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ERGONOMIA 1
Introdução à Ergonomia
ERGONOMIA 3
Taylor concentrou seu argumento na busca pela otimização do trabalho, que envolvia
realizar as tarefas de uma maneira mais racional e com a máxima economia de esforço
físico (Figura 6).
Faltava pensar o trabalho sob a ótica do trabalhador. Taylor foi duramente criticado pela
sociedade, que entendia que ele cultivava a mentalidade do Homo economicus, ou seja,
explorar o trabalhador para extrair do mesmo o máximo de retorno possível para o
sistema produtivo, desconsiderando as suas limitações físicas, ambientais e psicológicas.
O filme “Tempos Modernos” reproduziu algumas condições em que eram submetidos os
trabalhadores dentro de fábricas na época (Figuras 7 e 8).
ERGONOMIA 4
3. Evolução do Conceito de Ergonomia
Em 1857, o termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez pelo polonês W.
Jastrzebowski na obra publicada denominada "Ensaio de ergonomia ou ciência do
trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza".
A Ergonomia pode ser compreendida também como uma ciência que estuda a relação
entre o homem e o trabalho que executa, mediante integração perfeita entre as
condições de trabalho, as suas capacidades e limitações físicas e psicológicas,
procurando alcançar a eficiência de um sistema produtivo.
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Exercício de Fixação:
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Referências
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2ª Aula - Caráter Interdisciplinar da Ergonomia
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2. Domínios da Ergonomia segundo a Associação Brasileira de Ergonomia
(Abergo)
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3. Ergonomia e Norma ISO 9001
O entendimento de um trabalho passa possivelmente por um diálogo junto ao
trabalhador. É necessário entender a natureza de sua tarefa, bem como os métodos
empregados para a sua realização.
Logo, fica evidente a relevância do tema, não somente como atendimento aos requisitos
legais do Ministério do Trabalho e Emprego, mas também como um diferencial
competitivo entre as empresas.
ERGONOMIA 9
A ISO é a sigla da Organização Internacional para Padronização (International
Organization for Standartization), uma entidade de padronização e normatização de
qualidade.
A NBR ISO 9001 especifica requisitos para um sistema de qualidade. Tais requisitos
estão presentes em uma organização que atua na produção e entrega de produtos, ou
na prestação de serviços. Essa norma tem como propósito o aumento da satisfação de
clientes quando os mesmos recebem produtos e serviços de uma firma (ABNT, 2000).
Exercício de Fixação:
Identifique alguns trechos da norma ISO 9001 (versão 2015) que considera
a aplicação da Ergonomia nos contextos de trabalho.
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Referências
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3ª Aula - Norma Regulamentadora NR 17
1. Norma de Ergonomia
Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Foram aprovadas pela Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, e são de
observância obrigatória para todas as empresas brasileiras regidas pela CLT. Além disso,
são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
ERGONOMIA 12
2. Segurança e Medicina do Trabalho e CLT
No Capítulo V da CLT (artigos 154 a 201), referente a segurança e medicina do trabalho,
tem-se a possibilidade de consultar informações pertinentes à inspeção prévia, embargo
ou interdição, órgãos de segurança e medicina, equipamentos de proteção individual,
medidas preventivas, edificações, iluminação, conforto térmico, atividades insalubres e
perigosas, entre outros pontos.
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Exercício de Fixação:
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Referências
ABERGO.ORG.BR O que é ergonomia. Disponível em:
<http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia>. Acesso em: 10
nov. 16.
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4ª Aula - Organização do Trabalho
A divisão das tarefas está relacionada com tudo o que é prescrito por quem organiza o
trabalho, e a divisão dos trabalhadores é a colocação destes em determinadas tarefas
pela organização (PONTES, 2007).
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Figura 11. Manufatura Enxuta utilizada na produção de automóveis.
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Figura 12. Exemplos de exigências a se serem analisadas em um posto de trabalho.
Exercício de Fixação:
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Posto 1
Posto 2
Posto 3
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Posto 4
Posto 5
Posto 6
Posto 7
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3. Projetos de Produtos Ergonomicamente Corretos
É muito importante usar os equipamentos ergonomicamente corretos em todos os
setores de trabalho, em casa, no nosso dia a dia.
Exemplos:
Perna mecânica
O equipamento nada mais é que pernas parecidas com aquelas que nós usávamos
quando éramos crianças. O trabalhador passa por um período de treinamento até
conseguir equilibrar-se com segurança e a partir daí os ganhos são incríveis, já que o
trabalho pode ser feito muito mais rápido, dispensando escada ou andaimes (Figura
13).
Figura 13. Solução para o problema de acabamentos nas partes mais altas dos apartamentos.
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Cimento Ecológico
O cimento, além de ser um grande poluidor do meio ambiente, é também um produto
escasso.
Existem empresas que já estão comercializando uma espécie de adesivo de base mineral
que substitui o cimento no assentamento de blocos.
O produto é muito mais limpo, econômico e, por ser de fácil aplicação, reflete também
em ganhos de produtividade, segurança e ergonomia (Figura 14).
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Exercício de Fixação:
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Referências
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5ª Aula - Análise Ergonômica do Trabalho
Questionamentos:
A AET tem como objetivo rastrear, observar, avaliar e analisar as relações existentes
entre demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho,
com as interfaces, com os sistemas e com a organização do trabalho.
Além disso, a AET, por estar prescrita na Norma Regulamentadora 17, inserida na
legislação brasileira sobre Saúde e Segurança dos Trabalhadores, pode ser utilizada
para a transformação de grande número de situações de trabalho no Brasil (JACKSON
FILHO, 2004).
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A AET busca, essencialmente, o enfrentamento das situações de trabalho geradoras de
Lesões por Esforços Repetitivos ou de Distúrbios Osteomusculares Relacionados com o
Trabalho (LER/DORT).
2. Laudo Ergonômico
Durante a operação de uma máquina, o homem recebe informações desta (por meio de
estímulos de entrada), processando-as e transformando-as em ações de comando.
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O organismo humano recebe estímulos externos (informações) por intermédio de suas
funções receptoras (visão e a audição, e outras como olfato, tato, paladar e sentidos
sinestésicos).
Esses estímulos são convertidos em impulsos elétricos e transferidos, através das células
nervosas (neurônios), até o sistema nervoso central (medula espinhal e cérebro). No
sistema nervoso central, os estímulos são processados, emitindo ordens de ação para
os mecanismos de ação (geralmente os membros). Com isso, tais mecanismos agem
sobre um determinado controle (alavancas, pedais, botões etc.).
Quando uma ação é acompanhada pela função receptora pode ser feita uma correção
mediante realimentação das informações.
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1.1.1 Situação de Trabalho
Indivíduo diante de um computador (Figura 18). Algo muito comum dentro das rotinas
de trabalhos, sobretudo em escritórios, em fábricas, entre outros locais de trabalho.
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Figuras 22, 23 e 24. Cenas de trabalhadores no momento do acidente no trabalho.
Exercício de Fixação
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Recomendação de Leitura:
JACKSON FILHO, José Marçal. Introdução: inteligência no trabalho e análise ergonômica
do trabalho - as contribuições de Alain Wisner para o desenvolvimento da Ergonomia
no Brasil. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. Print version ISSN 0303-7657. In:
Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 29, n. 109, São Paulo, Jan./June, 2004.
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6ª Aula Características Humanas e Ergonomia
Questionamentos
1) O corpo humano deveria reunir condições ou ser adaptado para executar
determinados trabalhos?
2) O trabalho deveria se adaptar ao corpo humano para que fosse capaz de
ser executado?
Figura 26. Homens trabalhando junto a fios de alta tensão: trabalho muito perigoso.
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Um conjunto de órgãos que atuam de modo integrado constitui um sistema. O corpo
humano é formado de diversos sistemas: respiratório, circulatório, digestório,
cardiovascular ou circulatório, muscular, nervoso, endócrino, excretor, linfático,
reprodutor e ósseo.
Características Principais:
Sistema Nervoso Central (SNC): Cérebro + Medula Espinhal
Sistema Nervoso Periférico (SNP):
- Medula – músculo (nervos motores).
- Pele, músculos, órgãos dos sentidos – medula, cérebro (nervos sensoriais).
Unidade motora: fibra nervosa + fibra muscular
- Trabalho de precisão: 3a 6 fibras musculares.
- Trabalho de força: até 100 fibras musculares.
Sistema muscular representa aproximadamente 40% do peso corporal.
Contração muscular é desencadeada pelo impulso nervoso.
Força muscular:
– depende da seção transversal do músculo.
– mulher normalmente 2/3 da força do homem.
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– maior força no início da contração (maior comprimento).
2.1.2 Coluna
Características Principais:
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a
pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido
conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas
em forma de uma coluna, por isso a expressão coluna vertebral. A coluna vertebral é
constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, o esterno
e as costelas, o esqueleto axial (NETTE, 2000).
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A coluna vertebral é dividida em quatro
regiões: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea.
São sete vértebras cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e cerca de
quatro coccígeas.
2.1.3 Visão
Características Principais:
A visão se dá por uma reação química que induz uma variação de potencial elétrico das
células cones e bastonetes, as quais estão ligadas a terminações nervosas. Via nervo
óptico, elas transmitem energia até o cérebro.
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O olho humano se assemelha a uma esfera revestida por membrana e cheio de líquido.
Tanto os ambientes com claridade quanto com penumbra são importantes para a
execução do trabalho. Se um trabalhador migrar de um ambiente escuro para outro
claro podem ser necessários de 1 a 2 minutos, em média, de adaptação antes do início
do trabalho. Se por acaso, esse trabalhador migrar do ambiente claro para outro no
escuro pode ser necessário até 30 minutos, em média, antes de iniciar o trabalho.
Características Principais:
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3. A Interação entre o Corpo Humano e o Trabalho
Dependendo da natureza de uma atividade, esforços físicos serão necessários para
movimentar materiais, alcançar e manusear ferramentas, operar máquinas etc.
4. Aplicações de Força
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Os vasos são pressionados pelo tecido muscular (diferente do esforço dinâmico
– músculo como bomba);
Por exemplo: posição de pé por tempo prolongado, membro superior esticado
sustentando algo.
Dor aguda e fadiga.
Exercício de Fixação
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Referências
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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7ª Aula – Antropometria
Questionamentos:
1. Considerações Iniciais
Até a década de 1940, as medidas antropométricas visavam determinar apenas algumas
grandezas médias da população, com pesos e estaturas. Depois, passou a determinar
as variações e os alcances dos movimentos. Havia a necessidade de dados
antropométricos mais confiáveis para atender às necessidades de fábricas.
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Muitos especialistas no assunto afirmam que medir as pessoas não é uma tarefa fácil.
Por outro, devem existir condições adequadas para que as medidas sejam realizadas.
Nesse caso, compreendem local preparado com profissionais capacitados, climatização
adequada, instrumentos e aparelhos calibrados, piso sem inclinação, entre outros
elementos.
1.1 Significado
Endomorfo;
Mesomorfo;
Ectomorfo.
2.1 Endomorfo
Compreende tipo de formas arredondadas e macias, com grandes depósitos de
gorduras. Tem a característica de uma pera (forma extrema).
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2.2 Mesomorfo
O corpo tende a ser musculoso com formas angulosas. Apresenta cabeça em formato
cúbico, maciça, ombros e tórax largos e abdome pequeno. Os membros são musculosos
e fortes. Possui pouca gordura subcutânea.
2.3 Ectomorfo
O corpo e os membros são longos e finos, com um mínimo de gorduras e músculos. Os
ombros são largos, mas caídos. O pescoço é fino e comprido, o rosto é magro, queixo
recuado e testa alta, o tórax e o abdome são estreitos e finos.
Mesomorfo-endomórfica;
Endomorfo-ectomórfica;
Ectomorfo-mesomórfica.
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2.6 Influências
Cabe destacar que a forma do corpo humano sofre influência do sexo e da idade do
indivíduo.
Influência do Sexo;
Influência da Idade.
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4. Antropometrias Estáticas, Dinâmica e Funcional
4.1 Estática
É aquela em que as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos
e as medições realizam-se entre pontos anatômicos claramente identificados.
4.2 Dinâmica
Mede os alcances dos movimentos. Os movimentos de cada parte do corpo são medidos
mantendo-se o resto do corpo estático. Exemplo: alcance máximo das mãos com a
pessoa sentada.
4.3 Funcional
São as medidas antropométricas relacionadas com a execução de tarefas específicas.
Na prática, observa-se que cada parte do corpo não se move isoladamente, mas há uma
conjugação de diversos movimentos para se realizar uma função. Passando-se da
antropometria estática para dinâmica e, desta para a funcional, observa-se um aumento
do grau de complexidade, exigindo-se também instrumentos de medidas mais
complexos.
5.1 As medições
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Deve ser feito um teste inicial antes de proceder à medição propriamente.
Nos EUA, as medidas mais utilizadas são apresentadas pela publicação “Weight,Hight
and Selected Dimensions of Adults” (1965).
A Human Scale (1974) trata de médias antropométricas para os três tipos físicos e
medidas detalhadas de partes do corpo.
7. Medidas Brasileiras
No Brasil, ainda não existem medidas antropométricas normalizadas. Isso significa que
não existem ainda medidas abrangentes e confiáveis da população brasileira.
A ABNT tem projeto para normalização das medidas antropométricas, mas são baseadas
em valores norte-americanos.
Exercício de Fixação
Referências
DIFFRIENT, N.; TILLEY, A. R.; BARDAGJY, J. Humanscale 1/2/3. Cambridge,
Massachusetts: The MIT Press, 1974.
GARDNER. Theories of personality. John Wiley & Sons Inc., p. 336-377. S/l, 1959.
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8ª Aula – Qualidade de Vida no Trabalho
A qualidade de vida dos trabalhadores nas situações de trabalho tenha sido sempre um
objeto de preocupação fortemente implícita em Ergonomia.
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A Ergonomia, cujos fundamentos sobre o funcionamento do ser humano se apoiam em
conhecimentos oriundos da Psicologia e da Fisiologia Ocupacional, já tem relevante
contribuição científica prestada para a melhoria dos ambientes de trabalho o que a
credencia para uma intervenção qualificada, ao lado de outras ciências do trabalho, no
campo da QVT.
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2. Articulação entre Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho
A Ergonomia visa a contribuir na concepção ou na evolução das situações de trabalho
– não apenas no que concerne aos aspectos materiais, mas principalmente nas
dimensões sociais e organizacionais.
O trabalho real jamais pode ser reduzido à pura e simples execução de objetivos
prescritos externamente; ele envolve iniciativa, decisão, compromisso; é, portanto,
crucial compreender o que se espera do trabalhador (tarefas predefinidas) e o modo
efetivo como cada trabalhador executa sua atividade (trabalho real).
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3. Programas de Qualidade na Empresa
- É importante frisar que atividades físicas, culturais e de lazer nas organizações não
constituem um problema, em si mesmas. Principalmente, quando planejadas com a
participação e anuência dos interessados.
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Exercício de Fixação
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Referências
WALTON, R. E. Quality of work life: what is life? Sloan Management Review. v. 15,
n. 1, p. 11-21. S/l, 1973.
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