com uma garra [a-
são os eleme ntos am plificador es. O car é. Se a estação for re lativamente
sinal extraído do detector é muito fo rt e, simp lesmente esticando este
fraco; passando pelo s tr an sistor es fio sob o len çol , o u pre nde ndo-o
ele recebe uma amp lificação. po - em qualq uer objeto próximo, seus
dendo ser aplicado ao pequeno alto- sinais já podem ser o uvidos clara-
·falante onde se transforma em som. mente. Ent ret anto. para estações
Os do is trans istores amplificam, fracas, você precisará liga r a garra
em conjunto, m ilhares de vezes o si- num f io mais co mprido e aí diver -
59
sas experiências podem ser feitas: Nas estações .fortes, bastará você
o bate nte de uma ja nela de alumí· segurar entre os dedos esta garra pa -
nio, um varal, um objeto de metal ra já fo rmar uma " boa terra" e o
grande, podem servir como exce- volume do som aum entar. Em
lentes antenas. (figura 3) outros casos, quando a estação fo r
fraca, você precisará ligar esta garra
VARAL DE META L em objetos em co ntacto co m o so-
/ I ANTENAI
lo, co mo por exemplo um objeto
gra nde de metal, um cano de água
e até mesmo o pó lo neutro da to-
mada. O objeto não pode ser o mes-
FIE
RADIO mo qu e fo i usado como antenal
SECRETO

MONTAGE M E MATERIAL

Usaremos uma barra de term i-


CANO O( AGUA " / nais isolados para soldar as peças e a
!TE RRA) fixaremos numa base de made ira.
Os com pon entes que não puderem
figura 3 ser soldad os diretamente na barra
ficarão presos ã base de madeira .
o out ro recurso consistena liga- Na figura 4 da mos O diagrama do
ção ã terra, para o que existe um se- rádio, onde os componentes são re-
gundo fio, também co m uma garra. presentados por sí mbolos.

,
.,
AN TE,..A

.,
100n
01
l N, 4 +
L1 >--- - -t-
C1
FTE
4 7 nF C2
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TERRA

f igura 4
60
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TERRA

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CAF!t<C lTOR 1O"F
, I
OU I
Rf: SlS T~ lOQK -e'

figura 5
61
A mo ntagem na po nte de termi - tas de fio esmaltado ou mesmo fio
nais e com os compo nentes adjacen- comum de ligação, fino, enroladas
tes é dada na figura 5 . nu m bastão de ferrite qu e você po-
Damos a seguir uma sequência de apro veitar de um radinho ve-
de observações sob re O modo como lho. O bastão pode ter compri men-
devem ser ligados os componentes, l OS a partir de 12 cm e diâmetros a
assim como sua obtenção. parti r de 0,8 cm.
a) Comece por enrolar a bob ina Enro le primeiro 30 voltas, faça
de antena conforme mostra a figu- um laço e depo is mais 50 voltas.
ra 6. Esta bobi na co nsiste em 80 vol-

BA STAO oe ,I 30 V2 LTAS , ,~....:S:.::.


O....:
~LTA S

-,
FERR ITE

FIO COMUM ou / '


ES MALUOC? OE ZZ A 28 1* )
'. 1NUMERO AWG

figura 6

b] Aqueça seu soldador e, depo is marcado como " 102" e o de 47 nF


de esta nhar sua ponta, começe a sol- co mo " 473".
dagem dos co mpone ntes pelos dois e) O diodo pode ser 1N34 , 1N60
t ransistor es. 01 pod e ser um BCS4B o u qualquer um de germân io . Apro -
o u qualquer equ ivalente , como o veite de um radinho abandonado , se
BC237, BC23B ou BCS47 e 02 tiver esta possibilidade. Cuidado ao
pode ser um BCSS8 oUequ ivalente, retirá-lo para não aplicar excesso de
como o BCSS7, BC307 ou 8C308. calor. Veja a posição da fa ixa que
Veja a pos ição dest es compo nentes dá sua po laridade. Se você o ligar
no desenho da ponte. invert ido o radinho não funcio na.
c) Agora é a vez de soldar o re- f) Ligue agora o variável CV.
sistor . Veja os pontos em Que ele é Ap roveite est e compo nente de um
ligado. Os ané is deste componente radinho velho, se tiver esta possibili-
dão seu valor. dade. Dê preferência aos t ipos de
d) Os dois capacitores são d iscos 3 term inais, como o do desen ho.
de cerâmica. O de 1 nF pod e vir Veja qu e ele é sustentado por t rês
62
pedaços de fio r ígido. Se for com- PROVA E USO
prar, peça um var iável para AM e
compre também o botão plást ico de
sinto nia. Pronto l Seu rad inho já pode ser
g) O primeiro co mpo nent e ex- exper imentad o. Vejamos se vo cê
ter no que vamos ligar é a bob ina. fez tudo certo . Comece co lo ca ndo
Antes porém fazemo s a interligação as pilhas no suporte. Use p ilhas no -
entre os do is pontos indicados na f i- vas para não ter d úvidas. O radin ho
gura por ( 1). A bobina e a ponte não t em interrupto r geral, pa ra
são f ixadas na base d e madeira e a ma ior econom ia, de modo q ue para
sua ligação é fe ita seguindo a ordem d esligá-lo é só retirar uma o u as
dos f ios. A fixação da bobina pod e duas p ilhas do suporte.
ser feita com duas braçadeiras fe ita s Estiqu e o fio da ant ena e ligue o
com fio comum. fio t err a em algum o bjeto metálico
hl Depois, ligamos o poten ciõ- o u no pólo neutro da to mada. (fi·
metro de volume de 4M7 (não serve gura 5)
out ro valor) com tr ês f io s, resp ei- Se t iver d úvid as qua nto ao pólo
ta ndo sua ordem, po is $E! houver neutro da tomada, use um resistor
troca d e posições ele não at uará da ,d e 100k o u então um capacitor d e
maneira certa. No eixo deste po- 10 nF para evitar per igo de choq ue,
tenc iómetro deve ser colocado o .ligando a um dos pó lo s da tomada,
botão plástico. Ele pode ser co lado como mostra a figura .
na base ou então f ixado num " L" Depo is, ab ra o vo lum e ao máx i-
de metal. mo e gire o variável CV até sinto ni-
ii O alt o-ta lante pode ser de zar a lg uma estação loca l.
q ualq uer t ipo, inclus ive aproveita do
de um rád io velho. Sua ligação é fe io Se o som for muito ba ixo , pro-
ta com do is f ios flex íveis curto s. cu re aumentar o comprime nto da
ii Completa mos co m a liga ção ant en a. Se for muito a lto e dis tor -
do su po rt e de pilhas, o bserva ndo a cer , red uza um pou co o vo lume. Se
sua po lar idade. O fio vermelho é o na sua lo cal idad e existi rem estações
positivo e o preto o negat ivo . fo rt es, você poderá o uvi -Ias sem a
I) F ina lmente, faz emo s a ligação
ligação à t erra (feita em objet o s me-
do s fios antena e terra, sendo o da tá licos o u na tomada) ou mesmo
sem a ntena.
antena co m pelo meno s 3 metros de
co mpriment o e co m u ma garra ver- Pro cure ligaçõ es Que dê a melh or
aud ição.
melha e o terra com 2 metros de
co mpri mento e uma garra preta. Se o rad inho não captar tod as as
estações o u mist urar , veja se o var iá-
Com isso o rad inh o est ará pron- vel usado não é do t ipo impró pr io .
to para ser ex peri me ntado e usado .
63
LISTA DE MATERIAL

01 - BC548 ou equ ivalente - transistor NPN


02 - BC55B ou equiv alente - trans istor PNP
D1 - 1N34 ou 1N60 - diodo de germânio
L1 - bobina (ver texto)
CV - variável miniatura de três termina is (duas seções)
R1 - 100 o hms x 1/8W - resistor (marrom, preto, marrom)
C1 - 47 nF - capacitor cerâmico (473)
C2 - 1 nF - ca pacit or cerâmi co (102)
Pl - 4M7 - pctenclômetro
B1 - 3V - 2 pilhas pequenas
FTE - alto -talante pequeno de 8 ohms
Diversos: suporte para 2 pilhas, ponte de terminais, f ios, garras jacaré, base
de madeira, etc .

64
REEMBOLSO POSTAL SABER

r-- - - - - - - ---, AMPLIFICADOR MONO IC-10

Po tên cia: 10W.


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Alimentação: 4 a 20 V.
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ESTEREO IC-20
Potência: 20W 110+ 10W).
Co ntro les: goaves e agudos.
Al imentação 4 a 20 V .
Mo nt agem : co m pacta e simples.
Faixa de frequência: 50 Hz a 30kHz.
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Montado Cr$ 30270
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SIRENE

Alimentação de 12 V .
Ligação em qualquer ampl ificador .
Efeitos reais.
Sem ajustes.
Baix o consumo.
Mont agem co mpacta .

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AtENÇÃO PRECOSv ALIDOS A H 15{) 9.s4 I


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